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Nem toda aula, matéria, disciplina pode ser divertida o tempo todo, afinal estamos em uma sala de aula e não em um evento de entretenimento.
Se o aluno não quer,
não adianta texto colorido,
professor palhaço,
nem o saber sabido fazendo estardalhaço.
Se o aluno não quer,
é sem giz,
é não aula.
O aprendizado dá no pé
e até o recreio vira jaula.
Hoje na aula a prof deu um texto e pediu para que fizéssemos um comentário sobre ele (O QUERERES - Caetano Veloso).Então fiz meu comentário. A prof perguntou entao se eu já havia dado aula. Bem, não dei não professora, mas quando o assunto é amor, eu já sou formada e especializada... Qualquer um, quando ama, sabe falar de amor.
Inconveniências se repetem, o aluno falta à aula, faz-se a chamada para constatar o fato, e temos que registrar o motivo da falta. Então o aluno mente para não ter que se submeter ao ridículo, não querendo dizer que estava com disenteria para a classe toda. Atitude esta antiética e sem profissionalismo. Se o aluno precisou faltar, deviam aplicar as medidas cabíveis sem constranger o cliente.
A alienação levou o aluno que tirou 1,5 na prova que valia 10,0 sair mostrando a folha para todos da classe e sorridente como se fosse o mais feliz de todos. "Pagando de bandidão"! Se tal aluno não tem objetivo nobre com minha matéria e minha aula, não posso perder o meu. Pois o seu é bagunçar e desrespeitar, mas o meu é fazer valer o dos responsáveis.
Quando a caça desconfia, não cai, por isso não se trabalha a mesma dinâmica em sala de aula, os alunos não prestam a mesma atenção da primeira vez, piada contada duas vezes perde a graça.
Talvez os erros das pessoas sejam de pensar que precisa de muito pra conquistar algo, mas as vezes o necessário é suficiente.
A coordenadora gosta de ensinar o professor a ministrar suas aulas, mas quando falta algum, ela não sabe o que fazer.
A melhor estratégia didática que o professor faz uso em sala de aula, começará sempre pelo bom senso!
Um Professor por excelência deve ter duplo reconhecimento, pois, imprimem em nós, pérolas que ninguém jamais poderá roubar.
Para tentar encontrar
Qual a fórmula do amor,
Não precisa calcular
Achar denominador.
Faça experimentação,
Esqueça a equação
Da aula do professor!
Texto por Débora Ildêncio
Publicado no livro: 50 anos Escola Estadual Assis da Chagas| 2016 pg. 78
O ano de 1994 não foi o mesmo!
Lembro de minha ansiedade quando chegou o dia de conhecer a tão sonhada escola. Uma sensação inefável que misturava a expectativa e a curiosidade de conhecer aquele famoso lugar. A blusa nova repleta de quadradinhos simétricos e equidistantes de cor azul e branca e o sol impresso no bolso do lado esquerdo escrito. “E.E. Assis das Chagas”, mostrava que para conhecer aquele local precisávamos de uma roupa especial que era completada com uma bela saia azul-marinho bem engomada! O cabelo bem penteado, meia branca, tênis novo e a pasta maleta na mão completavam o traje necessário para adentrar por aquela porta imensa que me esperava.
Lembro de chegar naquele imenso espaço e ficar extasiada ao ver tantas salas, carteiras e o quadro “negro”, um sentimento de surpresa que era compartilhado com outras crianças da mesma idade. De repente ouvimos uma voz nos chamar para o pátio e após montarmos a fila era hora de ir para sala.
Uma moça de sorriso fácil e bastante empolgada nos conduziu até uma das salas e após perguntar o nome de cada um da turma, se apresentou dizendo alegremente: - Eu sou a Lilia, mas podem me chamar de Tia Lilia!
A partir daquele primeiro encontro, sabia que os meus dias nunca mais seriam iguais!
Com sua voz doce Tia Lilia nos embalava com suas canções, músicas que nos acalmava e outras que nos faziam dançar. Tudo era divertido e aos poucos íamos descobrindo o mundo. As folhas também começavam a fazer parte do aprendizado! Lembro-me dos pontilhados tão bem desenhados que vinham acompanhados do inesquecível cheiro do mimeografo. Naquelas folhas tudo tomava forma, e a cada traço do lápis uma nova imagem surgia, formando curvas e criando um caminho de uma estrada do conhecimento que jamais teria fim! Aos poucos as letras iam surgindo e formavam palavras que a cada momento faziam ainda mais sentido.
Algumas letras bem elaboradas como o “H” eram difíceis de escrever e pacientemente ela pegava em minha mão e fazia com que tudo parecesse fácil!
