So Passou pela Vida Nao Viveu

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Ao fogo da verdade, as objeções não passam de foles.

Não se envelhece enquanto buscamos.

Não se pode chamar realmente de língua ao idioma que não possui escritor.

Não se imagina quanto espírito é preciso para não sermos ridículos.

A ignorância que deverá ser acanhada, conhecendo-se, é audaz e temerária quando não se conhece.

As vozes não têm idade
quando falam de terremotos
à luz das lareiras.

Porque não sabemos o nome
Tenho de exclamar apenas:
"Quantas flores amarelas!"

A velhice não é tão ruim assim, quando você considera as alternativas.

Desconhecido

Nota: A citação costuma ser atribuída a Maurice Chevalier, mas ele apenas ajudou a popularizá-la. Não se sabe quem é o verdadeiro autor do pensamento.

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Seja uma fonte, não um dreno.

A coisa mais importante não é o número de ideias reunidas no nosso espírito, mas sim o que as une.

Não há nada mais perigoso do que acreditar que se detém a fórmula que vai continuar sempre conduzindo ao sucesso

Brilhe mesmo quando não houver sol.

O amor lança fora o medo, porque o medo produz tormento. Aquele que teme não é aperfeiçoado.

Não fiquem irritados uns com os outros e perdoem uns aos outros, caso alguém tenha alguma queixa contra outra pessoa.

Todos temos alturas em que pensamos mais eficazmente e alturas em que não devíamos pensar de todo.

Agora que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
e te querendo vou tentando te encontrar...

Na verdade todo ser humano só ama uma vez na vida, só não sabe quando.

Inserida por sergiocalixto

Abro o jogo. Só não conto os fatos de minha vida: sou secreta por natureza.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1998.
Inserida por birdais

Talvez porque a alma é grande e a vida pequena,
E todos os gestos não saem do nosso corpo,
E só alcançamos onde o nosso braço chega,
E só vemos até onde chega o nosso olhar.

Inserida por droplets

Faz-de-conta

Não respondo teus e-mails, e quando respondo sou ríspido, distante, mantenho-me alheio: faz-de-conta que eu te odeio.

Te encho de palavras carinhosas, não economizo elogios, me surpreendo de tanto afeto que consigo inventar, sou uma atriz, sou do ramo: faz-de-conta que te amo.

Estou sempre olhando pro relógio, sempre enaltecendo os planos que eu tinha e que os outros boicotaram, sempre reclamando que os outros fazem tudo errado: faz-de-conta que dou conta do recado.

Debocho de festas e de roupas glamurosas, não entendo como é que alguém consegue dormir tarde todas as noites, convidados permanentes para baladas na área vip do inferno: faz-de-conta que não quero.

Choro ao assistir o telejornal, lamento a dor dos outros e passo noites em claro tentando entender corrupções, descasos, tudo o que demonstra o quanto foi desperdiçado meu voto: faz-de-conto que me importo.

Jogo uma perna pro alto, a outra pro lado, faço cara de gostosa, os cabelos escorridos na rosto, me retorço, gemo, sussurro, grito e poso: faz-de-conta que eu gozo.

Digo que perdôo, ofereço cafezinho, lembro dos bons momentos, digo que os ruins ficaram no passado, que já não lembro de nada, pessoas maduras sabem que toda mágoa é peso morto: faz-de-conta que não sofro.

Cito Aristóteles e Platão, aplaudo ferros retorcidos em galerias de arte, leio poesia concreta, compro telas abstratas, fico fascinada com um arranjo techno para uma música clássica e assisto sem legenda o mais recente filme romeno: faz-de-conta que eu entendo.

Tenho todos os ingredientes para um sanduíche inesquecível, a porta da geladeira está lotada de imãs de tele-entrega, mantenho um bar razoavelmente abastecido, um pouco de sal e pimenta na despensa e o fogão tem oito anos mas parece zerinho: faz-de-conta que eu cozinho.

Bem-vindo à Disney, o mundo da fantasia, qual é o seu papel? Você pode ser um fantasma que atravessa paredes, ser anão ou ser gigante, um menino prodígio que decorou bem o texto, a criança ingênua que confiou na bruxa, uma sex symbol a espera do seu cowboy: faz-de-conta que não dói.

Martha Medeiros
Crônica "Faz-de-conta", 2004.

Nota: Texto originalmente publicado na coluna de Martha Medeiros, no website Almas Gêmeas, a 2 de fevereiro de 2004.

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