Mensagens sobre solidão e silêncio que tocam a alma
Eu sou a solidão
Filho da noite e do silêncio
Amante das estrelas
Vazio quanto a lua
Sem luz
Sem reflexo
Sem rastro
Sou a minha própria sombra.
Minha Amarga e Solitária Solidão
No silêncio profundo, onde ecoa a dor,
Caminho por sombras, perdido em meu clamor.
Minha amarga solidão, um manto que me abraça,
Em cada passo dado, a tristeza se entrelaça.
As horas se arrastam, como nuvens de aço,
E o peso da ausência é um fardo que não canso.
Busco por vozes que não vão me encontrar,
E a vida, tão cheia, parece se esvaziar.
Nos sonhos, tu vens, com o brilho do passado,
Mas ao acordar, sinto o frio do lado.
Corações que se afastam, promessas que se vão,
E em meio ao vazio, ressoa a solidão.
As lembranças dançam, como folhas no vento,
Revivo os momentos com um triste sentimento.
Nos risos que ecoaram, nas juras de amor,
A saudade é uma faca, cortando a dor.
Oh, solidão amarga, que me ensina a esperar,
Tu és a companheira que não posso deixar.
Mas em meio ao sofrimento, procuro a luz,
Um fio de esperança que ainda me seduz.
E mesmo que as noites sejam longas e frias,
Busco nas estrelas as minhas fantasias.
Quem sabe um dia, em um novo amanhecer,
A solidão se transforme em algo para viver.
Assim, sigo adiante, com o peso do coração,
Aprendendo a dançar com minha solidão.
Pois mesmo em sua amargura, há lições a se dar,
E em cada lágrima, um caminho a trilhar.
O silêncio da solidão não é o problema; o problema é o que ele revela. Ele nos força a confrontar as perguntas que evitamos, as partes de nós que escondemos. Preenchê-lo com vozes externas é só um band-aid para uma ferida que nunca se fecha. Talvez o verdadeiro desafio da solidão seja descobrir que o que falta não é companhia, mas aceitação do que somos.
O que você faz no silêncio da solidão define quem você realmente é, não o que você fala diante dos outros.
No silêncio da solidão, um canto a vibrar,
Um coração contente, a dançar e a cantar,
Sem precisar de aplausos, de um palco ou de um olhar,
A felicidade floresce, em meu próprio lugar.
Em cada passo, um ritmo, em cada olhar, um sol,
A paz que me acolhe, um refúgio sem igual,
Em cada sonho, um voo, em cada toque, um farol,
A felicidade reside, em meu próprio ritual.
Não busco companhia, em cada face sorridente,
A felicidade autêntica, é a que me faz contente,
Em cada instante, um presente, em cada passo, um recomeço,
A felicidade autêntica, é o meu maior desejo.
No meu jardim interior, florescem as alegrias,
Em cada canto, um canto, em cada abraço, a poesia,
A felicidade autêntica, é a que me faz feliz,
Em cada momento, uma dança, em cada instante, um bis.
SOLIDÃO
-Te amei no escuro, onde não pude ver seu rosto
-Te amei no silêncio, onde não pude ouvir a sua voz
-Te amei no passado, onde pude me lembrar de você...
IGUAIS
O meu coração é dividido em quatro partes, uma delas é a do silêncio,
outra da solidão, uma outra parte
é a da dúvida, e outra, nessa última,
ah, eu sei lá se existe amor.
Solidão saída do desassossego
Silêncio singular
Onde encontro leveza
Instante demasiado em sensações
É uma saída do aglomerado inquietação
Para minha maresias de palavras.
Transforme a solidão em solitude: quando o silêncio deixa de ser vazio e se torna uma conversa acolhedora consigo mesmo.
A solidão junto ao silêncio , faz entender e surpreender, quem um dia se sentiu abandonado, por quem não aprendeu amar.
Muitas vezes choro em silêncio apenas com a solidão
As noites se tornam eternas, com pensamentos da saudade
Uma saudade que dói, uma falta inexplicável de se conter
Faço das noites dias em lembranças
Tento apagar um pouco com as lembranças de estar com você
Sei que tudo isso é temporário e vai passar
Mas enquanto não te abraço novamente
Me afogo nas lembranças de estar com você
E poder te dizer o quanto eu te amo
Imagino a todo o tempo
A hora que entrar por aquela porta e dizer voltei, e voltei para ficar
Porque aqui é o meu lugar
Saudade, saudade, saudade.
Resumo de a Solidão...
Silêncio quando a noite cai.
Silêncio quando a noite vai em busca...de alguém e em resposta o vazio, A madrugada é fria não perdoa, e a mente trabalha 24 horas. O medo se aconchega ao seu lado e você se cala.
O final de um Desejo se vai.... Tantos sonhos.. e lá se foi, Sem Boa noite e sem Bom dia.
Misticos Cemitérios -
Tudo em torno é silêncio e solidão.
Junto às sepulturas inda há gente que s’inclina,
buscando ouvir palavras, que em surdina,
os mortos, ao ouvido, lhes dirão – é vão!
Aqui, junto às sepulturas, apenas oração
que o caminho das Almas ilumine,
numa Espiral-de-Fé que as “fulmine”,
elevando-as ao alto em mística Ascensão!
Diáfano silêncio! A Voz-de-Deus
ressoando do Além, Paz vindoura d’outros Ceus,
sombreada por ciprestes e cedros de saudade.
