Sentada
Estava lá, sozinha, sentada e escrevendo. Lágrimas corriam em seu rosto, ela desejava de verdade que ele aparecesse ali, naquele momento. Desejava estar errada em relação a tudo. Mas tinha certeza que estava certa. Ele já não a desejava mais.
Decepção, essa é a palavra que melhor descrevia o que ela sentia.
Estou sentada na soleira da porta da minha vida
Vigiando gente indo e vindo
Gente que passa
Gente que fica
Mas ninguém permanece
É uma dor estranha
Perceber que o melhor de si nunca é suficiente pra ninguém
Troquei minha felicidade pela falta de amor
E ninguém nunca me permitiu essa escolha
Foi La e pronto: fez-se a troca
Minha vida é assim
Cheia de gente decidindo por mim
Decidindo quando estarei disponível
Decidindo quando posso sorrir
Decidindo quantos dias irei chorar
Mas uma hora me levanto
Não estarei deixando minha vida
Estarei indo atrás dela
Me livrando de alguns pesos de porta
Sentada lá fora
respirando amor.
Ela sempre soube que ele apareceria
mais cedo
mais tarde.
E lá estava ele
no mesmo lugar
sempre com o mesmo jornal
na mesma página.
Ela sabia de tudo.
Como?
Só ela sabe.
Ele era impassível.
Gostava mesmo era da vida tirana.
Lia a mesma notícia várias vezes,
mas nunca se interessou pelas palavras.
Limitava-se em amar.
Medíocre.
Esquivava-se em vidros translúcidos,
seus olhos.
Olhos de vidro.
Olhos sensíveis.
A prova da saliência humana.
A prova de tudo
até mesmo
do amor.
[...] É como se quando eu estivesse sentada ali, todo o vazio tivesse sido preenchido. A musica que eu tocava me alegrava. O simples fato de respirar ar puro e diferente me deixava em paz. Eu me tranquilizava em estar longe de tudo e de todos. Pelo menos um vez, apenas a minha presença bastava naquele momento!
As onda no chão que passo... Casal a longa distância a se divertir.
Eu sentada na areia vendo o céu estrelado, mas sozinha pensando no que vir.
'Ter à graça de poder observar e se imaginar sentada num
barco, coberto por uma profusão de flores multicores,onde
seu perfume toma o ar e se propaga no espaço. Molho mi --
nhas mãos nas águas límpidas, sentindo o leve deslizar, -
lento, sem rumo e sem pressa me levando...Apenas defrutar
da graça oferecida."
Sentada. penso que tudo entre eu e você poderia ser completamente diferente. Eu escondi a minha face e os meus sentimentos para que você não soubesse o quanto gosto de você por dentro.
Aqui me encontro, sentada em uma poltrona antiga, surrada, e tomando meus fiéis companheiros de caneca.Tentando traduzir pensamentos em palavras. Fecho os olhos e somente consigo ver nós dois.Por um instante, sinto que realmente posso toca-lo novamente.Estamos eu e você a sós em um banco qualquer, a noite já se pronunciava, e não era de grande importância o horário que fosse. A importância de tudo, estava refletida em meus olhos.Tais estes que somente enxergavam os teus.Por um momento, um filme que a mais de cinco anos não era repetido em minhas remotas memórias.Tal filme que se perde em minhas expectativas, estas que somente existem na mesma memória na qual guarda seu sorriso. Este sim, repetido todos os dias, para me lembrar que não importa quanto tempo passe,sempre será o mais bonito que conheci.
Olhos verdes
Sentada esperei por vc por alguns minutos, quando de repente meu celular toca e é vc chamando-me no canto da rua. Perfumada sigo, numa roupa simples, quase desleixada. ninguem poderia desconfiar de emus anseios... Senteime ao seu lado e cruzei as pernas, chamosa, falava com carinho... Ao pararmos no farol, suas mãos correm nas minhas e m,ostra-me seu entusiasmo debaixo do jeans batido... Meus olhos se perdem nos verdes dos seus... ao chegar em nosso destino, pulo em seu colo e beijo sua boca, mordo devagar seus lábios, sinto seu calor adentrar-me inteira... O fôlego é suspenso no fechar da porta, tira a roupa e me diz suave "sou seu"... Tomo coragem e vou a procurar de seu país... Nele cavalgo intensamente nas rédeas seguro firme, até vc desmanchar-se em minha boca... deliciosa tarde terminada com um laço no tênis...
