Sobrevive Amor Acima de tudo

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Três atividades completamente inúteis: filósofo, comentarista de notícias e jogador de futebol.

Inserida por LicinioFM

Assim como o dia surge de mansinho clareando aos poucos,assim também é a nossa consciência com relação ao tratamento que devemos dispensar para com o nosso planeta. (30.07.15)

Inserida por NemilsonVdeMoraes

NÃO HAVIA VISTO UMA COISA DAQUELAS!...

CRÔNICA
Militei assíduo e fielmente durante dezesseis (16) anos, em dois períodos de oito (8) anos; como membro efetivo e cooperador das lides religiosas. Numa instituição muito conceituada em todo Brasil.

Participei e vi de quase tudo naquele cenário de fé e crença.

Naquele tempo era bastante comum se ver fora, ou até nas reuniões da igreja alguém ser incorporado por uma entidade demoníaca.

Caso seja uma legião daqueles "incostos", a coisa é mais complicada para ser resolvida. Dá mais trabalho para a pessoa ser libertada.

Geralmente o fiel(eis) que intercede(m) junto ao Pai, para que tal vítima volte ao seu estado de normalidade,precisamente tem que estar com a vida no altar:

em plena comunhão com Deus. Do contrário, a libertação não será possível.

Mas, por estarmos num processo em que, se vive e aprende...

Se eu tivesse morrido anteriormente não iria ver o que vi ontem pela manhã no meu bairro.

Maria da Faca subiu a minha rua com suas amigas de gole Darlene e Glória; vindo da balada.

Tontas que nem gambá. Viraram à noite em bebedeiras no pagode da Vilarinhos.

Em frente a minha casa Maria surtou e agarrou de briga com Darlene.

Glória que já havia adentrado em sua casa foi chamada às pressas para pacificar o ânimo das amigas.

Conseguiu separar as duas, e Darlene foi embora para sua casa, logo à adiante.

Glória também retornou ao seu aposento. Maria da Faca permaneceu na rua gritando nomes feios, a Deus e o mundo.

Mas uma(s) entidade(s) satânica (s) incorporou-se em Maria da faca.

Deu um trabalhão terrível!... A rua rapidamente encheu-se de gente; a polícia fora chamada, e dessa vez não demorou muito.

Os militares não conseguiram contê-la; ela rodava que nem um pião. Dando pontapés e telequetes pra todos os lados.

Rolava no chão,nos ares e nos braços fortes dos homens da Lei; que nem um trem doido demais.

Glória que havia se ausentado, fora chamada novamente para resolver a questão. E resolveu.

Ainda meio tonta da cachaçada da noite anterior, pediu licença as autoridades presentes e repreendeu aqueles demônios.

E sua amiga voltou ao seu estado normal.

Pelo que conheço do assunto aquilo era mesmo uma legião de anjos destituídos da graça de Deus. Atormentando aquela mulher.

Gloria determinou àqueles demônios que saíssem daquele corpo,com tanta veemência, que foi impossível eles resistirem; e deixaram a dona em berros horríveis.

Parece que a Glória já sabia que havia muitos elementos das trevas naquela vida...

Pois repetia em alta voz os dizeres: “'Saiam deste corpo!... Em nome de Jesus, ele, não lhes pertencem.”... Vai entender!...

(25.02.18)

Inserida por NemilsonVdeMoraes

SE NÃ0 FOSSE O ESCRITOR!...

REFLEXÃO
Há muitas histórias por aí precisando ser contadas. E, sentimentos, emoções... para serem revelados.

Reflexões, para provocar o pensamento,o senso crítico.

Ensinos a serem repassados e perpetuados por meio das mais variadas didáticas, disponibilizadas em plataformas diversas.

Romances,poesias, memórias, contos, crônicas, artigos científicos... ensaios. Que poderemos lançar mão para o nosso proveito.

Mas, somente alguém com o domínio da matéria e da escrita, pôde (ou pode)se empenhar nas lides de tais produções destes produtos. ..

Faltam ainda as próprias artes e os detentores dos mais variados talentos, serem mais estimulados, difundidos... e valorizados.

Infelizmente, muitos pensadores não foram (ou não vão) adiante por falta de oportunidade ou por não buscarem uma devida projeção.

Outros, sobreviveram(ou sobrevivem)na inércia com seus dotes belíssimos, estagnados.

Não despertam ou estimulam, suas virtudes artísticas ou laborais; engavetam seus trabalhos já produzidos, da escrita, e tantos outros, que compõem o arcabouço cultural de um indivíduo e de uma nação.

