Sonetos

Cerca de 1264 frases e pensamentos: Sonetos

MEU SONHAR

Aos sonhos eu despertei com a tua voz
Dentre à noite a um luar romântico;
Os sonhos, eu edifiquei ao seu algoz
Desfalecendo o teu entoado cântico...

Parecia a noite um mistério alheio
Desconhecendo a encantada escuridão
Dentre o meu peito. Que feliz e cheio
Desconhecia a tristeza o meu coração.

Uma ilusão do nada. Tanta euforia
Sentindo em minh'alma que já não sorria
Ao perceber o teu adeus tristonho...

Ao luar tão belo, que a vejo estar comigo
Ao dormir, sonhar; fazer amor contigo
Que n'alma, eu desperto, e deliro e sonho...

Inserida por acessorialpoeta

⁠DIA DE CALOR

Eu trovarei um dia de muito calor
No cerrado tão árido e tenebroso
Num mormaço trincado, rigoroso
De aquecer o verso no tom maior
Cantarei do desânimo ao travor
Da tempera, num ritmo viscoso
Exalando o suspiro vertiginoso
Num compasso cheio de rumor

Um horizonte rubente, incendido
Acalorado, picante, bafo quente
Hão de estar no verso ressentido
Hei de cantar o fervor que se sente
Urente, cadenciando o suor fluido
Em um acorde de um dia ardente.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
20/09/2024, 17’35” – cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SE SIGNIFICADO TEM

Horas desenfreadas de uma saudade
jamais sussurrou quando olhar havia
e que na poesia, fosse, então, alegria
em tão longitudinais dias de lealdade
Aqueles sonhos que foram prioridade
ao coração, rimava com doce fantasia
na alma vazia, de sentimento enchia.
Ó singela quimera, quanta felicidade!

Amor com aveludado sinal acontece
com emoção, a lembrança e ventura
horas duradouras a sensação oferece
Ah! satisfação tamanha! rica ternura
se significado tem, a paixão aquece
e sente o afeto com sensível textura!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
21/09/2024, 13’27” – cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

⁠POETAS MORTOS

Ensandecidos: Vagueando à multidão
Eu vejo alegria, ansiedades e chorar...
E dentre o meu peito falta vida, me falta ar
Por sentir os temores da ilusão...

Insanidades, eu vejo a toda alma o coração
Por falsidades que os fazem fadigar,
E, ensandecida, navegando sobre o mar
Eu vejo a minh'alma à solidão...

Versos entoam dos meus sentimentos:
Tão Igual é nosso sonhar, nossos lamentos
Por virtudes nosso luar ser de alegria...

A sofrer sinto-me brando, sou louco?
Eu sou d'um Poeta o fogo intenso e absorto
A mentir o nosso amor: Que fantasia!

Inserida por acessorialpoeta

⁠Quando te chamo, ah! saudade
É por que sinto tua falta, quero a ver
Agora cheio de ansiedade
Quero te ouvir dizer
Que ira sempre pra mim sorrir
E nunca irá me deixar
Por mais triste possa sentir
A mim nunca ira me faltar
Sua presença o que quero
A unica coisa da qual preciso
Que me visite, eu sempre te espero
E me deixe sempre um aviso
Que nunca sentirei tristeza ou dor
Pois poesia, sempre sera meu amor

Inserida por eassisan

⁠NÃO MAIS O VERSO TRISTE...

Aqueles versos que em pranto soavam
Rasgando a alma em poética convulsão
E as toadas e os acordes já imaginavam
Que vinham do mal do partido coração
No carecido verso, desagrados estavam
Pedintes, largados, vãos, ali pelo chão
Os cânticos de outrora, escalpelizavam
O sentimento... Dedilhando a emoção!

Chegou ao fim! Não mais o verso triste
À espera duma inspiração que ensecou
Cada afiada sensação, que, no entanto,
Não mais, no palpitante encanto, existe
Então, a satisfação o versar encontrou
Antes agoniado, agora, glória e canto...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
22 fevereiro, 2024, 16’53” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠TENEBROSO CANTO

Meus versos vão seguindo fantasista
Debaixo da poética farta de emoção
A toada de minha sanha cancionista
Compassa a métrica com sensação
Cada sentimento na prosa, conquista
As ideias, tão apaixonada inspiração
E cá dentro do peito o furor bucolista
Expande pelos poemas com ambição

