Seja mais Claro

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É melhor demonstrar com naturalidade um defeito que talvez seja insignificante; / se o esconderes, parecerá maior.

O homem está pronto para tudo desde que lhe seja dito com mistério; quem quer ser acreditado deve falar baixo.

Um homem pode casar-se com uma mulher que lhe seja inferior e ela se elevará; mas um homem que se casa com uma mulher superior a ele, rebaixa-se.

lesma no vidro
procura uma sombra
que seja ela mesma

Não há nada essencial no interior que não seja ao mesmo tempo percebido no exterior.

Desconfia que a ambição não seja a cobertura do orgulho e que a modéstia não seja senão um pretexto para a preguiça.

Se tiver que ser algo, seja luz;
Se tiver que doar, doe amor;
Se tiver que falar, seja sábio;
Se tiver que perder, guarde sua fé;
Se tiver que chorar, chore, mas não viva de lágrimas;
Se tiver que denunciar, denuncie a si mesmo;
Se tiver que se arrepender, se apresse;
Se tiver que perdoar, não hesite;
Se tiver que fazer, faça com excelência;
Se tiver que deixar, seja maduro;
Se tiver cansado, descanse fazendo o que tem que ser feito;
Se tiver que sofrer, seja forte; avance;
Se tiver que ouvir, seja humilde;
Se tiver que sacrificar, morra para que outros vivam;
Se tiver que ser alguém, seja a sua melhor versão.

Ninguém vê mais claro nos negócios de outro do que aquele a quem eles mais interessam.

O meu melhor talvez nem seja tão bom assim. E as coisas que eu conquisto nem sempre eu consigo valorizar. O que eu tenho de mais bonito é invisível aos olhos, e as coisas que eu gosto nao são as mesmas que eu quero. Meus maiores amores foram os mais curtos, e minhas piores decepções as que eu menos lembro. Sou inconstante demais pra dar certezas, mas forte o bastante pra ser sincera. Por isso qualquer coisa minha deve ser colocada entre parênteses, senão, corre-se o risco de graves enganos. E já houve quem quisesse consertar esse meu jeito "let it be", até perceber que não há nada pra ser consertado. Não sou soluto, sou solvente.

Para transformar sua vida, antes de mais nada, você precisa ter vontade genuína de mudar. Claro que vai enfrentar dificuldades, pois elas fazem parte de qualquer processo de mudança.

Sabe o que mais dói? O orgulho. A falta de consideração. As pessoas preferem perder quem amam do que aceitarem que estão erradas, preferem perder quem amam do que engolir o orgulho. E é por isso que não dá certo, é por isso que os relacionamentos não duram mais. Se você ama, se você quer a pessoa do seu lado, para quê magoá-la? Para quê decepcioná-la? Se você errou e sabe que está errado, por quê fica nisto? Por quê não vai lá atrás antes que você perde de uma vez por todas? É difícil entender, dói tentar compreender. Afinal, por quê o amor não pode ser mais simples? Por quê simplesmente amar não basta? Deveria bastar, tendo amor, nada mais deveria importar. Tendo amor, deveria durar, deveria ser concreto, ser sólido e não ser frágil. Tendo amor, não deveria ter orgulho. Amor deveria bastar.

Não é fácil viver em um mundo em que as pessoas dão mais valor a aparência do que a essência, porque a maioria das pessoas vive somente de aparências, cercadas de gente falsas sem conteúdo, porque pra elas o importante é ter!
E solidão só cessa quando encontramos alguém que podemos confiar de verdade, sem mentiras, sem necessidade de aparentar quem não somos, porque isso é hipocrisia, e nada se solidifica quando existe mentiras.
A verdadeira liberdade de uma pessoa, consiste em ser verdadeira consigo mesmo, é ser quem ela é perante todos e sem precisar usar máscaras nem artimanhas para que os outros a respeitem e a valorizem.

A aliança

Esta é uma história exemplar, só não está muito claro qual é o exemplo. De qualquer jeito, mantenha-a longe das crianças. Também não tem nada a ver com a crise brasileira, o apartheid, a situação na América Central ou no Oriente Médio ou a grande aventura do homem sobre a Terra. Situa-se no terreno mais baixo das pequenas aflições da classe média. Enfim. Aconteceu com um amigo meu. Fictício, claro.

Ele estava voltando para casa como fazia, com fidelidade rotineira, todos os dias à mesma hora. Um homem dos seus 40 anos, naquela idade em que já sabe que nunca será o dono de um cassino em Samarkand, com diamantes nos dentes, mas ainda pode esperar algumas surpresas da vida, como ganhar na loto ou furar-lhe um pneu. Furou-lhe um pneu. Com dificuldade ele encostou o carro no meio-fio e preparou-se para a batalha contra o macaco, não um dos grandes macacos que o desafiavam no jângal dos seus sonhos de infância, mas o macaco do seu carro tamanho médio, que provavelmente não funcionaria, resignação e reticências... Conseguiu fazer o macaco funcionar, ergueu o carro, trocou o pneu e já estava fechando o porta-malas quando a sua aliança escorregou pelo dedo sujo de óleo e caiu no chão. Ele deu um passo para pegar a aliança do asfalto, mas sem querer a chutou. A aliança bateu na roda de um carro que passava e voou para um bueiro. Onde desapareceu diante dos seus olhos, nos quais ele custou a acreditar.

