So Depende de Ti
vitoria
talvez seja só um reflexo do que nunca alcancei.
se um dia te encontrar —
te reconhecerei?
havia algo insaciável,
a fome me corroía.
me entreguei a camas rasas,
onde o calor de corpos alheios
me deixou de barriga vazia.
(será que sua gengiva é mel?
ou é puro piche?)
procurei no asfalto cinza,
nos vidros pretos
dos carros brancos.
encontrei vestígios dela
em lençóis úmidos,
bordados em amarelo.
segui por caminhos
que não prometiam chegadas.
repetiam-se em silêncio:
cicatrizes que voltam.
e o nome permaneceu —
nas sombras do tempo,
na hipoderme:
gravou.
sangrou.
escorreu.
(meu estômago morreu.
de fome.)
Costumamos acreditar que o período em que estamos nos sentindo só
são períodos de ficarmos sós mesmo e nos esquecemos do quanto estamos aptos, nesse exato momento, de refletirmos sobre os instantes que vivemos e que nos trouxeram até aqui. Esse tempo, determinado ou não, é o tempo de refletirmos sobre todas as guerras que enfrentamos, o quanto e sobre exatamente o quê aprendemos com ela. Já parou para pensar em todas as estratégias que precisou articular para chegar onde está? Já visualizou a sua vitória no final? Se não conseguiu vir nada disso, é porque ainda tens muitas guerras a serem enfrentadas; até o momento em que conseguir olhar para si mesmo, com leveza de coração, sem dores fortes no peito, sentindo-se com aquela legitimidade enraizada em seu cerne, com perdão à flor da pele para ser distribuído a todos aqueles que te julgaram, que te fizeram sentir-se irrelevante porque seu egocentrismo não lhes permitia vizualizar o seu próximo como parte dele e, enfim, perceber que sim, sua batalha chegou ao final e sua vitória foi conquistada a duras penas, mas você chegou ao final deste prélio com honra.
Parabéns por sua vitória!
Agora é o momento de renascer e permitir-se, sempre crendo que nunca saimos de uma luta sem conquistas, pois sobre TODAS ELAS saimos com muitos aprendizados. Olhar para as lutas, ganhas ou não, sem enxergar seu real significado mostra que foi inútil passar por elas. Nada do que passamos é insignificante ou sem próposito. Evolua-se a ponto de conseguir descer um degrau e enxergar tudo o que aprendeu nesse período, assim você irá conseguir a evolução para a qual foi chamada(o)!
vts (5/06/25)
A vida corre como vento ligeiro, e só nos resta guardar no coração os instantes de alegria, deixando que os momentos sombrios se desfaçam no tempo, levando consigo apenas o ensinamento que deixaram.
O cansaço acumulado do homem… não é só físico, não. Vai além das costas doloridas e das pálpebras pesadas. É uma espécie de poeira da alma, uma fadiga que se instala devagarinho, dia após dia, sem pedir licença.
É o peso de mil promessas não cumpridas.
É o fardo de sorrir quando o peito tá gritando.
É carregar o mundo nos ombros enquanto o mundo nem percebe que você existe.
O homem moderno não descansa. Ele sobrevive em loop. Trabalha, corre, paga, cobra, promete, esquece, tenta de novo. Dorme pouco e sonha menos ainda. E mesmo quando deita, a mente não silencia. Porque o corpo pode parar… mas a alma cansada continua no volante, acelerando sem freio.
Esse cansaço não se resolve com férias ou Red Bull.
É existencial.
É ancestral.
É o resultado de séculos de repressão, de não poder chorar, de ter que ser forte, de nunca falhar.
Homem não chora? Chora sim, por dentro. E esse choro vira cansaço, vira nó na garganta, vira insônia disfarçada de resiliência.
Mas tem jeito.
Tem cura.
Não é vergonha parar. Não é fraqueza pedir colo, respirar fundo, buscar propósito.
Homem que se escuta, que se entende, que se permite ser vulnerável… esse sim é forte.
Porque o descanso verdadeiro começa quando a gente para de fingir que aguenta tudo.
E aí, meu irmão… quando o cansaço vira aprendizado, ele deixa de ser inimigo e se transforma em mestre.
