Som Alto
A ausência de informação distorce a realidade.
O som guia o olhar.
O tato sustenta o sentir.
A visão sozinha só vê o que já passou.
02/04/2025, 23h18, no exato momento do colapso
#Ao_Som_Dos_Ventos
Um relógio sem alma
Nem ponteiro
Uma arma sem paz
Nem bala
Um vento sem direção
Nem brisa
E eu simplesmente me contentando com nada
Um ínterim sem fim
São assim as pétalas do meu jardim
Uma planta tão paralítica que não cresce
Um gemido tão surdo que não se ouve
Ao som dos ventos
Som Desgastado nos tempos
Lágrimas se transformaram em oceanos
E tudo O que era mar se tornou páginas
Ao som dos ventos
Sentimento escondido na incerteza e no nada
Porque quando o som chega ao fim
A realidade surge dando o fim ao ínterim
MauroDarg Pensador
#Encantadora_De_Poetas
Desejo tocar a lua
Escutar o som da sua alma nua
Desejo esse sorriso mudo
Os seus lábios também
Qual é o seu segredo?
E qual é o seu medo?
Confia no meu papel e caneta
Rabisque nele até que o mesmo guarde esses segredos
Minha esmeralda transparente em meus olhos
Lucidez em suas expectativas
Que tudo tornou-se uma probabilidade
Em meus olhos negros
Não deixe-me ir
Porque quem se vai não volta
Não deixe-me ir
Porque quem ama não foge o amor
Maurodarg😓
"Amizades verdadeiras são como raízes profundas: sustentam, conectam e florescem sem a sombra de vaidade ou ego, apenas o puro desejo de estar junto e crescer em harmonia."
Roberto Ikeda
Vício em Você
Hoje, a minha mente era só tua,
como se cada pensamento dançasse ao som da tua voz,
suave, hipnotizante, me fazendo perder o rumo,
e sem perceber, meus olhos te procuravam,
como quem busca refúgio na tempestade do desejo.
Te ouvir foi sentir o arrepio no peito,
um nó entre o nervosismo e a ânsia de te ter,
como se cada sílaba tua queimasse minha pele,
me deixando sedento, embriagado de querer.
E o teu cheiro… Ah, o teu cheiro…
Era como um convite proibido no ar,
tocando minha alma antes mesmo do toque,
um perfume que se infiltrava em meu ser,
me tornando refém do teu vício.
Eu te quis em cada suspiro roubado,
em cada instante que o mundo parou ao te ver,
como se o universo sussurrasse teu nome,
e só houvesse um caminho: me perder em você.
Coração valente persiste em meio à solidão,
Cantar uma canção ao som do violão,
Saudades é a melodia que ecoa veemente.
Amor e o brilho tal qual estrela incandescente,
Em cada noite, é vagar de uma lembrança,
No mar da mente, abraço que aquece.
Nas selas do tempo, sem brilho reluzente,
E o coração, do amor sempre carente,
Paz na melodia, o suspirar da mente
Brado Brasileiro
Acordai para este berço esplêndido, com o som do mar, ainda que sem ver muita luz, mesmo sob o céu profundo.
Fulgura-te, Brasil, deste lodo fétido e do grume da corrupção, ó florão da América.
Que teu povo heróico solte novamente o brado retumbante — porém, que não se ouça apenas das margens plácidas do Ipiranga.
Mas que ecoe por todos os cantos: dos bosques que têm mais vidas, aos campos que têm mais flores — e que reviva, em teus seios, sempre e cada vez mais amores.
E que assim, esta terra garrida dê fruto aos teus verdadeiros filhos, e não aos falsos filhos teus, movidos apenas pelo orgulho e pela preponderância da corrupção — pois, querendo roubar-te as cores, ficarão pasmos diante dos gigantes de tua própria natureza, e verão que os filhos teus, de fato, não fogem à luta.
E assim compreenderão, ó Brasil, como és belo e colosso, pois teu futuro é agora — e queremos entregar-te esta grandeza, terra adorada.
Entre outras mil, és tu, Brasil, porque tu também és minha, ó Pátria amada.
Dos filhos deste solo — onde os políticos não têm sido tão gentis —
Sê, verdadeiramente, livre, Pátria Amada Brasil.
