Saudade Sufoca
OH MORTE...OH MORTE...ADEUS -
Oh morte que o pavor me cubra
Dos olhos da esperança por quem viveu
Ou talvez de quem já não vive
Oh morte que o pavor me cubra
Muda agonia que o meu alento desfalece
Oh devora-me o corpo exausto que repousa
Jaz de morte nos lábios meus
Mortal desgosto cobre o meu rosto
Pedra de mármore fria de macio encosto
Oh saudade insana que não quer perder a alma
Magoa deixada na escuridão dos olhos
- Oh morte...oh morte...adeus -
Vai-te embora oh morte, ainda não é a minha hora.
OCULTA ADVERTÊNCIA
Oculta advertência sem assistência
Consciência perdida por convivência
Fragas em permanência de uma abstinência
Numa fuga de preferência sem resistência
Sangue que corre nas veias por insuficiência
Vitórias que a vida nos dá por providência
A tua alma que morre em mim por imprudência
Sonho com o teu corpo com bastante impaciência
Derrotas feitas tantas vezes de turbulência
Passos gigantes desconcertantes sem coerência
Um coração leviano apaixonado com confidência
O pecado sem virtude…É um vício de muita resistência!
" GLORIA"
Gloria ao sol dos mortos
Aos sonhos que eles nos dão
Silabas adormecidas no tempo
Combustão de recantos poéticos
Monte de arvoredo visível no inconsciente
Cheio de bolor
Sopra o vento assolando a minha alma
Tantas vezes desabrigada
Poemas escritos no ventre colorido
De pétalas num livro aberto
Gloria ao sol dos vivos
Aos sonhos que nos deixam saudade
Rezas de uma poesia feita de sombras amadas
No silencio da vida
Poemas escritos num beijo que te dei bordado de esperança
Segredei ao vento o teu nome
E a chuva em resposta beijo-me o rosto!!
REINVENTO-ME NO LIVRO DA VIDA
Reinvento-me no livro da vida em cada palavra
Que escrevo, que leio, com amor, com dor
Devagarinho, escrevo minha vida em cada palavra solta
Escrita, dita em voz alta ao vento no tempo
Quero acreditar que ainda posso voar...
na tempestade forte da vida
Eu sei que quase tudo que escrevo é para ti...
Meu amor,meu amigo.
Julgamos que a vida nos pertence que já é um dado
Mais que adquirido.
Mas a vida não nos pertence e tem os seus dias cinzentos
Quando não são escuros. O meu sol, és e sempre foste tu…
O único que iluminas a minha vida...
Na escuridão das noites frias.
Às vezes reclamas a minha falta de atenção para contigo,
Afinal sempre gostaste do que eu escrevo.
Uma depressão tirou-me a luz e fez a minha vida
Naufragar no mais fundo deste mar de angústia...
Que não me deixa chegar ao porto para ancorar este barco que é o meu corpo doente, encalhado em alto mar...
a minha vida tomou um rumo triste, cinzento, negro.
As cores foram-se desaparecendo nos dias em que a dor muitas vezes não me larga.
Sofro muitos revês, muitas noites de insônias...
Muitas manhãs em que a única...
Vontade é voltar a fechar os olhos e esquecer que existo.
São dias muito complicados....
com muitas lágrimas....
muitas desilusões
Muitas dores....
Emocionais que quase me fazem desistir de tudo...
Mas tu estás sempre presente,
acreditas que o amanhã me trará uma aurora mais bonita… Talvez mais serena com um pouco de paz.
Sempre acreditas na minha força em recuperar...
e em ter de volta a minha vida...
Não deixas-me desistir de lutar, obrigas-me a dar
Mais um passo em frente.
Confesso...
que este ano tem sido doloroso estou tão cansada
De toda esta minha tormenta...
Quero recomeçar ou melhor recuperar minha vida ……
E deixar para trás todos estes meses de dor!!!
obrigado meu amor.
"Eu sou óbvia e nem por isto menos surpreendente".
Sou clara,embora tenha algumas imperfeições.
Mas pode estar certo, que sou tudo isto que mostro;
qualidades e imperfeições.....
Os meus interesses são sempre legítimo e a minha saudade
autêntica...
Eu aprendi que não posso escolher, como me sinto..mas posso
escolher o que fazer a respeito.....!!!
*-*..!!!M@ri!!!*-*
EMBORA BANHADA
Embora banhada se encontre a minha alma
Carrego em mim……
Um segredo fechado a sete chaves
És a sombra que não deixo ir…………
A lua que espero para dormir
Na corrida do dia, na calmaria da noite…
Venço sempre a tempestade
Pernoitando em ti………….
Rendendo-me e adormecendo em mim, em ti
Acreditei no teu amor………
Colhi as tuas dores, banindo os teus temores
Embora banhada e perdida se encontre esta minha alma
Coloquei-te no meu peito…….
Refeito de emoções, cheias de silêncios.
Rosa desfeita em sílabas de dor………
Amor sufocado de palavras nas noites solitárias!
