Sou o Brilho dos seus Olhos ao me Olhar
" PERSEGUE "
Persegue-me o olhar, discreto ou não,
de críticas composto em sua essência,
disposto ao julgamento sem clemência
e pronto para dar condenação!
Se, eu, alvo sou aqui dessa imprudência
sinal que estou bem forte e vivo, então,
e não vesti, ainda, o meu caixão,
mas sigo a poetizar essa existência.
Bem visto ou não bem quisto, estou na luta
deixando a minha marca na disputa
que há de permanecer à eternidade…
O olhar que me persegue me desculpe,
mas nada vale a ideia que ele esculpe…
E ainda terá de mim (verás) saudade!
" EXISTE "
O quanto, num olhar, existe expresso?
Palavras diz num movimento mudo
e, sem nada dizer, nos conta tudo
passando sua mensagem com sucesso!
A forma como diz e aqui aludo
diverge em muitos pontos no processo,
mas todo o conteúdo ali professo
revela mais que o dito à voz, contudo.
O olhar agride, mente, diz, desnuda,
convence, engana, chora, pede ajuda
e conta o que não diz sem dizer nada…
O quanto expresso num olhar existe?
Quem tenta descobrir, logo desiste
pois tem segredos dele na parada!
" DEIXO "
Quando um olhar me corta, assim, ao meio
e me reduz ao pó, sem compaixão,
eu deixo-me levar pela ilusão
de que é o amor que, cortejar-me, veio!
Permito que me dispa ali, então,
que me descubra, livre, sem receio,
e que se manifeste num floreio
me arrebatando, ao fim, o coração.
Talvez o olhar me engane, sorrateiro,
e se disfarce num tiro certeiro
apenas pra me ver sofrer o drama…
Me deixo, pois, levar pela magia
e faço-o se intrigar na fantasia
de como que será me ter na cama!!
" MATREIRO "
Ah! Esse olhar secreto, malicioso,
jogado em entrelinhas de suspense,
trocado só pra ver quem é que vence
o jogo do querer, tão delicioso…
Me dado em reticências, não convence
mas faz-se aberto ao que lhe é prazeroso
de um jeito esfomeado, assim, guloso,
de forma que não há quem lhe dispense.
Me atrevo a mergulhar na insinuação
de que me acolherás, e com paixão,
apenas pra provar qual o meu gosto…
Secreto, o teu olhar me diz matreiro,
do jeito teu, assim, tão costumeiro,
que me darás de ti no amor proposto!
" NÃO "
Me chama, o teu olhar, teu pensamento,
até teus lábios querem, com vontade,
sem medo, sem pudor, sem castidade,
que eu te possua o corpo e o sentimento!
Pra mim não é segredo ou novidade!
Já não me ocultas que te sou tormento,
paixão inconsequente, teu lamento
por tal desejo, dada a intensidade.
Mas esse teu querer é passageiro
após me consumires, por inteiro…
Eu já vivi tal drama noutra história…
Perdoa-me, mas não! Sofri demais
e não me entrego agora a novos ais
pois trago, ainda, as dores na memória!
" DO NADA "
Eu deixo o olhar vagar, ali, no nada
perdido que se encontra o pensamento
e faço que, a alma, vá conforme o vento
bailar as rotas todas desta estrada!
Sou todo esse vazio do momento!
Um corpo na poltrona almofadada
inerte como noite enluarada
por onde vaga a lua em sentimento.
Nem mesmo o olhar caminha o rumo dado!
Se põe ali, no nada, estacionado
sem combustível mais pra ir adiante…
Perdido, o pensamento! Morta, a alma!
Transpiro sob essa aparência calma
por quanto mais, de mim, fico distante!
Se você puder manter o olhar do Cristo crucificado por tempo suficiente, você descobrirá essas verdades. Primeiro, se o pecado custou tanto àquele que é Inocência, então eu, que sou culpado, não posso considerá-lo levianamente; segundo, só há uma coisa pior do que o pecado neste mundo: negar que sou pecador; terceiro, mais amarga do que a crucificação deve ser minha rejeição daquele Amor com o qual fui redimido.
Quando você olhar para um preto pobre e tiver a mesma empatia e respeito que você tem por um branco pobre, ao se olhar no espelho, você verá enfim o reflexo de um ser humano.
#consciencia não tem cor e sim amor.
A solidão da praça
Como todas as praças há um busto de olhar sério com ar de tristeza. Quase ninguém percebe sua biografia. Aquele busto respingado de fezes de pombo no centro da praça deserta pode parecer triste, porque a praça já não encanta tanto como antes. E os jovens das jovens tardes de domingo, e os beijos roubados os beijos de namorados no coreto. O coreto já não abriga mais o recital das poesias a fala teatral nem é mais palanque de protesto. O coreto também está mais triste, nele só há respingado de fezes de pombo. Por conta de umas redes sociais e de jogos mortais, não se abraçam, não se ouve vozes, nem se vêm, nem sentem calor humano. As crianças já não brincam que triste fim da grama e da areia da praça que ficou tão alheio.
Inevitável fim, que seja na forma justa e merecedora, sem o pesaroso olhar de meus entes queridos, apenas de lembranças nostálgicas, sem prévio julgamento de algum santo milagreiro, nem o terrível desconsolo no purgatório das santas. Desejo uma marcha fúnebre para o corpo já desalmado, desprotegido de rituais santos das velhas a me purificar. Abstenho-me das flores fétidas, das luzes de pavio de vela e da cruz pesando sobre minha mente desfalecida.
A primeira decisão de olhar com interesse para outra mulher é um forte desejo para contrair um possível divórcio.
De um olhar feminino constante para o mesmo homem estão
suas intenções: de chamar a atenção para si ou convidá-lo para lhe dar atenção.
Toda casa tem um réu e uma vítima, bastando olhar para o primeiro que abriu a boca para proferir maldições, convidando espiritualmente a entrada de demônios.
Pense em qualquer coisa; mas, não deixe de olhar para cima para saber o que Deus pensa a seu respeito.
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