Sou Igual a minha Irma
SONETO DO AMOR AMANTE
Sou um amante do amor sincero
Daqueles que ama como amador
Sou o que de um afeto mais quero
E, minha paixão: sensação e ardor!
Meu jeito quer feito, efeito certo
Do qual, que, com o olhar faz crer
Dar e receber. Estar sempre perto
No erro ou acerto, deixo acontecer
Se há amor, meu amor é fidelidade
Um conto, uma história, comunhão
Que envolve e palpita de felicidade
Sou agrado no amor a todo instante
Amo tanto que do amor sou coração
Sempre um amador do amor amante!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25 agosto, 2022, 19’23” – Araguari, MG
Se sou poeta ou sou prosista?...
Se sou poeta ou sou prosista?
Por ter asas, sonhador, não sei
Ser poeta é ser artista?
Sinceramente, um pouco serei
Não sou só aquele tom simplista
Tenho amor e do amor sou
Da vida, um poético bucolista
Verdade, não sei à que me dou
Afinal, poeta ou prosista, é assim,
De sentimento fundamental
Se é bom ou ruim?
Pouco sei, sei que sou sentimental
E isto, é o preciso para mim!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
22 outubro, 2022, 11’34” – Araguari, MG
*parceria com Fernando pessoa
CHAMO
Sou eu! Não me ouves, poesia? Piedade
Sinta está sensação que pulsa no pranto
Olha este sentimento que me pesa tanto
Que brada, dói, que me faz pela metade
Pois, não vês a poética que traz saudade
E meus versos com versos sem encanto
E que o canto traz tristura no seu canto
Portanto, ouça-me, e não seja maldade
Quero prosa e agrado, não de centavos
Quero bravos, ver o verso maravilhado
E em cada versar um versar com ardor
Eu tenho mais que somente os agravos
Tenho o ritmo na alma tão cadenciado
E no coração a exatidão doce do amor!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
05 novembro, 2022, 17’20” – Araguari, MG
Nasci em Araguari, nas Gerais
Criei-me no Rio de Janeiro
Quase outra terra Natal
Afinal, sou carioca e mineiro
Um mineiroca do litoral...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
24/08/2023 - Araguari, MG
Quem sou eu de verdade? Sem as expectativas que carrego, sem os rótulos que aceitei, sem os planos que construí como um escudo contra o vazio?
Ser simples
Tenho sofrido algum enxovalho
Por ser humilde é não ter bem
Sou tratado como um espantalho
Por aqueles que pensam que tem
Sei que não devo nada a ninguém
A minha vida é sem atrapalho
Tenho sofrido algum enxovalho
Por ser humilde é não ter bem
Chamam-me de pobre e velho
Com atitudes ridículas agem
Não sou de viver de atalho
Sou humildade e de bem
Tenho sofrido algum enxovalho
Entendimentos e ações
Eu sou capaz de qualquer coisa,
Para preservar a nossa relação.
Não sei se foi uma coisa boba,
Que tentou entristecer o coração.
Usou de um artifício assustador,
Para quem era doce e carinhosa.
Transformou-se numa criatura rude,
Esquecendo-se de uma vida amorosa.
As vezes não consigo lhe entender,
Confusão de entendimentos e ações
Ama a pessoa, depois vem e agride.
Palavras que maltratam por demais,
Nada que justifique esta atitude,
Depois se arrepende e volta atrás.
Pedaço de bife
Eu sou um cachorro obediente,
O que mandam fazer, eu faço.
Corro atrás de tanta gente,
Pulo e deito, rolo e lato...
Mas sou um cachorro carente,
Não tenho nenhuma namorada.
Ninguém por aqui me entende,
Só como ração e bebo água...
Tantas coisas eu queria fazer...
Procuro sempre te falar.
Mas parece não me entender...
É egoísta até na hora de almoçar.
Eu só quero nesse momento lhe dizer:
Estou vazio e cheio de fome,
Não aguento mais ração comer,
Me dê um pedaço de bife e some!!!
Sou morada
Eu queria tanto sentir o teu poder!
Encontrar em Ti a verdadeira vida...
Razões para viver feliz com o meu ser.
Encher-me da tua força e mansidão,
Sentir dentro de mim o Teu Espírito
E assim preencher o meu coração.
Faça-me sentir uma doce emoção,
Aquebrantamento é a sua preferência,
Quando entra desfaz qualquer perdição.
Senhor Jesus, venha habitar em mim...
Sou morada do Teu Santo Espírito,
É só entrar e reinar em minha vida sem fim.
A tua presença remove em mim as montanhas,
Arranca o meu pecado, faz toda diferença...
Levando-me a superar as dificuldades tamanhas.
Fala bola
Eu sou responsável por tantas alegrias,
Só para ver sorrisos estampados nos rostos.
Sofro pancadas de todas as partes e formas,
Às vezes sem a menor necessidade e gostos.
Seja no futebol, voleibol, tênis ou golfe,
Sou maltratada com pés, mãos, tacos ou raquetes!
Alguns me batem sem piedade e com muita força,
Eu só aguento para ver os sorrisos alegres.
Os craques fazem de mim a estrela do momento,
Já os sem talentos mostram com é ruim apanhar!
Nesta vida de idas e vindas eu sempre aguento,
Só para ver a criançada toda se alegrar!
Neste lance de pausa, eu quero fazer alianças...
