Sinto falta do meu Passado
Hoje me dei conta do quanto te admiro, meu amor.
Sua sensibilidade e sua força.
Sua voz e seu silêncio.
Sua calma e sua coragem.
Sua verdade e seus devaneios.
Hoje me dei conta do quanto te amo, meu admirável.
Meu? Não, você não é meu. Mas tenho sorte por ter você nesta caminhada chamada Existência.
des-encontro
o meu alguém está em casa
esperando com a mesa de jantar posta
ele passou um café
preparou os pratos
colocou uma flor ao lado da minha cadeira…
o meu alguém está em casa
aguardando eu retornar para lhe fazer companhia
rirmos juntos das bobagens do dia
e descansar nos braços um do outro
sem medo de julgamentos…
o meu alguém está em casa
com a porta aberta a aguardar minha chegada
eu o vejo olhar o relógio
estou atrasada… já é tarde e ele me liga
muitas chamadas não atendidas…
o meu alguém está em casa
olhando pela janela,
na expectativa de me ver atravessar a esquina
e minha sina
é não ver seu doce olhar…
o meu alguém está em casa
me esperando
me chamando
mas ele ainda não sabe
– meu amor, me perdoe!
… nunca mais irei chegar!
o meu alguém está em casa
tão despedaçado quanto eu…
– eu não queria que fosse assim!
se, ao menos, ele pudesse me escutar
eu diria… eu diria:
– meu amor, estou aqui… olha pra mim...
Por que devo cobrir meu corpo
como você me impõe?
Por que devo acreditar em suas regras
como você estabelece?
Por que devo me dobrar às suas leis
como você me obriga?
Por que sua mente imatura crê
que você manda em mim
e eu devo obedecer?
há um poema em meu armário
vou catá-lo
e vestir seu tecido sobre minha pele
[há instantes de inexistência]
apesar das aparências
ainda estou transvestida
pelo seu olhar.
vaguei pelas sombras alheias
até descobrir o meu verso
viver imersa em arte
é meu lugar no Uni-verso
Ao meu ver, a partir de estudos desenvolvidos através de intensas pesquisas realizadas por métodos de caráter acadêmico e, todos os dispositivos legais e morais para evidenciar as comprovações necessárias para fins proveitosos de cientificidade são válidos, mesmo que em caráter experimental.
A minha vida testificam a sua existência
Meus lábios pronunciará as tuas riquezas
Meu rosto revelam a sua imagem
Eu sou uma testemunha do seu poder e gloria...
Se eu tivesse você aqui, eu seria um completo com você que de mim é a parte principal do meu eu,é o que completa no meu uno em ti amar pra que me reconheça em você ,assim eu vivo por você...
eu queria te expulsar do meu coração mas não consigo te arrancar
sem arrancar junto o meu coração também
queria te esquecer mas teria que esquecer de mim também
queria nunca ter te conhecido
mas só me reconheço em você
como faço para te esquecer se
tudo só faz sentido
quando me lembro de você
Eu sinto que existo
Coro das Sombras
Meu suspiro ergue-se como bruma sobre o berço daquele que parte.
Filho da dor, fruto do meu sangue,
ainda lutarás contra o fio que já foi cortado.
Volta, olhos que um dia foram estrelas nos meus,
Volta ao ventre que não dorme —
pois não há sono para quem viu o abismo abrir-se em flor.
“O olho através do qual vejo Deus é o mesmo olho através do qual Deus me vê; meu olho e o olho de Deus são um só olho, um só olho que vê, um só que sabe, um só que ama.”
Das memórias que guardo em mim, a mais bela é seu corpo entrelaçado ao meu refletido no espelho no teto daquele motel de sempre, todo tatuado e suado, enquanto eu vivia o sonho de ser seu.
Meu coração virou sua morada, tá todo decorado, cheio de coisas pra você, tem um jardim na frente, uma calçada de pedra, um telhadinho holandês, janelas viradas para o amanhecer, persianas do lado oposto para iluminar o entardecer, uma bela cama macia e uma dispensa cheia de coisas pra você, uma horta nos fundos, um poço de água limpa e um belo quintal, uma vizinhança simpática e prestativa, num lugar arborizado em que se ouve os pássaros em vez de carros e fumaça.
Mas você prefere deixar vago, jogar a chave fora, abrir mão disso e nem quis conhecer a morada que preparei pra você.
Um dia vendi meu cavalo.
Foi num domingo, nessas voltas de rodeio...
