Solidão
Carta para mim
Olha só. Por um instante reveja. Já se foram alguns anos. Já se foram tristezas, se foram alegrias.
As fotos da infância não mentem: passou, mudou e você nem sabe mais quem é.
A maioridade surge com todas as responsabilidades do mundo, certamente não como você imaginava.
Aos doze anos você aguardava ansiosamente pelos quinze, aos quinze desejou pular para os dezoito, e aos dezoito, você se sente perdida.
Olhe para cá agora, eu sou o seu futuro, o que você espera de mim?
Notei brevemente o seu distúrbio de personalidade. A sua dualidade e dificuldade em fazer decisões.
Mas acredite, há algo reservado em teu nome.
Como é sentimental. Sim, você controla muito bem suas emoções e sabe a hora de as expôr.
Poucos compreendem o quanto é sensível e o quanto precisa de apoio, mas eu sei, eu acompanho as suas noites mal dormidas e enxugo as suas lágrimas.
És forte. Tens uma imensa fortaleza dentro de si. Enfrenta fantasmas e monstros todos os dias. Aqueles criados pela sua mente e também aqueles que são colocados no seu caminho pelas pessoas.
Aqui estou você. Aqui sou você. Aqui sou seus planos e sonhos.
Não tenhas medo. Encare, como sempre fizestes.
Carta para alguém
Olá desconhecido. Não me conheces, e talvez nunca irá conhecer. Escrevo está carta para desabafar. Como se fosse um diário. Mas ao contrário de palavras guardadas em um livro esquecido, desta vez, você será o guardião do meus medos, do meu sofrimento, das minhas fraquezas.
Tenho andando muito só, distante deste mundo. Procurando refúgio.
Pouco me resta até enlouquecer.
O motivo dessa fase, são muitos.
Os problemas estão caindo como chuva.
Caem aqui, caem ali. Imagina só que grande tempestade pode acontecer.
Preciso mencionar, alguns momentos agradáveis em meio a esta situação.
Mas difícil é lembrá-los. Afinal, quando o coração se torna depressivo, esfria. Talvez até congele.
Tenho medo da solidão, tenho medo de finalmente "me afundar” nela.
Mas ao mesmo tempo, ela me parece ser um bom esconderijo.
Como se na solidão eu me encontrasse.
Já que o mundo, as pessoas, me desanimam.
Pois é, a gente vive a aturar a hipocrisia dos idiotas.
Não quero, de modo algum, dizer que “ninguém presta”, talvez eu esteja no lugar errado, e na hora errada.
Talvez o problema seja comigo.
Mas me recuso, me recuso a viver dentro destes estereótipos do mundo contemporâneo. Me recuso a deixar-me dominar pela mídia.
Então, este é um outro motivo pelo qual sou pouco sociável.
E você, não sei como és. Mas sei que tens os teus problemas também.
Sei que todos os dias procura uma maneira de enfrentá-los.
Sei que irá ler esta carta e refletir sobre a vida.
Talvez nada disso lhe interesse. E ainda prefira rasgar esta folha de papel inútil.
Não sei, não lhe conheço.
Mas desejo-te uma vida boa. Sem frustrações. Ou com elas, mas com muita garra para superá-las.
A vida tem suas dificuldades.
Um grande abraço.
a dor pode ser uma extensão do coração
compelido pela paixão cega, desenfreada,
para obter o supremo amor bebo seu sangue e sua alma,
morremos aos pouco num amor eterno,
sem restrições para o prazer basta sorrir...
que estarei nos seus sonhos, meu amor.
20:08, trágico ainda te amo,
ainda sou um vampiro faminto por seus desejos,
tão doce numa ponta de faca,
a lua está cheia, quero beber seu sangue,
a noite sangra com detalhe do teu amor.
