Serviço
Em uma sociedade onde os robôs trabalham pelos humanos, e os humanos gastam pelos robôs, onde está o salário?
O trabalho é um recurso indispensável para quem deseja eternizar suas benfeitorias pelos caminhos da vida.
O resultado de um trabalho bem feito traz consigo, além de progressos mútuos, mais inspiração para nos mantermos úteis e produtivos.
A prática da caridade, além de levar consolo aos aflitos, nos reforça a compreensão da importância de sermos úteis nessa breve jornada da vida.
Os egoístas e covardes não pensam em ninguém além deles. O egoísta enxerga o mundo somente como um domo de espelhos. O covarde sempre foge ou se rende antes de lutar. E nenhum dos dois consegue servir.
"Quando alguém perguntar sobre uma única situação que pode levar uma pessoa para o inferno, diga: Não precisa fazer nada, basta permanecer neutro e esperar."
Servir vai além do preço; envolve também o apreço, ou seja, o valor subjetivo que os clientes atribuem à experiência, ao produto ou ao serviço que estão recebendo. Por isso, é importante servir com amor.
História dos ferroviários Bob e Charlie.
Bob e Charlie começaram a trabalhar na ferrovia no mesmo dia - na verdade, na mesma hora - e eles foram contratados para fazer o mesmo serviço. Vinte anos depois, Bob ainda estava "operando a linha" com todos os outros homens quando o trem executivo chegou. Um homem bem vestido saiu do trem e começou a perguntar se alguém sabia onde estava o Bob. Ele tinha ouvido dizer que Bob estava trabalhando na linha, naquela parte da malha ferroviária, fazendo manutenção. Sim, Bob estava lá. Todos sabiam indicar onde Bob estava e ele se aproximou. Ambos sorriram. Bob limpou suas mãos cuidadosamente, deu-lhe um aperto de mão e disse" Como vai, Charlie? Quanto tempo, hein?" O homem fez uma breve visita e depois teve que ir. Charlie acenava para Bob enquanto o trem partia e Bob retribuiu-lhe com um toque em seu chapéu.
Os outros funcionários não conseguiram entender porque este homem, que era o presidente da ferrovia, tinha vindo visitar Bob, ou como Bob conheci o presidente. Bob lhes disse: "Começamos a trabalhar nessa ferrovia juntos, no mesmo dia e na mesma hora. Na verdade, Charlie costumava trabalhar nesta mesma linha comigo muitos anos atrás."
A maioria ouviu e se afastou, com exceção de um homem. Ele ficou e fez perguntas que definem a natureza humana: "Se vocês dois começaram a trabalhar para ferrovia ao mesmo tempo e faziam o mesmo trabalho, então, como você pode estar fazendo o mesmo serviço vinte anos mais tarde e Charles ter se tornado Presidente?"
Bob levantou-se e respondeu: "Oh, isso é fácil. Veja, 20 anos atrás, eu simplesmente fazia o meu trabalho. Mais Charlie? Ele ia trabalhar para ferrovia!"
E então, para quem você está trabalhando?
Livro: A Oração de Moisés, Sandra Querin, 41p
"Para ser bem sucedido nos empreendimentos, o importante é se apaixonar mais pelo problema do que pela solução; ouvir as pessoas, entender as necessidades, pensar nas causas e consequências, aprender - e assim decidir no quê e como trabalhar com eficiência."
Há quem vista os títulos como se fossem troféus, sem compreender que não lhes foram dados para se servirem, mas para servirem os outros. Confundem o cargo com uma coroa, quando, na verdade, é apenas uma ferramenta, um meio para fazer o bem. O brilho que procuram não vem das insígnias que ostentam, mas do impacto das suas ações. Só que, por vezes, é mais fácil esconder-se atrás de um título do que fazer com que ele valha algo de verdade.
São pobres de espírito porque não percebem que o valor de estar num lugar importante está no que se faz com ele, não no que ele aparenta ser. E mais pobres ainda são os que os validam nessa ilusão, desejando ocupar os mesmos espaços pela mesma razão – não para servir, mas para alimentar o ego. É um ciclo que não traz mudança, que embrutece em vez de polir.
No fundo, a grandeza não se mede pelas insígnias que carregamos, mas pela simplicidade e verdade com que desempenhamos cada função. O verdadeiro poder está na capacidade de servir sem esperar nada em troca, de fazer brilhar o que é essencial, e não o que reluz por fora. Quando se entende isso, descobre-se que o único caminho que nos engrandece é o da entrega, sem precisar de reconhecimento ou de adornos.
"A verdadeira grandeza não se mede pelo que se ostenta, mas pela simplicidade de quem serve sem se elevar."
A moral administrativa
A moral administrativa não deve ser encarada apenas como mero símbolo ou estilo de vida, não se trata de simples regra escrita numa folha de papel, simplesmente descartável ou embrulhado num papel de pão; deve ser algo transcendente, grandioso, apanágio da vida pública. Todos esperam que no exercício de função pública o gestor deva possuir obrigatoriamente comportamento escorreito no cumprimento da vontade do povo; zelar pelos bens e serviços públicos; não valer-se do cargo para lograr proveito pessoal em detrimento da dignidade da função; cuidar do erário público, com zelo e amor, não permitindo apropriação indébita do patrimônio público nem do dinheiro do pagador de impostos; abster-se de perseguir servidores públicos que se dedicaram de corpo e alma e deram sua vida pela Instituição; abster-se de receber comissões, presentes e vantagens de qualquer espécie em razão das atribuições; deve assumir protagonismo na defesa dos direitos humanos de índole petrarquiano; impõe a todos o dever de tratamento com urbanidade, respeito e cortesia; importa afirmar que a moral administrativa exige conduta endógena e exógena do gestor público; o agente público além de cuidar dos bens e interesses públicos, como se afirma linhas atrás, deve se pautar de forma a evitar comportamentos pessoais desviantes; assim, não deve fazer uso de bebidas alcoólicas em pleno exercício do serviço, não proceder de modo incompatível com a honra dignidade e decoro de suas funções, não valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública, não praticar assédios morais nem sexuais no exercício de seu mister ou fora dele; não utilizar-se do cargo para promoções pessoais, não utilizar-se de bens e serviços públicos no interesse de atividades particulares, além de tantas outras atividades pecaminosas. A gestão pública exige qualificação e tecnicismo profissional; e por via de consequência, indicações de gestores, sem nenhum critério técnico, meramente, de cunho político, para atender o fisiologismo partidário, resulta claramente em sintomas de fracasso e derrocada do serviço público.
A felicidade é subjetiva, pois o que traz felicidade a uma pessoa pode não ter o mesmo efeito em outra.
No Brasil os governos mudam, mas os altos índices de criminalidade e impunidade persistem, especialmente em razão da corrupção enrustida no serviço público, que pelo mesmo motivo não é alcançada pelo Sistema de Justiça.
A interação entre os responsáveis de um estabelecimento de trabalho reflete alinhamento estratégico e é um indicador essencial de sucesso.
O maior Servo ensina a renunciar ao ego, manifestando-se como Providência Divina, universalmente a serviço de toda a criação.
