Segue
“Eu tentando entender: a pessoa curte, comenta, segue… e depois unfollow. Será que ela é sonâmbula digital ou tá testando o botão de seguir?”
O caminho segue onde posso te esperar,
mas a indecisão desfaz o propósito,
por duvidar da causa
que ficou esquecida no próprio caminhar.
A gota de orvalho cai, e o sopro do vento revela que o tempo segue seu curso, um novo dia está por nascer. Ainda que a noite traga dores e o frio da madrugada nos envolva, persista. O amanhecer não apaga o passado, mas oferece a chance de recomeçar com mais sabedoria.
(Izaias Afonso)
No meio do caminho, a gente descobre…
Que a vida não dá opção: ou você segue, ou você segue.
Que a pior forma de se medir é se comparando aos outros.
Que a verdadeira paz nasce da verdade.
E que alinhar o que pensamos, sentimos e fazemos é um desafio para a vida inteira.
Morte do Artista
Quando morre um homem,
a vida segue no sangue,
à sombra das gerações,
na memória que existe,
na existência suprimida,
no eco da lembrança que persiste.
Quando morre um artista,
seu corpo é palavra,
acorde metafísico,
sua ausência,
presença indomável.
E no silêncio do século
sua alma repousa
até que outra mão desperte o imponderável.
Sua obra vira fogo,
matéria inextinguível,
atravessa o tempo,
se faz eternidade.
Nos dias de chuva, há sempre um olhar
perdido à janela. A vida, lá fora, segue
seu ritmo cinzento, mas, por dentro, o
silêncio é a única voz. É o momento em
que a alma chora sem fazer barulho, e
a chuva apenas lava o que já está
quebrado.
A minha ansiedade não é apenas um sentimento passageiro…
Ela é como uma sombra que me segue, mesmo nos dias mais claros.
Às vezes, não sei nem explicar o motivo, mas ela está lá —
como uma tempestade silenciosa, destruindo tudo dentro de mim.
Tem dias em que o coração acorda apertado...
e ainda assim, a gente veste coragem e segue.
Porque viver é confiar que o caminho se mostra
enquanto caminhamos.
Vai com o que você tem —
mesmo que seja só vontade e um fio de fé.
A vida entende silêncios
e abraça quem não desiste de continuar.
— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna
A vida sempre segue em frente, mas a escolha que foi feita pela razão não pode agora ser desfeita pelo coração.
O Espinho que Sustenta o Luxo
William Contraponto
O lixo na cidade se acumula,
O luxo segue o mesmo caminho.
A bandeira de poucos trêmula,
Enquanto a maioria pisa espinho.
O grito da fome é contido,
abafado por telas brilhantes.
Um povo cansado e esquecido,
som perdido em ruas distantes.
As praças se tornam vitrines,
com passos de pressa e descaso.
Erguem-se muros e confins,
derruba-se o humano no atraso.
O poder se veste de ouro,
mas seus pés tropeçam na lama.
Promete futuro sonoro,
entrega cinza e mais trama.
Enquanto se erguem palácios,
ergue-se também a miséria.
Nos becos, os corpos cansados
carregam a dor que não cessa.
E o tempo que passa impassível
não limpa a ferida exposta.
A cidade, em ciclo terrível,
repete a mesma resposta.
A vida é parecida...
Com uma viagem longa de carro, você segue seu percurso, aproveitando a viagem inteira, e uma hora acaba a gasolina, e ele morre, após abastecer... ele liga de novo, para continuar mais um percurso, mas diferente do carro, a nossa segunda vida... é ligada a vida eterna... uma vida sem fim com Deus.
