Sobre meus Medos
E então tudo passou, minha saudade, minhas vontades, meus medos, meus arrependimentos, minhas dores, meus receios, meus traumas, minhas loucuras… e então, eu acordei. O estranho sentimento de que o sonho fosse verdade, todo mundo já sentiu.
Eu entrei nesse mundo e eu sei que vou conseguir fazer minha parte. Reprimida por meus medos infantis, as vezes me sinto assim, com medo de continuar, querendo ficar na escuridão. Continuar apaixonada pela minha solidão.
Queria chegar perto e contar todos os meus medos. Queria dizer que ele era tão lindo, tão legal, tão homem. Mas eu me calei. Calei pela primeira vez, calei quando era preciso dizer, gritar, destruir. E falei quando não era para dizer mais nada, nem adeus. E ele me mandou embora muitas vezes daquele mundo. Daquele mundo quente, e eu tão fria, fiquei encantada. Fiquei encantada e só conseguia rir.
Perder os meus medos e saber seguir, pode ser dificil ver que você não esta aqui. Mas isso importa? Tudo um dia muda, assim como você mudou comigo. Vou olhar para trás e sorrir não chorrar, vou sorrir porque aconteceu e vou aprender a não chorrar por ter acabado, o fim não significa que esqueci você, apenas cansei de tentar ser quem você sempre sonhou.
Deixo uma virgula, pois vejo que isso ainda não acabou,
Te contei meus segredos,
meus medos,
meus anseios..
Não escondi meus defeitos,
meus preconceitos..
e meus 300 jeitos.
Te abracei numa noite friaa, querendo te aquecer..
Juro que me preocupava em somente te proteger.
Te ensinei a conhecer, todas as minhas manhas,
minhas caras de ciume, meus dias de estresse..
meus momentos fora da minha rotina e dos meus costumes.
Te ensinei...a me conhecer.
E a minha pergunta hoje...
É.. o que eu sei sobre você?
Não estou fugindo de você, estou fugindo de mim mesma, fugindo dos meus medos, dos meus erros, da hipocresia, da falsidade, da certeza que tudo está errado e da minha fraqueza de não conseguir lutar pelo que desejo, preciso e acredito para ser feliz.
Não consigo mais disfarçar, os meus sonhos já desmascaram os meus medos. Hesitava ao amor, pensando que ele fosse cíclico. Nascer, viver e morrer, assim como havia constatado por experiência - leia-se inexperiência - própria. Por sorte, por acaso ou por mim, vejo que me enganei. Relutava à aceitar a ideia da felicidade como algo plural, pois a singularidade sempre acenava-me com boas novas. Hoje percebo que cíclicos são as minhas ideias, conceitos e métodos. Orgulho-me dos meus erros, mesmo que não os cometa outra vez. Arrependo-me de alguns acertos, mesmo que os queira vivencia-los outra vez, algum dia. Crescer independe de escolha, pois são essas escolhas, caminhos reproduzidos pela sua felicidade. Uns vão a pé, outros de formula 1. Mas veja bem, todas essas palavras para afirmar que eu não fiz nada, o destino tão pouco, meus sonhos vieram depois e minhas ideias não modificaram-se por força divina. Quem fez tudo, certamente sem pensar no tamanho das mudanças, foi você. Percebo que nós não aceitamos o sentimento, ele que nos aceitou. Não escolhi me apaixonar, não preferi tornar-me plural. Acredito em você, acredito em nós. Em mim não acredito, já que percebo que longe de você e ausente de nós, me torno pouquíssima coisa. Pois bem, e por você, o destino me estendeu a mão e "ái" de mim caso não a segure. Você vem comigo?
E que continue assim, você curando meus medos, me dizendo o que fazer, ainda que eu não o faça....
E que continue lindo, como tem sido desde o começo,
e que continue leve, leve como a brisa, leve de carregar consigo...
E que continue vivo, vivo como um sentimento imortal,
e que continue doce, mas que desse doce não enjoe...
E que continue como uma piada boa, daquelas de chorar de rir na milésima vez que se escuta,
e que continue par, eu e você, sendo sempre 2.
E que continue sendo sonho, aquele sonho bom de acordar sorrindo...
E que continue...
E que continue...
Depois que te conheci, foi como se tivessem apagado todo meu passado, todos os meus medos, tudo que me impedia de ser feliz. Você se tornou minha base, o centro das minhas atenções, é até surreal porque parece que te conheço a tanto tempo, mas não importa tempo, não importa a distância, oque importa mesmo é que eu tenho você do meu lado, e tendo você eu não preciso de mais nada.
Assumi todos os meus medos e os meus grandes defeitos. Assumi que talvez, um dia, volte ao normal, mas não consigo assumir se acredito ou não no amor. Tudo isso me cansa e me consome muito. Pude fazer que acreditassem em mim quando falei que o amor seria escolhas da vida e não as nossas. Digo que não creio no amor, mas eu amo, e aí, o que se pode fazer? Nada. Não se pode fazer mais absolutamente nada.
Quando eu era menor, não tinha medos comuns que qualquer criança tinha. Meus medos iam além da minha capacidade de entender o mundo. Eu não suportava a ideia de que um dia, meus pais me deixariam ou eu deixaria meus pais. Hoje, vejo que nada mudou.
Mas meu erro foi esse: querer ser amada. Eu me perco em minhas carências, em meus medos, em minhas dores. Eu preciso aceitar que apenas me basto. Como posso ser amada se não estou me amando? Agora consigo ver tudo mais claro, mas não gosto do que vejo, tudo isso me deixa cansada, arrasada, com tanto desamor e dor. Eu só queria uma coisa, uma única coisa: ser amada, de verdade, com intensidade, todos os dias. Que eu fosse só dele e ele só meu, mas só vejo lágrimas, lágrimas e mais lágrimas. Choro e ninguém nota, ninguém se importa. Busco amor nos lugaes errados, nas pessoas erradas. Só restou isso de mim. Um ser errante, vagante.
Meus pensamentos são teus
Minha alma é tua
Minhas inseguranças,
Meus medos
Meus sonhos...
Tudo isto pertence a uma só pessoa...
Ao meu amado,que é a única razão
para as fantasias das estrelas
Irem até a lua em direção ao sol...
