Seria
Seria covardia? me alimentar tão sorrateiramente de quem nem devia desconfiar? Mas tal é a desconfiança grandiosa que me acompanha e de ninguém ressalva o mau hábito imposto à mim por garantia de distancias e solidão. Traiçoeiramente pré-julgando-os me alivio ao denotar oblíquo suas possíveis características fantasiadas como sendo maliciosas e imperfeitas pessoas. Covarde sim, julgando-te cegamente afundado na ignorância de ser um rato à espreita com medo de que tragas contigo afazeres tais que retirariam-me da confortável preguiça dos passares dos dias, esgueiro-me pelas fendas escuras para cruzar despercebido dos olhares presunçosos pairando sobre tal lealdade ao conformismo que me toma sempre em grandes goles. Escondo-me o quanto posso, alimento-me do poço da injúria que aponta-te o dedo e diz assombrosas maldades: és mentirosa, imperfeita. Desejando que sofra longe do meu conforto, para que não abale a vida boa de rato.
Purgo-te de mim, safo tardiamente da sua presença a minha. Não fite, se vá, você e suas malditas humanas características, pois sou rato, sou resto de moídas e remoídas salientes feridas postas com cautela nas costas de quem ronda-me aos passos próximos do meu lodo. Digo que sois da maldade filha e mãe, fracos os homens sucumbindo ao injusto que aos meus olhos de rato trapaceiam e mentem. Vão, pelas calhas da humanidade corrupta fomentando a deslealdade e nutrindo rancores e cativando a guerra, vossa sublime criação, que como a minha, é de grande truculência o surgir.
20190228
Se o único propósito da vida fosse, não viver uma vida miserável, isso já seria mais que o suficiente.
"Um dia descobri
Que minha vida vazia
Seria preenchida
Por quem valesse a pena.
E no meio desta cena
E com a esperança perdida
Encontrei você querida
Amor da minha vida."
Minhas escolhas sempre me levaram ao fracasso, mas se disser que escolhei mal seria hipócrita, sempre fiz as melhores escolhas.
INFÂNCIA
Felicidade não sentia se vivia, nas noites sem lua cachorro late o que seria? Frio na barriga era só um sintoma, medo era dengo, naquele sítio sem eletricidade, mas se tinha companhia era de verdade. Não havia motivo algum para se ter um suspeito. Suspeito? Ah! Não conhecíamos este vocabulário nem seus adjetivos. Era tudo tão puro, não pensava no perigo sequer no futuro, vivíamos cada dia. As dores das necessidades submetidas as alegrias nada se perdia. Como um sedento no deserto bebe um copo d'água seu quinhão a última gota.
aqui a gente
brinca de escrever
mas talvez tenha sido
a coisa mais séria
que já fiz em toda minha existência
terrena e espiritualmente falando
ou melhor, registrando
deixando um pouquinho do que penso
o mínimo do meu saber
se é que sei alguma coisa
talvez eu não saiba de nada
são apenas devaneios
loucuras minhas
que coloco para fora
sem sentido
mas o sentido é para frente
e avante
não, o sentido é pro Alto sempre
e como não posso deixar
a criança que brinca dentro de mim
fugir ou morrer
então eu brinco sim
de escrever a minha seriedade
a minha vontade
a minha liberdade de expressão
a minha sandice
a minha melhor sensação
a minha intenção
a minha eterna paixão
os livros
as palavras
os textos
as poesias
os poemas
as estrofes
os versos
as rimas
que de tão belas
formam o meu pensar
e o que tenho de melhor em mim
o meu amor!!!
"Seria demasiado fácil condescender-me com tudo o que há de vil e desprezível em minha corrupta natureza humana, mas eu pergunto: Que mérito haveria em toda uma existência? Que frutos colheria? Que glórias lograria? Em verdade, crescemos na medida em que conhecemos o próprio eu e a partir disso fazemos renúncias, em outras palavras, é por meio das experiências que somos moldados, que percebemos a necessidade de negar a nós mesmos, tomarmos nossa cruz e seguir o Mestre. Para os diligentes estudantes das Escrituras é revelada a bem-aventurada vida no porvir dos que assim proceder, a vida do próprio Salvador é um testemunho fiel disso".