Um fato:
Se não fossem os escritores do tempo bíblico para escreverem os maravilhosos textos de ensinamentos, morais e sociais;

das regras de fé e crenças, contidos no livro Santo dos cristãos - e noutros livros, esta cultura e saberes fundamentais da humanidade se perderiam no tempo e no espaço;

e uma gama de essencialidades para as nossas vidas,material e espiritual, não seriam possíveis ter chegado e permanecido conosco até hoje.

Pensemos um pouco: o que seria se, seres iluminados de toda sorte de conhecimentos seculares, não disponibilizassem suas iluminuras a nós, em suas publicações.

Se tais homens das letras, estudiosos, pesquisadores e doutores.. retivessem para si seus patrimônios intelectuais não os revelando ao mundo, nada do que usufruímos no presente, seria possível.

Portanto, é necessário que as pessoas que cultivam seu dotes somente para si, permitam seu afloramento e saiam do anonimato; se dediquem mais e mais naquilo que são habilidosos, e que lhes darão melhor prazer.Compartilhe essa dádiva com o seu próximo.

Que seus trabalhos apareçam para serem vistos, apreciados e consumidos. E, suas lides artísticas, sejam cultivadas com regularidade e paixão. Sem interrupção.

Que nossas ideias, anseios, conflitos, conhecimentos e artes, sejam registrados, produzidos e expostos aos olhos de todos.

Não guardando conosco o que Deus nos deu, para serem repartido.

Não seria interessante retermos unicamente para nós o que poderá beneficiar a muitos.

Seremos com certeza, eternizados no bem, se repartimos com quem não tem, o tudo de bom, que tivermos.

Se a nossa graça for escrever,... façamos com denodo; publiquemos e deixemos ao alcance do grande público, servindo lhe como fontes de saberes socioculturais.

Que o conhecimento não fique apenas na oralidade pois, se não houver o cuidado de um registro formal, se perderá.

Contando com a educação sempre; pois não chegaremos a um desenvolvimento humano ainda mais promissor ignorando sua lógica.

Os escritores têm no deixado seus legados de pôr no papel o que de mais relevante acontece ao seu redor, ao longo do tempo.

Seja qual for o seguimento de sua aptidão; não perca a oportunidade para deixar sua marca no mundo! Mostrando seu valor.
Se não fosse o escritor!...
(05.08.15

Inserida por NemilsonVdeMoraes

Seja qual for o seguimento de sua aptidão; não perca a oportunidade para deixar sua marca no mundo! Mostrando seu valor. (25.02.18)

Inserida por NemilsonVdeMoraes

Se a nossa graça for escrever, façamos com denodo; publiquemos e deixemos ao alcance do grande público, servindo lhe como fontes de saberes socioculturais.(25.02.18)

Inserida por NemilsonVdeMoraes

Posso ouvir dizer que sou.O que não devo é me achar. (07.03.18)

Inserida por NemilsonVdeMoraes

LÍQUIDO VITAL...

Em meu leito...
Em sinuosos seguir, serpenteio para o mar. Amando.

Nascentes...
Broto do chão transparente,bonita,fresquinha, desejada.

Como chuva...
Desço do céu de brancas nuvens. Em vida cíclicas... Irrigando o mundo.

Vejo...
Corações, aflitos, saltitantes. Acolhendo-me, filtrando-me, acondicionando-me...

Amor
disponibilizo afagos, havendo ou não reciprocidade. Assisto a todos, de igual modo.

Em gotas...
Até jorro, mas é de gotas em gotas, que no dia a dia,me ponho a gotejar;

das folhas, dos telhados, das torneiras,... na boca dos pássaros,dos bichos...

Destilo meus anseios vitais, inodoros,Incolores...

União...
Unindo-me à turbilhões de moléculas,irmãs, me sinto mais forte e útil para servir. E fazer a vida acontecer.

Gero a vida...
Quebro a inércia da semente, o broto cresce e parece, enchendo de graça, o viver.

Sacio...
A sede, e amoleço o barro, as rochas, os ânimos, e desânimos...

Poesia...
Em prosas e versos, me refaço...Me vejo e revejo, mais bela ainda.

Nas dificuldades...
Contorno obstáculos e venço os desafios. Dando exemplo de persistência.

Milagres...
Acontece ao eclodir invólucros da esperança.

Mas...
Com tudo,minhas virtudes não me tornam, a "toda poderosa".