ONDE ESTÁ O CULPADO?
Sentada em minha velha poltrona ao som de sonhos vis, embriagada por um perfume barato, imagino a vida correndo lá fora, e discorro do que tento imaginar sobre o que seja... Não vejo o oxigênio, mas imagino o que ele consegue ser, através do que faz, enchendo os meus pulmões de vida, enquanto os poluo com a fumaça acinzentada que me persegue em momentos de solidão, tão parecido ao que imagino ver, pessoas franzinas andando por entre cubículos estreitos de uma viela que as levará para algum lugar, e se não levar, deitam-se por entre seus cacos e cantam alguma música cafona enquanto observam o céu, esperando ansiosamente pela noite...
Às vezes, também passo o dia esperando pela noite, somente para ver no céu, a brilhantina cabal de estrelas com olhos curiosos, enquanto imagino-me olhando-as, são as taizinhas que lá estão sempre no mesmo lugar e horário a observar o mundo sob os seus pés.
As estrelas curiosas olham estupefatas as ignorâncias mórbidas a saltarem em timbres reluzentes das valetas humanas... O ódio fede a roupa mofada no obsoleto gesto inútil do falso abraço por conveniência. Conveniência política, comercial nos passos da globalização... Uma palavra bonita, mas que possui o significado tão mesquinho ao cobrir a beleza natural daquilo que o homem não criou e sempre esteve lá, para ser apreciado, ou destruído pela fumaça imunda de meu cigarro, ou gases soltos no ar das infernais máquinas industriais de um submundo qualquer de se ganhar dinheiro.
Ah... Não tenho culpa por morrer entregue ao desleixo... Sou franzina, fraca e medíocre aos olhos do mundo... Não posso me levantar de minha velha poltrona e mudar nem mesmo o que existe dentro de mim... A ganância fétida de um dia atrás do outro... Os dias passam... Passarão a vida toda... Vou olhar para o lado para achar o culpado, ele deve estar em algum lugar... Dentro de mim, não iria se esconder, sou impotente, já pronunciei-me réu confesso com as mãos presas à corrente da cegueira, não posso mover sem perder o descanso que traz o cochilo após descarregar a lavagem de consciência... Já disse, o problema não está em mim. Já estou fazendo a minha parte tentando achar o culpado e entregá-lo à humanidade sedente de justiça com os seus dedos apontados como as armas no morro da roçinha tentando achar o culpado.
Quem quiser seguir, este rumo, pode seguir, fazendo-o com os olhos fechados, na busca do culpado das mazelas que soltam pus de um mundo pachorrento habitado tão somente por designados inocentes como a mim.
A esta altura, abraço-me às almofadas e tento me esconder para não verem em minha face sem vergonha as veredas da hipocrisia, até que meu desassossego enverga o som tímido que sai quase insignificante de minha voz... Digo – sim... Talvez eu possa ter tido alguma parcela de culpa em algum aspecto de minha vida, mesmo que mínima... Escondo-me novamente, olhando pela espreita da almofada o feixe de luz que causa fobia a minha visão turva.
Grite! Uma falta de paz inunda a arapuca armada dentro da consciência. Obedeço – Sim! Sou culpada, pronto! Pronto? Levanta daí... Faça o que pode fazer e não faz porque quer escrevinhar poesias... Escreva, vamos! Assine seu atestado de culpa, gritando em letras... Se não chegar aos becos e vielas fedidas, chegará a algum lugar que se há alfabetização... Olhos que aprenderam a ler e não crescerão ridicularizados por sua própria ação em ler o mundo entre as almofadas do meu sofá. Eles lerão, não somente o que eu queira escrever, mas saberão que nas entrelinhas existe alguém que se acovarda diante de sua oportunidade de ser melhor, diante de um mundo que poderia se tornar melhor, se ao menos eu, começasse por mim, a fazer a minha parte.