Vamos juntos aliviar esse peso. Um passo de cada vez.
Está só calado triste com problemas não define a vida em nenhuma palavra, escolher ir adiante com a vida é um grande progresso.
Inda bem que a Poesia
Existe em mim todo instante
Porque só a nossa vida
Para mim não é bastante.
Gélson Pessoa
Santo Antônio do Salto da Onça RN
05/06/2025
A beleza do imperfeito: onde o amor encontra espaço
Área cinzenta
Ninguém ama só pelas virtudes, nem desiste só pelos defeitos. O amor verdadeiro nasce no espaço entre os dois — um terreno cinzento onde beleza e falha coexistem, e onde o olhar acolhe o outro por inteiro, sem idealização nem negação.
Não é o amor das virtudes perfeitas que me atrai. Nem aquele que se dissolve diante dos defeitos.
O que eu busco — talvez sem saber como nomear — é essa terra estranha, imperfeita e honesta:
a área cinzenta.
Ali onde os olhos não brilham só pelo encanto, mas também pela coragem de enxergar o que dói.
Ali onde o outro não é um ideal a ser mantido, nem um erro a ser corrigido — mas um ser inteiro,feito de luz e sombra, que eu acolho com todo respeito e amor.
São Paulo, 5 de junho de 2025. 01:05 da manhã
Só há uma vantagem para os, tolos e idiotas: por serem incapazes de pensar, não sofrem.
Ao contrário daqueles que são inteligentes, que por possuírem conhecimento e compreenderem as causas e consequências de forma racional, considerando a realidade, sofrem o peso da própria inteligência...
Sou só alguém que aprendeu a confiar.
Que, mesmo falho, levanta os olhos e clama.
Que pede não por merecer, mas por crer.
Quem sou eu? Eu ainda não sei ! Mas
Sou aquele que tropeça, mas ainda assim caminha.
Que carrega dúvidas, mas insiste na fé.
Sou barro nas mãos do Oleiro,
grato por cada toque, cada recomeço.
Peço, porque sei que és generoso.
Clamo, porque sei que ouves.
E mesmo sem entender tudo,
eu descanso…
Porque sei quem Tu és. O Deus da minha vida senhor criador de tudo aqui na terra.
A Solidão e os Abutres
Viver só, ou cercado — dá quase no mesmo.
Às vezes, estamos entre mil… e ninguém.
Sorrisos nos cercam como urubus em assembleia,
e o afeto? Uma encenação de quinta categoria.
Somos carneiros calados, sendo bicados aos poucos,
comendo da podridão com cara de gratidão —
porque, veja bem, é feio reclamar.
Enquanto isso, no alto, um abutre elegante
espera sua hora:
espera você cair, apodrecer direitinho.
Quer o melhor corte, o mais macio.
Mas a solidão — ah, essa sim — é honesta.
Não finge amor.
Não sorri para depois morder.
Ela arranca suas ilusões como quem tira um curativo podre.
Dói? Sim. Mas é limpeza.
Estar só é ver o mundo sem o Instagram alheio,
sem a lente do desejo do outro,
sem o eco dos que te querem menor —
ou igual, o que é quase pior.
É você com você. Uma conversa sem filtro.
Onde ninguém interrompe com conselhos
que nem servem pra eles mesmos.
E então, no meio desse abismo limpo,
você começa a pensar.
(De verdade, não com frases prontas.)
Descobre que sabe andar,
criar, e até gostar de si —
o que, convenhamos,
deixa muita gente incomodada.
Porque quem se basta
não é fácil de enganar.
Quem anda só
não serve pra rebanho.
A solidão tem esse poder:
te limpa dos abutres
e ainda te dá o prazer
de vê-los passando fome.
Bem, a questão se o amor existe ou se é só um processo neuroquímico elétrico que acontece no cérebro deve ser discutida.
O desapego, a solidão e a solitude,
Você só consegue entender quando sente
Só pode apreciar quando se ama
Descobre um novo olhar, uma nova vida
Estave sempre ao alcance
Mas os olhos não enxergavam
O que o coração de fato precisava
Agora está claro.
Sonhos e planos se realizando e te realizando.
A vida acontecendo plena como nunca.
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