So Enquanto eu Respirar Vou me Lembrar de Voce
Eu odeio aquela parte, aquela parte em mim, que apenas eu vejo. É sempre mais difícil achar solução para um problema que só você vê.
No vazio eu encontrei a verdade, na realidade, o vazio são suas palavras seus olhos brilhavam, mas que estrelas é ouvir o som do silêncio? Percebi que cada momento, era vazio cada segundo era solitário, mas sua própria palavra se tornou vazia.
"Eu me lancei na poesia como uma agulha no palheiro,
Não quero sair daqui, quero expressar,
Tudo aquilo que é difícil de falar,
Seja do amor, o que causa dor,
O que promete cura, e no final nos fura,
O que causa um sorriso, que não vem sozinho, acompanhado, porém, de lágrimas
Fiz meu inverno no verão, mas não de chuva, e sim de lágrimas.
Esqueci dos toques da sua mão,
E nas minhas letras você se tornou um refrão constante.
Te perdi no inverno, e estou, estou no outono esperando,
Haviam me dito que é nessas épocas que as flores aparecem..."
Entre as vírgulas da vida, me surpreendo com o ponto da morte e como eu queria que esse não fosse o ponto final. Eu queria escrever adeus para quem eu amo e dar tchau para quem me despreza, amar alguém que me pertence e desprezar quem não me suporta; se seria mesquinho e egoísta da minha parte, eu não sei. Nem consigo imaginar tamanho vazio nas mensagens que nunca chegarei a escrever; me verão de longe, sabendo que nunca mais me verão de perto; me abraçarão nas imaginações e me perderão no que é real. Se é que para mim, depois de ir para algum lugar que não tem fim.de alguma forma importaria o que é real... Será que todo esse tempo de nada servirá para alguma coisa depois que nada servir mais para nada? Será que o amor que exalei foi dissipado pelo vento ou propagado pelo ar?
Em um ônibus me encontro e, capotado, estou diante da estrada da vida; um soluço bastaria para me engasgar com uma dose de amargura e uma dose de desalento. Serei eu o bêbado que nunca bebeu ou a vítima que morreu no boteco de tanto se embriagar com doses de pessimismo? Mas nem tudo é história ruim; em mim bate o coração, dirão para mim que são coisas fisiológicas, e eu direi que não há lógica no meu físico, pois sinto que ele aperta quando o calo aperta e a dor me acerta. Serei eu poeta controverso que amor carrego em cada verso, ou um poeta sem sucesso que do dinheiro não me sobrou nem um resto? Escrevo pouco todos os dias, mas escrevo minhas agonias, e isso é muito para mim."
Eu dizia que nunca seria professora, Mas me formei duas áreas E encontrei meu lugar na sala de aula Aos 30 anos
Aos 45, publiquei meu primeiro livro E descobri que amo escrever Histórias infantis que fazem sonhar.
Antes, eu não gostava muito de ler, E nem de escrever...
Hoje, me pego ansiosa por uma nova ideia, Transformando pensamentos Em histórias que encantam e inspiram crianças.
A vida me mostrou que nunca é tarde, Que tudo tem seu tempo, Seu momento.
Cada queda me ensinou: São oportunidades de fortalecimento E recomeço.
Eu não estou atrasada.
Estou vivendo, Me descobrindo, E me tornando uma pessoa melhor A cada dia.
O SAPATO
Marquei o traço do passo apurado,
do sapato seco.
Partia torpe no calor, eu o via árido
no beco.
Quem o calçava passava aperto
naquela fuga.
Era a gravata cara voada ao vento.
Era ruga.
Olhos famintos, não minto, suando,
sem rumo, sufoco!
Atenta doutro lado, a vida, passando
o pisado oco.
Não esqueço o dia daquela trajetória ruim.
Tempo que passar.
Marquei-o tanto na memória, que a mim
doía caminhar.
Conto /As diferenças. Eu morava com duas senhoras idosas, Dona Maria e Dona Ana. Embora compartilhassem o mesmo teto, suas personalidades e hábitos eram como o dia e a noite. Dona Maria era uma perfeccionista, organizada e metódica. Ela adorava planejar e controlar tudo, desde as refeições até as atividades diárias. Já Dona Ana era o oposto, uma pessoa mais relaxada e espontânea. Ela gostava de improvisar e viver o momento.
Quando se tratava de saúde, Dona Maria era uma defensora feroz da medicina preventiva e sempre falava sobre a importância de uma dieta balanceada e exercícios regulares. Dona Ana, por outro lado, parecia ter uma fascinação mórbida por doenças e sempre discutia sobre os últimos diagnósticos e tratamentos médicos.
Enquanto Dona Maria preferia ficar em casa, lendo um bom livro ou assistindo TV, Dona Ana era uma aventureira nata. Ela adorava viajar e explorar novos lugares, e sempre estava planejando sua próxima viagem.
