Soneto da Espera

Cerca de 9596 frases e pensamentos: Soneto da Espera

⁠Soneto I

Amo-te por amar, sem condição, Pois amar por razão, seria ilusão. Não sei porquê, mas te amo, não, Outra forma há de amar, só a paixão.

Te amar assim, sem lógica ou razão, é a única maneira de me entregar. Não há conveniência em meu coração, Amar-te é simplesmente me encontrar.

Por que amar? Não sei responder, apenas sinto, Este amor que transcende qualquer explicação. É a essência pura, que em mim habita, e eu minto,

Se não confessar, é você, minha inspiração. Então, que seja assim, um amor instinto, Que só sabe amar, sem pedir razão.

Inserida por marcoantonio04

⁠LACRIMANTE

Soneto, vivo tão só, numa rudeza
Onde o versejar se dilui em pranto
Longe do prazer cheio de encanto
Aonde a minha poética está presa
As rimas são ao verso só incerteza
Tristeza, onde o meu sofrer é canto
No entretanto, o amor é tanto, tanto
Em uma poesia frágil e tão indefesa

Ando inquieto, o coração com desejo
De um sussurrar tão de ele distante
Que endoida, e que na paixão a vejo
Em cada uma das linhas, um instante
Que retumba pelo ar, tal a um realejo
Solitário, com o impar tom lacrimante.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
07 maio, 2024, 18’44” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠MÃE (soneto)

Amar com um incondicional amor
Ser eterno que merece ser amada
Notadamente, dama predestinada
Nada espera, tudo dá. Tom maior
Duma generosidade no seu melhor
A tua paixão é sempre apaixonada
É encanto duma poesia encantada
Abraço abrigo, solução de uma dor

No louvor a mãe, o muito é pouco
O pouco é nada, a aba, tampouco
Nos ampara, e a nós eternamente
Não tem limite, da vida é imolação
Do filho comunhão de teu coração
Bondade e ternura, infinitamente!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
12 maio, 2024, 11’29” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SONETO EM PRANTO

O amor que eu cantei ardentemente
Em uma saudade agora o improviso
Pois arranca-lo da poética foi preciso
Para não recuar, fiz-te contundente
Na sensação o sentido tão pendente
Nos versos, inconveniente, indeciso
Fazendo desta emoção algo preciso
Deixando na prosa suspiros somente

E peno. Restrito sinto toda a carência
Não há mais a trova que amava tanto
Zanzo. Um andante na sobrevivência
Assim, padece o meu amoroso canto
Em lágrimas um versar em sofrência
E, para chorá-lo o soneto em pranto.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
16 maio, 2024, 19’37” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠LOGO

Soneto pleno de amor, e desejo
Vivenda do coração, e festejada
Divina posição, na alegria selada
Que poeto com agrado e ensejo
Que emoção que no sentido vejo,
É está? Pois é sensação amada
Fazendo da ternura sua morada
Ornando a simpatia com cortejo

Feliz, assim, de haver-te ao lado
Da admiração, imaculada e clara
Invade a todo tempo a leda cara
Ah! severo fado, dá-me o abraço
E ao sentimento tão apaixonado
O amor. Paixão, apressa o passo!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
25 maio de 2024, 17’38” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠BUSCA

Ó soneto, ó cântico, sonoro, tão amoroso
Ó toada d’alma que cantarola apaixonada
Encantada, de doce sentido a tanta soada
Sede, num poema tão desejoso e formoso
Socorre a inspiração sem pouso, o penoso
Fado desenfreado do trovador e a vexada
Sensação ao dispor da dor. Sê camarada
Dê asas a ilusão, e o sentimento calmoso

Cadê aquela rosa poetada, agora perdida
Dantes sentida, sonhada, plena de ternura
Quero a textura daquele amor com poesia
Traga alegria, alegoria inteira com fartura
Tangendo no peito uma compassada via
Coberto de emoção e poética com doçura.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
29 maio de 2024, 15’50” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Soneto do Amor: Como Se Fosse a Primeira Vez

Te vejo, e o tempo para em seu compasso,
O mundo silencia ao teu redor,
É como se o destino em um abraço
Unisse nossas almas sem temor.

Te ouço, e cada som é melodia,
Tua voz é brisa doce a me tocar,
Reescrevendo em cada novo dia
O que o coração não pode negar.

Te sinto, e é como a primeira vez,
A descoberta pura, o eterno encanto,
No toque, o universo se desfez.

E assim te amo, sempre renovando,
Pois cada instante em que te tenho aqui
É a prova de que amar é renascer em ti.