"Assim como o próprio universo, os universos paralelos e o multiverso, somos todos energia, somos todos uma só massa em constante movimento, somos todos Um!"
No princípio, o som não era som.
Era uma intenção tímida,
um arrepio do nada
suspeitando que poderia ser algo.
Então veio o ritmo —
não por desejo de música,
mas por saudade de ordem.
O caos teve inveja da simetria.
E dançou.
Deus ainda não era Deus.
Era apenas um ponto de interrogação
com vertigem de consciência.
Questionou-se. E isso foi luz.
Foi quando o tempo,
esse estagiário do eterno,
decidiu andar.
Um passo por dúvida,
dois por desejo,
e tropeçou — na matéria.
A primeira pedra?
Era um pensamento que esqueceu de ser leve.
A primeira árvore?
Uma ideia enraizada por engano.
O primeiro corpo?
Um gesto que ficou preso num espelho.
A carne não veio com manual,
mas veio com sono.
E o sono inventou o sonho,
só pra que o impossível tivesse um lugar onde ensaiar.
A mente surgiu tarde,
mas fez questão de parecer a autora.
Ela colecionou razões,
explicou a morte antes de entender a manhã,
escreveu manuais para sentimentos
que só se abriam com lágrimas.
Enquanto isso, o coração,
esse motor sem engrenagens,
continuava batendo como se soubesse de algo
que ninguém mais lembrava.
Veio o amor —
não por nobreza,
mas por falha no código da solidão.
Uma rachadura bem-vinda.
A gente se olhou,
e isso nos doeu.
Por isso continuamos.
Vieram as cidades.
Empilhamos medos e chamamos de prédios.
Cercamos a dúvida com concreto
e demos ao absurdo o nome de “rotina”.
Mas dentro, bem dentro,
sempre havia um pássaro —
não uma alma,
mas um instinto de verticalidade.
Você já sentiu isso?
A sensação de que esqueceram de te explicar o essencial,
mas mesmo assim você continua,
como quem sabe de um segredo
sem saber qual é?
Então, veio a poesia.
Não a que rima.
Mas a que lembra.
Veio para dizer que o invisível é real,
mas tímido.
Que o silêncio é uma linguagem antiga,
e que toda saudade é, na verdade, memória de algo
que ainda não aconteceu.
E é por isso que escrevo:
porque talvez alguém — você —
esteja à beira de se lembrar.
…o que chamamos de “eu”
é só uma assinatura mal lida,
rabiscada por um autor que escreve com luz
mas esqueceu as vogais.
Toda identidade, no fundo, é empréstimo.
Uma roupa vestida pela consciência
só pra ela poder brincar de “gente”.
Mas e se o nome que repetes todos os dias
não for teu verdadeiro nome,
mas o eco do chamado que ainda não respondeste?
E se teu rosto for apenas uma metáfora
que teus ancestrais esculpiram com medo de se perder?
E se você for mais próximo da dúvida do que da certeza?
Os deuses…
ah, esses velhos astros aposentados
que agora moram em memes e marketing —
eles não morreram.
Eles viraram neurotransmissores.
Marte é um pico de cortisol.
Afrodite, uma oxitocina bem colocada.
Hermes, um pensamento acelerado demais para dormir.
E você os invoca sem altar, sem saber.
Cada impulso teu
é um mito em versão beta.
Já percebeu?
O inconsciente é só o backstage onde o Real tira os sapatos.
Ali, o medo faz cafuné na tua coragem
e o amor veste a roupa da raiva só pra testar tua escuta.
E o tempo?
Ah, o tempo nunca andou pra frente.
Ele é circular,
como uma desculpa elegante que o universo encontrou
pra você rever suas lições com disfarces novos.
Por isso os encontros se repetem.
Por isso você sonha com coisas que não viveu.
Por isso certos olhares te dizem “voltei”
quando tudo ao redor insiste em “prazer, quem é você?”
Há uma memória antes da memória.
E é ela que este poeta tenta tocar.
"Um dia sem som, será também um dia que termina o vento, e com isto, não há harmonia e nem o tom do sol"
No início, o silêncio dançou,
Entre o nada e o tudo se criou,
A palavra, som não dito, brotou,
E a luz oculta em faíscas brilhou.
Do ponto surgiu a linha infinita,
O Nome esculpido no tempo, bendito.