Sou igualmente a vocês: dependo dos mesmos cuidados,respeito... Amor.

(05.03.18)

Inserida por NemilsonVdeMoraes

No caminho da dor até no gorjeio das aves há um certo ar dorido. (06.03.18)

Inserida por NemilsonVdeMoraes

Tem gente que retira a proteção da casa, e maldiz a Deus, quando ver a família soterrada.(10.03.18)

Inserida por NemilsonVdeMoraes

SOU TÃO FRÁGIL SEM ELA...

Já se fazia manhã!... Da janela do meu quarto vislumbrei um céu tão bonito e tão azul!...
Logo pensei em nós.
No horizonte além, me pus a ver traços da sua imagem levitando em meus pensamentos absortos.
Parecia que ouvia seus dizeres amorizados, em trechos de sua fala, revelando-me seu amor incondicional.
Desenhos memoráveis, em aquarelas, reportaram - me, ao cenário de glória que vivíamos.
Tais sentimentos afetivos de um homem a uma mulher, ainda ardiam latentes, naquele instante, em m'alma ofegante.
Voltei à cozinha e degustei um cafezinho que acabara de fazer.Saindo um vaporzinho da xícara.
Depois, retirei um livro da estante e me pus a folheá-lo, quando me deparei com um poema meu;
“Se dependesse de mim”. Exatamente isso viera à minha mente, momentos antes: se dependesse de mim retornaria aos braços da paz que havia ido...
Enxurradas de boas lembranças; aflorando a todo instante, sufocavam qualquer tentativa em concentrar-me em outra atividade.
Saí da leitura sem perceber, quando me vi num olhar vagante, num ponto fixo na parede da sala. Voltei-me ao relógio e as horas pareciam não passar.
Naquele instante me sentia tão ‘apequenado’!...
e, fragilizado, sem ela por perto!...
(08.03.18)

Inserida por NemilsonVdeMoraes

O "diz quê..." não deixa de ser proveitoso.
(14.03.18)

Inserida por NemilsonVdeMoraes

Longe de Deus não dá para ver sua grandeza como um todo: De perto sim.(15.03.18)

Inserida por NemilsonVdeMoraes

MANIA DE ESCREVER...

PENSAMENTO
Quem dera lá na frente, valer a pena meu querer!... Fora bem lá atrás, que no riscado da pena, construí, em minha escrita, meus dizeres de aprendiz.
Contei minhas histórias, expus dilemas,... Em rabiscos de poemas, revelei meus sentimentos, emoções e pensamentos...
Em algumas reflexões que postei,até magoei,sem ser esta a intenção. Não passaram de meras sugestões. Sem pretensão de me levarem a sério.
Provavelmente aborreci alguém, em palavras ou ideia... Isso pelo fato de vivermos em continentes separados. Alunos em escolas de contextos socioculturais antagônicos, adversos.
Mas esta adversidade não deve nos separar. E sim, nos unir mais ainda. Em torno de nossas demandas, comuns e essenciais à vida. Como a harmonia, a paz,a tolerância,os sonhos... a alegria do estar juntos.
Em exposições, necessárias ou não, revelei sem reservas, minhas fragilidades; mas não pude expressar o que não senti.
Só sei dizer, que fiz o que pude, consciente do meu papel de servir; no pouco que até hoje escrevi.
Seguirei crendo, que poderei melhorar, se cultivar a coerência, a harmonia, e a mania de escrever.
(17.03.18)

Inserida por NemilsonVdeMoraes

LÁ ONDE MORO...