E a aflição, está triste companheira
Levou a dita da poesia quase inteira
Do amor, ó duro fardo e desencanto
E em cada verso que seria contente
O pranto, tal o dia num triste poente
Dando à prosa um tenebroso canto.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
23 fevereiro, 2024, 10’05” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠NAS ASAS DA SAUDADE

Foi em vão os versos para me serenar
Na treva afiada do sombrio sentimento
Cada rima tentou, assim, desencontrar
De ti... e mais e mais, se fez momento
A prosa insisti em versos para te amar
Na poética somente pesar e tormento
Pois, cada estrofe escreve o teu olhar
E cada suspiro aquele sonoro lamento

Pranto, sussurros, sensação e agonia
Foi-se sonhos sonhados com paixão
E agora somente está sentida poesia
Que pronuncia, tão cheia de vontade
Em um momento referto de emoção
E, tudo, então, nas asas da saudade!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
23 fevereiro, 2024, 18’35” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠TEMPO DE ENCANTOS

Mostram-se belos versos com exaltação
Cá no soneto de afeto e aura dourada
Cheio de canção e de perfumada toada
Que compassa o agrado e a sensação
A prosa se veste de esplendor e paixão
E em derradeira sedução, fica gravada
No sentimento, no tempo, pela estrada
Bailando na alma em graciosa emoção

Inesquecíveis poéticas, tão atraentes
Divinamente, às lembranças vertentes
Prozando excessivas distintas alegrias
Enquanto o ardor dorme sua realeza
Tempo de encantos, cordial singeleza
Ornando com amor a desejada poesia.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
24 fevereiro, 2024, 09’58” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Composição

Está poesia é pintada com emoção
Tons poéticos e sentimental magia
Onde cada versar tem em alegoria
O amor, sensível e terna inspiração
A cor de fundo é o rubro da paixão
A sua cintilação traz bem e valeria
Alegria em cada retoque, simbolia
E sensação, um pulsar do coração

Nesta métrica se pode mais amar
Muito e bem mais que os amores
Versos a doar flores, e sem pesar
Todo o ardor, cheios de primores
No mais casto do sentido da arte:
Dando a composição, mais cores.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
25 fevereiro, 2024, 16’41” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠VÉU DE UMA SAUDADE

Ainda que casmurra a andar, a poesia
Desnuda daquele amor a lhe encantar
Com versos tristes e, com triste arrelia
Mesmo sabendo que tudo tem o lugar
A poesia romanceia, se põe a sonhar
Se abarca em uma sedutora sinfonia
Porque a poética faz o coração arfar
Vertendo em carismática harmonia

É a suave magia criando o momento
O trovador que mesmo de alma nua
Ainda, assim, busca o ritmo do vento
Então, tão cheio de uma pluralidade
Matiza as palavras, teima, continua
Embalado num véu de uma saudade.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
26 fevereiro, 2024, 13’21” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Nos teus olhares brilha o doce afago,
Desejo e graça num só gesto unido,
Fertilidade em dádiva revelado,
Origem grega e deusa em ti contido.

Isis-Doron, nome que encanta e ecoa,
Beleza rara em linhagem tão sutil,
Teus olhos, fonte de calma e encanto vibram em consonância com o universo,
Num hino eterno ao encanto e ao perfil.

Assim te vejo inrenitente sem teimosia você segue a vida encantando o mundo com sua singeleza.

Não se preocupe com os caminhos a trilhar porque independente de por onde andar o ponto final será sempre onde você tem que está!

Inserida por wesley_lima_2

⁠Vem, agrado, vem!

Que siga essa alegria com devoção
Trazendo a sua poética com ternura
Vem diversão, leve a cruel amargura
Me dê sentido, com sede de emoção
Possa o prazer ter uma maior paixão
Purificando aquela sensação escura
Que tudo isso, à alma, renda infusão
Culminando em sonho, doce candura

Quero toque, olhar, mais que só estar
Que a flecha no coração seja sentida
Atinja mais, e então, poder mais amar
Permuta o alivio com a ilusão perdida
Põe na minha poesia versos a cantar
Vem, agrado, dá-me valia nessa vida!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
02, março, 2024, 15’07” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠O CERRADO ABRAÇA

Tais como enigmas densos, viscerosos
Os quais o cerrado, que a poética canta
Os segredos são dum fascínio calorosos
Contradizendo o torto que nele implanta
Uma imensidão, o horizonte se agiganta
Os rubores em um entardecer veludosos
Dão lugar à beleza onde o vário encanta
Trazendo vida com mais tons nas prosas