Quatro letras, sopro eterno da vida,
E no sopro, o mistério não dito.
Yod é a chama que nunca se apaga,
Hei é o ventre onde o cosmos repousa,
Vav, a ponte que une o céu e a estrada,
Hei final, a vida que floresce formosa.
Ó viajante, que busca o segredo,
No coração a chave do Todo está.
No reflexo da alma, o espelho do Éden,
E o Tetragrama em seu ser pulsará.
A existência humana é uma constante luta contra o vazio, uma tentativa de dar forma ao caos que somos.
"Na Rádio do Ivo, o som é a nossa paixão e a sua companhia é o nosso maior presente. Sintonize-se e deixe a música te levar!"
Eu sinto uma profunda dor silenciosa...
Gosto do som da música, do percurso
da minha casa até o trabalho;
estou sempre ouvindo música.
Em casa e no trabalho, ouço o barulho
dos carros, dos comboios e de toda a gente.
Chego em casa, ligo a televisão e ouço o noticiário:
outra vítima do silêncio se atirou
nos ruidosos trilhos do trem.
No trabalho, ouço o rádio, que toca uma música ridícula, e
minh'alma sofrida dança desolada.
Gosto do som da chuva, lágrimas do céu;
até os homens choram, silenciosamente.
E o choro da terra é abafado
pelos nossos gritos ambiciosos;
ouço o barulho das fábricas, corro para o campo,
e a chuva, tempestuosamente,
em seu suave cair, encharca meu coração ressecado.
Gosto do canto dos pássaros;
da minha cama me levanto,
e nela me deito, ouvindo os tordos ao amanhecer
e os urutaus ao anoitecer que, calmamente,
levam distante meu espírito atormentado.
Gosto de deitar-me e dormir
com o barulho do ventilador;
porque gosto de barulho,
assim silencio os gritos sussurrados
em minha cabeça. E eu, que tenho sido tão quieto,
se os ouço e me falam, descanso resignado.
Para mudar algo é preciso uma decisão. Mas para manter a mudança é preciso muito mais que somente o desejo de querer mudar!
AVIÃO
ESCUTO O SOM DE UM PÁSSARO GRANDE PASSANDO POR ENTRE AS NUVENS, SUA PRESENÇA É IMPONENTE NO CÉU, O SOL BATE EM SUAS ASAS E RELUZ, A SUA PASSAGEM É TÃO RÁPIDA QUE ULTRAPASSA AS BARREIRAS DO SOM; OLHO NOVAMENTE E VEJO ELE SE DISTANCIANDO,FICANDO PEQUENO; A SUA FORÇA E NOBREZA VÃO E VEM A TODO INSTANTE RASGANDO O MANTO AZUL NAS ALTURAS; A NOITE SEU PODER É VISTO DE FORMA FANTÁSTICA, O SEU BRILHO É ÚNICO E VOA ACOMPANHADO PELA LUA E AS ESTRELAS; EM SEUS INÚMEROS VOOS SÃO CARREGADOS SONHOS, CONHECIMENTOS, OPORTUNIDADES E VIDAS. A TECNOLOGIA QUANDO É USADA DE FORMA RACIONAL E POSITIVA TRÁS BENEFÍCIOS A HUMANIDADE, INFELIZMENTE É UMA PENA DIZER, QUE É DA NATUREZA HUMANA UTILIZAR A MESMA TECNOLOGIA PARA FINS DESTRUTIVOS ...
Imutável
Dentro de uma cabana confortável, escuto o som inconfundível de uma cachoeira, ao meu lado dividindo o mesmo colchão inflável, esta ela,
Levanto-me, e vou apreciar a camada de nuvem fina que cobre a vegetação, o rio e esconde as montanhas,
Escuto o barulho de animais pequenos aprontando pela mata a dentro, me animo com o som dos macacos do alto das árvores,
Daqui a pouco o meu amor vai acordar, então vou ascender uma fogueira e preparar aquele cafezinho quente para nós,
Paro por um momento admirando tudo a minha volta, respiro firme, algumas lágrimas com sabor de alegria deixo cair, agradeço com muita emoção por estar neste paraíso,principalmente por estar com a mulher que amo,
Sinto o meu coração destemido recarregando as pilhas, sinto o meu amor se consolidando como imutável.