Eu garboso bem faceiro vinha com pingo a lo largo....
Me ofereceram um trago e seguimo ali proseando...
Logo vieram ofertando uns troco no meu Picasso...
Era lustroso o bagual, calmo como chirca em barranca...
Mansidão não hay quem compra, disse um velho paisano...
Largaram uns peso no pano de primeira refuguei...
Depois logo pensei, hão de cuidar do pingo...
Eu nunca fui de apego, meu rancho é a solidão...
Ainda dei o xergão e vendi o meu velho amigo...
Quando voltava pras casa, a pezito curando o trago...
Fui lembrando das andanças que fizemos pelo pago...
Lembrei até duma noite, que quase se fomo nas barranca...
Por causa de uma potranca o Picasso enlouqueceu...
Depois obedeceu e voltou a compostura...
São coisas da criatura, da natureza do bicho...
Eu sei bem como é isso comigo se assucedeu...
Mas eu já tinha vendido, de nada mais adiantava...
A vida continuava, quantos já venderam cavalos...
Uns bons outros malos, mas é coisa da tradição...
Depois pegamo outro potro...
Domamo e mais um tá pronto pras lides de precisão...
E assim se passaram os anos, e nunca mais vi o Picasso...
Mas ainda tinha a lembrança daquelas festas campera...
Debaixo de uma figueira nos posando prum retrato...
Eu virado só em dente, tamanha felicidade...
E ele bem alinhado, com pescoço arrolhado, mostrando garbosidade.
E o tempo foi passando, eu segui domando potros...
Mas um deu pior que outro nunca mais tirei pra laço...
Lembrava do meu Picasso, manso, bom de função...
Trazia ele na mão, nunca me refugo...
Desde do dia que chegou potranco bem ajeitado...
Se acostumou do meu lado vivendo ali no galpão...
A vida é cerca tombada, quando se sente saudade, dói uma barbaridade...
O coração em segredo as vezes marca no peito, qual roseta na virilha...
Não fica bem pro farroupilha ter saudade dum cavalo...
Que jeito se vai chorar, são coisas de índio macho...
Sentimento é um relaxo difícil de aquerencia...
Mas o tempo vem solito, não trás amadrinhador...
Num dia desses de inverno, juntando geada no pala...
Eu vinha nos corredor pensando nas cosa da vida...
Foi quando vi um cavalo magro ali atirado junto a cerca caída.
Fui chegado mais perto daquele coro jogado
Os olho perdido e triste, me perguntei qual existe gente mala nesse mundo.
Pra atirar assim um crinudo, pra morrer a própria sorte
Pedi licença pra morte em me cheguei sem alarde.
Não creio em divindade, mas o milagre aconteceu
Ali na beira da cerca, quando me olhou com tristeza...
Na hora tive a certeza que aquele pingo era o meu.
Levei ele pro rancho, tratei e curei os bixado...
Dei boia e fique do lado, até ele melhora...
Perdão meu Picasso amigo, agora ficas comigo...
Não te vendo nunca mais...
Por mim pouco importa se já não serves pra lida...
Aqui será tua vida até o dia que morrer...
Talvez não tenha perdão, sofresse em outras mãos...
O que fiz naquele dia?
Te vendi por alguns trocados, um amigo não tem preço, o que fiz foi judiaria...
Nunca mais vendo cavalo.
Essa noite será diferente... Não mais terei você ao meu lado... Ontem você era meu presente... Hoje você é o meu passado...
Eu nasci nessas estancias
Da pampa que ao largo vai
Trago a sina de ginete
Que herdei do meu velho pai
Nas dita demarcatória
Não tive terra tropilha
Me toca o sangue encarnado
Do lanceiro farroupilha
Que maula, sou pelo duro
A história se me esqueceu
Fiquei cuidando cavalos
E campos que não são meus
É a vida é a história
Cosas de destino, revolução
Uns nascem pra maiungo
Outros nascem pra Peão.
Um dia na estancia
Um flete se desmamo
Me deram como descarte
E o potro guacho vingo
Era ´último oficio
Pras corda dum domador
O primeiro cavalo
Que vida me regalou
Se fomo quage dez lua
Naquele lançante inclemente
Onde cavalo e ginete
Medem força e pacença.
Era pura resistença
No palanque inclinado
O cabresto estirado
Preste se arrebentar
O tempo faz sujeita
A força é quage em vão
Dei nome de solidão
E terminei de enfrenar
Era flor aquele pingo
Clinudo, zoio salgo, Ligeiro como tainha
Era sestroso o bagual
Não tinha marca, sinal, Mas era tudo que eu tinha.
