Soneto 18
Minha esposa linda.
A minha amada é única
Ela tem os cabelos cor de cobre
E o sorriso que brilha mais que prata
Nas primeiras horas do dia
Nos primeiros raios de sol
Quando adentra nosso quarto
E toca seus cabelos
Parece que suas madeixas roubam os raios do sol
E ficam incandescentes
Ela olha para mim e sorri
Em seguida vai lidar com seus potes,
Seus recortes, suas agulhas, que tiram todas as agruras do viver.
Assim a vida fica mais linda.
ORVALHO EM GOTA
Cadê o tempo e seus respingos
seus pingos e suas gotas soltas
ventos no tempo pequenino
água molhando a velha roupa.
Promessas de norte ao sul
enigma e rima ao meridiano
balança nuvens sob o céu azul
e com ciclone cisca os planos.
Fazendo nascer as sementes
alegrando por ai os inocentes
com a toca da vida solta...
Faz, botão de jardim florescer
rios de sol ao amanhecer
sob brilho do orvalho em gota.
Antonio montes
Sem rancor do que fui e tenho sido
Sem esperança e sem desesperar
Não sou nem covarde, nem vencido
Mas vontade não tenho de lutar
Muito bem, sei que nunca fui querido
Mas também a ninguém eu soube amar
Que importa ser por todos esquecidos
Se meu própio viver quero olvidar?
E assim pela vida
Indiferentemente vou passando
Sem maldizer minha estranha sorte
Neste mundo, onde em plena mocidade
Cansado de viver
Anseio a morte
FEIRA DA LARANJA
Domingo, fui a feira da laranja
e as bancas, botavam banca
com laranjas, cheias de vida
e ali, as suas vidas coloridas.
As laranjas esbanjavam cores...
Laranjas, vermelhar amarelas
laranjas, para eles e para elas
seus gostos, aguçavam sabores.
A vontade, com verdade veio...
Então, pedi um suco de laranja
e o copo de suco, estava cheio.
O suco, continha gosto do fruto
assim, no seu estado todo bruto
das laranjas, tangendo seus meios.
Antonio Montes
AFORA DA JANELA
Plumas de nuvens no céu profundo
De Brasília, alvos lençóis esvoaçantes
Se desfazem num piscar do segundo
Ao sopro dos áridos ventos uivantes
Ali, acolá, riscando devaneio facundo
Na imaginação, e sempre inconstantes
Vão e vem tal desocupado vagabundo
Ilustrando o azul do céu por instantes
Em bailados leves e soltos, voejando
Na imensidão do horizonte em bando
Vão em poesia na sua versátil romaria
E num ato divino, faz-se o encanto
Tal como flâmulas por todo o canto
Tremulando no cerrado com euforia
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, julho
Brasília
O Pouco qu'eu outrora tivesse
Deleitado em seus braços, chorava
Lembrando o quão importante era
Contente, mas sozinho estava
Querias simplesmente saber o porque
Dos teus lábios secos, sem mais cor
Sem amor, sem sabor
Sem o brilho que ali reinava
Teu suspiro cansado e sofrido
Refletia o arder da pouca alma que lhe restava
Apenas esperando a hora
Em que as estrelas sussurem seu nome pela última vez
APENAS POETA
O silêncio cai solitário neste coração amante
São ruídos que aram a alma profundamente
Dos sonhos que terminaram secretamente
Derrubando castelos e até mesmo o instante
Não há remissão e tão pouco dor clemente
Somente o vazio em um rodopiar constante
Soluçaste por estar tão só, e tão arrogante
Sentado à beira do caminho, ali pendente
As quimeras terminaram, não mais sonante
Não há sentinelas, nem armas, só vertente
Da realidade eu não soube ser um vigilante
A sensibilidade alanceou, agora no poente
Sou apenas poeta, na poesia um imigrante
Já amor! Ah, este, meu eterno confidente!
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, maio
Cerrado goiano
AMAR DO VERBO AMOR
Amar do verbo amor, como enunciar?
Amor é complemento ao sentimento
Que acompanha o substantivo alento
Instinto sublimado do ser e do estar
Muito se pode nas flexões dele ligar
Só ter no verbo um desejo sedento
E um coração capaz de ter portento
Onde dele não se tem como olvidar
Não se une amor sem ter o elemento
Amar, é no presente ao se conjugar
Mais que perfeito n'alma, tal alimento
De tudo o amor também é o vigorar
Transitivo direto no encantamento
Que só saberá quem dele enluarar
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, maio
Cerrado goiano
Às vezes é por medo de perder,
Que deixamos de encontrar.
E deixamos de viver,
E deixamos de amar.
Às vezes é por medo de saber,
Que deixamos de tentar.
E deixamos esquecer,
E deixamos acabar.
Às vezes não é medo de amar,
É medo de ser amado,
Sem saber como lidar.
Às vezes nem é sobre ser amado.
É sobre estar quebrado,
Sem saber se consertar.
PELOS SONHOS ANÔNIMOS
Clamo hoje pelos sonhos esquecidos
Os mais desejados e sempre dilema
Os que no ter não foram pertencidos
Nem citados ao menos num poema
Pouco lembrados e incompreendidos
Solitários que até nos causam pena
Nos fazendo chorar nos fados vividos
Falidos entre o prazer e a dor suprema
Assim perdidos nos traços da história
Desistidos e tão poucos na memória
Criando ilusões do tempo já passados
Clamo que revividos possam ter vitória
Que assim possam ter e ser divisória
Hoje, no fazer, para serem realizados
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, maio
Cerrado goiano
A HORA
Morrer, Senhor, de súbito, eu quero!
