Se for Triste Carlos Drummond
Estradas
(Victor Bhering Drummond)
A dica é Simples assim: seja dono dos seus caminhos, estradas, veredas, alamedas, avenidas.
Não espere que o outro abra as portas, porteiras ou limpe a estrada pra você passar. Toque você mesmo a companhia, se apresente, pule os obstáculos ou continue mesmo assim, ainda que haja pedras, parafraseando o outro Drummond.
Eventualmente você irá desbravar tudo. Em outros momentos, a estrada estará pronta pra você. Que caminhará muitas vezes sozinho. Em outras, encontrará quem te estenda a mão ou lhe fará uma deliciosa companhia.
Mas mesmo quando sentir que está peregrinando em uma jornada solo, lembre-se: em algum lugar do Universo, tem Alguém Poderoso cuidando para que ao final da trilha haja um rio caudaloso de vida esperando-te pra você se refrescar!
(Av. Corrientes, Buenos Aires - lá no fundo, o Obelisco. Atrás dele, toda a região dos importantes teatros da cidade. Do lado em que estou, belos prédios Art-Noveau e todo o charme do microcentro)
"Poeme-se
Leminski-se
Drummond-se
E que o mundo
Quintane-se...
Musique-se
Buarque-se
Lenine-se
E que o mundo
Caetane-se."
Invada minhas ruas
(Victor Bhering Drummond)
Cruze todas as minha ruas
Tropece em meus cruzamentos
Feche minhas avenidas, artérias
Vielas e becos pra você passar
Interrompa o guarda da esquina
Avance os sinais
Devore minha faixas de pedestre
Piche as paredes das minhas fantasias
Mas simplesmente não deixe o fluxo parar
Ele corre solto de dentro de mim pra você
E volta como uma enxurrada caudalosa
Pra mim, de dias ardentes e tempestuosos
De verão e paixão.
Crítica teatral para peça “Las Heridas del viento”
(Víctor Bhering Drummond -Buenos Aires, 08.04.2018)
Fui convidado (ou presenteado) pelo grande e sensível ator Miguel Jórdan para a estreia de sua peça “Las heridas del viento” no @teatrobuenosaires
Dirigida por Gastón Marioni e protagonizada por Miguel e seu ótimo parceiro de cena, Mariano Fernández, a obra do autor espanhol Juan Carlos Rubio é um grande questionamento sobre as crenças que temos sobre o amor.
E leva este poderoso sentimento à um lugar vazio do espaço. À uma página em branco. Onde fisica e emocionalmente os personagens de Miguel e Mariano se lançam ao completo desconhecido. E nestas páginas em branco, as sensações e projeções do amor podem ser escritas e interpretadas de acordo com o desejo do coração de cada um.
“Las heridas del viento” é uma comédia dramática em que se questiona o que é o amor e como ele ecoa para cada ser. Os caminhos de personagens que nunca se encontraram se cruzam quando o pai de David (Mariano) morre e este, incumbido de repartir os bens, encontra tórridas cartas de amor que seu pai recebia de outro homem (papel de Miguel).
Nessa longa e dolorosa estrada, os personagens apresentam de maneira brilhante e orgânica (a leveza, segurança e poesia de Miguel são emocionantes - tanto é que levou o prêmio Estrella del Mar por sua interpretação na estreia em Mar del Plata. - e a convicção de Mariano em defender o filho cheio de dúvidas e amargores existenciais flui com muita naturalidade) a necessidade de entender quem é o falecido pai-amante, a reavaliação do que é o amor, o perdão e a revisão dos conceitos sobre solidão, paixão, entrega, paciência e como curar com valentia, coragem e claro, sofrimento, as feridas deixadas por ecos de amores silenciados.
(Domingos a las 19 horas | $ 300.- Promoción: 2 localidades x $ 400.-
Rodríguez Peña 411 - CABA / 5218-5238)
•
#teatro #art #arte #cultura #dica #argentina #buenosaires #dicacultural #victordrummond #drummondcomunicacao #ator #men #stage #palco #entretenimiento
Suas curvas
(Victor Bhering Drummond)
Nos contornos de seus versos
Em suas costas esculpidas atrás das minhas
Sinto rios e mares de vida correndo e escorrendo pelas minhas canções
Se não pelo espelho que não vejo
Refletidos meus desejos,
Pelo reflexo de suas próprias águas caudalosas, carregando vozes guardadas,
Figuras pintadas
Nas paredes
Corpos deitados nas redes
Apenas contemplando as curvas
Que projetas atrás de mim.
•
••
•••
Toda virada de ano é especial porque industrializa a esperança, diria Drummond. Há uma magia no ar que nos torna grandes planejadores. Aprendemos que metas se constroem com papel, lápis e imaginação. É um período tão intenso que penso que deveríamos criar o calendário de seis meses, abolindo o gregoriano. Assim teríamos duas chances para recomeçar.
