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Por que o Poeta Chora
O poeta chora pelo simples motivo de existir,
O poeta chora pelo simples motivo do amanhecer,
O poeta chora pelo simples motivo do entardecer,
O poeta chora pelo simples motivo do anoitecer.
Entretanto, o verdadeiro motivo do choro incessante do
poeta reside na incapacidade de manter ao seu lado a mulher
amada. Agora, o poeta vive triste e
deprimido; as lágrimas correm incessantemente em
seu rosto abatido. Ele habita, portanto, o amanhecer,
o entardecer e o anoitecer em um mundo
esquecido.
Por que, poeta, você sofre assim? A resposta não se revela.
Em sua garganta, um gosto amargo; em
seu peito, um eco agonizante. Poeta,
não chora; não é culpa sua o destino assim
o ter desejado. Não se deixe vencer por tais
dores.
Poeta, você ainda está aí? A resposta não se revela, mas
em seu peito, o desespero e a solidão. O poeta vive
seus dias em um mundo de ilusões; em sua mente,
ele convive ao lado de sua musa, sua donzela,
aquela que, quando vivia, era a mais bela.
O poeta chora, sim; o poeta chora. Mas quem
pode condená-lo por desejar viver em um mundo
onde nada foi subtraído ou tomado? O poeta habita
um mundo de mentiras, exilado, trancafiado
em seus próprios pensamentos, mantido
refém de seus sentimentos.
Poeta, o que você pensa? O que anseia? O que fará
com seus pensamentos?
O poeta responde:
Amigo, vivo dentro de ti. Não posso responder perguntas
cuja resposta ignoro. O poeta que clama por ajuda é
você, que vive em um mundo de tristeza, lamentando-se por
ter perdido a pessoa amada. Caro amigo, não o condenarei,
pois você já está condenado a
habitar a solidão, a escutar o triste som de seu coração,
as lágrimas gélidas que marcam seu rosto,
as lâminas afiadas que rasgam seu pulso, encerrando
com suas dores.
O que fez o poeta tão triste? Talvez acredite que seria
melhor não sentir mais tais dores, suprimindo sua
essência, até mesmo a própria vida. Quem pode saber o que
o poeta sentia? Quem sabe, em outro mundo,
ele possa estar ao lado de seu grande amor,
aquele que o destino levou.
Michel Elias Dias Leite 2024
"Nessa viela eu sigo tropeçando, não sinto os pés no chão, tô voando, feito um passarinho na gaiola, uns chamam de canto, mas o recluso chora"
" Aqueles que dizem que Deus não chora e não se entristece ao ver as aflições humanas demonstram falta de sensibilidade. "
O poeta, às vezes, chora, e mesmo tendo milhões de palavras bonitas dentro de si, nenhuma delas é capaz de trazer consolo para sua dor e tristeza.
QUANDO O SONETO CHORA
Nas estrofes do soneto, a tristura
Suspira, choraminga na dura dor
Unhando no verso afiada ranhura
Dês que dá à sensação, dissabor
Quando o verso lacrimeja, e figura
O desagrado, o pranto é um temor
Sente o desencanto, beira loucura
Duma poética desiludida no amor
Há pesares extensos no caminho
Saudade, embatucando o sentido
Martelando o que não tem alinho
Chora o soneto o instante partido
Da vida, versando cada cadinho
Protelando o versejar tão doído!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
10 março, 2024, 14’20” – Araguari, MG
O amor parece que a gente não sente, só dói, é uma dor que não é no peito, mas é um nó na garganta, e uma ardência nos olhos; o amor parece que a gente não sente, chora. O amor nos faz chorar pelo amar.
O amor chora.
Coração, Chora.
Dor no Fundo
Dor por Dentro
Está na Hora
Oh! Coração, Chora.
- Tantos não, não entendo
Partiram-te, estou Morrendo
Quem ama é você, Quem sofre sou eu
por favor, não me ignore, Ouça meu eu
que chora...
Com os Choros de um apaixonado Rejeitado
No princípio muita inspiração
Hoje te sentes cansado, acabado
Por sua ilusão
Queria Ser gamboa, mas tu não quis
Tu amas só à toa, oh!
Sai só de mim
O QUE CHORA
Você poderá orientar alguém
antes da tempestade
mas quando ela chegar
apenas acolha, não fale nada.
Quem chora na chuva
conhece as tormentas
percorreu estradas
não quer a voz, quer silêncio.
Há medo e barulho
na alma espantada.
Lori Damm, 23/11/2023