Morrer, como quem vai em sua glória
Despedir-se do mundo em ato mero
De repente! Na bagagem só memória
Morrer sem saber, estou sendo sincero
Rogo, por assim ser, a minha tal hora
Morrer simples, sem qualquer exagero
Onde o olhar de Deus a minha vitória
Morrer, sem precisar ser feito severo
Das estórias que fique boa história
Fulminando sem lágrimas e lero lero
Assim espero, digno desta rogatória
Morrer fruto do merecimento vero
De ser ligeiro, cerrando a trajetória
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
Paráfrase Augusto Frederico Schmidt
Eu alcancei, me preparei e esperei
Me pareceu que nada seria difícil
Mas na verdade é diferente do que pensei
Os dias passaram na velocidade de um míssil
Foi onde eu nasci, cresci e amadureci
Pessoas que eu amo todas aqui estão
A verdade é que eu nunca quis ter que sair daqui
Mas quando chegou não havia melhor solução
Um dia a gente cresce e pensa que envelheceu
Mas quando olhamos e vemos no que deu
Vimos que na verdade a gente nunca cresceu
Hoje é o dia que de nossa casa vou mudar
Desculpa, mamãe, desculpa, papai, a minha vontade nunca foi ter que lhes deixar
Mas quero que saibam que vou sempre vos amar.
VOZ DO SILÊNCIO
O silêncio brada vazios inconfessos
Num linguajar da emoção em espera
Desatados da tribulação tão megera
Tecendo sensos selvosos e travessos
No silêncio escoa solidão em esfera
Soprando suspiros turvos e espessos
Dos enganos emudecidos e avessos
Do tormento, ásperos, tal uma tapera
É no silêncio que se traga a memória
Desfolhados das sílabas da estória
Do tempo, despertando os momentos
Tal o vento, o silêncio é uma oratória
Que verborreia o pensar em trajetória
Nos lábios lânguidos, frios e sedentos
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Setembro de 2017
Cerrado goiano
Não vou nem perguntar se tu me amas,
pra não ouvir um papo muito antigo,
como "te quero so como amigo",
ou "com amigo não se vai pra cama".
Dificil de entender (eu nao consigo)
se nada falo, tu depois reclamas,
e se te digo, é aquele drama,
não queres nunca mais falar comigo.
Melhor, entao, tornar-me um sonetista
e ser romântico ou parnasiano,
deixando o amor para a perder de vista.
Nas tuas regras entro pelo cano,
acreditando em tuas falsas pistas,
e com meus versos eu mesmo me engano.
"Estou sentado ao lado,
Me sinto em pé de frente,
Respirando o Oxigênio, ficando denso
Ou Oxigênio nos respira lento.
Veja se há explicações para o ato
Interromper a historia a ser lida,
Onde está os deveres e direitos
De uma pobre e indefesa vida.
A historia para alguns já lida
A moral de toda fabula,
É a morte que substitui a vida.
Ser-humano é de longe, errado
Lembre-se, por você mesmo,
Pare de ser manipulado.
Cortesia de fast-food, hoje experimente,
Um Problema espiritual ou material?
O Magnifico Vento Artificial"
Não quero ser essa pessoa
Demostrar pensamentos vazios,
Vindos de uma negligente mente
Construída para ser vazia.
Ler as desvantagens das ações
Interpretar os privilégios do verbo,
Buscar sua própria perspectiva
Hipócritas! Disse ele.
Ouvir ruído, achar a música
Comprar e guardar, guardar e comprar,
Comer por estar saciado.
Perguntar, esperar respostas
Responder, gerando outras perguntas,
Aprender para esquecer.
Ontem a cura, ante-ontem bomba
O velho mais novo
Inevitável ciclo da Ignorância.
Quem és tu José ?
José não é doutor
Não é locutor
José não é nada
Quem és tu José?
José não é alquimista, nem-
alpinista
José não é nada
Mas quem és tu José?
José não famoso
Não é importante
José nem existe
Quem tu foste José?
José não foi nada, ele é só- o padroeiro!
O único homem, que uma intervenção divina- soube perdoar.
120623
𝑺𝒐𝒏𝒆𝒕𝒐 𝒅𝒂 𝒔𝒂𝒖𝒅𝒂𝒅𝒆
☬ Que um dia possas dizer de mim, o grande amor que tivestes: "Não foi imortal, posto que era chamas, mas foi infinito enquanto durou." ☬
꧁ঔৣ☬ Val ☬ঔৣ꧂
No nascer do sol
Pode crer que o sol nascerá pra você
Pode não ser hoje ou amanhã, mas "cê" vai vê
Esteja a vista que uma hora ele aparece
Com a sua força solar ele te aquece
Não se preocupe com os "ultravioleta"
Pois para toda ação se tem uma defesa
E é isto, pois, que deve teres em mente
Se tiver medo, então, não irás a frente.
Seus raios são consequências como qualquer ação
No entanto, o que importa é que faça de coração
É sobre dares o melhor de ti e estar a vista
Não se importe com a chuva ou mesmo a noite
Chuva mais sol é arco-íris e a noite traz o dia
Dias nascem da noite, viva e, pois, não se atordoe.
" AH, O AMOR "
Eu já vivi o amor! Ah… O amor…
Sublime, majestoso, embriagante,
um tanto mentiroso e arrogante
mas, sempre, um sonho lindo, encantador!
Me fez mais sensual, melhor amante,
voraz quanto à paixão em seu ardor…
No entanto, mais sensível, sonhador…
Um poeta em seu espasmo delirante!
Cravou-me à alma os versos da poesia
e fez-me estar bem mais em sintonia
com todo um cosmo de real candura…
O amor… Ah, sim! O amor mais verdadeiro!
Vivi-o como um sonho derradeiro
confiando, eu, inocente, em sua jura!...
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