Solidão
Na solidão temos muito espaço para evoluir e muito tempo para criar obras de arte ou então nos apequenar em algum vício ou passatempo medíocre.
Dissabores juvenis
Despendido está meu coração
Derramado nos mares da imensa solidão
Fraqueado, me sinto desolado
Sem pretenções ou auspícios
Sou só mais um indivíduo
Linear está minha dor
De minha alma nada restou
Penuriado aos ventos
Esqueço-me no sofrimento
Fadigado pelo cotidiano
Na noite me dano
Bebendo da amargura
Sinto-me desumano
Engolindo a labuta
Rastejo a sombra da dúvida
Outrora me senti amado
Por ora, fraquejado
Lutas do convívio
Sento ao pé do moinho
Refletindo sobre o passado
Choro por me sentir desolado
Nada vale minhas ambições
Se de meus convívios sobrevém aflições
Refletindo aos céus
Peço à Deus que não seja tão cruel
Regressando aos poucos
Fujo do cotidiano
Tragando a dor
Zarpo sem amor
O choro é uma simples lágrima, que vem da solidão, porque eu chorei com choros reais para uma pessoa que nem conhecia direito, mais o meu coração sim. E não sei por que
Hoje escrevo para transformar á solidão em saudades e as tristezas em alegrias e para eternizar todos os momentos que foram felizes.
Solidão
Estar só a todo instante
Com pensamento distante
Pensar em si é mais importante
A viver com acompanhante
Autossuficiente
A todo momento
Não divide sentimento
Vive sem ressentimento
Felicidade é encontrada
Em algo que agrada
Sua vida solitária
Sem alegria compartilhada
O silêncio em que vive
É porque insiste
Em guardar pra você
O que jamais irá saber
Resolve sozinho
O que há no caminho
O que falta na vida
É amor e carinho
Roney
A tristeza e a solidão é o casal que nos
leva a pensar no que pensamos. Uma
madrugada de tristeza e solidão te leva a
pensar mais na sua vida do que 1 ano de
alegria e sorrisos falsos.
Ela tentou me salvar de minha solidão,Quando na verdade era ela quem deveria ser salva de sua multidão.
A nossa solidão é esta avenida decotada
do passeio do acaso, furtiva e escancarada
artéria tantas vezes paralela ao coração
onde um almirante não serve a arquitetura
onde sobe a miséria do terminal do elétrico
até à igreja fronteira à sopa dos pobres
efémeros sentinelas armando cartões
nas fachadas das lojas, trastes, artigos
de ocasião (apanham-nos de dia noivos
investindo num projecto de família).
O nosso é este meio de solidão que se carrega
de qualquer coisa que não é bem perpétua
atmosfera de névoa nem sujidade, que também
é terna, pena suspensa (corvos de Lisboa, naus
gastas), saudade, porque não, sentimento
de povo sem pátria desmentido; crer creio
nisto que na indigência e vício coexiste a gente
dá-se e da carência faz-se uma disciplina às claras
e por muito pouco desprende-se quase nada
que se tem
TEU NOME (soneto)
Deixa a vida com sua sina, enfim devasse
A tua solidão que é o teu maior lamento
Que tem a dor calada no teu sentimento
Todo a angústia que sente se mostrasse?
Chega de engano! Revela-te o ferimento
Ao universo, defrontando-a sem repasse
Ao coração, que já lágrimas tem na face
E suspiros nas noites num pesar sedento
Olha: não suporto mais! Ando cabisbaixo
Deste sofrer, que o meu amor consome
De senti-te sozinho no peito tão imerso
Ouço em tudo o silêncio, golpe baixo
Do desejo. Que vive a calar o teu nome
E insiste em recordá-lo no meu verso
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
23 de fevereiro de 2020, Cerrado goiano
Olavobilaquiando
A solidão não se trata apenas da ansiedade estar só ou enclausurado. Se trata também de quando damos conta que a presença desejada naquele momento é inalcançável a nós, quando nossa cabeça entende que fomos negados de uma companhia e a solidão aperta o seu peito como uma ressaca moral
Canção
Não te carde da pequenez nem da solidão
que as desventuras por ventura nos traz
do amor, que os ventos pravos arrastam
dos desejos, e tanta dor ao coração faz.
Em vão... acredite, ínsita, é doce razão
seja audaz, e não demores ali tão longe
em cantinho secreto, e tão cheio de ilusão
neste decreto o afeto não pode ser monge
nem tão pouco um analfabeto da paixão...
Apresente-se agora, o momento é a hora
e a emoção vare na eternidade, assim, então
apressa-te antes que a vida vá embora
e o outrora torne-se poesia na tua canção!
Ame!... e não o toque na caixa de pandora...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28/02/2020, 05’06” - Cerrado goiano
Triste anjo que danças na minha retina
Tão doce
Tão linda
A solidão a que tu abraças
Indo e vindo ao leu
De tão desgastada valsa
Profana a paz do meu olhar
E a visão da qual nasceria
A mais tocante poesia
Fecha-se em nebulosa agonia.
Marco Teles
E foi na solidão que encontrou o seu lugar.
No seu canto, e sem ninguém enchedo o saco conseguiu ser ela mesma!
Minha solidão dilata dentro de mim que transborda
Eu, não vejo nada além do preto do breu
Eu não sinto nada além do frio que dá medo
Eu não desejo nada além de uma companhia que nunca vá embora
E mesmo sendo impossível, minha falsa esperança me faz continuar
Até que eu ache outra coisa pela qual lutar
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