Então entro num eterno encontro
Não há lado que se possa fugir
A dor sempre me encontra no ponto
Se tenho alma, sei que ela chora
Assim como a lágrima que em meus olhos aflora
Mas a legítima esperança me consola
Da escuridão sei que sairei
Porque na porta da esperança me segurei
O dia voltará a brilhar
Em cada brilho de um olhar
E um sorriso de criança a avistar
A força do amor há de me encontrar
E sentimento ruim não vai morar
No meu lar de bons sentimentos a compartilhar
Não abracarei a dor como abraço o meu amor
A tristeza no silencio é esperada
Longos sao os dias pra quem tem rancor
Felizes os dias para quem tem amor
Nao abracarei a dor como abraço o meu amor....
Meus sangue esta marcado com feridas profundas no coração.
Além dos belos momento que morremos um pouco a cada beijo.
Lembro de cada ferida aberta como uma faca enfiada no coração.
Lamentar profundamente não vai me fazer chorar mais viver mais um dia num sol de verão.
este meu voltar atrás, a olhar o florir dos cardos, ouvir a música nos prados quando não anoiteceu ainda, faz com que as lágrimas me visitem, e me deixe a pensar entre a saudade e a solidão...
Tudo soa tão ausente...
Que silêncio reconforta a alma...
O brilho doentio da a melodia um dia perfeito.
Para que pensar se podemos sonhar.
morrer um dia de cada vez,
viver até morrer,
pensar ou sonhar,
nunca se arrepender por amar,
parar de viver por simplesmente não aprendi a amar.
caminho na escuridão do meus pensamentos,
quando os vejo de outro jeito sinto liberdade,
respirando entre minha vida até a morte.
Preciso de quase nada
Nesta espinhosa e feliz jornada; preciso de quase nada. Levantar cedo se for preciso, porém, evito as madrugadas. Creio que neste sentido se aplica a desejada felicidade. Simples assim para ser feliz, pois, é a escolha que fiz, vou mais longe; para um velhote ao qual dispensa qualquer dote, adotei a simplicidade da velha sensatez, eis o xis da questão, então comerei feliz no simples prato raso que fiz, carne de pato, ou arroz com feijão, e que arraso se lá tiver vinho com amor e moqueca de camarão... E por que não ao meu lar convidar o meu vizinho a melhorar o paladar, não pense que vivo a comer sozinho, não, a ninguém espezinho tendo esta mortal condição. Quando não, meus netos, filhos, irmãos e sobrinhos, quiçá, até um desafeto... Na realidade também amo a liberdade quando estou sozinho. Bem, meu irmão, tenho por fiel companheira a Solidão dona do meu já encanecido coração! As minhas vestes… Que tolice, há muito já lhe disse:
Uso uma peça por vez, no meu carro, apenas um assento, e no meu pé direito, eis o mesmo sapato outra vez. Este é o teste de lucidez,
Para viver, preciso de quase nada.
Pureza singela
Pureza singela à vida vivida em rosa-amarela. Ah... Aqui se encerra toda a sábia filosofia, na geografia desta bela existência na qual vivemos à transparência duma vida real. Divina sabedoria, sendo que a veraz felicidade se encontra no coração de qualquer idade alinhavada na mesma entretela do coração de qualquer mortal. Grande sabedoria dos pseudossábios os quais jamais saboreiam, pois, vivem alheios em seus devaneios em busca das glórias que se acabam aqui, em seus anseios. “Sapiências” quais ficam para história de amarfanhados jornais, já há muito conhecidas, porém, por poucos apreendidas. Seja rico, seja pobre, seja humano, seja nobre, seja tudo, seja nada, e quando for quase isso tudo, terá vivido a vida, e aprendido à maneira de bem viver. O seu erro pode estar ao se comparar ao seu vizinho, pois, ainda não aprendeu a andar sozinho. Isso pode ser o seu desterro movendo-o de lugar.
“Enquanto, os cães ladram a caravana passa”.
jbcampos
Ah fico agora fico,
Embutido em teus pedestais,
Chorando nos laranjais,
Eis um mundo sofrido!
Nessa terra sangrando entre lágrimas,
Está um ínfimo soldado,
Chorando abandonado
Por causa do seu amor perdido.
E escreves por outro pecado,
Lamentando a clausura infindável
De quem fora o vil responsável,
Pelo infanticídio iminente.