Lá onde moro é um lugarzinho bom de viver apesar de mal aterrado ou da topografia do terreno; é abafado e outrora, muito gelado; às vezes, o micro-clima da região se comporta pitorescamente; chegando mesmo à loucura o seu comportamento.
Outro dia choveu bastante no meu bairro, do lado que eu moro, - a água da chuva até levou umas casas de um barranco e ficaram outras penduradas,levou também uma menina que desceu na enxurrada e não se soube mais notícias dela; e do outro lado da rua, a gente podia fritar um ovo no asfalto de tão quente que estava; o sol estalava mamonas.
Lá onde moro o bambu geme e a coruja pia; o galo canta meio dia. A terra treme, o boi muge e a vaca mia...
Eu vivo num cômodo só, numa fenda de rocha que nem mocó. Para o sol entrar, eu tenho que sair: de tão pequeno que é. Mas sou feliz assim mesmo onde moro.
Ele (o sol) nasce bem cedo pra todo mundo, mas lá onde moro, somente dá as caras depois das 10h da manhã; e a gente morre de tremuras todo ano, durante a estação do frio.
Lá onde moro, já foi apelidado de “Ribeirão das Trevas” - mas é um lugar de muita “luz”. De gente que brilhou e brilha, no palco da existência. Não tenho dúvida quanto a isso.
Quem ver somente “trevas” e, não “luz”, numa cidade, ou na vida de seus habitantes é míope. Ainda bem que há uma iluminura na grande maioria das pessoas e o apelido deselegante não pegou. Que bom! Ufa!...
Também adjetivaram de “Buraco do Rato” o bairro onde moro e, infelizmente não desistem de tratá-lo assim: o apelido pegou. Mas os ratos que haviam por lá nós, os moradores e eleitores, os elegemos a deputados federais e a senadores e os mandamos para Brasília. Daí, esse adjetivo pejorativo, ao meu lugar é uma injustiça que se comete.
Onde moro, os taxistas, o pessoal do UBER... Dispensam corridas pros lados de lá. O medo é a razão de ser, desse fato.
Lá onde moro, a violência preocupa, mas, não é de assustar tanto: o último homicídio acontecido em seus termos, fora há quinze (15) dias. Um evangélico matou seu irmão de fé e crença - membro da mesma congregação – usando apenas um simples canivete em tal crime. Motivo fútil.
Onde moro, eu mesmo só fui assaltado, a mão armada, duas vezes; da última vez o meliante usou como arma, simplesmente uma pedra. Sempre há uma pedra no caminho da gente.
Eu soube que as mulheres que se chamavam ”Maria das Dores”, do lugar onde moro, trocaram o sobrenome “Dores” por “Dolores”: agora atendem por Maria Dolores. Legal isso! A pronúncia ficou mais romântica e as “DORES” ficaram para trás.
Lá onde moro - o lugar e o povo - são carentes de tudo; o lugar é como se vê na imagem acima. Dispensa comentários. Desenvolve muito lentamente... A população sofre demais, por suas demandas não devidamente atendidas; o descaso da administração pública local é grande. Mas por lá se vive como pode, aguardando dias melhores.
Onde moro, depois de muita luta dos moradores, por melhorias da mobilidade urbana, autoridades dos setores, público e privado, resolveram ajudar a comunidade; mas, com uma condição: a concessionária do serviço de transportes - alegando pouca demanda de passageiros e alto custo operacional - disponibilizaria apenas um ônibus, para realizar uma única viagem por dia; o carro sairia às 6h20 da manhã para o centro de Belo horizonte - somente de ida. E nós, pobres usuários que fazemos uso desse serviço, desejando regressar para nossas casas, temos que contar com outros meios de transportes.
O lugar onde moro, não merece o descaso e os paradigmas existentes; nem há necessidade de alguém conservar esse temor ao extremo, dele. - A ponto de evitá-lo.
Brevemente deixarei o lugar onde moro e os muitos amigos de lá. - De todos os seguimentos e classes sociais; não por detestar essa terra, e sua gente, que tão calorosamente me acolhera; mas porque preciso escrever e reescrever novas páginas da minha história.
Meus parentes e amigos de infância, também ainda aguardam ansiosos, pela minha presença na terrinha, que deixei pelo lugar onde moro.

(02.05.18)

Inserida por NemilsonVdeMoraes

COSTUMES ANTIGOS...

Por que não me deste pelo menos uma flor, quando me vi no caminho contigo? Se não a deixei de amá-la é porque ainda não deixei de ser feliz por elas.
As flores são necessárias ao cultivo do amor: alegra-nos e acalma-nos; acalenta e aquieta nossa alma. Quando alegramo-nos ao recebê-las, o mundo se torna melhor.
A atitude de ofertá-las, a alguém que se ama, ainda não deixou de ser um gesto de nobreza; só por ser costume antigo.
Um simples ato muda tudo à nossa volta. E o indiferente torna-se diferente: praticando mais a gentileza.
Ainda curtimos com ardor e ar de poesia, os cavalheiros à moda antiga. As belas flores, os buquês de rosas... O abrir da porta do carro...Um jantar fora.
O cavalheirismo ignorado,a nós, ainda o desejamos.
Rezemos na capela e jantemos com a nossa família, em volta da mesa, à luz de velas.
As boas maneiras e ternura é possível de ser praticada com mais frequência. E o elo da união se fortalecerá na vida que cultivarmos; ela não deixará de ser bela se a cultivarmos de maneira sábia.
Se isso não for relevante... Desculpem-me! Estou indo ali e logo volto.