SAUDADES
Amor, quantas vezes você quer ouvir?
Ou precisa ouvir? Diz pra mim...
Sei que errei, peço desculpa por isso.
Sei que duvidei de você, culpa minha você estar assim
Culpa minha eu estar assim... Insegurança
Só eu sei o que estou passando,
Sofrendo, chorando
Volta pra mim
Tenho tanto pra dizer,
Nossos sonhos, nossos momentos
Lembranças. Amor! Mais uma vez...
TE AMO!
"VIDA"
Na vida, muitas vezes vivemos dificuldades e infortúnios
Sofremos, desesperamos, lamentamos e choramos
A vida é complexa, é como um imenso labirinto de fragas
Constantemente caminhamos por caminhos de cenários brutescos
E ininterruptamente nos deparamos em situações...
Que nos transformam
Que modificam a nossa própria natureza
Do nosso instinto selvagem
Que exigem qualidades, que muitas vezes não possuímos
Exigindo dos outros, valores extraordinários!
O último ato pode ser daqui a muito tempo, ou talvez no próximo instante. E como seremos lembrados quando partirmos? Eu penso nisso, sim. Tem gente que não gosta de pensar na morte. Eu apenas penso como uma separação momentânea. Quando eu partir daqui, no último ato da minha existência, gostaria que tocassem uma música suave, mas alegre, gostaria que meu descanso tivesse cor, minha família tivesse conforto, meus amigos boas lembranças e no céu Deus me recebesse com um abraço. Na minha lápide poderia ser escrito: não estou aqui, estou te esperando no céu, faça os outros felizes, descalce os pés da correria, ame enquanto é tempo, viva o hoje ao lado dos seus, corra na praia, suba uma montanha para admirar o horizonte, veja o nascer do sol e depois nos encontraremos novamente. Há, só mais uma coisa, me leve em seu coração durante todos estes momentos, pois nele eu continuarei sorrindo.
Dizem que enquanto temos vida podemos realizar, mas vida, algumas vezes, não se resume a respirar. Vida pode ser entendida como vontade, esperança, saudade, cobrança, e entre outros.
Luz da insônia
Assim danifica a luz da insônia
Sabes que o poema esta vivo
E eu estranhamente na minha velhice apressada
Sinto os favos de mel de uma alma estéril
Fragas em lascadas, pedras perdidas
Onde o poema escrito dormita com a minha alma
Doloroso o meu desassossego
Dos instantes de um adeus
A tua boca solta um grito maldiçoado
Perco os sentidos de um passado em crepúsculo
Enquanto eu te invento, encosto-me a ti em mim
Entrego-te o relógio de areia
Que dorme na minha boca
Onde a caricia do vento, acaricia-me o corpo frio
Invento-te nos meus poemas escritos
Com a luz da minha insônia
Nesta minha estranha velhice talvez ou não apressada!
Calma... em que ano vivemos mesmo???
Anos 2000???...época 2000???...2000 e quanto???
Quantos momentos realizados e memorizados? Quantas histórias para contar?...quantas músicas para recordar?...quantas lembranças para ao menos sentirmos saudades.
Diante de um mundo tão apressado e tecnológico, cada vez menos vivemos realmente um tempo de verdade, com pessoas para fazer história.
Tudo hoje é tão rápido, supérfluo... Quanta coisa fútil, músicas sem nenhum conteúdo que estouram durante uma semana... mas se quer sobrevivem para fazer história, pois na verdade; não são realmente músicas, mas sim o reflexo de uma sociedade doente, sem valores.
O que as crianças de hoje vão contar futuramente??? “Na nossa época...” (que época?)...tudo hoje acontece na rapidez de um click.
É triste tentar responder a essa pergunta, quando nós tivemos sim uma época, “anos” para contar e marcar a história. Anos 80 por exemplo, uma década, isso mesmo 10 anos, não apenas 10 clicks, ou 10 “curtidas”. 10 anos de tendências, músicas, estilo, brinquedos; fatos que compuseram realmente uma estação.
Ah...como seria bom para a própria humanidade, se as pessoas não corressem tanto....se não esmagassem os minutos em busca de suas ganâncias, gerando assim tanto estresse e descontentamento, para sobreviverem num mundo de aparências.
E tentassem simplesmente viver de verdade cada segundo, e que cada segundo preenchesse um momento para se fazer história.
HOMENAGEM À MINHA MÃE, ARLINDA BARRETO - LUTO ETERNO!
Falar eu te amo é fácil...
Basta ser sincero, respeitar, honrar.
Difícil é, não poder mais dizer EU TE AMO, MINHA MÃE.
Você deixou uma lacuna em minha vida que jamais se fechará,
Jamais meu sorriso será o mesmo, minha vida será igual.
Problemas, sempre tive
Mas Você deixava a vida tão doce, tão possível!
Com sua fé, deixava tudo tão próximo, atingível.
