Sombras
Eis a sabedoria, sendo como uma lâmpada, cuja luz transcende as sombras da ignorância que envolvem nossa jornada mundana. Meu coração se perturba, pois discerno os equívocos que teimosamente perpetuo, as transgressões que afligem meu caminhar. Ó, este meu anseio pela luz da sabedoria, como o quero, pois revela diante dos meus sentidos os desvios em minha senda, e me conduz ao arrependimento e à correção.
Duas ferramentas modelam um homem.
A primeira, sem sombras de dúvidas é o Poder. Pois o homem com poder, consegue tudo e todos.
A segunda é o medo.
O homem com medo obedece quem tem o poder.
"Aqueles cujo senso de justiça se corrompe são como sombras que se alimentam da luz alheia, distorcendo valores e impondo suas vontades como leis divinas. No entanto, na escuridão de suas almas, não encontram senão o vazio e o eco de suas próprias fraquezas."
Em meio às sombras, a dor se insinua,
Um vazio profundo, a alma flutua.
Lutar sozinho, árdua jornada,
Sufocado, na estrada marcada.
Às vezes, apenas eu e eu,
Ninguém mais, nenhum socorro, é meu.
Compreender a vida, desafio imenso,
Nas curvas da existência, um intenso.
Dor que dilacera, sofrimento cruel,
Mas na batalha, há um raio de luz no céu.
A superação, um caminho a trilhar,
Mesmo nas trevas, há sempre um lugar.
Caminhamos na estrada da vida, incertos,
Mas com fé e coragem, venceremos desertos.
Por entre lágrimas, erguemos a voz,
Poema da alma, em busca de paz e de nós.
Limpe o espelho da alma, para revelar reflexos de luz pura, dispersando as sombras acumuladas no vidro.
Chama da Esperança
Na vastidão da noite escura,
uma luz de esperança reluz,
Nas sombras que a lua procura,
a chama do sonho seduz.
Na escuridão da alma, um lamento ecoa,
Em sombras profundas, a dor se aloca.
No silêncio da noite, os demônios dançam,
Emaranhados em sombras que avançam.
Sangue se mistura com lágrimas frias,
Em um mundo de angústia, onde as almas se perdem.
A lua, testemunha silente do desespero,
Enquanto corações partidos clamam por alívio.
Em cada canto escuro, um segredo escondido,
Em cada suspiro, um grito contido.
A escuridão abraça, sem piedade ou perdão,
Num poema dark, ecoa a solidão.
Mas mesmo na penumbra, há beleza oculta,
Em meio ao caos, uma luz sepulta.
Pois onde há sombra, também há luz a brilhar,
Num eterno conflito, onde a esperança ousa se manifestar.
SOMBRAS
Guardo poemas soturnos e cinzentos
Numa inspiração desbotada, sem luz
Suspiro no verso sentido, que traduz
A minha poética, cheia de tormentos
Tem tons, inquietos, ais e lamentos
Nos sussurros, a poesia me conduz
Choro e apertos numa pesada cruz
Poetizando estes árduos momentos
E cada sentimento, então, aí figura
Sofrência, enchendo de desventura
A prosa que só queria, apenas amar
E triste, poeto e sinto, sofro e enleio
Vejo tudo feio, tenho o coração cheio
E, a noite sombria, a passar devagar.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
13 abril, 2024, 19’32” – Araguari, MG
No crepúsculo da razão,
Onde as sombras dançam,
E as certezas se desfazem,
Eu busco a verdade,
Mas ela se esconde,
Por trás de véus de incerteza.
A modernidade me cerca,
Com suas promessas de progresso,
Mas eu sinto a nostalgia,
Do passado que se foi.
No silêncio da noite,
Eu ouço a voz da alma,
Que me fala de sonhos,
E de desejos não realizados.
Eu sou um homem perdido,
Entre o ontem e o amanhã,
Buscando meu caminho,
Nessa jornada sem fim.
As dificuldades e barreiras são apenas sombras passageiras no caminho. A verdadeira sabedoria está em manter os olhos voltados para a luz da abundância que se revela após a travessia.
Homens e mulheres perdidos nas sombras não são lixo social — são anjos adormecidos esperando por resgate e direção.
"O Canto das Estrelas Mortas"
Nas veias do tempo, correm sombras e luz,
O amor é um rio que secou sobre a cruz.
Os deuses dormem em tronos de pó,
E eu canto por ti, meu último véu.
Teu nome é um eco nos salões do além,
Esculpido em mármore pelo vento também.
A morte dança com véu de cristal,
E beija tua boca no fim do carnal.
Ohhh, levanta-te, alma, do leito de espinhos!
O universo é um verso sem fim nos teus vinhooos!
Queimamos no fogo das estrelas mortaaas,
Somos pó de diamante nas mãos da madrugadaaa!
No espelho da lua, teus olhos são marés,
Afogam meus ossos em sal e fé.
O amor? Uma espada que corta a ilusão,
A eternidade... um suspiro no vale da escuridão.
Eu te procurei nas cidades de prata,
Nos livros dos mortos, na boca da fada.
Mas eras o abismo que eu já carregava,
O verso final da canção não cantada!
Ohhh, levanta-te, alma, do leito de espinhos!
O universo é um verso sem fim nos teus vinhooos!
Queimamos no fogo das estrelas mortaaas,
Somos pó de diamante nas mãos da madrugadaaa!
E quando o último sol se apagar,
Nossas vozes serão o vento a cantar...
Uma canção sem nome, sem medo, sem fim,
Porque o amor é a morte, e a morte é assim.
Renascença
Nas sombras fundas do meu próprio ser,
encontrei dores que evitei viver.
Calei segredos, chorei sem som,
buscando abrigo em mim, onde não há tom.
O peito pesado, o passo arrastado,
coração em ruínas, quase calado.
Mas entre os cacos, brilhou uma luz —
não era o fim, era a própria cruz.
Aprendi que cair não é fraqueza,
é parte crua da natureza.
E que cada lágrima que escorreu,
foi chuva fértil que me renasceu.
Hoje ergo os olhos, vejo o clarão,
não sou o mesmo da escuridão.
Sou mais inteiro, mesmo ferido,
pois cada dor me fez sentido.
Brilhar é ter coragem de iluminar caminhos e suportar o incômodo que sua luz desvela nas sombras dos outros
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