Balbúrdia, suspiro de morte.
Em caserna estranha, entra o soldado.
Que endoidecido das loucuras fardado,
Elimina um pobre inocente.
Eu maníaco matricida
A afogar-me nesta figura
Tornando o tédio a aventura
O corredor da morte sofri!
Mas na mansidão suprema,
No último instante,
Ah minha cara infante:
Quero morrer só para ti!
A luz que nos ilumina,
nos da a vida e nos cobre com a morte.
amanhecer em cada momento,
seja seduzindo nossas memorias
no terror de nossos corações,
meros sonhos desta vida que passes
um estante momentâneo em sorrimos
e talvez choramos pelas encruzilhadas do mundo.
Caminho pelos laços eternos da alma,
sem desejar voltar e respirar...
e anida voltar nas profundezas te amar.
alem da escuridão sinto suas lagrimas caindo na chuva,
então olho para os céus e presumo que um anjo olha para mim,
com poucas palavras sinto seu coração alem da eternidade,
do nosso amor que vaga pelas passagens do tempo.
Bateu uma nostalgia...
Ingrata, faminta, carniceira,
Possessiva e hóspede permanente.
Não trouxe nada na bagagem,
veio coberta de farrapos e fuligem,
sussurrando bêbadas bobagens.
Entrou sorrateira,
atravessou a casa e sentou-se na soleira
para respirar a última flor na roseira.
Olhou por cima do ombro
e fitando minha cara de assombro
esboçou um sorriso rubro.
Tal como quem esquadrinha uma alma
guiou-me com a calma
como se de minha criança fosse ama.
Apontou-me no espelho,
onde senti meu rosto velho
e meu espírito banhado em vermelho.
"Breve não virei, mas ela..."
"Aquela invejosa, fria e magricela...?"
"Não, a saudade: solitária donzela."
Foi-se conformada,
com a essência desabafada,
o andar lento e em paz mergulhada.
Infame! Deixou-me a pensar,
temer, tremer, caducar.
E quando a donzela chegou, pus-me a chorar.
"Seu rosto está cansado,
seu espírito abatido
e seu corpo enfraquecido..."
"E você está atrasada,
e apesar de toda arrumada
em seu âmago foi destruída!"
Cerrou o riso lívido
e enegreceu o olhar cálido:
"Amanhã já terá partido!"
Ah, sentença tão esperada
em bancos de praça, em orações suplicada,
"Agora sim, vida bandida! Está acabada!"
Passaram-se mais manhãs,
novas tardes colhendo hortelãs,
outra leva de noites órfãs.
E a verdade é que a gente sempre sabe a hora certa de desistir. Mas insiste até não aguentar mais. E vai sofrendo, colecionando decepções atrás de decepções. Eu sei que não se deve culpar ninguém pelo o que passamos, contudo, se a gente não crescesse ouvindo: " a esperança é a última que morre", talvez, não as alimentasse tanto.
Não importa se foi poucas vez que eu ouvi sua voz! O que importa é que vai ficar gravado no meu coração para sempre... E todas as vez que eu me sentir sozinha vou buscar no fundo do meu peito o som do seu sorriso...
olhar frio dor mais dor
para que viver nesta dor
respirar ate morrer,
chorar porquê?
se ainda existe o sofrer!
alvo soneto bem puro
dor que tanto respiro
pois porque ainda restou
diante beijos e abraços
podre seja o ador
perdido amor,
sensato engano do minha morte...
por-do-sol passou como meu amor,
vegeta nas sombras dessa vida,
tantos maus tratos que tudo se passa pelo amor,
passa pelo dias e as horas minha lagrima
te quero puro amor se espalha pela alma.
caos perdição, de resquícios de minha vida.
Oh Caçador solitário...
Que se esconde através do vento...
Sublime alma...
Entoa o canto...
Calmo como o mar,
Feroz como o vento,
Suas lágrimas se misturam com a fina chuva...
És imortal perante o tempo?
És invencível perante a vida?
Ou és só mais um com o coração ferido?
Caçando o próprio caminho para fora da escuridão...
