Sim nós dois

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Só para o meu prazer


Não fala nada, deixa tudo assim por mim
Eu não me importo se nós não somos bem assim
É tudo real nas minhas mentiras,
E assim não faz mal
e assim não me faz mal não
Noite e dia se completam, nosso amor e ódio eterno
Eu imagino, eu te conserto, eu faço a cena que eu quiser
Eu tiro a roupa para você, minha maior ficção de amor
Eu te recriei, só para o meu prazer
Não vem agora com essas insinuações
Dos seus defeitos ou de algum medo normal
Será que você não é nada que eu penso
Também se não for, não faz mal
Não me faz mal não.

A maior mentira que nos contaram - e que nós, piamente, acreditamos - é essa, a de que tudo passa. Nada passa. Passa coisa nenhuma.

A gente aprende a viver com as escaras, aprende a colocar ungüentos nos talhos fundos, conhece outras pessoas que são como bálsamos sobre as nossas feridas, mas elas, as sanguinolentas, as danadas, as malsãs, elas não passam. Uma mulher é uma chaga sempre aberta. Um homem é uma ferida sempre exposta. Nada passa.

Sentimentos? Eles se transformam em outros sentimentos, mas não passam. As pessoas que você amou, nunca te causarão indiferença (indiferença, o oposto do amor), sua única certeza é que você sempre vai sentir algo quando as encontrar - algo bom ou ruim, muito bom ou muito ruim. As pessoas que te menosprezaram, te usaram ou simplesmente te rejeitaram, continuam, cada qual com sua adaga, perfurando seu amor-próprio, dia após dia, umas mais, outras menos.

Somos todos, homens e mulheres, mestres no fingimento, na dissimulação, no recalque, mas a verdade, meus caros e minhas caras, a verdade é que nada passa. Por isso você vê uma mulher histérica ao pegar uma cebola podre no supermercado, por isso você vê o homem agindo como um primata no trânsito, por isso seu chefe estoura sem razão, por isso você teve uma crise de choro durante aquele filme, por isso as pessoas têm chiliques inexplicáveis: porque nada passa e nós precisamos de válvulas de escape.

Um colega da oitava série, chamado Fernando, olhou para mim em novembro de 82, e disse: 'Nossa, como você é gorda'. A ferida continua aberta.

Somos feitos de sonhos e os sonhos são feitos de nós.

Sobre nós, nada precisaremos dizer...
Vivemos em uma nova era.
Eles verão,
Nós primavera!

Que a gota de fé que há em nós seja sempre superior ao oceano de circunstâncias contrárias que há ao nosso redor.

Nós guerreiros também acreditamos
na força das palavras;
No perfume das rosas;
No trato gentil, mas nunca deixemos
de lutar.
Nós guerreiros trouxemos em nossas
armaduras cicatrizes de muitas batalhas.
Algumas próximas do coração,
por amores vazios;
Outras feitas por palavras cortantes;
Há também as cicatrizes na visão, por
olhar a indiferença, a maldade humana,
o descaso, o ódio, a intolerância, a ganância,
e acima de tudo a vaidade.
Semearemos flores no caminho das pessoas,
quem sabe assim o colorido faça-as mudar.
Nós guerreiros não empunhamos nossas
espadas por pequenas coisas.
Entretanto se insistirem no mal seremos
intolerantes.
E a maldade cortamos pela raiz.

Pois, diante desse imenso ponto de interrogação que é o futuro de todos nós, reformulei minhas crenças: estou me dando o direito de não pensar tanto, de me cobrar menos ainda, e deixar para compreender depois. Desisti de atracar o barco e resolvi aproveitar a paisagem.

Quero uma gangue onde cada um de nós possa arriscar a vida pelo outro.
(Keisuke Baji)

A vida é neutra. Não é boa nem má. É aquilo que nós queremos que seja, dependendo da nossa atitude, acção e empenho.

Todos nós somos excelentes pensadores
Se abstraíssemos nossos pensamentos em forma te textos
Todos nós seríamos excelentes escritores.

Vivendo e não aprendendo... esses somos nós.