Mas um dia, tudo mudou. Dona Ana sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral) e foi hospitalizada. A notícia foi um choque para ambas, e eu pude ver a mudança em Dona Maria. Ela se tornou mais carinhosa e atenciosa, cuidando de Dona Ana com dedicação e amor.
À medida que Dona Ana se recuperava, algo interessante aconteceu. Dona Maria começou a perceber que a vida era curta e imprevisível, e que era importante aproveitar cada momento. Ela começou a relaxar um pouco mais e a aproveitar as coisas que Dona Ana gostava, como viajar e explorar novos lugares.
Dona Ana, por sua vez, começou a valorizar mais a saúde e a importância de cuidar de si mesma. Ela começou a seguir os conselhos de Dona Maria e a se cuidar mais.
A experiência as aproximou e as fez perceber que, apesar de suas diferenças, elas tinham muito a aprender uma com a outra. E, embora suas personalidades ainda fossem diferentes, elas encontraram um equilíbrio mais saudável e harmonioso.
A partir daquele dia, a casa se tornou um lugar mais alegre e acolhedor, onde as duas senhoras podiam compartilhar suas experiências e sabedoria, e aproveitar a vida juntas.
Ouço sempre que posso
Se eu ouvir tua voz, despreparado,
Me sinto até atropelado,
De tanto, tanto te amar.
Como pode ser algo tão belo,
Tua voz, doce e singelo,
Me faz querer cantar.
Quero correr pros teus lábios,
Nos teus cachos tão sagrados,
De tanto, tanto esperar.
E se encontrar algum defeito,
No teu corpo, no teu jeito,
Eu juro, vou detalhar.
Como pode haver tanto amor,
Transbordando em teu calor,
Na pele a se revelar.
Tua pele é lisa, é poesia,
Teu corpo me hipnotiza,
Teu andar me faz parar.
Teus olhos, que tanto persigo,
São desejo, são perigo,
De tanto te imaginar.
Você não nega que me ama,
Nem diz que a noite se derrama,
Quando eu começo a sonhar.
Amor, quanto tempo eu te peço,
Só um momento, só um acesso,
Pra te poder lembrar:
Que quanto mais longe eu estiver,
Mais eu só penso em você,
Meu peito só quer guardar...
Eternamente... o teu nome, o teu olhar.
Eu cantei meu Canto afinado no galho de uma árvore
bem perto da janela do seu quarto
para que você saísse me olhasse cantando enquanto eu te admiro e por meu Canto se apaixonasse
sou um passarinho que se apaixonou por uma moça linda e encantadora
que não sabe do meu amor
eu canto chorando neste galho empolerado
canto
como um pássaro apaixonado
para moça da janela que houve encantada
Meu Canto emocionado
moça se soubesse o quanto eu te amo
me levaria para junto de ti e eu cantaria por toda minha vida
ao seu lado
este meu canto apaixonado.
O passarinho e a moça
posso ser tão santa quanto a sua Maria, mas eu nao iria aceitar um coadjuvante que nem parte de mim faz.
O que eu me tornei
O que foi que eu me tornei,
Todos estão a minha volta,
Não sei porque fiquei,
Nesse amor que não me solta.
A minha alma se veste de tristeza,
As minhas atitudes calçaram o fracasso,
Tive a oportunidade de enxergar com clareza,
Cada erro em todos os meus passos.
O que serei no futuro ,
Se eu não mudar o meu agora,
Serei um homem frio e duro,
Tentando vencer a gélida hora.
Eu quero me libertar,
Preciso ser livre novamente,
Quero de novo amar,
E desprender-me desse ser carente.
Como pude entrar nessa prisão,
Por que confiei cegamente,
Eis o perigo da paixão,
E da não valorização de uma mente.
Eu preciso ser forte,
Irei em busca da vitória,
Preciso de um norte,
Pra começar uma nova história.
Vou me reencontrar novamente,
Vou abandonar esse cara do passado,
Irei construir uma nova mente,
E certamente me sentirei realizado.
Lourival Alves
“Pai, tu foste meu herói”
por Sariel Oliveira
O primeiro que eu perdi
Foi o meu herói.
Meu pai.
Doeu demais.
Me rasgou por dentro.
Tentei seguir…
Mas perder um pai que foi exemplo de homem,
De força, de princípios…
É como perder um norte.
Tu dizias:
“Faz o que eu falo, mas não faz o que eu faço.”
Mas, pai…
Tu te enganaste nessa.
Porque eu nunca te vi errar feio.
Nunca te vi decepcionar.
Nem como homem.
Nem como pai.
Nem como marido.
Tu foste o espelho mais limpo que eu já tive.
E eu sempre tive orgulho de ser teu filho.
Tu partiste praticamente nos meus braços.
E ali, no fim, tu ainda pensaste em nós:
“Eu te amo… cuida da tua mãe.”
E eu cuidei.
Cuidei até ela partir também.
E agora, sigo com esse vazio.
Mas cheio de gratidão.
Porque mesmo ausentes,
Vocês vivem em mim.
No que sou, no que escolho,
No que me tornei
Cemitério.
