Sociedade Alienação
Se eu sangro, se eu vivo, se eu venho
Do mesmo lugar que você
Minha vida não deve valer menos do que a sua TV
Eu não quero fazer curso de grosseria, falsidade e pilantragem para ter que me adaptar às regras desse jogo sórdido de uma sociedade à beira do abismo.
Já não existem valores,
Nas nossas sociedades.
Muitos vivem dos horrores
E das suas crueldades!
In VERSOS - Trovas e Sonetos
O Homem jamais saiu das cavernas. Hoje ele apenas vive em cavernas artificiais conhecidas como casas, apartamentos, palácios, trailers, prédios abandonados e barracões.
Nas ruas vejo que este mundo esta cheio de adulto feliz, passam por mim alegres e sorridentes tão despreocupados que nos arrastam sem perceber que estamos ali se não dermos passagem. Vez ou outra vejo uma criança chorando e tristonha. Na minha humilde visão, ou os adultos estão mais felizes ou as nossas crianças estão mais tristes.
Os homens gostam da guerra. Ela exerce uma eterna sedução sobre eles, pela intensidade da experiência, pela oportunidade de fugir ao marasmo da vida familiar.
"À luz da espiritualidade ao transitarmos por caminhos plurais e fraternalmente
sem fronteiras no Amor habilitaremos conscienciosamente ambientes propícios
para a promoção e construção de um mundo melhor, mais feliz, justo, inclusivo,
e uma sociedade renovada, plural e transformadora mais tolerante, acolhedora,
próspera, pacificada e fraterna..."
O espírito niilista do presente século é certamente a principal causa de diversas "doenças" psicológicas. Quando o sentido da existência, sem o qual a alma humana não pode viver é ignorado, só lhe resta o desespero e a solidão. A alma sem sentido para a vida certamente não achará ânimo para continuar vivendo.
São muitos os que creem ver a mão do destino no que não é mais do que uma rifa de vilarejo quando o verão já agoniza.
Em terras de frustrações nos tornamos prontos para vencer batalhas ou para sermos massacrados pelos elas.
Porque algumas pessoas fingem ser quem não são, ou pensar o que não pensam para agradar uma sociedade que também está fingindo seus interesses?
Darem-me um dia da Mulher, faz com que me sinta uma pedinte!
Não preciso de rosas, jantares e doces.
Quando o resto da minha existência, a fazem, de espinhos e de amargos de boca!
Dias Ruins
O dia já se foi
E levou consigo
As pequenas alegrias
Presentes em pequenos momentos
Amanhã tudo volta:
A correria; o cansaço
A falta de espaço
Nossas vidas estão perdidas
Neste árduo compasso
E quando a ilustre escuridade chegar
Trará em sua companhia
A excruciante melancolia
Que já se faz presente em meus dias
Tornando-me despido de alegria
Está ficando claro, nesses últimos anos, que estamos enfrentando uma profunda crise. Não é uma crise somente financeira. Ou de segurança. Ou de liderança. É uma crise de autenticidade.
Você vai ver como acusam as vítimas de se negarem a olhar para o futuro. Vão dizer que nós queremos vingança. Alguns já começaram.
A distância entre uma pessoa faminta e uma pessoa saciada é maior que a distância entre aqui e a lua.
Não, não foi por causa da busca de uma volúpia culpada e preguiçosa que ele começou a usar o ópio, mas simplesmente para abrandar as torturas do estômago nascidas do cruel hábito da fome.
Quem pode calcular a força reflexa da repercussão de um incidente qualquer na vida de um sonhador? Quem pode pensar sem tremer na ampliação infinita dos círculos das ondas espirituais agitadas por uma pedra do acaso?
