Sereno
O sono da glória,
O descanso sereno dos merecedores.
A concretizar-se em si mesma.
Basta ter calma,
E olhar na direção certa.
Pena que nem sempre olhar,
Significa enxergar.
Somos cegos,
Surdos,
E por vezes, mudos.
Emudecidos por palavras não ditas,
Entaladas na garganta.
Surdos por não querer ouvir a verdade,
Querer fingir estar bem.
Mas o sono que vem,
Deixa-nos lentos,
Menos dignos de ver ao redor,
Cegos.
Assim então adormece,
Esqueça tudo,
Apague tudo.
Pois amanhã será um novo dia,
Um dia novo para não enxergar
Hoje eu tive um sonho lindo e nele você estava. Com aquele sorriso doce e olhar sereno que abraçava sem ao menos me tocar. Hoje eu acordei com saudade, mas saudade de voltar e sonhar novamente só para poder de te ver por mais alguns segundos.
Te amo pai.
Saudade de ser sua filha, saudade da nossa casa.
E hoje meu compasso é de espera. Aguardo, com o coração sereno, feedback para as emoções. Atitudes que mostrem o real peso das palavras ditas. Quando há afinidade sabe-se o outro. Sabe-se o que importa e o que destrói. Entrega é via de mão dupla. Prioridade é escolha.
Hoje preciso do meu dia sereno com sol ou chuva
Mas com breves momentos especiais
Quero lutas verdadeiras nas quais
Me façam valer a pena...
Podem passar-se anos ou séculos, mas o brilho sereno que teu olhar acendeu em meu coração será perpétuo e jamais se apagará.
Saudade é sede sem fim
Coração apertadim
Estômago pequeno
Pensamento nada sereno
É tanta coisa, enfim...
Saudade é você, sem mim.
Na majestade dum olhar sereno descobri-se toda inquietes do desejo. Escorre, queima, arde... E na pele, tão perdidamente se encontra. Tão amargamente se adoça, tão satisfatoriamente quer mais. O pecado que ganha outro nome, outra vida... Noutra hora, hoje eu sou desejo; sou o aqui e o agora.
SAUDADES DA INFÂNCIA:
Eu era pequeno de nada sabia
Brincava e corria exposto ao sereno
Naquele terreno de grande tamanho
Hoje não me acanho em exaltar ele
Pois tomei nele meu primeiro banho
Oh! Como se foi depressa janeiros
E após dezembro
E com muita saudade me lembro
Do tempo que ali passei
Não é que o encanto da vida de idoso
Eu não compreenda
Mas a vida de menino
Nunca me sai da lembrança
E como nuvem de fumaça
Nunca, nunca esquecerei.
Quando você me abraça tudo fica mais leve e tranquilo como um por do sol num dia calmo e sereno a beira de uma praia.
Embriaguei-me com o teu cheiro e noto ele a me levar. A me levar a percorrer o teu rosto sereno de curvas leves, mas de traços perfeitos. A percorrer a sutileza do teu olhar, a incompreensão do teu sorrir, a leveza do teu tocar, vejo-a me levando. Fugi, sim, por muito tempo de sentimentos fáceis, ergui uma fortaleza, escondi-me nela. Olhava o céu suspirante sonhando com você, mas tive receio em abrir os portões. Balanço a cabeça submisso ao seu olhar, curvo-me diante do seu sorriso, você é mais do que imaginei, mas sabia que, uma hora ou outra, chegaria. As curvas perigosas que a trariam até mim, as decorei para sua chegada. O terreno tortuoso, deformado, tateei sua textura e o arrumei deixando-o macio para repousar os seus pés. Ao longe nos mais longínquos horizontes plantei demasiadas flores para que sinta os mais variados e inesperados cheiros, e sob tanta variedade espero que diferencie o meu próprio para me encontrar quando quiser. Ao céu olhei esperançoso por tanto tempo, hoje o olho agradecido.
Não tenho vergonha de mostrar quem sou:
As vezes estou sereno, as vezes irado.
As vezes alegre, as vezes triste.
As vezes manso, as vezes revoltado.
As vezes penso para falar, outras falo sem pensar.
As vezes penso para agir, outras ago no calor da emoção.
Esse sou Eu, mas as vezes acho que nem sei quem sou ainda!
Viver lutando! Enfrentando todas as dificuldades e adversidades. Sempre calado e sereno. Muito confiante, e sorrindo para a vida.
Noite escura.
Noite escura e "morena",
silenciosa e serena,
com seu sereno aquoso,
umedecendo gostoso
o tempo desse luar,
aquecendo minha noite,
fazendo eu também suar,
preparando um cenário,
doce leve, mas triste,
como o canto de um canário
preso a uma gaiola,
sedento de ir embora,
mas não há quem abra a porta,
meu coração não comporta,
viver tanta amargura,
sentindo essa gastura,
que sua falta me faz
como também o canário
sem a sua liberdade,
vai findando os seus dias
preso atras dessas grades,
chegando a ficar doente,
a ponto até de morrer,
e pensando aqui tão longe,
os meus olhos se fechando,
sinto-me adormecer,
adormecer por dormir
ou adormecer por morrer,
isso já não importa,
se tu aqui não aparecer
entrando por essa porta,
antes do amanhecer.
Boldane A. Cordeiro
BOA NOITE!
