So a Mulher como Explicar
DESDE QUANDO NÃO SEI
Demétrio Sena - Magé
Sempre tive uma dor que não posso explicar;
também sinto saudades de nada e ninguém;
tenho vastas lembranças do que não me lembro,
como quem se perdeu do coração e a mente...
Trago muitas tristezas que não sei por que;
lambo tantas feridas que nem vejo em mim;
há um fim sem começo, muito menos meio
em minh'alma cansada porque não se cansa...
Eu me olho no espelho sem saber quem vi,
porque nunca vivi e mesmo assim sou velho
de jamais ter nascido no vão de quem sou...
Na verdade não sou no mais fundo em meu ser,
por morrer desde quando me notei brotar
neste chão que não sinto nas plantas dos pés...
... ... ...
Respeite autorias. Isso é lei
Quantas vezes preferimos sorrir para não ter que explicar?
Quantas vezes nos calamos por não ter as palavras certas para definir o que sentimos? Viciamos em pequenas fugas e quando percebemos, estamos longe de tudo, longe demais!
Não adianta tentar se explicar, chega um momento onde o silêncio precisa se tornar a sua principal fala.
Hoje sinto um vazio dentro de mim, que já faz alguns dias, uma coisa que não sei como explicar, é tipo um vazio que preenche toda minha alma, uma coisa que parece que vai explodir a qualquer hora. Uma sensação terrível, uma vontade de fazer não sei o que, uma sensação de que vou vomitar tudo que tenho dentro de mim a qualquer momento, um nojo imenso de algumas pessoas.
Muito importante ter alguém pra explicar o que vc realmente sente sobre algo que te aflinge. Rir é fácil, eu mesmo já fiz muitos rirem, mas os dramas de minha alma um ou outro conhece, e sempre será assim.
Muitos aprendem falar antes de andar.
EU O AMAVA....
Sim eu amava ele de todas as formas que até eu não sei explicar,hoje em dia eu não acredito mais nesse tal amor que a sociedade fala pois simplesmente me deixei um dia me levar por esse tal amor que o mundo comenta e fala.
Por que na verdade de tanto eu dizer que eu o amava hoje em dia eu o odeio
a dor que eu sinto e tão imensa que eu não sei explicar. parece q quando eu tou sozinho eu choro por que? eu não sei mais sei que nunca vou ser feliz na vida . Por que a tristeza me escolheu, a depressão me escolheu , por que tudo q tenha tristeza me escolheu! Eu não consigo ficar num lugar sozinho sem chorar por que ?eu não sei mais sei q eu nunca vou ser feliz
Morena...
Mal consigo explicar
O poder que tem o seu sorriso e também seu olhar,
Seu sorriso é lindo como o amanhacer
O brilho puro dos seus olhos fazem qualquer jardim florescer,
A sua pele macia e delicada
Mais se parece como a de uma fada,
A distância é minha rivalidade
Por você eu enfrento qualquer tempestade,
Essa distância só não é maior que o sentimento que no meu peito reside,
Meu coração não anotou a placa
Da linda morena que me encantou.
Se eu conseguisse ao menos explicar a bagunça que tá aqui dentro talvez eu soubesse por onde começar a arrumar.
O NARCISISMO DE DEUS
Desde as muitas teorias criadas para explicar a existência da criação do mundo e o homem na terra, uma em especial faz parte do imaginário da cultura de quase todos que foram atravessados pela cultura judaica-cristã, que é justamente o mito que deus criara o mundo em seis dias e no sétimo descansou.
Ora, se Deus criou o mundo em seis dias como diz nos escritos bíblicos, e se ele por si só é Deus, por que a necessidade de criar alguém que fosse sua imagem e semelhança? Pode-se pensar que a existência de Deus seria solitária, pois não se bastou existir.
Seria então Deus um ser Narcisista? Incomodado com sua solitária existência? Que criou um ser no espelho de sua face por ter se deparado com sua solidão projetada no solitário Adão? E Eva, veio em auxílio para tirar Adão do monótono paraíso e da solidão?
