Solidão
A ela
É desejo de quem ama
Se entregar em um abraço
E para sempre ali ficar...
Nesse amor que me completa
Parte dela em mim está,
Só não deixou parte de mim
No coração dela se abrigar...
E como veio um dia foi,
Só não se foi sublime amor
Que a ela ei de entregar.
Edney Valentim Araújo
1994
minha face na escuridão,
você voa sobre meu coração,
nunca espere viver até te conhecer,
sempre pairo pela cidade,
entre laços da perdição...
perpetuo meus pensamentos,
descubro que a vida apenas começou,
passando por cada momento
esperando que os dias morram
para que a noite seja perpetua.
O sucesso social costuma ser erguido sobre um pouco de fingimento. Pessoas populares às vezes precisam rir de coisas que não acham muito engraçadas, fazer coisas que não desejam em especial fazer, com pessoas de cuja companhia particularmente não gostam. Eu, não. Eu tinha decidido, anos antes, que se houvesse uma escolha entre isso ou um voo solo, voaria sozinha.
poucos momentos
meus tormentos
em lentos ventos,
meus sentimentos
tantos desejos,
apenas a tristeza,
são esses os...
meus espinhos
entre teus dias,
beijos escondidos,
almas aos ventos,
palavras que se despedem...
em murmúrios,
lamurias sobre as mortalhas
tristeza em alento,
neste destino,
me diga que o prazer,
esta no dia que encontro,
assim vai vivendo,
sem saber que é amar,
é parte do sentimento,
que paira dias frios,
no calor que se dissipa,
em suas vestis,
e diga que nunca amou,
mais um dia que transformou em noite,
mero olhar que passa
quando a musica termina,
teus dias torna se mais curto,
na imensidão de nuvens,
no sonso destino,
sendo há paixão
o envolvimento que doma teu coração,
intenso vazio,
nos costumes do mar tão bravio,
a presença lhe incomoda,
para tanto o vento balbucia
pronuncias que tempestade
do amor te faz desconfiar da vida...
em tantos cortejos,
o namoro torna se momentos,
amantes ao luar,
encontros na surdina
de desejos ocultos,
banquetes dos deuses
sua presença torna se
a saudade que deita se
na calada da madruga,
se diluvio, tão pouco o dia passou.
fogo constante
alma ardente
coração sem paz,
luz na escuridão
relatos de insonia
voz ao caos da mente,
verão sem sem amor.
►Ajude-me, Senhor
Doutor, me diga, o que eu tenho?
Às vezes estou sorrindo em devaneio
Outrora, lágrimas cortam o meu peito
Estou cansado, doutor, não aguento
Com tão pouco tempo de trilha,
Já fui apunhalado e jogado ao relento
Certos erros que cometi, ganharam vida,
E me assombram, oh, que tormento.
Doutor, por que sofro desse jeito?
O que fiz? O que esqueci de fazer?
Sei que não sou perfeito, eu sei, doutor
Mas, será que mereço? Quanto mais irei sofrer?
Doutor, cuide do meu filho
Oriente-o, para que ele não siga o caminho do pai
Que seja, carnívoro ou onívoro
Mas, que ele seja, além de tudo, sagaz
Pois, o que me faltou, eu quero que ele tenha por demais.
Doutor, eu confiei em tantas Dalilas
Que a minha vida para sempre estará em ruinas
Confiei a algumas, meu amor, meu calor, os meus versos
Em recompensa, fui arremessado, isolado, ao deserto
Chorei demais, doutor, e como chorei
Pedi demais, doutor, e ainda pedirei
Para mudar, me tornar um animal,
Com apenas desejos carnais e nada mais.
Doutor, quero não mais argumentar perante o espelho
Não quero mais discutir comigo mesmo
Quero viajar lábios a lábios, sem me apegar
Quero velejar em curvas que não irão me devorar
Estou cansado, doutor, de me entregar e me enganar
Tudo que faço é pensar no próximo
Por que, então, doutor, me desprezam com tamanho ódio?
Doutor, o senhor não sabe,
Mas, já escrevi serenatas de bela vontade
Acredite ou duvide, foram ridicularizadas, doutor
Elas foram esculachadas, enojadas
Diga então, se estou doente
Por que ainda continuo escrevendo-as diariamente?
Até quando estarei na reciclagem?
Até quando serei usado? Ou isso tudo faz parte?
