Seco
Visão!
Como pode o ser humano
ter por dentro a alma vaga
gesto seco, bruto, insano
desse mal que se propaga
com Jesus não tem engano
todo ato desumano
aqui se faz, aqui se paga.
O Ciclo da vida.
Um pingo,
que encharca no seco chão e faz brotar um ramo,
do ramo um botão de flor, pequeno, amarelo sol.
No ar,
uma borboleta azul, leve e solta pousa, germina e vai...
Quando retorna,
o botão abriu,
o néctar alimenta a borboleta
e a flor se alimenta ao sol.
O ciclo reinicia
com mais um pingo
que cai e encharca o seco solo e a borboleta vai.
Rivaldo Barros.(2/4/21).
Engulo a seco.. e o silêncio é a minha fala , a minha voz solitária.. eu e minhas paranòias.. e nada é por acaso ..melhor ser sozinho .. do que mal acompanhado... algumas pessoas não merecem nossas lágrimas...
Recordação
Eu quero recordar,
Recordar aquele lugar
Tao seco e doirado
Tao belo e requintado
Como uma joia qualquer,
No peito de uma mulher.
As planícies de perder de vista
Tao cheias de vida e de alpista
Onde bandos de aves ainda voam
E nelas, azinheiras se amontoam.
Naquela terra esquecida
E de pessoas, desprovida
Separada do centro, pelo rio Tejo
Ai, que saudades, do meu Alentejo!
Assombro
O nó seco na garganta
O meu passo meio manco
Nada disso me espanta
É preciso ser bem franco
O Terror que me encanta
vem da alma sacrossanta
dessas páginas em branco
Do nada...
Você foi aquela chuva de verão, que chegou sem avisar no tempo mais seco e fez tudo reviver. seu cuidado e atenção me fez ver que o amor surge de repente sem que a gente possa perceber.
Incrível como mesmo de longe me faz bem, não precisou muito tempo, ja estava indo dormir ansiosa pelo próximo amanhecer.
quando "um certo alguém" cruzou o meu caminho, eu que nunca gostei de acordar cedinho, não via a hora do Sol aparecer.
E quando aparece o telefone é a primeira coisa que olho, teu bom dia deixa quentinho o meu coração, e entre tantas coisas que sinto, antes observo quão linda é a tua notificação.
SAUDADE AJOELHADA
Cá, sob este chão de superfície rude
de pouca chuva, seco, natal morada
meu eu, jaz pra sempre em plenitude
a causa da minha narrativa poetada
Fora-se-me nostálgico a cada parada
e, vãos, os sonhos da terna juventude
aqui, pelas calçadas, firme e devotada
lembranças, de um tempo de virtude
Repousa, cá, em paz sob este sertão
emoções, as recordações, do genuíno
sentimento... suspirados do coração!
E, cada sensação sentida, sussurrada
da alma, mescla com o dobre do sino
da Matriz, pondo a saudade ajoelhada...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
03 abril, 2021, 13’58” – Araguari, MG
TRILHA!
O sol forte não descansa
no caminho seco e duro
onde a seca ainda avança
o destino é prematuro
no olhar de uma criança
quem tem fé e esperança
não tem medo do futuro.
Não tinha ninguém para comandar a sua vida, você era um borboleta perdida em um jardim seco e sem vida, muitos disseram que este jardim estava perdido, que não tinha mais sentido ou esperança, todos te deixaram, mas eu um jardineiro que estava passando pelo bosque, vi aquele jardim que estava esquecido, e deixado pra trás... E somente com a única borboleta que sobrou, eu consegui reviver todo o brilho do seu sorriso...
Um pássaro angustiado
Seco como uma folha
Asas atrofiadas não voam
Conforme um galho
Sem frutos ou ventos sem aves
Seu, ninho o conforta
enquanto impõe medo
perante sua, liberdade.
Dei um gole na ignorância, me senti em paz.
Mas era muito seco, nem chegou perto de matar a minha sede. Cansada suficiente para apenas aceitar e morrer seca.
Tentar mais uma seria o correto, é o que todos esperaram. Por que?
Eu certamente aceitei morrer de sede.
Preciso apenas de boas músicas e algum dinheiro para sobrevir, todas essas regras emotivas, para que servem? Vivemos em prol de magoar e sermos magoados, em distintas situações agimos por nós mesmos ou apenas pensando em outro. Cadê o meio termo? Isso tudo me cansa.
Preciso de esperança de dias melhores, mas como eu teria? Olhe a nossa volta, veja nossos governantes. Olha esse país, esse mundo... O que aconteceu?
Aceito morrer de sede.
Durante a vida toda fui submissa, sempre baixei a cabeça, sempre calada engolindo seco. Escutei tantas abobrinhas, tantos desaforos, incluindo dos familiares, e uma das minhas fugas era comer... comer... comer.
Agora, depois de troscentos anos, resolvi fechar minha boca para a comida, mas ao mesmo tempo soltei a língua pra mostrar pro mundo, inclusive familiares, que não é bom mexer com quem está quieto, pode ouvir ou escutar o que quer e o que não quer
Pessoas são como um rio seco Frias e rasas por isso não se prenda fortifique seu emocional o suficiente para não ser dependente de ninguém
Minha a'lma
em chama
hoje clama
vejo-a
o seu reflexo pairar
sobre o ar seco ao
meu redor
sem dor
me abraça
me regaça
não é amor
é o calor
sem pudor
já diziam os antigos
a profecia
vem se cumprindo
faço a poesia
dias mais quentes
dias mais frios
é a destruição humana
não tem quem eu o clamar
agora é só reclamar
a vida é uma só
para amar
ai que calor!!!
vamos se preparar
dias piores virão
pra nos apavorar
nos fim dos tempos
só nos resta
orar
para Deus
nos perdoar
E nos salvar
desse inferno
que estamos vivendo na superfície terrestre.
Tentar "garimpar" sentimentos ou gratidão num coração seco é um tipo desnecessário de buscar vida onde não há sede de viver, porque a vida é sentir.
Para a tua dor quero ser alívio.
Para a tua noite fria quero ser calor.
Para o teu dia seco quero ser chuva.
Para a tua loucura quero ser equilíbrio.
EX-RIO
Hoje rio
do seco rio.
Já foi um rio
cheio de brio.
Rio do rio
risível rio
morto rio
que já riu.
Coitado rio
se exauriu
sumiu...
Benê
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