Que seriam das trevas sem luz
Que seria viver sem ter a morte
Que seria sonhar sem horizonte
Que seria viver sendo incrédulo.
Livre da escuridão
Quem um dia achou que seria normal
Não conheceu o sobrenatural
Quem um dia se entregou ao caminho da escuridão
Não sabia que junto com ele viria a depressão
E agora o que fazer com esse sentimento que só quer me esconder
Entre quatro paredes não sei para onde correr, estou em uma prisão de sentimentos que só me jogam no chão.
Olho para o lado e vejo escuridão e tristeza, enxergo apenas minha fraqueza.
Que isso deixe de acontecer, onde foi parar a vida que sonhava em ter
Minha beleza e minha força, você só quer esconder, que sentimento é esse que só me faz pensar em morrer, eu quero crescer.
Deixe-me correr eu estou cansada de ser prisioneira do passado, estou cansada de ser machucada.
Eu desejo sair daqui dessa escuridão, esse cativeiro eu não aguento mais
Eu vou me levantar, eu vou correr e gritar: Estou livre dessa depressão que me afogava o coração, eu vou gritar: Esta na hora de sonhar chega de ser prisioneira dessa ilusão que me jogou lá no fundão, onde por muito tempo não tive forças para dizer não.
Mulher!
Como seria este mundo sem você, Mulher?
Quantas injustiças tu sofres diariamente, Mulher!
Tu és vida!
Tu és luta!
Tu és vitória!
Tu és justiça!
Tu és dignidade!
Tu és força em meio à fraqueza dos homens!
Mulher!
Como eu te quero bem!
O sangue que hoje transborda em meu corpo, um dia percorreu e fez parte também das entranhas do teu coração!
Mulher! Mãe! Irmã! Esposa! Companheira! Amiga!
Mulher!
Penso que nada sou. Pensou,que pensei que um dia, alguma coisa seria. Penso, que se continuar a pensar, logo deixo de pensar, e pensar,aquece nosso cérebro.
O que seria o poeta, sem sua melancolia, sem a tristeza? Esses que também são momentos de proeza.
Que vem do fundo do ser.
O SER é AMOR, o SER é SOFRER!
"O medo é bom, e seria muito perigoso se o eliminássemos de vez, porém, se ele for demasiado torna-nos servos dele pelas reações inconscientes, aparentemente racionais."
– Joel Fonseca Reis (setembro, 2018)
"Se eu tivesse inimigo... Perverso, eu seria... Aquele que tem inimigo, permite o mal dentro de si... Eu permitiria... Algo a mais em comum, além do ódio... Desprovido de amor... Sementes a compartilhar... Tão podres... Imersas no vazio... Tanta dor... Drama ou terror... Pesada colheita... Apenas uma noite... Com toda maldade desejaria... Que tu sejas eu."
pulo ou não pulo
da ponte
do precipício
do abismo
que se abriu
bem na minha frente
ou seria dentro de mim
penso e logo assusto
o que estou fazendo
me desfazendo
me destruindo
me arruinando
me concluindo
como um pássaro
sem asas
sem vontade de voar
sem graça
sem me expressar
olho pro alto
sempre pro Alto
é de lá que eu venho
é pra lá que eu vou
voando feito um beija-flor
cantando feito um canarinho
cheia de burburinho
canto a melodia do amor
próprio e do meu interior
está chegando a hora
a noite vem caindo de mansinho
por cima da minha cabeça
e eu pulo com a certeza
de que não estou só
não sei de mais nada
e nem sei nadar
no mar de lama
vou me afogar
e afogo no mar de lágrimas
que apaga o fogo que vai me queimar
e eu ardo em chamas
logo viro cinzas
que o vento com delicadeza
há de me espalhar!!!
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