Sociedade Alienação
Sempre é muito mais fácil persuadir um rico que tem varias ligações com a sociedade do que persuadir um miserável que não tem compromisso com nada.
A Cidadania Solidaria é a sociedade civil deixando de ser vitima e participando de novas soluções de novos e antigos problemas. Juntos podemos acreditarmos e sonharmos em um mundo melhor que retorna mais humano e consciente pelo esforço, pela ação amorosa, pessoal e profissional de cada um.
Eu luto por que acredito que a sociedade civil cidadã deve ser co-participe da governança paralelamente com o poder publico em todas as esferas.
Acredito na plena capacidade renovadora da sociedade, mesmo que só diante da dor. Pois não há mudanças, em tempos felizes.
Qualquer sociedade e comunidade livre que não respeita a ultima morada de seu mortos, é fadada a barbárie, a incivilidade e a destruição justa e merecida entre os vivos.
Antes da oposição a venda de armas de fogo em futuro projeto a ser votado a sociedade civil esclarecida deve se movimentar contra a farta proliferação e fácil comercialização de pre-armas letais de fabricação oriental adquiridas por qualquer um, encontradas nos comércios informais e em banquinhas de ambulantes nas principais cidades do Brasil.
Dentro da sociedade contemporânea de hoje, materialista e capitalista, a franca generosidade causa muito mais inveja e insatisfação do que qualquer grande fortuna financeira.
A Arte Social é bem mais que uma idéia crativa abrange e contempla toda uma sociedade que por mesmice e indiferença, agoniza.
Vivemos em uma sociedade acelerada e transparente, sendo assim a notoriedade pela bondade e pelas virtudes e o esquecimento pelos vícios e egoísmos, já se tornam claro e objetivo, diante de todos, desde dos primeiros verdadeiros ou manipuladores movimentos.
Em uma sociedade instantânea, solvente e doente, que prega a todo momento sem pudor que só se vive uma vez, todos os meios justificam o enriquecimento e todos os erros, o sucesso.
Uma sociedade jovem muito doente que vende fácil o que não é para vender e ainda depende de ter sem fazer por achar que tem algo especial para valer.
O imediatismo subtraiu toda esperança da sociedade egoísta contemporânea, que vive sem ter fé na vida e ama no estrito prazer que lhe convêm.
A atmosfera e os locais da arte e da cultura na sociedade contemporânea à partir da gestão cultural deixa de ser tão artística, filosófica, educacional e estética para se tornar paulatinamente um meio e ferramenta da administração econômica, politica e financeira pública e privada.
Toda a arte é hoje as lembranças mais remotas de uma época ou uma idade em que à sociedade humana teve realmente ética, valores familiares, princípios, virtudes, educação, civismo, cidadania, personalidade e moralidade. Atualmente à máquina superou a mão de obra humana e o dinheiro enquanto valor passou a ser divindade, patrono e justificativa para todas às torpes atitudes de baixarias, abusos animalescos e incivilidades.
A sociedade de consumo contemporânea não está doente como a grande maioria, ainda pensa. Ela deixou de ser parte de um agente e de um processo consumidor e passou a ser a muito tempo um outro tipo genérico de mercadoria fugaz em com estreito tempo de validade para o consumo seguro.
Na sociedade contemporânea do século XXI ficou cada vez mais difícil encontrar o amor e a felicidade em par sem saber para isto bem administrar o interesse pessoal acima de todas as coisas, um inabalável egoísmo selvagem sobrevivente e a vida sempre em torno e à partir de nos mesmo.
ONDE MORREM OS OLHARES
Faço parte da sociedade de consumo sem sumo; se eu pensasse em algo na minha adolescência, provavelmente eu pensaria nisso, mas nisso eu não pensava; o meu olhar caia com o sol e a magia que só a natureza proporciona nos finais das tardes, até então eu ainda não entendera esta sensibilidade de contemplar os ocasos. calção roto, pés descalços, um carretel de linha e uma pipa, eu ajudava a compor as cores maravilhosas dos verões com os tons extraordinários das minhas pipas e suas evoluções. Nunca imaginei como algo irreparável as carências materiais que me cercavam, tudo isso se perdia diante do azul anil do firmamento ou do verde oliva das colinas; as cores da natureza tinham suas magias e na hora do crepúsculo tudo ganhava poder revigorante; alguém, algo, alguma coisa surreal me fez acreditar que com a minha boca roxa de chupar jamelões, as minhas unhas encardidas e a minha pipa eu era uma espécie de sentinela daquele portal que só eu tinha a capacidade de vislumbrar. eu guardava o arrebol e os deslimites onde morrem os olhares, se perdem os sonhos e nascem as esperanças; mas isso, a minha confusa adolescência, perdida no fascínio do rosicler ainda não explicara. Minha grande preocupação eram os predadores: Simica, Brucutu e Mermequer, que derrubavam para além do horizonte as mais belas cafifas. Traçando uma estratégia para o dia seguinte, sob os tons opacos da penumbra eu retornava ao convívio do meu clã; tentava uma desculpa esfarrapada para a minha ausência, mas o cinto nas mão de mamãe jamais entendera... depois da janta, já sob a presença de papai, eu dividia, somava, subtraia e multiplicava, tentando entender a filosofia de que a ordem dos fatores não alteram o produto; eram lógicas que não me seduziam. Eu ainda tentava entender onde morrem os olhares, quando o olhar de papai já desmaiava cansado de mais uma jornada, provavelmente muito mais árdua que a deste infante sonhador.
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Faço parte da sociedade de consumo sem sumo...
"As pessoas pra mim são como lagos, eu avalio-as pelas suas profundidades..."
"Há um deus crucificado para cada judas que morre enforcado."
