Sentada
No final das contas eu sempre agradeço por ter me tornado aquela doce menina sentada no balanço absolvendo da vida tudo o que é leve e mágico.
Esse era o meu brinquedo preferido
Ainda bem!
Joyce Amanajás
O DIA ERA 12 DE OUTUBRO DE 1974
minha irmã sentada na porta esperava meu pai chegar
Ela não entendia muito, mas sabia que naquela época, mulheres saiam distribuindo senhas, para que crianças carentes pegassem brinquedos na repartição,
Mas as mulheres nunca lhe davam uma senha, então ela foi reclamar com o nosso pai.
Papai, eu sou criança ou não sou?
-claro filhinha..
E então por que você não me da brinquedos no dia das crianças.
-Porque, não sobra dinheiro, para o papai comprar.
-Mas, eu vejo o senhor sair para trabalhar todos os dias!
É que o dinheiro que eu ganho... Não é suficiente.
-Como assim?
-É que quando o papai recebe, ele compra tudo em comida, em caderno, e até querosene para dona lamparina, brincou, para que ela de a luz e você não fique no escuro.
-Mas papai eu queria brinquedo.
-Minha filha eu não posso comprar!
-Porque, papai?
-Minha irmã pensou, fez silencio, é depois disse
Nós somos pobres?
-Sim minha filha,
e Minha irmãzinha continuava perguntando.
-Então, porque aquela mulher que distribui presentes,
Não me da à senha, para eu ganhar uma boneca?
-O pai, foi ficando furioso, meio que triste, mas furioso. Puxou o fôlego, respirou fundo, e disse
-Assim não e possível, você faz muitas perguntas, porque não vai ajudar sua mãe á lavar roupa?
Minha irmã fechou o semblante e falou
-Mas papai, eu só tenho sete anos. Eu quero brincar, eu sou criança.
-Então, use a imaginação invente algum brinquedo.
Minha irmã insistiu. -Não papai, eu quero uma boneca bem bonita.
-Papai quem é pobre, não é criança?
-Oh! Minha filha não e assim, vem aqui com o papai, que eu lhe explico. Pegou ela no colo e falou
-Acontece que você não deixa de ser criança por isso, pobre ou rica, preta ou vermelha, não tem distinção, só que por herança, moramos na rua principal da cidade
.-Mas pai, esta tal distinção que o senhor falou e a tal rua principal?
-Não minha filha, e que as pessoas pensam que quem mora aqui, é cheio da bufunfa.
-O que e bufunfa? Ele sorriu e disse
-É dinheiro minha filha, e é por isso que as mulheres vão direto para os bairros mais pobres.
Meu pai levantou-se e foi trabalhar. Minha irmã ficou furiosa. Foi na fornalha pegou carvão, foi no quintal pegou urucum, pegou ainda um papelão, pediu o vizinho para escrever algo para ela, e depois, foi direto para a maçonaria, pois era lá a repartição de presentes.
Chegando lá ficou pasmada.
Havia uma fila enorme e toda a criança tinha um papelzinho na mão.
Então ela chegou do outro lado da grade e ficou esperando, sozinha.
Mas, como naquele tempo, a cidade era bem pequena, e só havia um médico que conhecia todo mundo e que neste dia distribuía os presentes, reconhecendo minha irmã, e entendendo o que se
Passava, saiu do meio da multidão, e levou uma boneca para ela.
Quando, meu pai viu a boneca, foi saber de onde veio.
Foi então que soube,
Que todo ano, o Doutor André Ala lhe dava um brinquedo fora da fila.
Mas naquele ano, ela tinha pintado as pernas de preto, com carvão, e os braços de vermelho
com urucum.
Por isso ela estava vermelha e preta
e tinham um papelão escrito:
´´Sou de toda cor e moro em qualquer lugar, mas ainda sou criança sem destinção``
Emanuela Morais
DESIDERATO
Estava sentada na calçada de casa, observava o tempo passar e sentia na pele os segundos se perderem...
Enquanto eu revia algumas fotos, me deparei com esta e senti uma saudade que logo se transformou em agonia... Meu desejo de estar lá, eu já nem poderia mais descreve-lo e então apenas o senti, enquanto engolia agulhas.