Madrugada.
O orvalho fede a lembrança e carne velha.
E eu tô ali.
Com flores murchas na mão
e esperança enfaixada em gaze suja.
Sabe o que é amor?
É escavar a terra com as unhas
porque a pá ficou leve demais.
É sentir o cheiro de formol
e ainda assim achar perfume.
É abrir o caixão devagar,
como quem desembrulha um presente proibido.
E lá está ela.
Minha musa cadavérica.
Rainha do silêncio.
Pele cinza como as manhãs que eu perdi.
Lábios rachados,
mas o sorriso?
Mais sincero que o de muita gente viva.
Dizem: “isso é doente.”
Mas eu te pergunto:
e aquele cara que finge amar só pra não dormir sozinho?
Ou aquela que sorri por obrigação no jantar de família?
Quem é mais doente?
Eu amo cada verme que beija tua carne.
Cada lasca do teu osso que brilha na luz da vela.
Eu passo os dedos pelas costelas
como quem dedilha um piano
e ela me canta, em silêncio.
Uma ária morta.
Um sussurro do além.
Te vesti com seda e desespero.
Te deitei no lençol da minha culpa.
E fiz juras que até Deus viraria o rosto.
Mas ela não.
Ela me olha com olhos secos
e ainda assim me vê por inteiro.
E sim, a cama geme.
Não de prazer.
Mas de peso, de passado,
de pactos que não têm volta.
Eu me pergunto se meus pseudos-textos são lidos. Se lidos, levantam questionamentos. Se levantam questionamentos, há um senso crítico. Se há um senso crítico, há vontade de mudar. Se há vontade de mudar, há uma força de se compreender e transformar seu local em um sistema mais inclusivo.
Eu não consigo consertar o passado,
as páginas rasgadas, o tempo calado.
As dores que vieram sem eu chamar,
as palavras que faltaram para me salvar.
Mas eu tenho o hoje, inteiro, presente,
um sol que insiste em nascer, persistente.
Tenho o agora, que pulsa e respira,
um tempo que acolhe, que cura e inspira.
O ontem ficou na curva da estrada,
com suas sombras, sua voz calada.
Mas aqui estou, viva, de pé,
refazendo o caminho com o que a vida é.
Não posso voltar, mas posso seguir,
plantar novas flores, voltar a sorrir.
Eu não conserto o que já passou,
mas no hoje, enfim, algo em mim renasceu e brotou, e como muitos dizem: suave como furacão e tranquila como um vulcão.
Ontem, na faculdade, perguntaram por que eu estava sozinho. Respondi: até um tempo atrás, eu tinha uma namorada, mas acredito que, por ser chato para alguns — pragmático, cético, niilista e misantropo — de todos, sou misantropo.
E se nem eu me aguento, muito menos meus parentes… imagina uma mulher que vê a casca e não a raiz. (Essa é minha resposta agora.)
Sou um analista da razão humana, assim eu acredito. Tento racionalizar meu mundo e as pessoas ao meu redor. Por isso, acho que poucas — ou quase nenhuma — mulheres vão querer ficar com um homem esquisito.
Para quem não compreende o real significado de viver, muitos apenas sobrevivem… sem perceber a verdadeira razão do que é ser racional.
”Eu sinto a dor do outro, dor que não consigo aliviar, tampouco aplacar. Minhas palavras e minhas ações tornam-se frustradas, pois algumas injúrias são reflexo de um eu adoecido, que se perdeu e precisa internalizar, se compreender, se confrontar, se reencontrar, se curar. Ainda assim, eu sinto. Eu me sento e a aguardo, para que, em sua volta, ela tenha uma referência e um caminho.”
Mãe, tu foste minha vida”
por Sariel Oliveira
Quando tu partiste, mãe,
Eu me vi sem rumo.
Como se o mundo tivesse parado
E só a dor continuasse a existir.
A promessa que fiz pro pai —
De te cuidar até o fim —
Eu cumpri.
Mas o fim chegou cedo demais.
E eu me perguntei:
“Deus, por que tu fizeste isso comigo?”
Por que levar logo ela?
Logo a mulher que era minha razão,
Minha força,
Minha raiz?
Perder pai é uma dor…
Mas perder mãe,
É perder o colo do mundo.
Tu eras determinada, forte, amorosa.
Cuidaste dos teus
E dos que nem eram teus
Como se todos tivessem nascido do teu próprio corpo.
Tu amavas com uma intensidade que poucos têm.
E mesmo com os erros, com os pecados,
— e quem não os tem? —
Tu foste luz.
Luz de mãe.
Luz de mulher.
Quando tu foste embora,
Eu fiquei vazio.
Pensei em desistir…
Tentei.
Mas não consegui,
Porque uma parte tua vive em mim.
Mesmo que tudo o que eu mais queria
Era só mais um abraço,
Sentir teu cheiro,
E dizer:
“Mãe, eu te amo tanto.
Eu tenho tanto orgulho de ti.”
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