Inserida por matheushruiz

⁠SONETO DA SAUDADE - (soneto II)

Repete, no soneto saudoso, por mim, a versejar
O outrora, as histórias, os sentimentos amados
O vazio de uma solidão, por ti, a me espezinhar
As marcas do penar da dor no âmago gravados
Que possa o poema, do dilema plural, lembrar
Da sensação e da prosa, dos olhares intrigados
Do amor, ser amador e os encantos a acautelar
Todos, na impressão, recordação, enfileirados

Redigidos, tão só, pelo carinho e a docilidade
Cá no cerrado, sentado à beira dessa saudade
Própria de quem viveu a sedução da emoção
Aspiro à singeleza e a constância poder atingir
Ouvir, e narrar, qual sentido, esse meu existir
Poetizando a vós toda poética do meu coração!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
07 dezembro, 2021, 05’48” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SONETO PRIVADO

A tarde no cerrado cai, aquosa
Silente, e o pôr do sol rubente
A chuva, em gota lustrosa...
lacrimeja melancolicamente

Nesta languidez, a sensação
Duma aflição, vou suspirando
Enternecido, cheio de ilusão
E, lá fora o pingar em bando

Sinto o coração palpitando
Na solidão, e no devaneio
Assim, o tempo passando
Em um suplicante floreio

Nostálgico sinto arrepio
Demanda o pensamento
E a saudade no seu feitio
Cata poesia pro momento.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
22 dezembro, 2024, 17’43” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Soneto: O Milagre

O milagre de Natal é vivo, respira e sente
Conhece seu lugar em cada coração
Daquele que o roga em oração e comhunhão
Milagres acontecem de repente, sem aviso
Chega como se estivesse a nos visitar
Em passos sutis, radiante, envolto em luz Santificada
E estando em nós, adorna nossa alma
E decidi ficar por sabedoria e nela faz seu ninho
Pois conhece sua valia e compromisso
E doa o bem e a cura, sem nada exigir
Entrega esperanças, envolto num amor miaor
Se achega, se acomoda, observa e se apresenta
Momento em que o sentimos e vivemos sua benção
E rogamos, seja por nós, para um amigo... um necessitado
O milagre opera magnânimo, gestando nobreza e encantos
Em estado de Graça, com a alegria de uma criança
Puro, iluminado, solenemente bem vindo!

Inserida por mucio_bruck_1

⁠DISSONETO – SONETO DISSONANTE

Estou ouvindo o som da voz interior,
Eco silencioso quase mudo,
Notas tentando escapar ao exterior,
Luto para esconde-las do mundo.

Desafinadas encontram passagem,
Em altos trovões de gritos surdos,
Buscam em folhas calma paragem,
Entoar os segredos mais profundos.

E despertam da inércia a coragem,
Em sentimentos que não se medem,
No recitar da poesia mais louca,

Os versos dessa rima imperfeita,
Na musicalidade em voz rouca,
Dissonante a métrica perfeita!

Claudio Broliani

Inserida por ClaudioBroliani

DESCANSO NO MAR - (Soneto polissêmico)


És majestoso... oceano Pacífico;
Que se abre ao sopé desse morro;
Nesse mar azul calmo e pacífico,
...em êxtase mergulho e morro!

...sendo, para o fim muito cedo;
Luto, sentindo da vida a chama;
Mas sem forças desisto e cedo,
... à voz, que bela me chama.

- Seu navegar não serás em vão,
ou, sepulcro sem mastro e vela,
Sobre ondas que vem e que vão,

não haverás no fim, choro ou vela;
Nesse infinito largo como um vão,
...eterna Nau, da paz que se vela!

Claudio Broliani

Inserida por ClaudioBroliani

⁠Soneto ao meu amor

A lua brilha, espelho do luar,
Reflete a luz que vem do seu senhor.
Assim sou eu, que busco o teu olhar,
E encontro em ti a fonte do amor.

No céu sereno, a lua em esplendor,
Inspira sonhos, faz o mar cantar.
Mas, sem o sol, é triste e sem valor
Perdida e fria, não pode brilhar.

Assim era eu, sem tua luz em mim,
Um ser sem rumo, triste a vagar.
Contigo, amor, conheci vida enfim,

E em teu carinho, volto a resplandecer.
És meu sol, que me faz renascer
E sem ti, não saberia sequer viver.

Inserida por EvandoCarmo

⁠Soneto à Divina Helena

Helena, és estrela que o céu adorna,
Rainha dos tempos, de eterna magia.
Teu nome ressoa, o mundo transforma,
És verso esculpido em pura harmonia.

Teus olhos, dois sóis, brilham com candura,
E trazem do Éden o mais raro fulgor.
Tua voz é melodia que perdura,
Encanta os sentidos, exala o amor.

