Silêncio

O silêncio mental ensurdece o mundo exterior.

Escutar a voz do silêncio consegue-se entender o sentido da própria existência.

Somente o silêncio mental consegue ouvir qual o som utilizado por cada pensamento.

Em cada poema existe um epidérmico silêncio mortal.

O meu silêncio exprime-se transcendentalmente em todos os idiomas.

A Arte é: silêncio colorido que ensurdece a descolorida compreensão.

A música revela a intimidade do silêncio: devora as emoções e os pensamentos infinitos das almas.

Somente os olhos do vento têm aptidão para visualizar o silêncio.

Ouvir o silêncio da própria sombra, consegue-se escutar o ruído da solidão.

O silêncio revela a fértil sonoridade da profunda inteligência.

Conseguir escutar o silêncio de um abraço: ouve-se o Universo a submeter-se a um momento.

Quando encontro a minha solidão, fixo o olhar no silêncio e consigo ver-te. Nesse meditativo momento, reparo que intimamente não estou só.

A inveja é um silêncio indomável que se faz ouvir indubitavelmente com os olhos.

Vou mochilar até às extremidades internas do silêncio: escuto a minha alma e o vocabulário da Natureza.

Mãos que tocam no amor prenunciam a quantidade infinita do silêncio.

Fazer amor é: romper o silêncio interno.

Contigo escrevo o silêncio nas paredes do mar.

Música e vinho: melodias inebriantes à velocidade do silêncio.

Amor é silêncio que se ouve internamente.

Não é o tamanho do silêncio que define o tamanho da serenidade; é a harmonia sussurrante que se ouve internamente entre ambos.