So Passou pela Vida Nao Viveu

Se nós invejamos os outros, eles por sua vez nos invejarão: o mal da inveja não conhece limites.

O homem que cala e ouve não dissipa o que sabe, e aprende o que ignora.

Em arte não nos sujeitamos às leis do mundo, mas àquelas da arte, que está vinculada às leis da consciência.

Viver é fazer; para quem não faz nada da sua existência, a existência é nada.

Por mais que falem bem de nós, não nos ensinam nada de novo.

Por vezes o que desejo e o que não desejo fazem-se tantas concessões que se tornam parecidos.

Como saber que se falhou, se não sabendo como não falhar? Mas então porque se falha? E se saber que se falha é realmente ignorar como se não falharia? Sabemos de outros que não falharam, porque sabemos então neles o que é não falhar.

A pior das corrupções não é aquela que desafia as leis; mas a que se corrompe a ela própria.

O homem está cheio de intenções; não as conhece, mas elas constituem os impulsos secretos da sua ação.

O recurso dos que não imaginam é sempre contar.

Não poder suportar todos os maus carácteres de que a sociedade está cheia não revela bom carácter: e isso é indispensável no comércio das peças de ouro e da moeda.

Não ter feito nada é certamente uma grande vantagem, mas não se deve abusar.

É preciso um espírito especial para se fazer fortuna, sobretudo uma grande fortuna; não se trata nem do espírito bom nem do belo, nem do grande nem do sublime, nem do forte nem do delicado; não sei precisamente de qual se trata, e espero que alguém me possa esclarecer a tal respeito.

O mundo julga-nos, não pelo que somos, mas pelo que parecemos ser.

Não damos nada tão generosamente como os conselhos.

A liberdade não é nada quando todo o mundo é livre.

Não há prazer que dure se não for reanimado pela variedade.

As coisas que sabemos melhor são as coisas que não nos ensinaram.

Afirmar que os nossos êxitos são devidos à Providência e não à habilidade, é uma esperteza mais para aumentar, aos nossos olhos, a importância desses êxitos.

entre os vinte cimos nevados
nada movia a não ser
o olho do pássaro preto