Naquele Espaço-Etéreo há um doce encantamento,
uma Paz Religiosa, um puro sentimento,
Portal-de-Vida que vai da Morte à Eternidade …
Eu, Évora e a Solidão -
É noite … Évora faz silêncio.
Caminho-a na penumbra,
meio triste, meio esquecido …
Sozinho, em direcção, não sei de quê – vou!
E vou em vão! Ou não! Talvez vá, bem sei …
Mas indo irei eu a parte alguma?!
Não sei! A parte incerta irei, por certo!
Mas irei … irei … Que os meus cansaços
não me turvam, nem me toldam,
nem dominam! Irei! Irei!
Caminhando pela umbra … vou além …
onde não cheguei ou alguém foi.
A avenida, o Hospital, carros a passar,
um caminho sinuoso por passeio,
árvores sem copa, folhas, tantas folhas -
secas - pelo chão … que piso!
Triste quadro. Minha vida. Pobre vida.
Eu, tão grande, “doente”, a pé, só,
por caminhos, tristes, sem tectos,
caminhando sobre folhas, secas,
esperanças fugidias … sou eu! Sou eu!
Um ser obsoleto! Alguém que sobra!
E é noite, cerrada – madrugada, infeliz.
Só eu e nada, Évora e a minha solidão.
Eu, meu coração, Évora e este “chão”...
E piso a noite, passo,
num passar que pisa a solidão.
E piso a vida, vou,
num ir que parece ser em vão!
Mas vou … E nunca, nunca aprendi a existir!
Esta dor de fora fáz-me exacto por dentro! Só ela!
E isso que vos importa?! Nada! Digam-no!
Das mãos de Deus o aceito, de vós o aceitarei,
sem reservas ou lamentos,
que tudo tem seu jeito! Terá?!
Quem sabe?! Tenho que ir …
se o quero saber, terei que ir …
deixando p'lo caminho os “corpos” de toda gente.
E dói-me o meu destino …
Não posso esperar por ninguém!
Pois não posso estar morto quando a morte vier!
Quero que ela mate em mim um vivo!
Por isso, vou, e deixo os “mortos” no caminho.
Os meus mortos!
Que estando vivos, são mortos! Mortos!
Meu caminho é por mim, é em mim,
por mim fora, de mim a mim …
E quem quererá ouvir ou entender
este espírito de coragem?!
Quem?! Onde?! … Se eu próprio o não entendo!
Se eu mesmo o não desvendo e desprezo!
E vou … indo … em frente …
Sequer olho para traz, que a saudade,
rói meu pensamento,
transformando coragem de ir, só,
em medo, ausência e lamento!
Não serei a estátua de sal das escrituras …
E não olho … não olho … e vou … e irei … sempre …
Em frente! Só! Em frente!
Solidão - Cansaço -
Solidão é cinza
silêncio, pó e nada,
solidão é gente,
à deriva, abandonada.
Solidão é ferida
ângustia e vaidade
é dor, lamento e culpa
numa teia de saudade.
Ai solidão - cansaço
que nos veste o coração
prende a vida a um regaço
numa dor pregada ao chão.
ÓPERA DO SILÊNCIO
Na solidão sem fim que ora vivo
por desgaste social outrora ativo
busco a performance perfeita
da minha mão direita criativa
que embora senil e lenta,
e às veze débil, continua viva.
Afasto-me do mundo, de engano
e retórica.Levado pela mão
da minha redenção simbólica.
Uma vez sozinho,
sem o sabor da carne
sem abraço-amigo
sem o pão do Cristo
sem o prazer do vinho,
como Handel espero compor
a ópera do silêncio
na ilusão sagrada de construir
o meu próprio ninho.
Evan do Carmo 21/11/21
“A solidão e o silêncio são meus verdadeiros amigos, pois eles não me julgam, pelo contrário, me envolvem e me compreendem”
Abandono
Solidão infinita,
o silêncio grita.
A maldade morde a lealdade.
O dono late covarde
não mede o maltrato
tampouco a fome.
O estômago rosna.
Um Piano na Sala -
Na solidão dos dias cansados,
num apanágio de silêncio,
há um Piano na Sala ...
O barulho das gentes
vai e vem e volta sem sentido!
Nos rostos cansados, severos,
que a parede proclama,
suspendem-se os gestos
de quem está.
No ar ... o Piano ... a musica ...
... a voz suspensa, calada,
dos estáticos homens
e a voz dos que vivem, sentem
e falam ... tudo no espaço
em torno do Piano!
Há Poesia no ar ...
E a musica ... sempre a musica
... união entre mundos!
DETALHES
Como é cruel a solidão na sensação atada
Como é penoso o silêncio arfando no peito
Com a poética em uma melodia desafinada
Torturando a ilusão perdida e sem proveito
Ter o vazio de uma flor, um gesto indeciso
Um olhar triste, no coração fúnebre círios
Que aquecem a dor e queimam o sorriso
Sem nada, absorto em sofrentes martírios
E eu, cá, no cerrado, de infeliz memória
Sem estória, numa redundante oratória
Suspiros, sussurros, nos mesmos ideais:
Buscando por um alívio dum solitário ser
Querendo o alguém sem ter que perder...
Pois, amar é sempre um sentido a mais!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
26 janeiro, 2023, 20’09” – Araguari, MG