Sentada denovo naquele paraiso, de novo sentada o observando de longe, sim mais uma vez observando cada passo que ele dava, mais uma vez sofrendo por ele, aquele que nem sabia de meus sentimentos. Estou cansada, cansada de tentar te mostrar como o mundo lá fora pode ser bom e bonito, estou cansada de te ouvir resmungar sobre a outra, estou cansada de tentar de convencer que de algum jeito o amor pode ser bom. Você irá ver que terá um dia que eu irei cansar de você.
Sentada aqui estou, esperando os anos passar, para que eu tenha a incerteza de que talvez um dia eu ainda irei te esquecer.
Por que eu estou aqui sentada nessa cadeira de frente com o computador?Eu não devia estar fazendo algo de melhor?Meus pais sempre dizem ''Sai desse computador e vai estudar Isabela!''(Já perdi as contas de quantas vezes essa mesma frase foi dita). Nunca ouço os meus pais, mas sei que eles estão sempre certos. Eu que sou sempre a errada. Sempre.
Por que eu não me levanto daqui agora e digo pra mim mesma: ''Nunca mais usarei a internet para diversão, esta que está me destruindo''. Mas não, eu continuo aqui.
Vejo que se eu não enxergar de vez o que está me acontecendo, as oportunidades que estão surgindo irão ser desperdiçadas. Preciso me livrar desse vício que se chama: Internet.
Preciso tomar um rumo na minha vida. Estudar mais, para que um dia eu me orgulhe de mim mesma, para que eu orgulhe os meus próprios pais. Já pensou eu ver o meu nome na lista de aprovados nos vestibulares. É o que eu mais quero nesse ano. Mas tudo depende da minha bendita força de vontade e a extinção da minha preguiça e de todo o desanimo. É de extrema urgência que eu me afaste das coisas que não estão me fazendo bem. Só assim vou saber o meu grande potencial.
- "Outra xícara de chá, por favor."
Eu diria que sou apenas uma pessoa sentada num café da cidade, esperando a vida passar, ou pelo menos não me decepcionar. Não. Eu diria que sou apenas alguém sem metas, sem planos, sem uma base.
- "Aqui está, espero que goste de camomila."
Olhei a moça fixamente, era como se ela estivesse dizendo que eu deveria relaxar. "Mas, eu estava estressada?". Não fiz nenhum comentário. Não, de novo. Não me julgo como alguém comum, normal....por que realmente eu precisava da camomila, mas não para desestressar, precisava apenas para refletir. "Que tipo de pessoa eu sou?" Tive que começar com os defeitos peculiares. Desconfiada, preocupada, mau-humorada, e desiludida? Aquele chá me rendeu mais do que eu esperava. Eu precisava deixar de ser um "Sherlock Holmes" em decifrar situações. Aquela coisa de sempre querer ter razão, saber tudo o que os outros vão fazer, e decifrar pensamentos, dar a última cartada. "Eu realmente quero ter o poder do "xeque-mate" sempre?"
- "Moça, o horário do café já acabou. Desculpe, iremos servir o almoço."
Me levantei e me retirei. Esqueci de tomar o resto de chá. Aliás, esqueci minha peça do xadrez naquela mesa de alumínio. Acredito que foi a melhor coisa que fiz até hoje.
Sentada na janela olhando para o céu, começo a pensar em você, em pensar em nós, em tudo o que quero que aconteça com a gente, em todos os meus sonhos que quero que se tornem reais, em tudo que eu havia planejado para a gente, eu ficava perdida em meus pensamentos, e de repente via as nuvens se moverem lentamente fazendo uns desenhos no céu, até que formaram o seu rosto, você estava sorrindo, aquele sorriso lindo que me tirava o folego, eu realmente amava aquele sorriso, e eu ficava olhando seu rosto no céu, estava lindo, e eu sorria como uma boba, um leve vento batia contra meus cabelos fazendo com que os bagunçasse todo, mas eu nem me importava por que eu de alguma forma estava em um sonho, sonhando acordada, vendo o meu amor, vendo o meu sonho de uma forma tão linda, mas de repente soprava um vento muito forte fazendo assim as nuvens se moverem novamente desmanchando seu rosto, mas mesmo assim eu continuava sorrindo, continuava com o meu sorriso no rosto, por que eu tinha você em minha cabeça, cada detalhe seu eu sabia, eu tinha o seu rosto gravado em minha mente, eu te tinha em meus pensamentos, em meu coração, eu tinha você comigo, perto de mim, você estava em um lugar que vento algum poderia te tirar, nem desmanchar você.
