Sertão
NORDESTE.
Aqui na nossa região
de azul o céu se veste
passe as férias no sertão
no litoral ou no agreste
e descubra a razão
de não ter nessa nação
lugar melhor que o nordeste.
A VOLTA.
Sem chuva e a coisa feia
no sertão tudo arrasado
fui viver em terra alheia
passei fome fui negado
por aqui ninguém proseia
mas eu fiz um pé de meia
pra voltar pro meu roçado.
FIBRA!
No sertão a terra racha
o grau aqui passa de cem
e a seca ainda despacha
os nordestinos de bem
passa fome se esculacha
mas não tira uma bolacha
do balaio de ninguém.
A felicidade não está na idade, na cidade ou no sertão, está dentro do coração que um dia quis e tomou a decisão de ser feliz.
SAUDADE TEU CORAÇÃO - João Nunes Ventura
Saudade a lua brilha lá no sertão
Saudade do teu olhar teu coração
Saudade que vem me atormentar,
A saudade o vento traz por um fio
Saudade das águas mansas no rio
Saudade que não me deixa sonhar.
SERTÃO.
Meu sertão tão castigado
pela chuva que não vem
sem alimento pro gado
e a colheita que não tem
vem presente, sai passado
que desde o plano cruzado
aqui não chega um vintém.
No sertão!
Aqui eu tenho felicidade
nos arvoredos do sertão
a comida é de qualidade
e faz gosto a educação
aqui não tem ansiedade
só paz e tranquilidade
e muito amor no coração.
Guibson Medeiros.
FEITO DE GADO
O que é feito d'aquele gado
tocado, lá no alto do sertão
piola, boiadeiro bravo
berrante tocando fado
estralo na palma da mão.
O gado que passou porteira
ploc-ploc, pelo chão...
Cruzou rios com piranhas
alvoroçou grandes façanhas
... Poeira amor e paixão.
O que é feito d'aquele gado
do sol quente pirambeira
lua fria escuridão...
Que passou pelos quatro ventos
curandeiros e seus ungüentos,
coloral pimenta açafrão.
O que é feito d'aquele gado
e do pasto secando no campo
d'aquele ar tísico no tempo
da distancia ao sentimento
das lagrimas enxugando encanto.
D'uma saudade adoidada
vivendo os sonhos do amar
d'aquela flor na estrada
do amor por quase nada
chorando além do mar.
O que é feito d'aquele gado
que passou pela corrente
do rio cheio de peixe
do rastos da estrela cadente...
do sangue brotando n'água
da fogueira conto de fada
da chuva nascendo semente.
O que é feito d'aquele gado
do sol escaldante do dia...
Da sombra d'aquele oitão!
Do segredo e da paixão,
que sentiu dona Maria...
O que é feito d'aquele gado
que embarcou nas quatro rodas
deixou p'ra traz, ribeirão...
Campo, bosque e a grande grota
deixou lá no rancho o seu João
vivendo a vida que gosta.
Vaqueiro do Sertão caboclo desenrolado,de Gibão chapel d couro perneira bota e espora,num cavalo bom d gado adentra de mato a fora
Canta o sábia que encanta o sertão. A mocinha no portão vislumbra o céu, vê que seu amor vive longe no deserto, espera com seu coração aberto e o seu manancial a chegada daquele que foi em busca de novas descobertas, não sabe ele o quanto ela tem desertos. Canta o sábia sendo o tema dessa história, torcendo para o encontro desse amor, para cantar em outros ares, em outras histórias.
Esse orgulho eu carrego
porque me faz muito bem
pelo sertão que trafego
um pouco de tudo tem
sou nordestino e não nego
a minha origem a ninguém
SONETO DA PARTIDA
Ao despedir do cerrado, central sertão
na noite, eu deixarei a luz da lua acesa
a minha admiração posta, fica na mesa
e as lembranças largadas no árido chão
Os cuidados, ao pai, deixo minha certeza
que o bem é mais, mais que a ingratidão
que a vida com amor é repleta de razão
e que o sono só descansa com nobreza
Talvez sinta falta ou talvez só indagação
o que importa foi a história com clareza
e paz que carrego no adeus com emoção
E nesta canção de laço e fé no coração
a esperança na bagagem, única riqueza
se parto, também, fica a minha gratidão
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, maio
Cerrado goiano
Vida no sertão!
Viver no sertão não tem
estresse nem ansiedade
aqui todos vivem bem
com vida de qualidade
e a chuva quando vem
a terra vira um harém
que não se vê na cidade.
Filhos do sertão!
Pra você que é patrono
que comanda esse país
desça já desse seu trono
e escute o que o povo diz
desperte desse seu sono
que não é no abandono
que o sertão vai ser feliz.
Meu sertão
Quando no sertão cai a chuva rega as plantações
Quem cedo madruga colhe emoções
Na varanda tomo um café e fumo um cigarro
Enquanto observo a brisa embaçar os vidros do meu carro
Escuto o canto dos pássaros no pé de goiabeira, e as cigarras melodicas no pé de serigueira
Quando no sertão chega a seca racha os solos e seca as águas
E as enxadas ja não cultivam mãos calejadas
Na varanda, descontente substituí os cafés por aguardente
E a brisa fresca pelo sol quente
No pasto seco vejo as vacas magras
E no terreiro urubus famintos devoram uma carcaça de cabra
Quando no sertão cai a chuva rega a emoção
Quem cedo madruga colhe a plantação
Tranquilidade!
Vivo em paz no meu sertão
com o suor do meu batente
colho o trigo e faço o pão
com o milagre da semente
de que adianta uma mansão
em cada conta um milhão
mas a cabeça dormir quente.
Rumo!
Sinto o clima sem mudança
o chão rachado no sertão
o sertanejo faz andança
sem rumo e sem direção
e pela seca que avança
só as águas da esperança
ainda irrigam o coração.
Tenho orgulho do sertão, gosto do seu cheiro. Tenho orgulho dos meus risos, gosto dos seus ruídos. Tenho orgulho do meu olhar, gosto de suas palavras.
Por mais que a gente ande, conheça o mundo e outras culturas o Sertão nunca sai de dentro se nós! Viva o Sertão!
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