Senta que é de Menta
Nem todo aquele que senta na mesa tem comunhão. Jesus estava na mesa com seus discípulos mais o traidor estava sentado ali também, as vezes o traidor está do seu lado & você não está vendo.'
Ou bem você vive sua vida tentando ser feliz,
ou bem você senta e espera a felicidade bater em sua porta.
Acorda com a cabeça pesada e o corpo cansado,
Senta na beirada da cama pra pôr as ideias no lugar.
Levanta devagar e calça os chinelos,
Vai tropeçando até o banheiro,
Se olha no espelho.
Pelo que podia enxergar:
Cabelos desgrenhados,
Rosto amassado,
Inchado e feio.
Talvez fosse menos doloroso se não pudesse vê-lo.
Reprime um choro.
Escova os dentes e sai dali rapidamente.
Na cozinha seu reflexo está em todos os lugares:
Nos vidros da janela,
Nas colheres,
E até no brilho da panela
Que desejou não saber lavar tão bem.
Mais um talento inútil
Daqueles que todo mundo tem.
No reflexo da geladeira pôde ver
Seu corpo torto,
Roupas desalinhadas,
Amassadas...
Um aspecto doentio e feio.
Passa a manteiga no pão e sai dali rapidamente.
Livre de reflexos, na sala, poderia finalmente descansar.
Ligou então a televisão pra se distrair.
Doce ilusão.
Pessoas bonitas à exaustão.
Perdeu a fome.
Se entregou.
O desânimo venceu.
E então você senta e olha o céu pela janela, alguns livros abertos à sua frente, rascunhos e um resumo completam a paisagem. Nota um sutil sorriso moldar seu rosto e em seus pensamentos uma certeza: Não foram os desafios que ficaram mais fáceis, mas sim você que ficou mais forte!
Turbilhão
Escuta o final de uma conversa ao telefone, quando se senta ao lado de uma mulher no ônibus:
- Mas olha, Valmir, eu vou ter que desligar. Meu bônus tá acabando e eu ainda tenho que falar com…
Mas deixa a conversa alheia para lá. Mergulha nos sentimentos daquela música que ainda cantarolava desde que saiu de casa. Era de Caetano (sempre), I’ts a long way. Pegou dois ônibus para chegar ao seu destino e, na metade do caminho do segundo, um da linha 500 e alguma coisa, repetia, já cansada:
- “We’re not that strong, my lord, you know we ain’t that strong. I hear my voice among others…”
Mergulha não só nos sentimentos que essa música lhe causa, mas cai de cabeça na sua vida. Dói. Ela sempre dói. Sempre falta alguma coisa, sempre tem algo de errado. Ela, menina. Ela, mulher. Ela tão confusa. Incompreensível até para ela mesma. Dói. Sua cabeça bagunçada. Entorpecida, nada disso lhe vem à tona. Mas assim, pegando dois ônibus de uma vez só e triste com as coisas que não tem controle sobre, pensa em tudo. Sempre se entristece. Sempre acha que tem algo errado. O que seria? O que será? O que é?! As perguntas sempre lhe angustiaram. Mil imagens passam pelos seus olhos abertos que fingem observar as coisas que passam borrando pela janela. Mas não dá tempo de entender nada, ela pede parada, tem que levantar logo porque o ônibus tá lotadíssimo de gente, tá apertado. Desce, anda pela rua de pedras pretas e brancas, observando o anel no dedo do seu pé. Pensa que é melhor deixar para lá… são só coisas da sua cabeça, invenções que ela nunca compreende mesmo. Tem tempo para essas loucuras mínimas - ou máximas -, não. Vai embora, esquece a perturbação momentânea que teve. Já não sabe mais direito o que é sossego. Mas pensa que pode amar, ainda. Quem sabe esteja chegando a hora de novo. Pensa que daqui a dois ou três dias estará meditando e tomando banho de cachoeira. Pronto! Contenta-se com as coisas que lembra, assim, do nada. Mesmo quando são as memórias saudosas da sua breve vida. Conversa com as outras pessoas e brinca, sorri, dança. Passou. Pelo menos por enquanto.