Estava sentada hoje olhando pro nada, e comecei a relembrar de quando minha mãe coloca aquela piscina de 1000litros nos fundos da casa para mim me divertir enquanto ela limpava a casa. Eram tempos difíceis, mas felizes. Não que hoje não seja, mas como diz o ditado: Eu era feliz e não sabia. Lembro-me das músicas favoritas, das brincadeiras de power ranger e de imitar os cantores favoritos kk, lembro-me dos teatros da igreja e da Infância Missionária, das aulas de música e de teclado. Lembro-me da escola, de quando eu só conversava e mesmo assim tirava notas altas no boletim, ou de quando eu brigava com minha melhor amiga em um dia e no outro eu já estava rindo com ela novamente. Lembro-me das novelas de criança que passava no sbt, e do nome do menino que eu gostava e que escrevi na árvore. Lembro-me dos choros de dor por um tombo, ou por achar que minha mãe havia sofrido um acidente de tanto demorar para me pegar na escola. Lembro-me das rizadas, das verdadeiras gargalhadas que dava por coisas bobas, idiotas mas boas com as minhas amigas. Sinto saudades de palavras e sonhos, do olhar verdadeiro e do sorriso de bom dia. Sinto saudades da brincadeira de pega pega, das promoções da coca cola que tínhamos que colecionar tampinhas para ganhar bichinhos, sinto saudades da verdadeira musica sertaneja e gaucha, sinto saudade do natal em família, e da páscoa quando ganhava um monte de chocolates. Sinto saudades de pessoas que passaram, de pessoas que foram e não voltam mais, de pessoas que não sabem o quanto foram e são ainda importantes pra mim. Sinto saudades da minha infância, que não volta, mas que deixou inesquecíveis lembranças.
Sentada ao relento, a cabocla, depois da lida, desembaraçava os longos cabelos molhados esperando que o vento secasse também o pranto da saudade...
Sentada aqui, olhando para a varanda do outro lado da rua...
A varanda que me enche de esperanças e alegria de momentos bons que vivemos. A mesma varanda que continua lá, mas sem um pequeno-grande detalhe: VOCÊ! Você que preenchia tudo em mim...
As vezes eu sento aqui e olho para lá, mas não há 'lá' sem você e, apesar de saber disso, eu continuo olhando, esperando pelo dia que você irá voltar...
Amanheceu a vontade de fumar um cigarro, sentada na pontinha da janela, enquanto o vento a convidava pra um passeio no ar quente da manhã.
Então ela se sentou ali, num impulso – como quase tudo que faz – e colocou as pernas pro lado de fora, pra vê-las livres, numa dança de entrega quase completa até que a primeira lágrima caiu.
Lembrara da noite passada e de como havia falhado, mais uma vez. E daquela noite antes disso. E de uma outra…. Não conseguia mais conter seus pensamentos, que rolavam numa fusão inodora com as lágrimas, pelo corpo coberto de mágoa.
Ela tentava qualquer música pra não ouvi-los mais, tentava qualquer grito pra abafar a sanidade que lhe faltava.
Pensou no quanto tinha vontade de experimentar o silêncio e inclinou o corpo pra frente. Aquela metade precisava ir embora. Aquela metade que não era dela.
Escorregou os olhos úmidos numa tentativa de cegar as memórias, mas viu as fotografias espalhadas por todos os cantos do quarto que não seria mais seu.
Examinou o rosto de cada um que estivera presente em sua vida e, num susto, voltou o corpo pra trás com força, até cair pro lado de dentro.
O lado da vida – pensou.
Engatinhou até a cama e se escondeu entre os lençóis quentes. Podia sentir as vozes voltarem, gritando a sua covardia.
Pegou o telefone, discou um número decorado e esperou paciente pra tê-lo por perto.
Então ele disse um “oi” meio apagado pelo sono e ela era capaz de se sentir corajosa.
A Vida valia qualquer pena.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp