Saudades de Quem Mora longe
Tá próximo!
A saudade esta sendo esvaziada pela certeza do nosso envolvente e apaixonante reencontro.
Depois de solitários suspiros e versos jogados ao vento, sinto a derrota do que era uma vida sem sentido se esvaziar, decifrei alguns mistérios impostos pelo medo e agora tenho no meu paladar o sabor da alegria, da paz e do amor carregados pelo trenó da felicidade.
Se passaram tantos dias de céus sem brilho, e tantas noites sem a lua e as estrelas, mesmo assim no meio do caos confiei nas asas da imaginação e lancei um pássaro com a esperança de achar a terra firme aonde você pudesse estar.
E o pássaro voltou depois de tempos perdidos no relógio, me trouxe boas novas, transbordei em lágrimas ao ver o pico das montanhas crescendo ao longe, e depois de cada onda enfrentada, vi que você estava ali, linda e ansiosa pelo nosso reencontro, tudo foi muito semelhante ao que antes eram apenas sonhos.
Meu porto seguro esta próximo, ao atracar irei ascender uma bela fogueira daquelas que nunca apaga, e continuarei construindo o nosso mundo de amor em terra firme para impedir que a saudade e os medos voltem a nos atacar.
A vastidão do horizonte impede de medir o tamanho de uma dor, onde se mistura junto com uma saudade.
Ainda choro pela sua ausência, porque a orfandade me incomodará até meu ultimo suspiro, superar sempre será preciso, mas é difícil aceitar um adeus tão prematuramente e forçado, vou ter que viver meia luz, um ponto que se encontra entre essa luz e a sombra, que damos o nome de penumbra.
A saudade se alimenta de nossas lágrimas, enquanto as lembranças protagonizam nossas noites de belos sonhos.
" Já tive pessoas próximas que se tornaram distantes, e pessoas distantes que se tornaram próximas. Tudo é questão de tempo e atitudes!
"Decepção tem nome e sobrenome
É ausência do que não foi vivido
Visto, sentido, ouvido, tocado...
Recitado, lambido ou acariciado.
Enfim...
É lembrança ruim do que não se teve
E, no campo da eternidade,
Nunca mais retornará"
(Homem do mar, p. 55)
Rutilante Anoitecer
Foi-se o sol
E um lençol
De saudade
Invade-me
Agora...
E o sino badala
Na calada
Das seis...
Ave Maria...
E um pássaro
Sobrevoa
O céu
E eu
Da matriz
Vejo o sol
Se esvaindo
Como alguém
De mim, se
despedindo.
E antes que se ouça
Se vê
A homilia divina
No prisma
Do anoitecer...
A saudade não entende quando o coração se machuca,
por isso uma dor tão doida cá dentro do peito se oculta.
“Somos tão sensíveis à ausência do eterno e permanente, que inventamos deuses e confundimos fantasia com fé.”
Não há nada tão belo quanto a escuridão que cerca as vilas e povoados distantes.
A pouca luz faz o som sereno da noite.
Lá longe onde a lua é o refletor e os grilos a serenata.
De lá sai a orquestra, do tambor a viola. A fogueira acesa marca o fim do encontro.
A noite continua ao som do mato escuro que quase não se consegue ver mas basta ouvir o vento enfurecido rebater as árvores que tudo que é escuro começa a fazer sentido.
Lá na escuridão daquela vila, clássico és os teus gritos.
Um poema
Um abraço
Um cheiro
Uma saudade
Uma lembrança
Um olhar
Uma voz...
Tão teus
Todos os versos meus,
Tão teus !
22/06/2020
NO SILÊNCIO DA NOITE.
Eu busco avistar te
Nos lugares mais distantes.
Quando penso encontrar te,
Em meu mundo, meu instante.
Em meus sonhos eu te vejo.
Como homem, meu amante
E os seus beijos tão ardentes.
Despertando meu viver.
É triste.. muito triste.
Quando chega o entardecer.
É triste a minha vida
E o meu mundo sem você.
Já é tarde, muito tarde.
Já é tarde, mas dá noite.
Eu aqui estou sozinha.
E você está tão longe.
A lembrança vem buscar me.
Para onde eu não sei.
Carregou me em seus braços.
Foi então que desmaiei.
Acordei já era tarde,
De um novo amanhecer.
Meu coração bateu mais forte,
Quando olhei para você.
Era apenas a sua foto
Que sorrindo estava pra mim,
Com ela está esperança,
De que você volte logo e me diga assim.
EU TE AMO.
Eu tentei fingir
Que não me importo
Que não sinto saudades
Eu tenti fingir
Que esqueci
Que não gosto mais
Eu Tentei fingir
Tentei, tentei e tentei
Mas não sei fingir
Eu sinto saudade sim
Não de você, mas de mim
Daquele que deixou de existir
Por promessas de amor sem fim.
Sinto falta daquele cara
Que sorria de tudo que você
Não via graça, isso já era um sinal
Se não sorri no começo, todos os dias serão o final.
Eu sinto falta da minha essência
Da minha falta de amor próprio
Da vida que perdi de viver
Porquê você me queria sóbrio.
Separados por eras, eles observam as estrelas, banhados pela luz de algo tão distante e talvez já inexistente, assim como a verdade que eles acreditam sobre suas vidas.
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