Sombras do teu Sorriso
Redenção
Nas sombras do tempo, um eco perdido,
caminho entre ruínas de um sonho esquecido.
Os sinos ressoam em prantos de aço,
chorando o destino selado no espaço.
O vento murmura segredos da dor,
cortando as correntes do antigo temor.
Minha alma, em silêncio, ferida e vazia,
busca um altar sob a luz sombria.
Oh, luz oculta no véu da escuridão,
conduz-me ao brilho da redenção.
Liberta-me das cinzas do abismo,
salva-me na aurora de um novo amanhecer.
Que o fogo eterno purifique o meu ser.
Sob luas pálidas, dançam os espectros,
no véu dos mortos, ressurge o eleito.
Quebram-se as correntes, o sangue é vertido,
a fênix desperta do fogo esquecido.
Erguem-se torres de luz sobre as trevas,
cai o império de sombras eternas.
Um hino ressoa, um véu se desfaz,
e a noite se curva à glória da paz.
Redenção... redenção...
"Nas sombras do abismo, a alma se refaz, purificada pelo fogo eterno da redenção, onde o silêncio é a chave para a luz que transcende a escuridão."
Fim de um Ciclo
As sombras alongam-se sobre o tempo,
O vento sussurra o que já foi esquecido.
As muralhas ruem sem resistência,
Pois tudo que nasce já foi prometido.
As águas apagam pegadas na areia,
O fogo consome o que era raiz.
O que um dia ergueu-se em glória,
Agora descansa onde nada mais diz.
O fim de um ciclo é apenas o eco
De algo que um dia precisa morrer.
Da cinza renasce o grito dos ventos,
Um novo destino começa a crescer.
Os reis de ontem são pó sobre o trono,
As vozes antigas se perdem no ar.
Mas dentro do caos há nova semente,
Pronta a romper e recomeçar.
A noite devora o dia sem medo,
Mas a aurora renasce no céu.
Toda ruína é um templo em segredo,
Esperando o toque de um novo anel.
O fim de um ciclo é apenas o eco
De algo que um dia precisa morrer.
Mas tudo que cai, renasce em segredo,
E a roda do tempo não vai se deter.
"O Canto das Estrelas Mortas"
Nas veias do tempo, correm sombras e luz,
O amor é um rio que secou sobre a cruz.
Os deuses dormem em tronos de pó,
E eu canto por ti, meu último véu.
Teu nome é um eco nos salões do além,
Esculpido em mármore pelo vento também.
A morte dança com véu de cristal,
E beija tua boca no fim do carnal.
Ohhh, levanta-te, alma, do leito de espinhos!
O universo é um verso sem fim nos teus vinhooos!
Queimamos no fogo das estrelas mortaaas,
Somos pó de diamante nas mãos da madrugadaaa!
No espelho da lua, teus olhos são marés,
Afogam meus ossos em sal e fé.
O amor? Uma espada que corta a ilusão,
A eternidade... um suspiro no vale da escuridão.
Eu te procurei nas cidades de prata,
Nos livros dos mortos, na boca da fada.
Mas eras o abismo que eu já carregava,
O verso final da canção não cantada!
Ohhh, levanta-te, alma, do leito de espinhos!
O universo é um verso sem fim nos teus vinhooos!
Queimamos no fogo das estrelas mortaaas,
Somos pó de diamante nas mãos da madrugadaaa!
E quando o último sol se apagar,
Nossas vozes serão o vento a cantar...
Uma canção sem nome, sem medo, sem fim,
Porque o amor é a morte, e a morte é assim.
Sampa Variedades
Selva de pedras, sombras de poluição,
Muita gana e dramas, sonhos e razões,
Os medos, a pressa, as preces, os começos,
Muita busca, muitas histórias, muitos cenários e muitos personagens.
Nas sombras
Entre vaidades, o narcisismo,
Entre prazeres tão passageiros quanto o trem bala, o futuro sem chão,
de fato a o vazio e a existência apagada.
Sombras que se conectam...
Caminhei por muito tempo na sombra de outro alguém, obtive sucesso em alguns momentos, isso posso afirmar! Mas a realidade é dura, as vezes latente, chega a ser castigante.