Hoje é um dia qualquer, fez sol, e eu conseguia ver a poeira sendo levada pelo vento, e então eu senti saudades de novo e dessa vez foi mais forte, já não via mais a foto e meu sorriso não se fez presente, mas ainda estava aqui em algum lugar, restava paciência...
Ela é do tipo que não se ganha e sim, do tipo que ganha quem está ao seu lado, e eu ganho todos os dias, sou grata por isso.
Eu sei que ela é a melhor das probabilidades.
Tenho orgulho de quem é atualmente, mesmo que você ache que ainda tem muito chão pela frente, sinta orgulho dos seus passos, eu sinto.
Ela é de carne e osso sem enfeites ou silicones
Ela é toque, cheiro, vista, gosto e som.
Tantas palavras poderiam ser resumida em poucas palavras, *eu te amo e tô com saudades*, mas tu me conhece, o exagero aflora e talvez, os únicos exageros que valem realmente a pena, é a admiração e o respeito que tenho por você.
Sentada na balança
a lua cheia lhe alcança.
Sussurra com carinho:
Tenha fé!
Siga seu caminho.
Não tenhas medo.
Semeaste o bem,
colherás a paz.
O amor sempre florescerá
no coração que permite
aos sonhos se entregar.
O amanhecer sempre vem
sorrindo para quem acredita que
amar deixa os dias mais coloridos.
São quase meio dia e escrevo aqui, sentada na cozinha tomando meu café forte e de lei, e isso me fez refletir o quanto gosto de café e creio eu que isso deveria ser obrigatório, que você estivesse tão perto que pudesse tomar café comigo. Parece tolo mas é a primeira vez que faço referência de algo que gosto a alguém, é que café pra mim não tem hora de tomar, toda hora é hora de café.
Hoje eu olho pro café quente, exalando fumaça e tão cheio de perfume que me vem instantaneamente a cabeça o seu abraço quente, forte e apertado, quase que meu abrigo.
Acho até engraçado, até sorrio só de lembrar como o amor se resignifica e se esconde nessas coisas mais simples, o ato de fazer um café, sentar pra tomá-lo e sentir tua falta.
Sentada na janela, em meio a fumaça que solta de seus pulmões, algo nada saudável pra uma garota tão jovem, ela olha pro céu e vê um infinito de possibilidades, naquele momento suas feridas parecem curadas, mas é mera ilusão, lá no fundo de sua alma ainda existem dores.
Mas ela está anestesiada pela onda de emoções que percorrem o seu corpo, ela descobriu um mundo igual ao seu, ela não é a única a vivenciar experiências tão incomuns. Ela sente vontade de gritar o seu silêncio, ela sente o vento batendo em seus cabelos crespos e quentes como o sol, ela corre na busca incessante de uma felicidade que não sabe se existe, seu peito queima e ela encontra coragem em meio a covardia da dor que transcende do seu passado, ela dança com os braços pra cima, eufórica como em uma balada ensurdecedora, mas ela está ali sozinha, não há uma multidão em sua volta e mesmo assim ela se sente completa, que feitiço é esse que pairou sobre ela ? Não se sabe, o que se tem convicção mesmo é que ela está aprendendo a mudar e lidar com seus demônios. Aah menina, você fica tão mais linda com toda essa confiança. Se soubesse o poder que tem, jamais teria chorado tanto.
aqui, sentada na janela do ônibus
eu escuto a música que eu dediquei a você
e fico me perguntando
o quão egoísta eu fui comigo mesma
Ao despertar
A ansiedade me olhava destemida,
nos pés da cama.
A angústia sentada no criado mudo,
contava os minutos que me faltava o ar.
O medo estava em pé, segurando a maçaneta da porta para me desafiar.
Vi a cortina, tentando escurecer meu sorriso.
Com muito custo, sentei-me na cama
e agradeci a Deus, por mais um dia...
E ao chegar na cozinha, a esperança me puxou a cadeira,
enquanto o sonho servia o café.
Foi então, que abriu um sol no meu sorriso
e ao olhar no meu coração, vi o girassol aplaudindo.
Foi aí, que percebi que nunca estamos sozinhos.
Acordar já uma dádiva, viver é ter a nobreza
de costurar os caminhos, sejam eles de flores ou espinhos.
Então, dei a mão para dona esperança e juntas abraçamos o caminho.