Excalibur
(Victor Bhering Drummond)
Cravei minha espada em ti
Ela não foi conduzida coercivamente
Como políticos ao cárcere obrigatório
Por seus ímpios atos;
Ela foi levada pelo seu doce olhar
Pelo perfume que exala de sua pele,
Seus dedos, suas entranhas.
Ali, naquela rocha profunda e lapidada
Pelos rios de seu quintal
Fluía uma cascata melódica e cristalina
De uma noite de amor sem ais e sustenidos.
•
••
•••
Verão no Claridge
(Victor Bhering Drummond)
Caminhando à beira d’água
Percebi que minha imagem
Era apenas um mero e efêmero reflexo
Preciso sim, olhar mais para dentro de mim
Para viajar rumo à descobertas menos superficiais;
E do lado de fora havia tanto a me fazer bem;
O azul do céu,
O próprio verde da água que não era um espelho, mas um poço de relaxamento
As histórias dos edifícios
E as estórias que meus passos deixarão
Com a alegria do meu samba e o drama do meu tango.
•
••
•••
#samba #victordrummond #drummond #marketingdigital
Aquela esquina
(Victor Bhering Drummond)
Dobrei aquela esquina
Deixando pra trás todos aqueles
Que não souberam fazer poesias
Que não entenderam o que é sorrir pra simplicidade
Encontrei telas em branco esperando retratos de uma nova vida,
De novos sonhos,
De quimeras que deixem as ruelas,
E as ruas de meus livros mais calmas
E repletas de flores e lindas melodias.
•
••
•••
Passos e passeios
(Victor Bhering Drummond)
Quando a caminhada é feita sob a sombra
Ou sob a luz do luar;
Quando ao invés de contar os passos
Você admira os edifícios, suas formas,
Suas histórias;
Quando ao invés de reclamar do calor
Você contempla o azul do céu,
O revoar dos pássaros.
E se ao invés de medir as distâncias,
Você aprende o valor de uma praça civilizadamente compartilhada com os
Transeuntes, os turistas, moradores e seus sonhos,
A jornada fica muito mais leve, divertida e poética.
Principalmente se foi feito o convite para alguém que aprendeu a enxergar a vida do mesmo modo que seus versos.
(Sob intenso verão de Buenos Aires, 2017/2018)
•
••
•••
Vida Barroca
(Victor Bhering Drummond)
Lá dentro da igreja deixei meus agradecimentos, mantras, conexão com o divino e orações.
Aqui fora, deixei meus pecados, meus desejos, o corpo, o suor, a pele.
Não sou apenas um ou outro. Sou o misto dos dois mundos. O santo e o profano. O claro e o escuro. A leveza e a dor.
E nestes contrastes me entrego à alegria e prazeres de ser quem eu sou.
•
••
•••
Sonhos profundos
(Victor Bhering Drummond)
Lancei desejos ao mar
Eles não quiseram afundar
Mergulharam apenas e foram
Buscar meus sonhos mais profundos
Levaram-os para o altar e
Entregaram-nos à bênçãos dos deuses
Voltei tranquilo pelo caminho
Certo de que meus sonhos
Ficam apenas repousados
À espera do lugar certo para
Tornarem felizes meus meses.
•
••
•••
#sonho #dream #paraty #beach #man #homem #verao
Paletas de cores
(Victor Bhering Drummond)
Sabe quando você quer pintar o céu e o mar
Com um verde-turquesa que não sabe onde encontrar?
Não precisa procurar por nenhuma paleta, nem em escalas pantones.
Olhe pra dentro de você e quem sabe também dê um passo pelos seus arredores;
As cores que procura para deixar sua pintura mais bonita
Estão dentro de você e já foram misturadas na natureza que te cerca,
Por um poderoso Autor, Mestre em Belas Artes,
Que também quer aquarelar seu chão e seu coração.
•
••
•••
#pensamentos #pensamentododia #frases #textos #drummond #victordrummond #drummonder #literatura #mar #paraty #men #verao #summer #summervibes
Menina-Fran
(Victor Bhering Drummond)
Menina querida, menina do coração.
Mulher do belo sorriso, da gargalhada leve, doce, gostosa.
Menina-Fran, menina-Franca,
Menina-fã da alegria, que contagia, que perfuma a vida de outros.
Tantos, tantos risos e sorrisos,
Tantas brincadeiras,
Bobeiras e momentos de falar sério.
Nesta data sua, tão sua,
Há mais do que motivos pra sorrir.
Porque seu caminho se perfuma e se “primavera” ainda mais.
No auge da estação-luz,
Nasceu a menina-flor,
Cheia de energia e calor,
Irradiados para o mundo,
Aquecendo a vida de todo mundo que é tocado por ela.