Amiga, parceira, marida, idiota, tapada, mozi, vaca, bitch, senta aqui -depois eu te dou vodka, calma- Deixa eu te falar tudo o que eu sinto por ti, menina louca. […] Para quem nunca acreditou em destino, até que isso é muito estranho, não é? Ah, esses encontros e desencontros me trouxeram você, tão linda, tão estranha. Quem diria que um dia nos tornaríamos amigas, parceiras? Eu não. […] Parece que nós somos amigas desde o jardim de infância, ah, mas já pensou em como seria? Não ia dar certo -começam a rir- Nós iríamos sempre parar no cantinho da vergonha. […] Você é demais, sabia? Obrigada, muito obrigada por fazer parte da minha vida, muito obrigada por ser louca e me fazer ser também. Muito obrigada por me fazer sorrir quando estou na pior e por confiar em mim. […] “É tão bom te ter aqui” maninha, eu te amo, minha pequena. E quando tudo estiver de ponta-cabeça, eu estarei lá, quando você for cair, eu te segurarei. […] Eu já te disse o quanto você é importante para mim? O quanto eu preciso de ti em minha vida? Já? Então… […] Sua boba, a gente vai envelhecer juntas, escreve aí o que eu estou dizendo, a gente vai morar no mesmo quarteirão e todos os dias vamos acordar cedinho para ir na academia ver os caras sarados. A gente vai sair nas noitadas e quando você quase estiver caindo de tão bêbada, eu vou te mandar beber mais um drink -você sabe que eu te amo, né?- E depois, a gente vai sair tropeçando e cantando no meio da rua. A gente também vai fazer festas do pijama, encomendar umas quatro pizzas para entregar no vizinho e rir quando ele não entender o que está acontecendo… Nós somos loucas assim desde que nascemos ou uma ajudou a outra a ser só mais um pouquinho? Não sei. […] Por você, ah, por você eu atravesso o Mar Vermelho, enfrento furacão, terremoto, tempestade, tudo para te ver feliz. Menina, sua felicidade é a minha. Hey, eu já disse que te amo hoje?
“E quando todos se forem, eu vou estar lá com você. Amigas até o fim.” Guarde essas palavras, minha pequena.
É raro encontrar alguém que vê além das nuvens, que se senta no meio do nada pra caçar estrelas e trocar ideias com a lua. Há pouco azul na cidade, ninguém dá mais bola para o firmamento, estão todos vivendo sem perceber os prédios se erguendo na volta e engolindo nossa capacidade de reparar nos detalhes.
Que tal viajar comigo hoje?
A gente senta na asa da borboleta,
alcança a ponta do arco-íris,Que
faz três voltas pelo mundo...
✴ O Pensador
Lá no fundo resta um pensador
Aquele que pensa sem agir
Aquele que senta para refletir
Sabe que é o controlador
O que toma a iniciativa
Pensa para descobrir
Descobrir apenas o que o intriga
O que o faz mover
A vida
Dividido entre dois eixos
Ora pensa bem, ora pensa mal
Ora se prende, ora se liberta
Ora agarra, ora larga
Uma oportunidade, um caminho
Sempre para ser
Nunca para desistir
Nunca adormece
Apenas se inibe
BANCO
Vêm aqui,
Senta aqui,
Vamos conversar.
Não perca tempo,
Venha já!
O papo vai ser bom,
E vai ser legal,
Quero te mostrar
O quanto sou intelectual.
Qual é o assunto?
Pode falar!
Você está comigo,
Vamos dialogar.
Falar de tudo,
Falar de todos
Sem medo do mundo
E sem medo dos tolos.
Do seu ladinho,
Bem juntinho
Quero estar...
Em um banco vazio,
Espero alguém sentar.
Mamãe sempre faz a mesma cara quando acorda. Titia sempre senta no mesmo lugar. Lucas sempre está dormindo. Eu odeio rotina.
Quero lembrar sem nunca esquecer que tudo é uma imagem onde o pensamento se senta...até que a ausência se faça silêncio na forma de um adeus...
Mas que coisa é essa? que falta de estrutura.
Cadê o governo? cadê a prefeitura?
Estão todos sentados com os olhos fechados
Deixando o tempo passar e esperando o resultado.
Espera
Senta, ora, chora
Espera que chega
Loira, morena ou negra
Pode ser ruiva também
Suspira, respira, se inspira
Que um dia vem
Olha pro céu escuro
Da noite de outubro
Ainda não está...
... Acabando o mundo.
Somos melhores amigas. Mas te sinto cada vez mais distante. Você não senta mais comigo, não fala mais comigo, nem sei se ainda olha pra mim. Eu sei que saí do nosso 'grupinho' e sei que já fui substituída. Você fala mais com ela do que comigo e eu sei pelos prints que você posta nos seus status e ela posta nos dela. Quando tem algo acontecendo, eu não sou mais a primeira a saber, é ela. Eu estou no final da fila agora, eu sei disso. Só fico sabendo o que aconteceu quando você me manda um texto pra eu corrigir.
Apesar de tudo isso, eu ainda te chamo de melhor amiga. Por que? Não sei. Talvez porque eu ainda sinta que somos conectadas, apesar de você já ter se conectado a outra pessoa.
Para: alguém que eu gosto muito.
Vazio
Nas noites eu insisto em chamar o seu nome
Um dia você se senta silenciosamente
Como uma ilha deserta
E uma quietude de celofane fica presa na boca
O lamento da noite anterior
enterrado
sob os beirais baixos
Pela manhã quando as folhas verdes levantam suas cabeças
Vazio
Você vem correndo direto para mim
Na forma de luz solar recém limpa
A janela entediada
Puxa e empurra as nuvens o dia inteiro
E eu, que estou ainda mais entediado,
Puxo e solto as nuvens pelos chifres
E pelas entrelinhas do meu poema
Espalhando como tinta,
Você vem
Vazio.
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