Se a psicanálise vai até onde há possibilidades de dúvidas, a religião começa a partir de uma crença, da ideia inquestionável de acreditar em algo maior que vem em socorro de nosso assombroso desamparo. No entanto, pensar a existência pelo víeis bíblico por si só nos faz em algum momento nos deparar com um Deus também desamparado. Que até as crenças humanas advêm do desamparo, pois o Deus cristão é a própria imagem de quem o criou, demandando um investimento narcísico de crer para existir. Pois não basta existir, precisa ser adorado por alguém que não existe sozinho.
Isso nos leva a raciocinar que o sujeito dentro de todas suas estratégias psíquicas está sempre em fuga daquilo que de fato é, um ser primordialmente só, desamparado e lançado ao mundo para viver a dialética do se encontrar em si e tentar se achar no outro.
Nascemos sozinhos e morreremos sozinhos, porém pensar sobre isso no campo do real é desolador, por isso buscamos viver e criar maneiras de nos relacionarmos socialmente.
Por outro lado, o ato de se relacionar com alguém deriva o sofrimento de deparar-se com o desejo do outro, e que esse desejo é impossível de controle. Eva sabia disso.
Então a angústia nos assola, pois ela sempre nos remete ao nosso próprio desamparo, ao nosso narcisismo.
O filósofo Arthur Schopenhauer, que por muito inspirou Freud, já usava o dilema do porco espinho para fazer menções às relações humanas, de como é sofredor para o sujeito se relacionar de qualquer maneira humana possível, até mesmo se pensarmos hoje em dia no surgimento das relações líquidas na modernidade, via redes sociais, quanto mais intimidade e aproximidade entre um sujeito e um grupo, mais espinhosa essa relação poderá se tornar. Radicalmente bloquea-se e silencia-se qualquer ameaça ao EU, fugindo daquilo que não é imagem e semelhança. No conto bíblico há um lugar próprio que é destinado aos hereges, aqueles que não se assemelham e devem ser castigados. Quem não me ama, não é digno do reino do meu céu, não é isso?
Essa ambivalência afetiva passa a nutrir as neuroses no mundo contemporâneo, pois o que se busca no outro, seria justamente o eco de sua própria voz.
Como disse Caetano Veloso, narciso acha feio o que não é espelho, pois paradoxalmente as identificações mesmo derivadas daquilo que possa ser diferente ao sujeito, ela serve para que o sujeito possa diariamente afirmar sua identidade de ser e sentir-se pertencente a algo, um grupo do qual é ele mesmo, que por ora, o faz perder contado com o outro ou mesmo em companhia de alguém, o sujeito buscar inconsciente manter-se sozinho dentro de sua bolha narcísica para preservar sua fantasiosa ideia que existir o basta.
Leivanio Rodrigues
Quem pode explicar dois corações,
Se ambos se encheram de orgulho.
Se distanciaram por completo,
Se permitiu que as intrigas envenena-se adoeceram.
Ambos sofrem calados, mostrando falsa aparência e mantendo a mesma frieza entre si. Orgulho tolo.
Quem pode explicar o amor.
Em um instante odeia a pessoa amada.
Em outra quer proteger, para não perde. E permitir que fique livre, esperando que volte. É ter a esperança de se caminhar juntos e não se perde.
Em outro momento amor sofre em silêncio sem que ninguém saiba.
Assim é o AMOR.
Não há nada que o explique.
O que eu poderia descrever
Se palavras apenas não servem
Para explicar a forma surreal do sentimento
Quando ele é apenas ilusão
O desejo de ser livre
Não passa de uma vontade idiota
Porque no fundo sente-se feliz na sua prisão.
Aquele que muito busca
entender o que ninguém
Conseguiu explicar,
Sofre porque deixa
De viver sem o tormento
Do querer saber,
Sem ter onde encontrar
As respostas para as suas
Inquietações que tanto
Lhe faz flagelar.
Nem filho nem dinheiro "seguram" relacionamento. A dificuldade em explicar a separação para os filhos e a dependência financeira é que acorrentam o casal a um relacionamento infeliz. Por isso exercitar o diálogo e ter autonomia financeira é importante para todos.