“Não sei se sentimentos são razões da alma ou instintos disfarçados de mulher; forçando, nós, homens, a buscar amor, num consolo desprezo. Ou, na dúvida que me cabe, não sei se é loucura dizer que louco é o ser dominado pelo sentimento, ou se o é insanidade ousar dominá-los. Mas, de dúvida não me resta em pensamento... já porque a seguinte máxima me diz e me consola: - eis que respiro e sinto; nada mais importa, do que viver num colo de uma mulher carinhosa, e dormir”.

Em uma época, todos nós somos filhos. Em outra, nos tornamos pais. É nossa vez de cuidar de quem cuidou de nós.

Não podemos nos dar, somos de nós mesmos.

E se eu nunca ver seu rosto de novo
Eu não me importarei
Porque nós tivemos muito mais do que pensei que podíamos...

If I never see your face again...

⁠Nós nos transformamos em zumbis saudáveis e fitness, zumbis do desempenho e do botox.

De cada vez que algo que amamos desaparece, morre um pedaço de nós. (Erica)

Tenho um otimismo realista, porque a condição humana é falha. Todos nós somos atores nesse palco que é o mundo.

Não devemos temer nem julgar ilícito nada do que nossa alma deseja em nós mesmos. (Demian)

O tempo de uma fotografia
Não era nem ontem, e nós éramos um rostinho inocente posando para um retrato escolar. Olhinhos apertados, espertos, ávidos por ver a vida crescer. Crescemos nós. Já no mundo adulto, aquela foto da escola perdeu-se em alguma caixa parda que guarda fotografias do tempo em que elas eram reveladas. Eram aguardadas no suspense de seu conteúdo. Havia prazer em esperar. Fala-se disso:

_ As fotos ficaram boas? _ Vem aqui em casa pra ver!. Diálogos dos século passado.O mundo adulto, hoje, é cheio de pressa. Nem bem viveu-se algo, e esse algo já foi postado em alguma rede. Desfruta de uns segundos de visibilidade, para depois perder-se, em memórias cibernéticas. Será que as crianças de hoje ainda tiram fotos do tipo grupinho escolar? Todas as carinhas reunidas, professora do lado, e um fotógrafo gorducho mandando fazer xis.Não há muito tempo para esperas e aguardos. Hoje, é tudo para hoje. Será que no meio de tanta aceleração, dá tempo de se perguntar onde estarão aqueles meninos e meninas do nosso retrato escolar? Caminhos que nos engolem enquanto tentamos acrescentar alguns minutos à mais nas nossas horas corridas, e lá se foram os nossos primeiros melhores amigos.

A que se presta esta nostalgia? Serventia prática, nenhuma! Pensamentos miúdos não se prestam. Eles prezam. Prezam alguma coisa de valor que vai se perdendo pra não se perder tempo, e que podia ‘não’.

Podia-se não perder contato com as pessoas queridas.Podia-se responder os e-mails com muito mais palavras.Podia-se telefonar ao invés de encurtar tudo por sms.Podia-se ganhar da preguiça e chamar amigos pra um jantarzinho.Podia-se ultrapassar o tédio e organizar uma viagem.Podia-se fazer mais visitas, pra se ver ao vivo e à cores.Podia-se escrever uma carta, pra lembrar da própria caligrafia.Podia-se largar mão de artificialidades e conversar com mais vontade.Podia-se deixar pra lá a vaidade, e expor os sentimentos com mais verdade.Podia-se deixar o orgulho de lado e procurar reacender os afetos congelados.Podia-se dar um tempo aos formalismos das relações, e sair por aí, abraçando os outros,beijando os outros, olhando nos olhos dos outros…

Podia-se redescobrir aquele amigo, daquele tempo, e surpreender…

Em meio à tantas metas e prazos, a gente sabe que é na companhia do outro, na intenção e na atenção dedicados à amizade e ao encontro que a vida faz sentido. Sem perder tempo com as miudezas que importam, perdemo-nos todos. Perdidos e acelerados, periga que um dia, a gente não se ache mais.

‘Ultimamente têm passado muitos anos.’