Se Voce Chora eu Choro
Quem quiser que decifre os pirilampeios
pela escuridão.
Eu me guio pelos sinais dos faróis
das ilhas perto do cais.
E nem me lembro mais
das borboletas pescadas nos anzóis.
Lembro-me só dos arrebóis,
dos arrepios,
dos bicos de seios
em que, pela primeira vez, me vi ante os mistérios
da mulher.
Um rio me invade
o status quo tidiano.
A vida vibra em ondas como um aeroplano.
Às vezes, eu compreendo por que muitas crianças e adolescentes não querem estudar! E chego a pensar que são eles os sábios da história, pois a alienação deles os faz felizes! E outra, pelo menos são diferentes dos que pensam ser maioral. Quem se atreve chamar de burro os que são livres do cabresto das letras e dos letrados?
Dona – fia
Eu conheci hoje a avó de um amigo, mulher e pessoa incrível,
mora em uma pequena fazenda, quase nunca vai à cidade,
seu lugar é no campo sendo acordada pelos pássaros.
É Inconfundível com seus óculos grandes já amarelados pelo tempo,
famosos óculos de fundo de garrafa, creio que ela os adquirira antes mesmo
desse nome ter sido atribuído a eles.
Com sua coluna já um pouco torta pelo peso da vida, mulher baixinha, sim!
Em estatura, e imensa em coração.
Conhecê-la foi como se Deus tivesse me permitido ver e tocar no rascunho da humildade, da bondade e da hospitalidade, beleza nobre e peculiar.
Carrega consigo o olhar de um poeta.
É uma verdadeira poetisa, corrijo! Mas seu rascunho é a vida.
E porque é chamada de “Dona – fia”? Bem, porque fora uma moça a vida toda.
Esta vendo aquela estrela lá no céu sou eu não precisei pisar em ninguém quem me deu este brilho foi Deus
Caminhando na calçada percebi
Que de mais nada eu sabia
O mundo lá fora não é o mesmo
Não era o mesmo mais para mim
Ou apenas não o reconhecia mais
Que mundo é esse?
Acredito que muita coisa é feita de duas metades...
Assim... se eu procuro o entendimento
e a outra parte me ignora,
eu entendo que fiz a minha parte da metade que me cabe.
Sem rancor sigo em frente
e deixo que a outra parte continue se corroendo
na sua própria mágoa.
Cika Parolin
De longe eu fico ti admirando, as vezes me pego imaginando, tão quão suave é o toque de suas mãos; cabelos sedosos, pele mulata, procuro eu gravar cada detalhe do seu corpo em minha mente, para que quando o fechar dos meus olhos, lhe tragam você a mim, desenhando a ti por inteira em meus sonhos.
[...] portanto sua diversão está em despertar amor em tolos, um dos quais eu sou o pior. Ou melhor dizendo, o melhor – em ser tolo.
Olhando pelo retrovisor da minha vida, eu vejo o meu passado ficando para trás. Sigo em frente percorrendo a estrada rumo ao desconhecido, sem GPS ou placas que indiquem para onde estou indo.
Não tenho em minhas mãos o volante desse veículo, nem ao menos sei aonde fica o freio de mão para pará-lo.
Não importa em qual direção eu siga, seja para esquerda ou seja para a direita, a direção sempre será a mesma, para a frente; pois esse veículo não possui marcha à ré e a estrada não tem retorno ou uma rotatória, para que eu venha a andar em círculos.
Nessa estrada do destino existem buracos, subidas e ladeiras, pelo qual o veículo da vida passa sem parar ou reduzir a velocidade de seus segundos.
Eu sabia que iria mudar, mas não queria acreditar.
Palavras que eu tanto gostava de escutar, reparei que aos poucos foram sumindo.
Depois não mais as ouvia...
Gestos que me enterneciam, fugiram com as palavras.
Músicas que descreviam esse amor não foram mais tocadas
Os sonhos não foram realizados. Nem lembrados.
Nem novos sonhos sonhados...
Carinhos cheios de amor, não se tem notícia
Olhares que espelhavam o coração, ficaram embaçados
Momentos como aqueles não foram repetidos...
Eu nunca imaginei o que eu ia passar, mas em Deus eu esperei a minha vitória. E quando alguém me perguntou o que aconteceu, pois após tanto esperar nada aconteceu, cheguei a pensar em desistir e parar de lutar, foi quando Deus, dentro de mim, me disse pra não parar!
Da minha mãe eu prefiro não falar.
A emoção é tão grande, o sentimento é tão forte, que não aguento; as palavras começam a vazar pelos olhos.
Seres humanos, quando vão compreender que não existe, eu, tu, eles, vós, e/ou qualquer outra coisa, e compreender que tudo é UNO ...
Kairo Nunes 29/01/2017.
Eu me inspiro no grande poeta e músico, AA, para escrever os meus atuais versos. Este é um momento transitório. É preciso um estado de êxtase para escrever. Não sei praticar meditação mas para escrever esvazio a mente. Palavras caem como folhas secas em dias de inverno. É semelhante ao médium que psicografa. A diferença é que as palavras surgem do meu próprio espírito e eu vou. É descer degraus desenhados por essas palavras simples que muito conheço mas não conhecia em conjunto. Hoje, eu escrevo versos como quem borda cada ponto ou costura cada retalho. Eu descarrego sentimentos vivos de uma vida triste que traz dor. E dor não me serve pra mais nada.
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