Sou como um Velho Escaravelho
O homem sentado não disse muito, porém, o que disse calou ao coração de todos.
''Sou um velho bebendo. O único momento em que não estou bebendo é quando estou bêbado. Quer outro resumo de como levar a vida?'' E saiu...
O conhecimento é o meu mais velho aliado, companheiro de todas as batalhas,
Minha armadura impenetrável, que permitiu-me ficar sempre de peito aberto e não temer o perigo que se opõem a mim.
Meu escudo inquebrável, que resistiu e não cedeu a rachar nem mesmo nas maiores e perigosas tempestades.
Minha espada forjada a sangue, suor e lágrimas, mesmo que muito desembainhada, não perdeu seu corte e nem seu brilho.
Minhas botas leves que sempre orientou-me a não se perder no caminho e também a não pisar em falso, evitando a minha queda.
Meu capacete, protegendo-me a cabeça incessantemente de flechas venenosas, safando-me de envenenar meus pensamentos, guardando a minha razão.
VELHO GOIÁS
Olha os ipês no cerrado, mais belos
Do que as da estação da chuvarada
Tão antigos, tanto mais belos, nada
mais magnificante... e tão singelos!
Os brancos, os rosas e os amarelos
Nos galhos, a cantiga da passarada
E o frágil das flores no chão arriada
É o velho Goiás nos seus paralelos
Toca o berrante, boiadeiro e boiada
Carro de boi, os seus causos e viola
Assim, assim vão todos pela estrada
No suor da terra a mão do capataz
Cidade grande e também a aldeola
É o espírito do chão do velho Goiás...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2018
Cerrado goiano
Carta à Mãe ( sobre o cancro) -
Estou diante de um velho espelho e vejo a minha imagem turva. Estou sozinha mas viva, e isso vale por mil companhias. Lá no fundo brilha uma esperança de futuro, de vida, de cura, ainda que vaga … o que não apaga tudo aquilo que vivi e senti. Agora quero acreditar em Deus, sinto que mereço acreditar nele e no seu poder de Equilíbrio … porque acreditar em Deus é acreditar na Vida. Vida que ainda sinto, que ainda respiro, que ainda me habita. Vida que nunca ninguém em tempo algum me poderá tirar … agora Sei! Agora Sinto-o!
O cancro é um mal que entra no corpo sem se dar por ele. É um estranho negro que começa a viver lá, a virar a nova casa em que habita contra si mesma. Esta é a fatalidade do cancro. Ele começa por ser um invasor mas torna-se uno com o invadido forçando-nos a destrui-lo. Destruição que nos destrói, dor que gera dor, fim que nos aniquila. É a presença do diabo! O tratamento é o exorcismo da ciência.
Mãe … espero que nestes termos o Ames a ele e a mim porque os dois formamos um só. Espero que aceites este estranho que muitos conhecem mas que poucos conseguem expulsar completamente … e se ao leres isto que escrevi, a escuridão me tiver engolido, não podes pensar que fizeste pouco por nós. E apesar de sempre termos alcançado tudo juntas, este ultimo percurso tem de ser feito obrigatoriamente por mim, e só por mim. Perdoa-me o individualismo mas é assim que a Vida quer! O passado dos nossos sorrisos parece ter-se afastado, parece ter-se evadido … sinto o presente tão doloroso na Alma e no Espírito que o futuro se torna numa incógnita fatal.
Que o teu Coração de mãe se acalme com a recordação do nosso Amor porque o meu está em Paz … e se eu tiver que partir mãe, nessa hora de partida, levarei impressa no meu Ser a tua Alma de Mulher.
in Uma Alma de Mulher
Do mesmo autor
Um dia um velho amigo me disse no reflexo de um vidro sujo, cuidado com quem amas. Fiquei perplexo, mas em alerta. Nove horas mais tarde eu havia levado nove facadas da visita que chamei de morada.
Recomeçar... re.. começar... se refazer, se reinventar ... começar do zero... se desfazer do velho ... desligar do passado... se levantar ...
Hoje estive pensando
No velho e no novo amor
No velho que nunca deveria ter partido...
No novo que nunca deveria ter acontecido!
Certa vez perguntei a um velho sábio onde morava a felicidade? E ele disse: A felicidade mora em cada momento da sua vida, basta saber enxergá-la.
Aqui jazem sobreviventes
E em todo lugar
Do novo velho mundo decadente
Suprimindo suas vozes
Outrora ativas, ferozes
Agora doentes
Corpos meros recipientes
De amor líquido
Numa vida real inventada.
Na velhice da alma
Eu não escolho sonhar; os sonhos que vêm sobre mim
Algum velho e estranho desejo por ações.
Quanto à mão sem força de algum velho guerreiro
O punho da espada ou o capacete usado desgastado pela guerra
Traz vida momentânea e astúcia longínqua,
Então para minha alma envelhecida -
Envelhecida com muitas justas, muitas incursões,
Envelhecida com nomear de um aqui-vindo e daqui-indo -
Até agora eles lhe enviam sonhos e não mais deveres;
Assim ele se incendeia novamente com poder para a ação,
Esquecido do conselho dos anciãos,
Esquecido de que aquele que governa não mais batalha,
Esquecido de que tal poder não mais se apega a ele
Assim ele se incendeia novamente em direção ao fazer valente.
Se vai começar um Ano Novo cometendo os mesmos erros, fique no Velho, porque não tem sentido chamar de novo suas atitudes velhas!
zi fi
De visita a uma dama
que mexia com o além,
perguntei: como se chama
esse velho sem vintém?
Rindo, disse a tal mucama:
preto-velho não se chama;
se precisa, ele vem...
Idoso não é ser-se velho.
Idoso é aquele que tendo sobrevivido a todos os auges e desertos, vive alegremente a sua segunda juventude tendo em si uma criança sem idade.
Já temi correr o risco
De morrer de velho
Sem ter vivido o bastante,
Mas entendi que a vida
Não é depois nem foi antes.
A vida não dura pra sempre, é durante.
Nota: Trecho do poema Só por Hoje.
...MaisQuando um velho pai permite que seus filhos o dominem ele perde toda a sua autonomia de vôo. TENHA SEMPRE O ALERTA ACESO!
Ser idoso não é ser velho. Ser idoso é ter uma história de vida. Ser velho não depende de idade, depende do nosso estado de consciência
Só se é velho mesmo, para quem desistiu de fazer as coisas que habitualmente lhe faziam se sentir bem....
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