Poema autoria #Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais reservados 04/05/2021 às 11:11 hrs
Manter créditos de autoria original _Andrea Domingues
A um pulo...
Sentada ao banco de pedra,
Olhando o rio, que corre pelo
Seu leito, naturalmente.
Penso, o que é ser nada?
São pensamentos que exigem
Uma certa profundeza de alma.
Na superfície não pensamos
Nada disso, apenas existimos,
Mas para quem?
Se nem consegue sentir-se?
O que é nada? É a pedra que se coloca no seu caminho, chuta-a, e nem sente.
Mas, é apenas uma pedra, não tem sentimento.
Nada? É o espaço vazio no galho da árvore com o levantar do vôo do pássaro, sem deixar rastro.
Nada? É o sol que pousa no cimo da montanha ao crepúsculo, avançando a escuridão.
Nada? São pessoas que passam por ti , não te vêem. Até supõe que és invisível?
Nada? Quando tuas palavras não chegam a ouvido nenhum, se perdem no espaço e no tempo.
Nada? Quando teus passos seguem um ritmo igual, dia após dia.
Nada? Quando teus sonhos são só sonhos.
Nada? Quando a luz do sol insiste aquecer a terra, que germine as sementes, mas as lançou ao vento.
E o vento só trás horas a mais a essa vida que não é Nada.
Ventania
Sentada aqui sozinha me peguei pensando no futuro, bom como toda pessoa ansiosa isso é super comum, mas dessa vez foi diferente, foi como se eu quisesse algo ali e não apenas saber o que vai acontecer ou onde vou chegar.
Então eu resolvi jogar ao vento e ver o que ele tinha para me dizer, ele me disse algo eu realmente fiquei surpresa ao ouvir, com um assovio gelado ele me disse para ter calma e respirar que um dia alguém ali ia chegar, que eu não precisava me preocupar mas sim relaxar para futuramente meu coração aflorar e o inalcançável alcançar.
”Estava sentada numa tarde de domingo tomando meu café quando me vi perguntando: o que é o amor? Será que amor é aquele sentimento que provoca calafrios e arrepios?!
Será que isso que é o amor?
No mesmo instante em que eu levará a xícara de café em minha boca, fechei meus olhos e perguntei ao meu consciente em busca de uma resposta: o que é o amor?
Nesse mesmo instante veio à imagem dela em minha mente enquanto eu apreciava meu café de olhos fechados... ela estava linda, como ela é linda, linda dos pés a cabeça, dona dos olhos verdes claros como as águas de Maragogi e de sorriso fácil e maroto, assim é ela...Me peguei sorrindo atoa.
Abri meus olhos e olhei para minha mão que estava trêmula segurando a xícara de café e foi aí que eu entendi o que é o amor.”
Ele abriu a nuvem
Olhou em direção a igreja ...
E viu
Ela estava sentada
Com as pernas cruzadas
Deixando o vento brincar no seu cabelo
O sol refletia na sua pele
Que dourava a tarde como um veio
Seus olhos ...
Eram quase azuis
Muito mais tempestade
Meio calmarias
Muito espelho
Ela sorria ...
Ele pensou
não tem nada no céu
Como ela ...
Suspirou
Então se fez trovão
Descendo sua mão na direção dela
Que não teve como única reação
Tentar os braços...
Agora estava ela subindo aos céus
Dentro da enorme mão
A qual acariciava com ternura
Ele sentia seu toque
E sorria
Então ao chegar
Aos céus
Viu o rosto do seu raptor
Nada disse
Apenas sorriu
Ele ficou do tamanho dela ...
Ela apontou para terra
E saltou ...
E pulou atrás
Ninguém sabe onde estão
Nem onde foram parar
Mas ouvi falar
Que estão juntos pra sempre em todo lugar
Finalzinho de tarde, sentada na calçada com alguns amigos, tomando um gole de café entre um relato e outro das nostálgicas aventuras do tempo de juventude. Ouço com atenção cada caso relatado, rindo e refletindo sobre a crença na invencibilidade e os arroubos da juventude.
Ao vir os olhos dos narradores brilharem e quem ouve as porandubas, sorrir, cheguei à conclusão que coisa boa é ter história pra contar e disposição pra ouvir!
Leia chapado, e deixe-os te abraçar.
Tudo o que resta são fantasmas.