Só sabe o que uma verdadeira Mãe, quem teve uma Mãe de verdade e se comportou também verdadeiramente com Ela, pautada na decência, carinho e muito respeito. Amizade mútua para todas as horas.
Aquelas histórias que eu já conhecia, mas que Você continuava repetindo, mas eu gostava tanto de ouvir, era como se estivesse ouvindo pela primeira vez...
Impreterivelmente, todo sábado no horário do supercine, você estava preparando o feijão de domingo... colocava um pouco de feijão de corrute e conversávamos até de madrugada.
A casa cheia, os da família e os amigos vizinhos que gostavam de estar em Sua companhia.
Deus nos conforta sim, mas poder ouvir sua voz, seus conselhos, seu sorriso, sua paz, sua segurança, sua alegria, serenidade, isto tudo... Eu não tenho mais...
Dia 28, mais um ano sem Você, é como se fosse ontem, onde o céu deixou de ser igual, as nuvens sempre mais turvas e, não tenho Você para dar o seu toque de classe “Minha filha Deus proverá” e com isso, o mundo se abria, o impossível acontecia e estava sempre pronta para o que desse e viesse.
Mas, Mãe, sua força, dignidade, amor e esperança continuam permeando entre seus filhos que se dignam de poder dizer Somos Filhos de Arlinda Barreto.
Meus amigos, quanta gente boa tem morrido estas últimas semanas, vários colegas de trabalho e amigos. Temos ficado atônitos com tantas perdas. Deus proteja a todos e não se esqueçam de agradecer a Deus por tudo. Por que não abraçar , beijar, agradecer e sorrir para quem gostamos? Pedir desculpas quando erramos e reconhecer a gratidão? — se sentindo angustiada.
Se tivéssemos noção da brevidade da vida todas as despedidas seriam apertadas e calorosas, todos os sorrisos se converteriam em gargalhadas e o "ter de partir" seria tratado com a dignidade merecida.
Perfume de uma amor.
Erros nem sempre são para sempre
Lamentações as vezes nos fazem recordar
Esquecer também faz parte de viver...
Lembranças as vezes me trazem você
Mesmo doendo prefiro, a lhe esquecer
Odeio pensar que tudo pode ter um fim...
Costumo deixar o tempo passar
Longe de você sobram me as rosa
Um agridoce perfume perdido no ar...
Se soubesse que sonhos são eternos
Jamais acordaria ou dormiria para sempre
Unidos pela surpresa de nossas alegrias...
Daria minha vida por mais um segundo
Se este instante fosse ao teu lado
E quem sabe assim sentir o teu perfume...
Não desejo nada alem de uma felicidade
desde que a felicidade seja você
Mesmo que o amor contrarie a razão...
Aprendi com o tempo a implorar, uma chance
Surpresas também podem nos encantar
Perdidos ou em busca de um lugar seguro.
O vento soprou teu perfume pra mim.
Fez comigo o contrario do amar
Transformou lembranças em dor...
Esquecer tornou-se difícil pra mim...
ADEUS
Passar pelo ADEUS
É uma dor imensurável,
Dilacerante,
Incessante.
Só o tempo diminui a intensidade da dor
E transforma a saudade em algo que acaricia nossa alma.
E o tempo não é o mesmo para todos.
Dias podem ser meses,
E anos podem ser apenas dias.
É a intensidade do amor que muda as folhas do calendário.
Passar pelo ADEUS é inevitável
Assim com inevitável foi
Amar aquele ser tão importante
Que foi entregue A DEUS.
Por que?
Por que, depois de tanto tempo,
Tua lembrança veio me ferir?
Por que, depois de tantos acontecimentos,
Meu pensamento resolveu ir de encontro a ti?
Por que, depois de tantas vivências,
Encontro-me afeita a ideia de rever-te?
Por que, depois de tantos espaços,
A distância de agora não proporciona-me deleite?
Não gosto nem quero voltar,
Porém surgiu a necessidade de saber como te sentisses.
Não gosto nem quero encontrar,
Mas surgiu a urgência de entender como me permitisses:
Viver sem a tua presença,
viver sem a tua memória
Viver sabendo que um dia chegou ao fim tão bela história.
Como andas tu?
Como tu te sentes?
Como te tornasses um ser tão ausente?
Nos perdemos um do outro,
Nos permitimos a distância,
Por que, justo neste momento,
Veio-me ressurgir tal incômoda lembrança?
Qual a utilidade de encontrar-te?
Qual a vantagem de pensar em ti?
Qual a importância de localizar-te?
Qual a indispensabilidade de voltar no tempo assim?
Talvez seja porque descobrindo a ti,
Possa também encontrar-me a mim,
já que há muito esqueci quem sou,
Já que há muito o sonho acabou,
já que tanta vida passou...
Como saber?
Como ter plena certeza?
Como entender se tudo vai valer apena?
Seja lá como for,
Seja em qual tempo aconteça,
Só não quero sentir saudade,
Só não quero perceber que já é tarde,
Só não quero ter que responder:
Por que tu te afastasses?
Por quê?