És mais que mortal, és lenda vivente,
A própria beleza em forma terrena.
Nos corações deixas rastro ardente,

Sublime, encantada, divina Helena.
De ti se inspiram os céus e a terra,
Pois em tua essência a perfeição encerra.

Sublime, encantada, divina Helena.
De ti se inspiram os céus e a terra,
Pois em tua essência a perfeição encerra.

Edson Luiz Elo

São Paulo, 30 de Dezembro de 2024

Inserida por ProfessorEdson

⁠Soneto À Alice

Alice, és sonho em forma de verdade,
Mistério e luz em perfeita união.
Teu nome carrega a suavidade
De um sopro divino em cada estação.

Nos teus passos, dança a leve brisa,
Teu riso é mel que adoça a jornada.
Tens no olhar o céu que nos precisa,
E na alma a paz tão desejada.

És poesia viva, encanto e ternura,
Flor que desabrocha ao toque do amor.
Tua presença traz vida à amargura,

És estrela que brilha com seu esplendor.
Alice, teu ser é pura magia,
Eternamente fonte de alegria.

Edson Luiz ELO


São Paulo, 30 de dezembro de 2024

Inserida por ProfessorEdson

⁠Soneto da Redenção

No derradeiro ato do nosso drama,
Dissolvem-se os laços, a dor se acama.
Palavras singulares, raras no intento,
Decifram o fim, o triste desprendimento.

Desfeito o enlace, risos desbotados,
Recomeço ansioso, corações alados.
Vagam pelo espaço, sem fardos antigos,Palavras raras, como raios abrigos.

Entre lágrimas, versos raros traço,
Escrevo no peito, sem medo do cansaço.
Relevo o passado, cinzas derramadas.

No palco da vida, uma nova cena,
Com palavras pouco usadas, serena,
A esperança brota, renasce renovada.

Inserida por ThiagoPereiraCandido

⁠Soneto de encontros desafortunados
Dois corações que se encontram,
Mas não podem se unir.
Uma conexão forte,
Que só pode ser vivida em silêncio.

Um sentimento de perda,
E de saudade.
Um desejo de estar juntos,
Que nunca poderá ser realizado.

Sinto muito pelo nosso desencontro,
Pois gostaria de estar pronto para gente se encontrar.
Mas, continuo me recuperando,
Há muito ainda a superar.

Não seria justo com a gente,
Mergulhar nesse novo amor,
Sem estar maduro para amar de novo.

Inserida por marcielmunizmkt

⁠SONETO #5
SONETO DO SER AMADO

Do perfume das rosas, comigo
Sinto no Olimpo dos cuidados
Do zelo prazeroso imediato
Do amor entre íntimo e amigo.

O ato de doar tem o seu destino
Debaixo dos lençóis e na rua
Quem contigo não falava, vira sua.
Admirador secreto vira predestino.

Ser acariciado, minha alma suscita
Sente a vontade de beijos carnais
De longe, a distância não aguenta.

Quem sabe, de paixão um pouco mais
A atividade amorosa sustenta,
O que o sofrer não se conquista.

Inserida por luizfelipelimasilva3

⁠SONETO #4
DIAMANTE NEGRO o amor que acabou Maysa

Amar é sentir bruta dor também, é partir
Saber a hora certa de ficar e corresponder
Amar, é sentir medo sem mesmo saber
Que o breve amor das pessoas não vai vir.

Ter medo do amor como nota falsa ser
Infiltrado no coração, dado a persuadir
O diamante negro que é levado à sorrir
Mesmo quando se ferir, sairá à crescer.

E é nessa boa vantagem de saber amar
Que nos deliciaremos com o terno bem
Que cura, desincha e mata o desatinar

Que se desmancha mas açoita também
Sem dó o que nem sempre é, no que dá
Procurar amor em caras erradas desdém.

Inserida por luizfelipelimasilva3

⁠SONETO #3
ESTETICISTA FACIAL

Moça bela, secretária me atendendo
Na sua mesa, logo de manhã bem cedo
Antes de tudo, maquiagem completa
Seu nome é Marcela bela, lábios violeta.

Ninfa das plumas rosas e sutis regalias
Me inspirei olhando a ti que me avalias
Meus documentos, minha três por quatro
Tua singularidade feito lua deixa rastro.

Marcela, esmeralda desejada por Brás
Cubas, luxuosa no brilho e com batom.
Modelo da estética artística, que trás

A arte como um soneto agudo semitom
Nos azulejos da moda, fugaz nas letras
Feita escansão para se admirar o bom.

Inserida por luizfelipelimasilva3