(01.05.18)

Inserida por NemilsonVdeMoraes

QUEIRA DEUS ME PERDOAR!

Bem cedo, nos conhecemos e nos apaixonamos de vez; o mundo inteiro estava errado - sendo contra aquela união - só nós dois achávamos certos:não dar ouvidos a oposição. Nunca alimentamos o medo,a tirania, o ódio em nossa relação; e o verdadeiro amor era o recheio e a cereja da nossa vivência.
A roubei (literalmente, em carne e osso) - roubar moça constituía-se em crime, inafiançável naquele tempo - e foste comigo pelos caminhos da vida, que diziam ser errantes; sem guarida, sem um ninho, sem um teto,ou um trabalho definido. Mas com muito amor pra dar e receber. Sempre a tendo do meu lado, e a recíproca era verdadeira; até que todos os nossos dias tivessem verdadeiros sentidos. E como tiveram... O amor era conosco. Ele supera tudo, através do seu poder.
Achando que não, defraudei, fugi e penei pelos deslizes que cometi. Mas tudo fora por uma justa causa: sermos felizes para sempre. E fomos. Se não o amasse e não fosse correspondido, seria em vão o meu querer-lhe. Mas não foi isso que aconteceu. Nos amamos muito.
Quando fui preso, estava comigo, presa também. E entre fuzis e baionetas fizeram nosso enlace matrimonial. Não quisera o destino que fosse d'outro jeito, nossas nuances de amor. Julgavam proibido nosso amor, pelo grau de parentesco que tínhamos,pela falta dos tramites legais de um cartório,sem as cerimônias matrimoniais e formalidades da sociedade que não nos submetemos.
Sofremos os rigores da Lei dos homens, sem precisão, pois, a lei do amor é maior e, vivia latente e internalizada em nós. Não carecia de tão constrangedora punição.
A amei, até Deus o chamar; e fui amado também grandemente. Agora continuarei palmilhando a terra sozinho, sem a sua companhia; porque ganhastes os céus como morada eterna.
Queira Deus me perdoar, pois,caso errei, foi sem pensar: envolver-me em um amor proibido - não para mim e ela,mas para muitos da comunidade;que defendiam o padrão social, vigente. Eu,como tio e ela como minha sobrinha não podíamos nos amar. Mas amamos.
Ocasionei transtornos em minha atitude; um ilícito cometi. E teria que pagar o que fiz. Como paguei.
Se no tribunal do Pai houver perdão... Queira Deus me perdoar pela minha incompreensão e transgressão - se fui transgressor. De querer o que não devia, e ferir princípios estabelecidos.
Foi em nome do amor que cometi meus delitos, que dizem.
Mas o bom, foi que,provamos o contrário, tempo todo: vivemos sem lamentações ou queixumes, porque a vida sorriu para nós quando deixamos de lado as diferenças e estigmas.-Que aprisionam os sentimentos.
Os filhos chegaram, netos também; e os bisnetos. E o nosso amor transbordou-se abundantemente por todos os lados. E essa dádiva nunca mais se acabará. Fomos confirmados na graça. Eu e ela, e nossa herança familiar.
Repito: Queira Deus me perdoar, se em alguma coisa de errado pratiquei!...
Só deu certo à nossa terna caminha,unidos num só corpo e alma, porque Deus entrou no meio.
(19.05.18)

Inserida por NemilsonVdeMoraes

OUÇO A MELODIA DAS PALAVRAS

As qualidades sonoras das palavras são inegáveis; seus poderes, indiscutíveis. E seus rítimos são diversificados, sedutores e, para todos os gostos.
A musicalidade que procede das palavras é doce e audível; às vezes amarga e pode ferir os ouvintes. Mas no geral acalanta as almas e enche o mundo de beleza. Quando bem ordenadas.
Busco constantemente, nas palavras, os sons que me fazem bem ou me aprazem. Nelas, ouço os ruídos do meu corpo, em movimento ou inerte.
No momento em que tudo se cala a minha volta, lá estão elas se fazendo ouvir. Nas batidas e no compasso do meu coração.
Somente por um pouco de tempo; depois se vão de mim, cumprir outras funções. Sonorizar outros ares e cair na graça de outros ouvidos. Até que em outro momento as ouvirei em novas versões. As palavras são vivas e mutantes: umas vão e outras vêm.
No enredo de minha história, o som das palavras me acompanha. E quando as escrevo e leio em alta voz, canto com elas a melodia do amor. E em grande estilo me refaço e me revejo como um cantor.
O timbre das palavras e a modulação da voz, de quem as cantam, me acalmam imensamente.
A música está presente em minhas narrativas e tiro proveito disso, quando as ouço em minha escrita.
Portanto prosseguirei ouvindo belas canções das palavras que cruzam meu caminho. Ao serem rebuscadas ou, vindo a mim, espontaneamente.