Sentada no escuro em frente ao computador,
beck acesso, como um incenso no ar,
eles sussurram em meu ouvido,
me lembrando de coisas que não queria lembrar,
já tentei convence-los de mudar
de ir para outro quarto,
procurar outro lugar.
Mas a luz já não toca mais aqui,
estou cansada da luz não chegar,
eu abraço meus fantasmas,
e choro, choro para eles.
Eles me incentivam a ficar parada
e a observar,
observar eles dançando,
e me mostrando todos os momentos,
momentos de alegria,
momentos que ganhei,
momentos de tristeza,
momentos que deixei passar..
É como uma cena de filme,
ve-los dançar,
chapada, cansada de continuar.
Mas eu só sei os observar,
e deixar o tempo passar,
mas ali eu congelei em cada momento,
Eu me alimento deles, e eles sabem disso,
Eles me abraçam, e sussurram dizendo que tudo vai mudar,
mudar para melhor, ou para pior, eu não sei,
só não esqueça de cada momento,
Pois se não iremos voltar.
Eu já disse a eles que quero te evitar, e que não depende só de mim
para esse amor continuar,
mas eles sabem de mim,
que eu só quero te amar..
O Ringue
Estou aqui sentada olhando para o nada, em meio a pensamentos que se confundem em suas diferenças.
O corpo parece retraído, sem vontade de agir, lutando contra a cabeça que clama reação.
Um ringue de luta livre... mas nada parece ser livre, os holofotes se tornam imensas nuvens cinzas.
A cabeça clama vitória, o corpo a derrota.
Serei eu o juiz dessa luta, que dita as regras?
Sentada no alto do andaime
Um pouco de loucura me cai bem
Apreciando cada detalhe
Céu estrelado sobre mim
um vinho barato
Cigarro entre os lábios
Curtindo ao som de Vance Joy
Apreciando cada segundo, como se fosse o último
a paz reina
Meus pensamentos flutuam
Teria melhor companhia, se não a mim mesmo?
Na escuridão da noite, me pego sentada na cama, olhando pela minha janela, pensando na minha vida e em como ela seria se você não estivesse nela.
Estou no quarto , sentada .....
Outra noite em claro!, me debate na cama buscando o sono, mas, ele nao veio...
Já está amanhecendo! Remexe o passado, li o que escreve 1, 2 anos atrás.....
E é bom relembra o que angustiava, melhor seria se não angistiase mais! Na verdade não angústia! Não como antes, agora é pior......
O que me trás tanta angústia nao sei, e isso me tira a paz!
Eu sei como sair dessa! Basta conseguir!!!
" A esperança nao é a ultima que morre!, A esperança nao morre!!!"
"Esperando sentada"
Fui criada para esperar...
.... Meus pais voltarem pra casa depois de um dia de trabalho!
... Aprovação dos meus familiares!
... A salvação espiritual para a vida de pecados que herdei dos meus pais!
Com isso eu achei que era normal esperar por amor incondicional. Porque me disseram que isso é natural, uma regra geral "Todo pai e mãe ama seus filhos".
Não é bem assim.
Eu achava que precisava fazer algo para conquistar esse amor incondicional.
Até hoje não acertei nisso.
Chegou o momento doloroso que eu percebi que esperar não adiantaria nada.
Resolvi levantar e procurar viver como se nunca tivesse esperado por tanto tempo.
A costa dói, e aos poucos a circulação volta para as minhas pernas...
Vou produzir por mim o sentimento que tanto sinto falta.
tricotando palavras
Sentada no banquinho que coloquei na beira do abismo.
gosto do silêncio que ele traz.
Gosto da solidão que nele há.
Gosto de estar.
Na fúnebre sensação de ser somente o vazio incondicional
De ser o eco daquilo que quis ser e não consegui
Do meu medo enraizado
Do sorriso disfarçado
Do meu grito silenciado.
Sentada aqui
Não descobri nada de novo
Abismos não trazem respostas
Somente a proposta indecente
perfeitamente atraente
Para um desesperado...
Hesitação.
Mesmo que não haja o novo
A dúvida me corrói
O infinito é tão lindo!
E pertence-lo me parece uma boa opção
A medida que tricoto minha nova personalidade
Percebo que estou aqui só por vaidade.
Entrelaçada como malha... Tricoto minhas falhas...
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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