Decidi acreditar mais no sol, me posicionei em busca de achar a minha melhor versão própria, não importa se os defeitos ganhariam formas, não importa se o desejo para alcançar o belo me traria dias de insônia.
Algumas sombras sugam, outras iluminam. Quando comecei a enxergar a minha própria sombra, percebi algo diferente nela, comecei a entender que ela tem o poder de atrair, reconhecer, motivar, manter e passar amor as sombras com o mesmo espírito de paz, cooperação e autenticidade.
Não é...
Enigmático, por vezes fragmentado,
mesmo nas sombras insisti em bater do jeito mais bonito,
vibra cada vez mais ao apontar a luz no horizonte,
o coração não é só um músculo.
Doces e limões
Como um tolo vivendo atrás de sombras, perdi o juízo por acreditar no teatro produzido pelo falso amor.
No mundo obscuro desse amor, as fantasias de viver um sonho sem fim foram o ponto máximo, mas as dúvidas eram transparentes assim como a tormenta era de se desgastar os olhos.
O essencial foi ignorado, as decepções hoje andam com pernas de pau gigantes no picadeiro da vida, já a vingança se mantém oculta no meu coração amargo.
Entre doce e limões carrego no peito a saudade e as lembranças do que foi bom e do que foi ruim.
Amar nas sombras
Não tente explicar aquilo que você ainda não viveu, a experiência grita mais alto e desmascara os sem noção,
me chamam de antissocial só porque eu gosto de ficar em casa a sós pensando nela,
só um pouquinho de você aqui eliminaria o meu silêncio e abriria enormes sorrisos,
uma rede, duas árvores , um livro e a paisagem do vale a frente, é esse o retrato que me faz lembrar de como você é perfeita e doce na sedução através da saudade.
'DISJUNÇÃO'
Carrego teus olhos nos meus,
Perdidos em sombras disfarçadas.
Participo das tuas noites perdidas,
Ludibriada em paixões lufadas...
Abraço-te não mais como a flor que imaginei,
A essência do perfume não mais existe.
Sonhos de outrora encarcerou-se,
Gracejos ficaram tristes...
'Direções' serão outras,
Não há culpados quando a dor é ausente.
Andar-nos-emos outros destinos,
Discorrendo-nos do presente...
Envolto nas pedras que seremos,
Nas almas acorrentadas em fragrâncias.
Seremos como velhos artigos:
'O aMoR oCuLtO eM lEmBrAnÇaS.'
'SOMBRAS'
Possui lugares imprescindíveis quando os homens te nascem.
Imortal como trevas pedindo fluorescências.
Oculto entre atalhos deméritos,
cabanas,
fissuras.
Aparência obscura,
és profundeza de almas,
oceanos.
Fantasmas...
Atrofia solidão submersa no peito,
aposentos.
Cultivas segredos,
passos.
Suspira luxúria,
dispersão.
Tirania minguante quando o sol expira,
imitação.
Penúria...
Embarcado nos movimentos,
sombrio.
És vestígio de aproximação ausente,
travesseiro.
Opaco como as veias que à sombra do pulsar respira vida,
receio.
Intrínseco aos homens falecendo dias.
Amordaçando loucuras,
paixões,
perfumes,
melodias...
### A ESTRADA NÃO TRILHADA II ###
Em noites de silêncio, onde as sombras dançam,
Penso nas trilhas que a vida não me fez passar.
Decisões guardadas, sonhos como pássaros engaiolados,
Há uma caixa de Pandora dentro de mim, em silêncio...
Os risos que não ecoaram pelas colinas,
Amores que se desfizeram antes mesmo de florescer,
O tempo perdido, entre incertezas e convicções,
Cada escolha que hesitei, me trouxe até aqui...
Se a vida tivesse outro percurso, outros ventos,
Será que encontraria mais paz, mais serenidade?
Ou seria um espectador de uma outra existência,
Ainda buscando o verdadeiro sentido do ser?
As sombras das vidas não vividas me perseguem,
Ecos de um passado jamais realizado, sussurrando.
Mas no destino que escolhi, encontro pedaços de paz,
Aceito as imperfeições que me moldaram, com gratidão...