Cabelos ao vento,
Lindos, livres, vivos,
Tingidos pela cor da noite,
Aveludados pelo luar.
Ah! tanta coisa pra viver,
Tanta coisa pra contar,
Tanta coisa pra cantar.
Como é bom viver,
Como é bom viver
Sendo seu amigo,
Sem saber nem como nem quanto,
Simplesmente te amando
E desejando FELIZ ANIVERSÁRIO!!!
25 de novembro de 2007
Mulher-espetáculo
(Victor Bhering Drummond)
Pra você solto balões e muito mais
Só pra ver o seu sorriso e nada mais
Carrego Marias Alices
Só pra sentir sua energia
E pinto arco-íris dentro de minhas poesias
Só pra que que meus versos sintam sua alegria
Você nasceu festa, sons, seresta
Nasceu intensidade
Nasceu felicidade
É a irreverência em pessoa mais tradicional
Ao que realmente importa: aos velhos amigos
Ao amor, ao resgate das doçuras e simplicidades
Pra quê adivinhar a sua idade
Se carrega dentro de si uma infinidade de crianças
Uma porção de adultos
Com a energia de uma adolescente
Da risada mais contagiante e indecente
Ah! Se todas as indecências do mundo
Fossem iguais a você
Não haveria guerras
Frios, sinos que não soam.
As igrejas seriam coloridas
As noivas mascariam chicletes nas portas dos casamentos como você
E os noivos entrariam apaixonados
Por terem encontrado mulheres que transformam seus mundos, suas crenças.
As cortinas dos teatros não se fechariam
Porque você é o espetáculo em pessoa.
Então venha nos alegrar
Venha nos comover
Venha nos contar um pouco
Dos segredos de quem realiza o mundo com essa energia.
O resto, deixe com a gente.
A plateia que se comove e se enche de vida
A cada passo seu, a cada nova descoberta sua.
Suas palmas, louvores e amores estão garantidos.
E levaremos impressos na alma as cores deste seu circo, Fran mulher rainha coroada
De amores celebrada.
Novembro colorido de 2017
•
••
•••
Crepúsculo eucarístico
(Victor Bhering Drummond)
Sim; eu poderia cometer os pecados da carne,
A fúria da gula
Ali mesmo no pátio da igreja
Na sombra, no sol,
No sino sem tom,
Nos versos de Drummond
Ou sobre os livros apócrifos
Olvidados por santos e hereges.
Mas que pecado cometi
A não ser amar e devorar você
Como o doce vampiro de Rita Lee?
•
••
•••
(Poema inspirado na igreja e restaurante Santa Catalina em Buenos Aires, onde saciei a minha fila e alimentei o meu amor. Ouvindo e lendo Rita Lee)
Barquinho do amor
(Victor Bhering Drummond)
Peguei o barquinho do amor
Não adianta, marinheiro
Vou fugir desse pardieiro
Quero velejar o mundo inteiro
Me derreter de calor...
Fugi no barco do amor,
Longe de “tiros e assaltos”
Por favor não me pare
Só quero ser um amador
Bem longe da farra,
Da esculhambação
Deixo a ilha da gambiarra
Corro da perturbação
•
••
•••
#poema #poesia #musica #critica #drummond #victordrummond #dummondcomunicação #escritor #poeta #brasil #trip #viagem #mundo #traveller #manmodel #digitalinfluencer #youtuber #jornalista #publicitario #beach #underwear #sunga #moda #fashion #fitness
Meu mar
(Victor Bhering Drummond)
Meu mar você me dá
Leveza à toa
Tirando a fantasia
Me desmascarando todo
Encharcado de suor
De tanto a gente se banhar
De tanto realizar loucuras
Nosso instinto faz amor
Envolto em maresia
Na areia, na choupana
É só harmonia
Sol que vem pra me benzer
De tanto a gente se amar
De tanto mergulhar
Em suas ondas
(De um sol e mar primaveris quase desertos em Jabaquara beach, Paraty)
Caminhos
(Victor Bhering Drummond)
Chegaram na encruzilhada
E escolheram o caminho do amor
A trilha da paz
O caminho da liberdade
Do sol, das cores
E nessa vereda
Tudo se refaz
Como diria Drummond
Vá ser gauche na vida
Desbravar o novo é tão bom
A estrada nascente
A partir de seus passos
Será desenvolvida
Rei Sol
(Victor Bhering Drummond)
Fim de tarde
Contemplo-te, Rei Sol
Não porque estás assentado
Em trono de ouro
Ou entronizado entre querubins.
Mas porque iluminas e colores
O princípio e o fim,
O Alpha e o Ômega
De meus dias
Com esse despudor inebriante.
