Sermão Deveria
Por que o mundo pobre deveria ser mais feio do que o mundo rico? A luz aqui é a mesma que lá. A dignidade aqui é a mesma que lá.
"A palavra é um artifício: ela nomeia o que não pode ser dito e esconde o que deveria ser sentido."
Cada dia que passa, Percebo que não aproveitei minha adolescência como deveria, e a vida adulta chega arrombando a porta sem aviso prévio.
O inverno será longo
Tudo começou do jeito que deveria, o sol nascendo, brilhando e se pondo como sempre. Até que um dia um castelo foi construído, tão bonito, o tempo foi passando... E o castelo já não tinha mais ninguém, só um templo de pedra que um dia foi vivido. O verão passou, mas dessa vez tudo aquilo que estava construído, ali ficou... esperando a próxima tempestade, a próxima estação que o aguardava, o inverno chegou trazendo consigo o que nunca deveria ter deixado descongelar.
Aos 30 anos, deveria decidir um plano de carreira, não explorar opções. Talvez nunca seja tarde para começar, mas há um tempo ideal para tudo.
Qualquer pessoa de bem deveria ter o direito de sonhar que algum dia o Brasil terá um governo decente, capaz de atuar com base em princípios, na defesa da liberdade, sob o império da Lei (controlada por pessoas sábias e distantes da política enquanto na função) e, principalmente, com uma administração profissional.
O ministério da reconciliação é particular pelo qual todo Cristão deveria se ocupar; sem levar em conta a quantidade nem qualidade do pecado do indivíduo.
Envelhecer com dignidade é um direito, não deveria ser um privilégio: criar uma sociedade que valorize e apoie os idosos é uma responsabilidade que exige ação coletiva para garantir igualdade e justiça para todos.
Problema que não gera um desconforto em mudar ou resolver, ele não deveria ser considerado um problema e sim uma mera preocupação.
A Balança Quebrada da Justiça
A justiça, idealmente, deveria ser uma balança imaculada, cega às distinções sociais e pesando unicamente os factos. Contudo, para uma parcela significativa da população, a realidade manifesta-se sob um véu opaco, onde a clareza dos princípios é obscurecida pela disparidade de recursos e pelo aparente descaso. Observa-se, com frequência alarmante, que a robustez de um sistema judicial se dissolve quando confrontado com a vulnerabilidade económica do cidadão.
O acesso pleno e eficaz à justiça, consagrado em textos fundamentais, parece, na prática, submeter-se a uma interpretação elástica que favorece quem detém o poder aquisitivo. A complexidade intrínseca dos procedimentos legais, aliada à percepção de uma indiferença por parte de alguns profissionais do direito, transforma a defesa de um direito numa odisseia solitária e, por vezes, inglória. O aconselhamento apressado, a falta de comunicação ou a recusa em explorar vias de recurso legítimas, sob a justificação de valores ou prazos que, na verdade, não são absolutos, geram um sentimento de abandono e profunda injustiça.
A crença na imparcialidade do julgamento é corroída quando se testemunham sentenças que parecem ignorar evidências claras ou dar peso desproporcional a certas narrativas, em detrimento de outras. A ideia de que erros graves, ou até mesmo intencionais, possam persistir sem contestação eficaz, especialmente em esferas onde a "última palavra" deveria ser a verdade, é um golpe devastador na confiança institucional. O cidadão comum, ao confrontar-se com tal realidade, sente que a sua voz se perde num labirinto burocrático e que a "corda" inevitavelmente arrebenta para o lado mais fraco, deixando-o num estado de desamparo e desilusão profunda.
Este cenário levanta questões severas sobre a verdadeira equidade de um sistema que, apesar de seus ideais nobres, parece, na prática, privilegiar o poder sobre a razão e o recurso sobre o direito. A percepção de que a verdade material é sacrificada em prol da celeridade ou da conveniência de um lado, enquanto o outro suporta o fardo de uma condenação injusta, mina a própria fundação da justiça.
Rodrigo Gael
”Quanto maior a vulnerabilidade, maior o risco de delegar o que deveria ser autonomia e tornar-se refém dos próprios salvadores.”
A Volta
Você deveria ter mantido a distância
Tentar iludir e enganar sem noção
A vida dá voltas e mostra a razão
Não ando sozinho você vai perceber
Aquele que sofre também tem poder
As suas mentiras me deram razão
Foi duro e triste tomar decisão
Todo seu jogo foi puro prazer
E a volta da vida você vai aprender
Saia e aproveite a liberdade que tem
Amanhã é você preso a alguém
Às minhas alegrias vão todas voltar
Feliz estarei voltando a sonhar
E longe, bem longe de mim
Você vai se lembrar...
"Não adianta se esconder dos leões que deveria enfrentar, e depois querer colher os frutos de quem saiu e venceu todos"
O homem que pensava demais
Sentado na ponta da ponte ele pensava…
Pensava se deveria mergulhar de cabeça naquele rio gelado ou esperar um pouco mais para a água esquentar.
Também pensava que se mergulhasse devagar poderia se acostumar com a água gelada aos poucos e criar coragem para mergulhar de cabeça finalmente. Resolveu esperar um pouco mais.
Enquanto esperava, começou a pensar na sua vida;
Pensou se deveria ter ligado para aquela moça de quem sempre gostou e convidá-la para sair.
Com lágrimas nos olhos, pensou também se deveria ter procurado aquele amigo com quem tinha brigado e tentar uma reconciliação e que o orgulho não deixara.
Lembrou que queria ter feito aquela tatuagem que sonhara desde criança e que não fez porque não sabia se iria se cansar dela um dia.
Permaneceu lá, pensando em tantas coisas que quis fazer durante sua vida, mas que não fez porque seriam decisões sérias demais, algo definitivo demais, e porque era orgulhoso demais.
Tomar uma decisão qualquer e realmente tornar aquilo possível o amedrontava e então pensou que deveria esperar um pouco mais para ter certeza se seria o caminho certo a seguir.
E continuou pensando. Pensou tanto, por tanto tempo, que a água do rio congelou e não daria para mergulhar mais nela mesmo. E sendo assim, resolveu se levantar e talvez fazer algo em que tinha pensado durante esse tempo.
Teve um pouco de dificuldade para se levantar, sentindo o peso da idade no corpo. Ele pensou tanto que a vida passou e ele a perdeu lá, só pensando.
E o último pensamento que lhe veio à cabeça foi: eu devia ter mergulhado de cabeça, ao invés de só pensar em fazê-lo.
Antes de partir ele lhe pergunta: e você, vai mergulhar de cabeça ou esperar a água congelar?
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