Que lindo aquele retosso
Naqueles findar de tarde
Era a própria liberdade
Demarcando território
O taura fica simplório
No orgulho do preparado
Se brandeava pro meu lado
Como quem nos pede um mate.
Nas noite despois das lida
Nos rumava pro bolicho
Saia dando relincho
Facero bem aplumado
Eu todo perfumado
No estrato de amor gaúcho
Era os dois virado em luxo
Pronto pra um retrato
Facerice era medonha, naquela nossa toada
Ringindo basto na estrada, encurtando os corredor
A sina de um payador
Que a vida não deu parada.
Sempre quis erguer um rancho
Nas volta de algum fundão
Pra eu, mais o solidão
Ter na morte um poso certo
Um galpão, Mangueira perto
A sombra de um caponete
Pro descanso do ginete
E uns ponteio no violão.
Pra quem tem quage nada
Qualquer cosa é furtuna
O campo beijando a laguna, aa silhueta da tarde
Galpão, pelego, um catre, pra lua que se boleia
A cada gole de canha
As ideia se empareia,
O pensamento volteia
Tal um compasso de tango
Assim no mais, vai ao tranco
A vida se faz pequena
O branco mescla a melena
O tempo que se perdeu...
A china que nunca tive, a cria que não lambeu
O campo que não é meu, mas rondei como se fosse.
A vida é quase um coice
Pra quem sem nada nasceu.
Pra se campeiro me basta
O céu, planuras, as estrada
É muito pra um monarca, sem posse nem procedência
Que te por dono a querência, cantada numa payada.
Um dia se vai um taura, como quem puxa um bocal
A doma agora é solita não trás amadrinhador.
Por fim em algum corredor, a de sobrar uma terra
Uma cruz onde se encerra a vida de um domador.
Nem quero muito alvoroço, também quem vai se importa
É só no mas pra constar nos anais do campeirismo
Nessa vida de xucrismo
Alguém hay de se lembrar
Só meu pingo,
Só ele me basta
Nessa última tropeada
No fim dessa estrada, onde repousa um tropeiro
Eu recordo, meu parceiro
Dos bolicho, das função
Foste meu único amigo
E te chamei de solidão.
Imortais
Meu corpo chama por você,
Minha alma quer colar na sua,
Pra sempre.
Eu quero uma parte de mim dentro de você,
E quero mais,
Pra sempre.
Quero ter parte de mim na sua vida
Quero parte da sua na minha
Pra sempre.
Quero seu reflexo
Quero em meu reflexo
Pra sempre
Quero eternizar nós dois
Nós dois em um
um em nós dois, em três, quatro
Quem sabe cinco?
Pra sempre, pra sempre e sempre
Sempre eu em você
Sempre você em mim
E vamos nós dois viver eternamente
No corpo e na mente
Da melhor parte de nós
No que agora é fantasia
Mas que um dia vai ser eu
Um dia, você
Pra sempre.
"Meu amor, minha mulher,
Quando conversamos sobre como chegamos até aqui, tenho a impressão de que estamos em um livro ou filme recheado de amores, dramas, beijos, momentos e tormentos. Antes, eu era eu, pleno, com minhas muitas paixões passageiras. Um menino do Rio cheio de perfume e charme, com olhos ávidos por um flerte a cada canto de rua. Todavia, fui capturado por um desses flertes despretensiosos quando você apareceu para mim. Vi em você um jeito transviado e tive lá minhas suspeitas se deveria mesmo me encontrar com essa pessoa transvestida. O juízo me dizia o contrário, mas eu era mais propenso a ignorar a razão, então decidi ver quem era essa que me chamava... impúbere, caí em suas garras predadoras de meninos. De lá para cá, embora eu nem planejasse, nem desejasse, você foi me invadindo, hora a gosto, hora a contragosto, e mudando minhas percepções, meus desejos, meus planos. Eu fui e estou me entregando a você às migalhas e, às migalhas, cada parte de mim vai gradativamente ficando mais desejosa de você. Hoje sinto saudade, sinto receio de que me deixe, sinto que faz parte de mim e eu faço de você. Somos duas partes revoltas de uma mesma alma. Nossos conflitos são resultado do medo de não darmos certo, de perdermos nosso encaixe tão íntimo, tão único. Especial. Só meu e seu."
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