A vida, com suas incertezas e suas belezas,
Não pode ser domada, moldada ao nosso querer,
Mas pode ser apreciada em sua essência plena,
Encontrando beleza em cada dia, em cada amanhecer...
A aceitação do agora, com suas alegrias e dores,
Permite que eu viva plenamente meu mundo interior.
O futuro é uma página branca, pronta para ser escrita,
E cabe a mim preenchê-la com experiências e amor...
As vidas não vividas são mistérios guardados,
Mas a vida que escolhi é profunda, verdadeira.
E em cada segundo que passa, encontro razões
Para seguir adiante, buscando o sublime no mundano...
--- Risomar Silva ---
QUERER II...
Queremos tantas coisas, mas apenas uma importa.
Ela se esconde entre sombras,
um segredo que carregamos em silêncio,
porque algumas verdades doem mais que mentiras...
O mundo nos pressiona, sufoca, exige respostas.
Mas como responder quando nem nós sabemos a pergunta?
Fingimos com maestria, vestimos máscaras leves,
enquanto nosso eu verdadeiro clama por ar...
Ah, os loucos! Eles sim, entendem a liberdade.
Não se importam com regras, com juízos, com o tempo.
Dançam na chuva, riem do vento,
enquanto nós calculamos cada passo...
Seguimos em frente, sempre em frente,
como se o caminho já estivesse escrito.
Mas no fundo, somos náufragos,
buscando uma ilha que talvez não exista...
E é isso que nos mantém vivos:
o desejo que nunca se sacia,
a jornada que nunca termina,
e a coragem de fingir que sabemos para onde vamos...
Eis que eu aqui
Calado, esquecido
Perdido e desarvorado
Eis que eu
Escondido às sombras
Nas penumbras do passado
do qual eu me escondia
Sem nem saber
Que o presente também sabia
Brincar de pique-esconde
E mais do que todo mundo
Sabe onde procurar
Por certo
Apesar de distante
Diante dos resultados
Agora a gente também sabe
Que ele esteve sempre perto
Pois
Perante a rapidez da vida
Não havia como estar tão longe
ou se esconder
da hora de ir embora
quando a mãe chamar
Só agora a gente vê
A inútil futilidade
do lugar onde se esconde
Eis-me aqui.
Edson Ricardo Paiva.
"Brilho natural"
O Sol afasta as sombras mais uma vez;
Um ponto luminoso brilha muito mais que todos os outros;
É uma mulher de gestos simples e os realiza com muita delicadeza ;
Sempre com um belo sorriso no rosto, demonstrando sua doçura;
Quando está próxima a sua luz floresce, aquece e arrepia;
Sua beleza é contagiante, oferece ao mundo a sua volta, o prazer da sua nobre companhia;
Um encanto, uma visão do que a de mais perfeito, uma mulher natural e única ou uma mulher surreal e sobrenatural.
Em meio às sombras, me vejo perdida,
buscando razões que não vou encontrar.
O amor me atravessa, mas sempre sem vida,
deixando no peito a dor de esperar.
São sempre promessas levadas ao vento,
olhares que brilham e logo se vão.
Palavras que morrem no mesmo momento,
e eu só escuto o eco em vão.
Me olho no espelho e vejo a verdade,
as marcas do tempo que vêm me tomar.
Talvez eu não tenha beleza ou vontade,
talvez só não nasci pra alguém me amar.
Comparo-me a rostos de brilho tão forte,
a quem, sem esforço, conquista um olhar.
Talvez seja o tempo que dita minha sorte,
ou algo em mim que não sabe encantar.
Os laços se rompem, as vozes se calam,
o mesmo silêncio me faz sufocar.
São passos que somem, promessas que falham,
e um coração que só sabe esperar.
Depois daquele breu, o sol raiou pra mim, arrastou as sombras daquela saudade e empurrou abismo adentro
A noite absorta em súbita alegria
Jóvem e audáz criatura da era
Negreada de sombras animada se via
Naquele folguedo cavava crateras
Em todos planetas e jogava pra cima
Espaços empoeirados sem proporções
Lufadas passavam estavam no clima
Poeira empolgada se fez constelações.