Não, doutor, não tenho orgulho de quem sou
Não me adoro ao reflexo, ah, o rancor
Não sei mais o que fazer, preciso do senhor
Acho que estou doente, sinto tanta dor
Faça ela passar, bom doutor, por favor
Estou à deriva e tenho medo de me afogar
Não tenho ninguém para me salvar
Nem mesmo aquelas pessoas que me pus a ajudar
Abandonaram-me, caro doutor, todas elas se foram
Viver um outro amor, foram se aproveitar de outro
Sofredor, doutor, como eu, ah, quanto desamor.
Estou cansado de sempre tentar,
Falhar, me recusar em desistir, e levantar
Quero paz, doutor, mas, não sei se sou digno
Talvez eu tenha cometido algum delito
Talvez eu esteja mentindo para o meu espírito
Talvez eu mereça estar ao pé deste precipício
Caro doutor, diga-me, o que eu devo fazer?
Devo ceder? Cair, para esquecer de tudo?
Tenho medo de, quando sol nascer,
Eu ainda esteja só, no escuro.
Doutor, às vezes eu fico pensando sobre a minha postura
Fico pensando se eu deveria ser mais agressivo
Ter menos "jogo de cintura", mais instinto, ser menos pensativo
Doutor, quero ser comum, normal, apenas um indivíduo
Com desejos, com medos, pensamentos reprimidos
Não quero me preocupar com o bem-estar alheio
Não quero ajudar pessoas e relacionamentos passageiros
Quero ser um Don Juan, doutor, mas, não consigo
Não consigo visualizar damas como simples objeto, estou perdido.
Doutor, desculpe este meu monólogo
Obrigado por me escutar, me sinto melhor
Espero vê-lo logo, tenho tanto mais para dizer,
Desabafar, tenho muito para falar
Obrigado novamente, doutor
Devo ser o paciente mais problemático do senhor.
Saudade só arde quando encosta na pele
Ela queima, ela rasga e não sossega enquanto não fere
A lágrima lavou o rosto, mas não tira o gosto da solidão
Tá pronto pra experimentar
O que é perder um amor que estava na sua mão?
É tudo
O amor é um caminho
Só de ida
Pra seguir acompanhado...
É o começo do insondável
Que não se conhece numa vida
E noutra, pouco pode descobri.
O amor é o sopro do suspiro
Que se busca em outro alguém
Pra respirar o mesmo ar.
O amor é chama viva
Que abrasa incandescente
Toda alma flamejante.
O amor faz cego quem o vê,
Pra quando só
Não enxergar tamanha dor...
O amor é tudo isso
Que não se vive
De alma só...
Edney Valentim Araújo
1994...
a dor cai sobre o coração,
lagrimas que de repente
anunciação do sofrimento...
em confirmação é acendente,
saber o que se sente, meramente,
despedida derradeira a força,
que te faz sentir, até que tudo seja
a causalidade, num mundo vazio.
voz do algoz
sentimento que paira dia apos dia,
preceito do preconceito
as emoções confundem,
por ser ate o que é;
para fins do espelho do seu ser,
tudo que se vê em harmonia...
no limiar da arte
decisões
num âmbito moral.
a luz vaga sob o amor,
o derradeiro sentimento
o toma no interior.
Nos prepararmos para bem caminhar na nossa Comunidade é entendermos que no início seremos rodeados de irmãos, mas com os tempos difíceis teremos apenas Deus para preencher a nossa solidão!
_Para o além meros conflitos
que desdem até fim dos tempos,
ate sonho mais profundo seja reconhecido,
em termos convencionais.
tudo que tenha seja apenas a vontade de existir.
Abandonei seus sonhos e não pertencemos há está humanidade.
somos mais cruéis,
sejamos recíprocos diante aqueles que desdem a imortalidade...
veja que já estão mortos, só não se dão conta,
podem esperar a piedade da escuridão...
sem ter ao menos a razão dessa infeliz existência,
abomináveis em sensações sub artificiais
pois são meros fruto do pó,
que sufoca com claridade numa remota ascensão
perdão o perdão morre, nos braços da madruga,
meros exclusos de uma sociedade falha...
queres tudo para um reino que não pertence...
em sua parábolas o desatino atroz cala se...
vertente nos laços do teu corpo nu...
sobre a luz da lua... uiva para todos medos sejam
o fruto do teu ventre, no que foi mármore gelado...
assopra a vida que deixou.
os dias perderam o sentido pois não á um amanhã...
enclausurados pela natureza do sangue.
celso roberto nadilo
A perda da inocência...
morda me
me beija,
sinta se morta
diante seus sentimentos.
nada mais tem um sentido,
gravo com sangue seu nome...
na minha alma perdida
pelo amor o desespero
torna se algo simples de aceitar...
moralmente somos alternativos...
para se ter um pouco de esperança.