A aula era tão legal que não entendia qual a necessidade do descanso nos finais de semana! Incansavelmente minha mãe tentava explicar, mas não adiantava, pois, a vontade de aprender e de estar com a Tia Lilia, fazia que o sábado e o domingo parecessem uma eternidade. A cada dia uma nova descoberta e assim vieram os teatros, as apresentações, os poemas de Cecília Meireles e a cada dia aprendíamos mais!
Ao fim do ano estávamos prontos para a nossa primeira formatura! Isso mesmo! FORMATURA! Já sabíamos ler e assinávamos com total propriedade o nosso nome! Em nosso juramento dizemos em alto e bom som: - Prometo honrar meus pais e minha professora.... E dali em diante continuamos cada um a escrever sua própria história sem ter noção do quão importante seria essa professora em nossas vidas!
Todos os outros aprendizados que vieram depois só foram possíveis porque alguém nos alfabetizou. Não haveria uma formação se não houvesse sua dedicação!
As palavras que hoje faço canção, só foram possíveis pelo seu apoio e por segurar na minha mão quando precisei. Ela permitiu que os sinais deixassem de ser apenas desenhos e passassem a ser a forma de comunicação! Em qualquer palco que eu esteja ela sempre estará comigo! Obrigada Tia Lilia!
A vida é uma grande sala de aula
Aonde cada dia tem uma matéria nova e a cada semana uma nova prova.
O currículo na escola
não pode ser apenas pensado,
mas materializado nas ações
de seus agentes ativos
em sala de aula.
Por anos, me senti invisível na sala de aula, como se não fizesse parte daquele lugar.
A PORTA: Separação e Encontro
Entram pais e entram crianças, com as mãos dadas e com olhos curiosos, adentram juntos ao universo ESCOLA.
Na porta, a separação entre pais e filhos se fazem, o encontro entre famílias, crianças e professores também.
Ainda na porta, apresentam-se amigos, combinados, brinquedos, espaços e saberes.
É vasta as pluralidades, possibilidades, aprendizagens.
Adultos, papais, mamães, e ou responsáveis, se afastam e alguns esboçam sorriso tímido, verbalizando ali mesmo na porta, ora ou outra, suas ânsias e inseguranças sobre como ficará sua criança no decorrer do tempo que estarão distantes.
Funcionários, Gestão e Professores acolhem, explicam, acalmam e confortam e se calam muitas vezes, diante de suas próprias questões, também ali à porta.
E ainda assim, quase como HERÓIS e HEROÍNAS, a equipe escolar segue, transpassando suas questões, se fortalecendo em estudos, coragens, e ousadias, seguindo sempre e sempre, além.
Caminham confiantes que sua prática, experiências e saberes, propiciará o melhor a cada um dos envolvidos nesse processo educativo.
Comprometimento com a igualdade, valoração da diversidade e das produções humanas, criações, descobertas, ressignificações e transformações.
E ainda ali, diante da porta e para além dela, o caminhar tem o propósito maior para a construção de pessoas e de um mundo melhor.
KIM -Erika Silva.
A física nos diz que o universo é regido por leis imutáveis. Como a minha sala de aula. Se infringirem minhas leis, descobrirão que, para cada ação idiota, há uma reação igual e oposta.
Diante da concepção de que não há uma metodologia única capaz de contemplar a diversidade de uma sala de aula, acredito que não há educação significativa, se a mesma for dissociada da realidade do aluno, e muito menos se a mesma não for focada no desenvolvimento integral, que seja capaz de perceber a individualidade do aprender que cada discente trás consigo e precisa ser apropriado por ele.
Ser educador está para além do cumprimento de um currículo, para além da sala de aula, para além dos muros da escola. É enxergar as diversas facetas do corpo discente que compõe a escola e perceber que nunca haverá uma técnica, metolologia ou procedimento pedagógico ideal, capaz de contemplar essa diversidade.
A escola no cumprimento de sua função social
exerce uma postura pseudodidática,
ao exercer a segregação entre
a teoria assimilada na formação
e a prática de sua ação na sala de aula.
Um professor, que apenas acumula
o conhecimento teórico acadêmico
e a prática pedagógica adquirida
da experiência de sala de aula,
não tem a condição necessária
para credenciá-lo como educador,
pois educar exige muito mais do que saber
passar conteúdos com a qualidade
que a a teoria e a prática pode proporcionar.
A vida é como uma aula de dança, quando começa a dar os passos, você é motivo de comédia.
Porém, quando você insiste, e se esforça, mesmo que ainda não está do jeito que você gostaria, você ganha respeito dos outros.
O principal é a satisfação pessoal, essa não tem preço.
Pode ser que você até irá retribuir, ajudando outras pessoas que precisam!
Cada tentativa e esforço te dá uma recompensa!
Dance!
Temos a altura que queremos
Se nos faltar pés, creremos
Sem olhar pro chão, saltemos
E, o Sol, traremos (Sant!)
Com o que concluíram improvável
Completei poesia
E o que calcularam impossível
Foi a meta do dia
- Sant