E aquele espanto, se fazendo momento
Esvaindo da admiração, ó coisa formosa!
Bendito seja, pois, cada bom sentimento
Que chega à emoção, propagando graça
Vai contaminado a condição maravilhosa
Onde cada sentido do cerrado nos abraça.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
02 março, 2024, 18’57” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SENTIMENTO SINGULAR

A saudade é um sentimento singular
É mal sentido com uma afiada paixão
Quando maior, parece na alma fincar
A lembrança elaborando dura versão
Aflitivo não impregnado na sensação
Exala momento perdido, a perturbar
Clama, suspira, importuna o coração
Olhar disperso, que se põe a chorar

Vem sem rogar, adentra sem demora
Deixa um torpor que ao espírito aflora
Cravando no íntimo um imenso fragor
Sabor amargo, que na emoção invade
Tu saudade! Tão enredada de vontade
E cético cântico de uma dor de amor!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
04 março, 2024, 20’41” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠NADA

Se penso em fazer voltar-te a rosa dada
Converto em dor os versos de lembrança
Sinto em mim uma sensação angustiada
Percebendo que já não mais é a aliança
Tua citação é mais nada, d’alma retirada
E, no meu cantar não mais a esperança
A outrora melodia, no meu peito, calada
Por ser mais nada, então, nada avança

Como eu posso devolver-te o mais nada
Se nada mais, tenho, nem nada a te dar
O meu versejar me serve como espada
Um escudo, a deter a lágrima a derramar
Pois, um dia se choradas, hoje enxugada
Rasurando os datados versos por te amar!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
05 março, 2024, 15’51” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠POESIA E SENTIMENTO

No ocaso dum dia, poesia e sentimento
Cheio de sensação e de alegria, estava
Acariciando a alma que então sonhava
Com emocional poética no pensamento
Encanto e ternura, fazendo o momento
Assim, do mais intenso ardor, banhava
Quando amor no horizonte desenhava
A face que na saudade era juramento

Ah! tolo sentimento, bate tão mais lento
E o coração, no seu lamento, é moldado
Soa nostálgico, violento, na sofreguidão
Clama, chora, suspira, tem pouco alento
Cinzenta paixão, em torpor fica o coitado
E o sentimento e a poesia, ao vento vão.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
06 março, 2024, 15’40” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠PARADOXO

Minha poesia é abatida e intensa
Sempre a trovar o choro e alegria
Vazia, mas também há presença
Uma redação tão cheia de magia
Tu quem és? Nesta tal sentença?
Chegada, partida, amor ou arrelia
Versos de aceitação e despensa
Quanta contradição, triste ironia

Clara, obscura, não sabe decidir
Qual tom de mistério a versejar
Se poética da dor ou do prazer
Ah! poesia inquieta... sabe sentir
Fartamente. E se põe a devanear
No paradoxo que é o nosso viver!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
07 março, 2024, 07’00” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠LIBERDADE

Entre os versos sedentos de saudade
Uma sensação que estava prisioneira
Por toda a métrica, pela poesia inteira
Pra, então, ter o teu voo em liberdade
Adeja em caça, daquela prosa faceira
Plaina, alça voo pra sentir tua vontade
Na imensidão do sentimento que brade
Terno, superando sua poética fronteira

Canta, versa, solta o trinar pelo vento
Compõe aquele clima de doce alegria
Livre na vastidão do belo pensamento
Sê emotivo, enche o poema de magia
Do teu âmago o novo em nascimento
E dos teus versos muito mais sintonia.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
12 março, 2024, 10’55” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Sensação térmica (calor no cerrado)

O cerrado está com palpitação ardente
Enquanto o sol avança com seu calor
Embalado na sede que arde na gente
Trazendo o desânimo com árido rigor
Sem nuvem o sertão é abafadamente
Fundando na mente acalorado rubor
Inflamando o horizonte, vorazmente
Dando a cada canto calmoso fulgor

Sensação térmica com cálida oratória
Dá piedade, dá alívio, nesta trajetória
Dá refrigério, conforto, harmonização
Porque chegamos no limite, no limiar
Ah calor! Fervente, tenha compaixão!
Porque és suor no verso a transpirar.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
17 março, 2024, 13’37” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol