Se Toca eu te Amo
Entre o Silêncio e o Sentir
Há algo em você que me toca sem palavras,
Um toque sutil que ecoa em meu ser.
Não é o olhar que diz, mas seu sorriso revela,
Um enigma que me faz querer entender.
Você, entre sol e chuva, caminha,
Com graça, com coragem, com um jeito único e encantador.
E eu, sempre distante, só posso observar,
O movimento silencioso do teu mundo.
Através da lua, como testemunha ocular.
Sei que o tempo não me pertence,
E que o momento talvez nunca chegue.
O amanhã só a Deus pertence, mas eu creio.
Em cada gesto teu, há uma eternidade,
Que, no silêncio, faz meu coração bater.
Não preciso de respostas, nem de palavras ditas,
Apenas do eco suave da sua presença, e seu cheiro.
Pois o amor que sinto, que é meu,
É a beleza de um desejo que jamais se apaga.
Um homem quando toca
O profundo da alma de uma mulher
Torna- se capaz de tê-la até os últimos dias da sua vida
O bom de saber que sou FELIZ,
é quando o vento toca meu rosto, quando ouço
o canto dos pássaros e quando
vejo o sorriso de uma CRIANÇA.
Nicole, és a brisa que toca o jardim,
O sussurro do vento, o começo e o fim.
És o canto das aves ao raiar da manhã,
A dança das folhas na luz que se espalha.
Tens a força das águas que correm no rio,
O calor do sol que afasta o frio.
No brilho das estrelas e no luar profundo,
Nicole, és essência que enfeita o mundo.
És o verde das matas, o cheiro da terra,
O silêncio que reina onde a paz se encerra.
És o ciclo que guia a vida a crescer,
Nicole, és o espírito do bem-querer.
Teu nome ecoa nas montanhas e vales,
Nos campos floridos e nas grandes margens.
Onde estás, a natureza se faz canção,
Nicole, és a vida em cada estação.
Você é a minha paixão a distância
Como as estrelas no espaço
Eu não posso toca-las
Posso apenas observa-las a distância.
Você é a minha paixão a distância
Como a lua e sua importância para a galáxia
Eu não posso toca-la
Mas posso observa-la
Admira-la apaixonadamente a distância."
Quando temos uma fotografia em mãos ou assim virtual , agente até a toca e podemos sentir em um mero passar de segundos a felicidade contida no conjunto imagem do espectro real papel imagem . E o melhor que pode acontecer ao se ter e ver uma fotografia, é quando paramos e pensamos o quanto ela é , pois ela não muda ,mesmo quando as pessoas mudam e o tempo passa, o amarelo já pode ter se transformado em algo normal e quanto mais amarelo fica ,mais guardada e amada se fica ,se tornando imortal .A fotografia é uma das poucas coisas que detém o poder sobre o tempo: na verdade ela controla o cheiro , sorriso, posição, olhar e o melhor de tudo : ela o paralisa ,tornando-o em poesia.
As roupas dele precisam de ajuste, mas, quando ele toca violão, fica claro que ele transborda talento.
Quando toca uma música aleatoriamente em algum lugar, são várias as opções e os cenários: ou a pessoa já conhece e gosta; ou já conhece e odeia; ou não conhece e começa a gostar; ou não conhece e começa a odiar.
As vezes a morte passa pela porta de nossa casa, mas pelo cuidado de um Pai zeloso ela não toca em nenhum dos nossos... no entanto, ela muito caprichosa não sai de mãos vazias, e nos retira outros bem-quereres.
Registro
Toda está saudade comovida
Meu relógio toca, hora a hora
É dura dor, badalada e doída
Toando solidão, ao ir embora
Como é vazia toda despedida
Incontida aflição, então, chora
Aperta a alma, se faz sentida
Soando numa privação sonora
O ponteiro marca cada sensação
E, seus minutos, tão singulares
Pulsam na cadência do coração
Ah! toada em toada, os olhares
De segundo a segundo, ilusão
Não mais há tempo de voltares!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
20 agosto, 2023, 13’18” – Araguari, MG
Para onde se vai, como saber?
O vento toca e não dá sinal
Na esquina dobrou o viver
O horizonte é além do final
No fado sempre tem um haver
E no amor é que se tem ideal
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
VIOLINO DO CERRADO
Violino do cerrado, o vento
Melodia, e toca pro vazio
Entre secas folhas, sedento
Dum árido chão e sombrio
Deslizante em um lamento
O som ressoa leve e macio
Orquestrando o movimento
Num ritmo de um assobio...
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Abril de 2017
Cerrado goiano
O QUE
O que fiz ao silêncio para silenciar assim
me deixar silenciado no vácuo da solidão
tocar sem que eu possa ouvir o teu clarim
ruidar, abafando a presença no coração...
O que fiz eu a solidão pra tê-la no silêncio
quando lá fora até o vento se calou, enfim,
onde está a vida, que aqui respira pênsil
e emudece o cerrado num tom carmim...
O que é este silêncio, que se cala tênsil?
É "o que", em uma indagação sem fim...
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, julho
Cerrado goiano
NATAL
No ermo cerrado, árido, na noite, toca o sino
De esperança, pressaga enche nosso ouvido
Em uma toada de paz e bem, no céu subido
Anunciado o Natal do Deus Menino, um hino.
O presépio em glória, reza ao Filho Divino
A árvore alindada, ornam o amor instituído
Num armento em esplendor num só alarido
Há elevar do opróbrio ao halo o pequenino
E nesta lembrança onde se vence ao destino
O teto de palha, a estrela, os Reis, os pastores
Dobrarás os eleitos, em um respeito peregrino
Humilde, mãe, Maria, das Graças, das Dores
Traz o rebento de afeto, e um amor cristalino
Seu Filho, na manjedoura, todos os louvores!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, dezembro
Cerrado goiano
Olavobilaquiando