Limpou as mãos o melhor que pôde, entrou no carro e seguiu para casa. Começou a pensar no que diria para a mulher. Imaginou a cena. Ele entrando em casa e respondendo às perguntas da mulher antes de ela fazê-las.
— Você não sabe o que me aconteceu!
— O quê?
— Uma coisa incrível.
— O quê?
— Contando ninguém acredita.
— Conta!
— Você não nota nada de diferente em mim? Não está faltando nada?
— Não.
— Olhe.

E ele mostraria o dedo da aliança, sem a aliança.
— O que aconteceu?
E ele contaria. Tudo, exatamente como acontecera. O macaco. O óleo. A aliança no asfalto. O chute involuntário. E a aliança voando para o bueiro e desaparecendo.
— Que coisa — diria a mulher, calmamente.
— Não é difícil de acreditar?
— Não. É perfeitamente possível.
— Pois é. Eu...
— SEU CRETINO!
— Meu bem...
— Está me achando com cara de boba? De palhaça? Eu sei o que aconteceu com essa aliança. Você tirou do dedo para namorar. É ou não é? Para fazer um programa. Chega em casa a esta hora e ainda tem a cara-de-pau de inventar uma história em que só um imbecil acreditaria.
— Mas, meu bem...
— Eu sei onde está essa aliança. Perdida no tapete felpudo de algum motel. Dentro do ralo de alguma banheira redonda. Seu sem-vergonha!

E ela sairia de casa, com as crianças, sem querer ouvir explicações. Ele chegou em casa sem dizer nada. Por que o atraso? Muito trânsito. Por que essa cara? Nada, nada. E, finalmente:
— Que fim levou a sua aliança? E ele disse:
— Tirei para namorar. Para fazer um programa. E perdi no motel. Pronto. Não tenho desculpas. Se você quiser encerrar nosso casamento agora, eu compreenderei.

Ela fez cara de choro. Depois correu para o quarto e bateu com a porta. Dez minutos depois reapareceu. Disse que aquilo significava uma crise no casamento deles, mas que eles, com bom-senso, a venceriam.
— O mais importante é que você não mentiu pra mim.
E foi tratar do jantar.

Luis Fernando Verissimo
Comédias da vida privada

Para enxergar claro, bastar mudar a direção do olhar.

Escrever é enfiar um dedo na garganta. Depois, claro, você peneira essa gosma, amolda-a, transforma. Pode sair até uma flor. Pode sair até uma flor. Mas o momento decisivo é o dedo na garganta.

Não é raro, tropeço e caio. Às vezes, tombo feio de ralar o coração todinho. Claro que dói, mas tem uma coisa: a minha fé continua em pé.

Ana Jácomo

Nota: A autoria do texto tem vindo a ser erroneamente atribuída a Caio Fernando Abreu.

Parece-me bem claro que o Brasil não teve ainda um bom governo, capaz de atuar com base em princípios, na defesa da liberdade, sob o império da lei e com uma administração profissional.

- Ainda está bravo comigo?
- Claro que estou. Porque ficar perto de você me deixa louco. E ficar longe de você me deixa louco.

Eu gosto do claro quando é claro que você me ama
Eu gosto do escuro no escuro com você na cama
Eu gosto do não se você diz não viver sem mim
Eu gosto de tudo, tudo o que traz você aqui
Eu gosto do nada, nada que te leve para longe
Eu amo a demora sempre que o nosso beijo é longo
Adoro a pressa quando sinto
Sua pressa em vir me amar
Venero a saudade quando ela está pra terminar
Baby, com você já, já

Mande um buquê de rosas, rosa ou salmão
Versos e beijos e o seu nome no cartão
Me leve café na cama amanhã
Eu finjo que eu não esperava
Gosto de fazer amor fora de hora
Lugares proibidos com você na estrada
Adoro surpresas sem datas
Chega mais cedo amor
Eu finjo que eu não esperava

Eu gosto da falta quando falta mais juízo em nós
E de telefone, se do outro lado é a sua voz
Adoro a pressa quando sinto
Sua pressa em vir me amar
Venero a saudade quando ela está pra terminar
Baby com você chegando já

Claro que eu vou te machucar. Claro que você vai me machucar. É claro que vamos machucar uns aos outros. Mas esta é a própria condição de existência. Para se tornar primavera, significa aceitar o risco de inverno. Para tornar-se presença, significa aceitar o risco de ausência.