Se Fizer sempre as Mesmas Coisas
Invejavel são os fortes, fortes o bastante para superar coisas que os fracos se abateriam, sabe como é fracassados sempre existirão, para que aos fortes engrandeção.
Só quem está em estado de palavra pode
enxergar as coisas sem feitio.
As coisas tangíveis tornam-se insensíveis à palma da mão
Mas as coisas findas muito mais que lindas, essas ficarão.
É preciso amar as pessoas e usar as coisas e não, amar as coisas e usar as pessoas.
Essas coisas
“Você não está na idade
de sofrer por essas coisas.”
Há então a idade de sofrer
e a de não sofrer mais
por essas, essas coisas ?
As coisas só deviam acontecer
para fazer sofrer
na idade própria de sofrer ?
Ou não se devia sofrer
pelas coisas que causam sofrimento
pois vieram fora de hora, e a hora é calma ?
E se não estou mais na idade de sofrer
é porque estou morto, e morto
é a idade de não sentir as coisas, essas coisas?
Amor-próprio e orgulho são coisas totalmente diferentes. Não confunda. Você ir atrás de alguém após uma briga, sabendo que está errado, é passar por cima do seu orgulho. Agora se humilhar constantemente por causa de alguém, é falta de amor-próprio.
Você sabe que não sou mulher de arrependimentos, de olhar pra trás, essas coisas. A gente tem que mirar no alvo e atirar, pronto, foi. A flecha não volta. Se acertamos ou erramos, não tem volta. Foi assim que levei a vida sempre.
Estar apaixonado é querer dividir o dia-a-dia, mesmo que sejam coisas comuns. Se feitas com alguém amado, se tornam especiais.
Acredito que todo mundo tem um poder. E a gente pode, sim, mudar as coisas. Me chame de idealista. De sonhadora. E de romântica. Sou tudo isso. Mas ainda acredito nas pessoas e nas mudanças. E toda mudança começa no fundinho de cada pessoa que quer realmente fazer alguma diferença.
Quem não sabe o que é jamais chegará a saber. Há coisas que não se aprendem.
Mas eu sou uma chata que parece viver com medo de dizer as coisas claramente.
Há uma razão para gostarmos de manter as coisas para nós mesmos. Quando você tem uma audiência, até o menor momento se torna grande. Isso faz grandes momentos parecerem positivamente devastadores. O truque é não deixar que a pressão afaste você de agarrar grandes oportunidades. Você sai por aí, pelada e com medo, e finge que ninguém está olhando.
O peso que a gente leva
Olho ao meu redor e descubro que as coisas que quero levar não podem ser levadas. Excedem aos tamanhos permitidos. Já imaginou chegar ao aeroporto carregando o colchão para ser despachado?
As perguntas são muitas... E se eu tiver vontade de ouvir aquela música? E o filme que costumo ver de vez em quando, como se fosse a primeira vez?
Desisto. Jogo o que posso no espaço delimitado para minha partida e vou. Vez em quando me recordo de alguma coisa esquecida, ou então, inevitavelmente concluo que mais da metade do que levei não me serviu pra nada.
É nessa hora que descubro que partir é experiência inevitável de sofrer ausências. E nisso mora o encanto da viagem. Viajar é descobrir o mundo que não temos. É o tempo de sofrer a ausência que nos ajuda a mensurar o valor do mundo que nos pertence.
E então descobrimos o motivo que levou o poeta cantar: “Bom é partir. Bom mesmo é poder voltar!” Ele tinha razão. A partida nos abre os olhos para o que deixamos. A distância nos permite mensurar os espaços deixados. Por isso, partidas e chegadas são instrumentos que nos indicam quem somos, o que amamos e o que é essencial para que a gente continue sendo. Ao ver o mundo que não é meu, eu me reencontro com desejo de amar ainda mais o meu território. É conseqüência natural que faz o coração querer voltar ao ponto inicial, ao lugar onde tudo começou.
É como se a voz identificasse a raiz do grito, o elemento primeiro.
Vida e viagens seguem as mesmas regras. Os excessos nos pesam e nos retiram a vontade de viver. Por isso é tão necessário partir. Sair na direção das realidades que nos ausentam. Lugares e pessoas que não pertencem ao contexto de nossas lamúrias... Hospitais, asilos, internatos...
Ver o sofrimento de perto, tocar na ferida que não dói na nossa carne, mas que de alguma maneira pode nos humanizar.
Andar na direção do outro é também fazer uma viagem. Mas não leve muita coisa. Não tenha medo das ausências que sentirá. Ao adentrar o território alheio, quem sabe assim os seus olhos se abram para enxergar de um jeito novo o território que é seu. Não leve os seus pesos. Eles não lhe permitirão encontrar o outro. Viaje leve, leve, bem leve. Mas se leve.
Dinheiro e poder, e todas as coisas pelas quais as pessoas matam a tiros, pouco valem para o homem que encontrou a si mesmo.
O tempo não existe. O que chamamos de tempo é o movimento de evolução das coisas, mas o tempo em si não existe. Ou existe imutável e nele nos transladamos.
Nada no mundo é bonito ou feio, somos nós que revestimos de beleza as coisas que julgamos belas...
A beleza está nos olhos de quem vê e no coração de quem sente... É tudo uma questão de percepção!
Não dê idéia aqueles que só pensam no superficial, pense naquilo que te faz feliz!
Olhando as coisas simples
O guerreiro da luz sabe que, como dizem os tibetanos, “não é preciso uma experiência mística para descobrir que o mundo é bom”. Basta perceber as coisas belas e simples à sua volta.
Quando tem medo, o guerreiro concentra-se nos pequenos milagres da vida diária. Se é capaz de ver o que é belo, é porque traz a beleza dentro de si – já que o mundo é um espelho, e devolve a cada homem o reflexo de seu próprio rosto.
Embora conhecendo seus defeitos e limitações, o guerreiro faz o possível para manter o bom-humor nos momentos de crise. Afinal de contas, o mundo está se esforçando para ajudá-lo, mesmo que tudo à sua volta pareça dizer o contrário.
Eu e minhas lembranças
Talvez um dia eu te fale de mim…
Te direi coisas lindas do meu passado.
Chorarei frustrações da minha adolescência.
E te envolverei com histórias tristes,
Outras hilariantes e faceiras…
Talvez um dia eu te conte,
o tanto que a vida me foi cruel,
E das tantas vezes em que pensei desistir,
E daí, do nada, talvez eu comece a sorrir,
lembrando outras tantas vezes,
em que me senti absurdamente feliz…
Talvez um dia eu te fale de mim…
E quem sabe você se sinta feliz.
Por não ter me conhecido antes,
ou se entristeça por não me conhecer a fundo.
Dai te contarei sobre o que de mais belo já vivi, o amor…
E todas as minhas histórias se tornarão apenas mais uma.
Talvez um dia eu te fale de mim…
Talvez um dia você se lembre de mim…
E assim, estarei presente no seu passado,
Me recordarei do seu carinho de amigo,
Me envolverei na saudade do teu alento,
E partirei, como a brisa, como o próprio tempo,
que cobra o seu preço sem fingimentos.
E sei que permanecerei,
no mais profundo dos seus pensamentos..
Assim sou eu.