(22.05.18)

Inserida por NemilsonVdeMoraes

BEM -TE -VI

Quando o visualizei em voos mirabolantes, coletavas insetos no ar. Vivia bastante saudável na comunidade dos pássaros.
Depois de degustar o besouro,posado, num fio de luz, cantava louvores; feliz da vida. Que, apesar de repetir o mesmo cântico e gesto, não cansavam seus ouvintes.
Em seu cantar, me transmitia uma mensagem de paz,esperança fé e crença; quando na letra de uma canção repetia o refrão, dizendo que “bem me via”; quando eu não estava bem. E vivíamos bem, naquela doce ilusão.
Quisera eu ti ouvi-lo novamente!...Por muito tempo; ainda que seu repertório fosse o mesmo: Bem -te –vi. Pois do “bem”, não hei de me cansar.
Mas na fúria louca que se vive... Uma vida sem rumo e sem coração, ceifou-lhe à vida. Precocemente.
Hoje,quando ti vi caído e já aderido no asfalto quente,pelos pneus dos veículos; doeu em mim. Logo, interroguei-me: pode haver poesia num pássaro que já morreu? Pode. A poesia não morre com um ente; nem vive sem ele, ainda que morra.
Por isso, é que não devemos nunca, deixar de dizer: Bem- te- vi. Mesmo que o momento seja de lamento e dor.
O que me acalenta um pouco mais é saber que teus remanescentes ainda falam a tua língua e cantam a tua música. O representando na terra dos viventes. Desejam o bem a ti, na eternidade das aves, e a mim nesta vida efêmera; o mesmo que você desejava a todos nós em vida aqui na Terra: bem- te- vi.

(29.05.18)

Inserida por NemilsonVdeMoraes

SALVA DE UMA MORTE CERTA

CRÔNICA

Helena vivia aos apuros com Romildo, seu esposo. O homem deu de beber e implicar com ela. Aquele relacionamento só piorava a cada dia. Helena sustentava a casa sozinha; trabalhava feito burro e não aguentava mais aquela vida.
Vivia muito queixosa com os colegas de trabalho e com os vizinhos, sobre o mau relacionamento matrimonial. Precisava logo dar um jeito naquela situação...
E procurou a maneira mais radical e desaconselhável possível para resolver o problema: foi à venda de Seu Natã, o papai, comprar uma colher de Aldrim 40 - um veneno letal -, muito usado em décadas passadas, para o combate de pragas nas lavouras.
Lena estava determinada: iria mesmo beber aquilo e morrer.
-Seu Natã, pegue pra mim uma colher de Aldrim!
-Seus olhos, são de uma pessoa que chorou muito! Esse veneno a senhora vai usar em quê?!
- Nas formigas.
-Sendo assim, menos mal...
Papai buscou para a Lena, uma colher bem cheia do produto. E embrulhou cuidadosamente num papel de pão.
À tarde daquele mesmo dia a mulher começou a passar mal para morrer; mas, antes do passamento quebrou tudo na casa. Daí a pouco começou a andar meio torta. Romildo em apuros pediu ajuda aos vizinhos e chamou a Polícia Militar.
Foram três fortes policiais para dar conta de imobilizá-la e pô-la na viatura. Ela babava e deu para estrebuchar mas não conseguia morrer. Buscaram ajuda médica no Hospital Regional da cidade.
Já sabendo que a esposa havia tomado veneno, pela boca da própria companheira, Romildo disse logo ao médico de plantão o que ocorrera.
Tendo sido feito todos os procedimentos de praxes que o caso requer - pela eficiente equipe do Dr. Felisberto Fragoso...
Com poucas horas de trabalhos, obtiveram a melhor das surpresas: Lena não corria nenhum risco de morte e já estava de alta hospitalar. Havia ingerido “araruta” no lugar do veneno. - As mães usavam a fécula de araruta para fazer mingauzinho para seus bebês.
Papai morreu feliz por salvar aquela vida.

(29.05.18)

Inserida por NemilsonVdeMoraes

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