Com as autoridades presentes a todo instante.
Não impeçam que fique na lateral a Fernanda,
E por favor, nunca mais me chamem de Jabulani.
Sentimento perdido
Na utopia sou levado aos sonhos
Sensação gostosa e aventureira
Sentimento perdido em meio à verdade
Da consciência movida pela realidade
No prazer viajo como nunca
Na ilusão crio as asas da imaginação
Mas na vida nada se concretiza
Só loucura
A vida anda muito louca,
Tudo é um corre, corre...
Eu sou de uma vida quase loka,
Quero que tudo se exploda!
Os resultados das minhas ações,
São como as cuecas que eu visto.
Se forem legais, boas aceitações...
Se não, vão apertar o meu saco!
Toda ação pede uma reação,
Ela dará a resposta plausível!
Para julgar as escolhas do meu coração,
Precisará entender os meus motivos...
Nesta variante que eu vou,
Não vejo um final feliz...
Antes mesmos do tempo que me restou,
Acredito que levarei o game over!
Sou dos versos reflexivos
E sei que os bons conselhos
Tem base nos bons princípios
Quanto aos maus tento impedi-los
O esquizofrênico
Sou ignorado, ninguém quer saber de mim, só recebo patadas a qualquer pergunta que eu faço, será meu destino ou impressão minha...?
Quando eu choro, choro com gosto... as lágrimas que rolam representam todos os meus sentimentos... a angustia provocada, pelos meus mais próximos, me levam as desilusões e tristezas sem fim...!
Sempre fui retraído nos meus relacionamentos, às vezes me enclausurava tentando fugir até dos mais próximos... minha vida sempre foi só...!
Só escuto as vozes dentro de mim, uma do bem e outra do mal... elas analisam tudo ao meu redor e assim eu não me sinto tão só...!
Quando sinto a dor que fere no profundo o coração, busco me apoiar nessas vozes... não sei por que, mas elas me completam...!
Quando criança eu tinha um meu amigo invisível como toda criança tem, mas elas crescem e eles vão embora, porque os meus sempre me perseguem... o que será que eu fiz para eles viverem dentro de mim...!
Com o passar dos anos sinto que as coisas estão piorando, vou perdendo o controle de tudo... a juventude está se findando, meus amigos da adolescência me abandonaram, meus conhecidos se mudaram, quanto a mim, eu continuo dentro do mesmo quarto...!
Eu não sei mais o que faço, se me relaciono não sou levado a sério, se me excluo sou maluco... é difícil abrir o coração nesta situação, é difícil sorrir quando se quer chorar e dizer tudo o que está guardado...!
Quando estou fechado num quarto escuro, percebo que as noites são longas e o sono não vem... os olhos contemplam tudo ao meu redor e os pensamentos são desconexos... depois de muito tempo a tortura acaba e o sono vem, mas é quase de manhã...!
Os dias parecem passar muito rápido, já são três da tarde e, eu estou tomando o meu café da manhã... parece que vivo no Japão, mas não se esqueça que eu peguei no sono ao amanhecer...!
Essa rotina não é correta, mas é a que me domina... felicidade, eu não sei mais o seu nome, alegria já foi há muito tempo embora... amigos nem como segunda opção eu posso mais ser mais, ninguém deseja viver com um maluco, maluco mesmo, é isso que você ouviu...!
Eu torço para que os anos passem rápido, pois a minha saída é a morte... quem sabe do outro lado eu seja mais feliz...!
Ou não...
Casa comigo
Como poeta e amante que sou
Tenho autoridade para te falar
No amor sincero que lhe dou
E na arte poderosa de te olhar
Sensibilidade não me falta
Nem prazer, coragem e emoção.
Meu espírito sempre cobra
Ter você presa ao meu coração
Sentimento pra lá de verdadeiro
Não hesito falar dele com candura
Percebeu para que você veio? Não...
Meu amor por ti é loucura.
Vivo em meio aos meus devaneios
Mesmo assim, casa comigo ternura.
Sou a alma que emana a chama
Sou o corpo que ecoa o grito
De um ser que não suporta
O sentimento absorvido
Rasgo a alma, corto o laço
Pouco a pouco, me refaço
Extravaso de repente
O que de mim já não faz parte
Aparência de Vida
Não há vida.
O que sou?
Um coração que pulsa
por reflexo de um hábito ancestral,
meus órgãos em perfeito estado,
como engrenagens meticulosas
de uma máquina que opera
sem memória ou intenção,
mantendo o teatro fisiológico
de um corpo que respira
por mera obediência biológica,
como se o oxigênio
fosse um combustível imposto
e não uma escolha consciente
de permanecer.
De certa forma,
sinto-me morto,
não pela ausência de pulsação,
mas pela falência do querer,
pela insuficiência da alma
em habitar o corpo que a carrega.
Sou um vulto cotidiano,
uma sombra que vaga
nas bordas do tempo,
um espectro inacabado
que percorre os dias
como um verso esquecido
no meio de um poema
que nunca se completa.
Vivo,
mas sem a densidade
de quem ocupa o próprio ser,
de quem molda o instante
com a intenção de permanência.
É como se a pele
repelisse o próprio contorno,
e o corpo,
apesar de intacto,
fosse apenas a moldura
de uma ausência dolorosa,
uma estrutura que insiste
em se manter ereta
mesmo quando o espírito
já desabou.
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