Teu carinho
Quem te pôs no meu caminho
Mudou de vez à minha vida,
Alegrou-me com teu riso
E me levou ao paraíso.
Eu que andava sem destino
Já não sei ser mais sozinho,
Me prendi no teu sorriso
E dependente de carinho.
E o que mudou o meu viver
Em amor se transformou...
Ganhou meu coração
Pra entrega-lo a você.
Edney Valentim Araújo
1994/1996
pulsos,
apenas são atônitos sentimentos...
quando espero anoitecer,
move se em minha direção...
e o vento parece ser real,
quando ninguém compreende,
para todos momentos são feitos de dias felizes,
cinquenta anos se passam esta sem rumo,
diga me por favor, amor...
e a tristeza relaxa num momento de felicidade.
num sonho tudo pode ser real ate acordar,
um toque mais uma mensagem,
a respondo pois estou em status de bloqueado,
trágico, que tantas lamentações sejam três dias,
quando a liberdade é um opção de expressão
do que gosta não pode ser dito pela inquisição...
daquele são á elite não bonito ou apropriado...
são termos que te julgam e te fazem serem excluídos...
Eu sou aquela mancha na roupa colorida, aquela gota gelada em um banho quente, aquele fio rebelde de cabelo que insiste em ficar em pé... Solitária em tantos termos, por muitas vezes me senti assim... sozinha, me julguei e me culpei e ás vezes ainda me culpo. Mas será mesmo que a culpa é minha? Amar sozinha, ser amiga sozinha...
Tudo tornou-se vazio e obscuro guardo as pessoas que amo em minha alma pois meu coração falha e me propõe falso amor .
Achei que era eterno e verdadeiro mais errei como sempre sub julguei minha capacidade .
Hoje meu pensamento estão confuso não consigo parar de chorar .
Minha razão me manda ir mais esse tolo coração pede pra ficar .
Seu olhar não cruza mais os meu.
Seu sorriso a muito tempo não e mais meu .
Estou presa nesse sentimento que me traz dor era pra ser bom e eterno .
Vc me impôs uma armadilha me fez acreditar em um amor que em você não existe e hoje pra você tanto faz .
Estou em uma ilha deserta em meio.a uma tempestade e não tenho como sair .
A visão sobre arte...
não importa a arte ou artista
o que condiz é que está contido
o conteúdo em si mais indo mais profundo...
sentindo senso real, e assim tendo sensibilidade
de transpor a polifonia,
o senso comum sempre nutri outras realidades
mais queremos realmente perceber
no então o fato de ser e existir
são conceitos diferentes,
senso da verdade é a lei ou á um meio termo,
das discrepâncias o preço é sua verdade.
a diferença que expõem a cada um dispõem
no resto da vida por um caminho tomado...
pode se compreende a tristeza e abafar a alegria.
no entanto os conceitos diferem em divergências,
como trans lados da realidade a uma parede invisível,
para cada diferente como na tua mente depois pode ser
em qualquer lugar, como condições financeiras e morais
essa difusão restringe na empatia.
uma da mais comuns esta quando percebe essa matrix
a disfunção de realidade num calidoscópio.
tudo escrevemos é simples e complicado...
ou oculto palavras tem vários sentidos,
arte que se pinta que se respira num ato de sentimento,
para o qual se desvenda outros sentidos para se senti,
a percepção do olhar se desdem nas singularidades,
sendo fato obscuro evoluir momento a estante,
compreendendo que vivemos é apenas uma ligação da logica,
o controle absoluto da transição gera algo absoluto
e fiel as convicções do sentido, e a intuição supera os desejos,
num espelho transformista da voz to ato ego,
então tudo pode ser relevante quando se é diferente,
não se encaixa tudo parece não ter um sentido,
sendo abrangente no que é para ser,
diferenciando dia a dia os fatos se afogam...
nas decisões mais profundas...
poucas coisa são denotadas nas singularidades,
fatos são ocultos sua vida prossegui,
sendo igual aos animais que consome são apenas produtos
indo mais fundo cada evento nutre mais uma ocultação.
o desaparecimento de si mesmo ocorre dia a dia,
involuntariamente sua mente realiza atos comuns,
o conceito diferencia opiniões...
