Sede
O sábio tem sede de conhecimento e sabe beber nas melhores fontes. O soberbo, por outro lado, toma todas, fica bêbado e ainda vomita tolices.
MEU QUINHÃO
Meu retrato na parede...
Não bebe água, nem sede
a esperança em seu olhar
todavia, vive verde.
É terra seca rachada
é pesadelo sob rede
cabo seco com enxada
e esperança, toda verde.
É vento secando sertão
estrada que passos prende
é fé amarrando coração
é aprende no seu alpendre.
E o velho prato da casa
sobre mesa, seu esmalte
tudo exposto na tabua
com tabuada de quilate.
Antonio Montes
AGORA EU QUERO IR (soneto)
A minha saudade tem saudade de crê
Me planejei, me desmoronei no sedento
Nas verdades não fui inteiro a contento
E no querer o todo, metade teve porquê
Experimentei descanso e, labuta à mercê
Confiei no silêncio, me encaixei no lamento
Precipitei no ir e na volta, foi ensinamento
Me desmanchei nos sorrisos em comitê
E na busca de me reconhecer, descanso
Afinal, as trilhas não são de vento manso
Porém, ao me refazer despertei com a dor
Se agitado ou imoto me equilibrei no balanço
Da quimera, pois sempre nos resta tal ranço
De jugo. Agora quero ir e, apreender o amor.
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, 26 de março
Cerrado goiano
Os sonhos existem, porém, não passam de desejo que serve apenas para alimentar a sede que se tem de ser ou ter. Prende-te a eles,que morrerás ou frustrado ou iludido
O domicílio é o lugar ou a sede onde há o ânimo definitivo de residência, pré-fixado em lei ou em contrato, onde poder-se-á encontra a pessoa natural ou jurídica, para que a mesma possa arcar com as suas obrigações legais.
É mesmo assim...
Ainda menino, conheci o valor da água
Tomado pela sede que o corpo cobrava
Me saciando na serena e farta nascente
Em sua brandura tépida, banho meu corpo
Nela navegando a paraísos de verdes matas
E na pressa dos dias, nunca a perco de vista
Pois me dei conta que sem água
Seja nos campos, nos mares ou em mim
A vida não se socorre e encontra seu fim...
De tudo que eu me vestia, nada me servia mais.
O que me mantinha caminhando era essa sede por mudanças. Do que me adiantou, pois desse rio eu nunca bebi. Eu ouvia seu barulho enquanto caminhava, mas era de longe, nunca soube onde, e em qual direção eu o encontrava.
As cobranças por mudanças de mim eram muitas, dos outros mais ainda, das coisas eram exageradas.
Decide me vestir de algo novo, deixei a comodidade e me conformei que a melhor peça que eu podia usar no momento era paciência!
Preserve sua sede por mudanças, e mude.
Se verdadeiramente não tiver fome e sede de Deus, não o busque por interesse. Pois Ele, conhece os corações e te da conforme sua capacidade de receber.
Se verdadeiramente não tiver fome e sede de Deus, não o busque por interesse. Pois Ele, conhece os corações e te da conforme sua capacidade de receber.
Tenho sede de seus beijos
Em um tanto quero beber as tuas palavras
Fazendo-me a tua excitação na suavidade
Que desperta os seus instintos;
Viver na seca!
O nordestino tem fome
a sede mata também
a chuva aparece e some
vai muito mais do que vem
mas cada gole que tome
e o pouco que ainda come
divide pra mais de cem.
'Efêmero'
Não devemos ir com muita sede ao pote,
Por mais límpida e convidativa seja a fonte.
Há o perigo de nos afogarmos...!
Não juremos amor eterno,
quando seja, talvez, apenas,
uma brisa passageira.
Com tempo certo para ir embora,
tão logo mude a estação...;
Sabemos como são mutáveis as estações
e, efêmeros os calendários...!
No ir e vir do tempo, levam e trazem
nossos sentimentos,
Quando frívolos e ordinários!
O que tem que ser já está fadado...
De resto, só nos restam tentativas
e não raras decepções...
