Saudade do que não Aconteceu
Soneto da Dor Doída
Nas asas da saudade partiste
Fostes como brisa ao vento
Minha alma ao relento triste
Poeta uma porção de lamento
Na solidão um quarto vazio
Que ainda caminha teu cheiro
Nas lembranças apenas frio
De um chamado ainda inteiro
Contigo levaste parte de mim
Em mim um todo de vós ficaste
Levarei impregnado até o fim
E neste teu momento de partida
Suspiros, foste ao coração engaste
Agora choro eu, por esta dor doída.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
19 de Julho 2015
Cerrado goiano
ao meu pai.
Quem dera a saudade fosse apenas uma brisa de vento passageira, mas ela é uma andorinha que sempre cumpre o ciclo de idas e vindas como uma gripe a nos abraçar de tempos em tempos a nos tirar as forças e apesar da dor, serve para nos mostrar os bons momentos já vividos.
E na vida sigo derramando dois tipos de lágrimas: uma, de saudade, por alguém que para o céu partiu de supetão e outra, de desgosto, por quem um dia destroçou meu coração.
Se foi destino ou sacanagem
Foi malícia ou vaidade
se foi fogo ou foi saudade
Já não consigo decifrar.
Se fosse fácil eu te contaria
você bagunçou a minha vida
me deixou de pernas bambas
e saiu sem me explicar.
Não me ligou de madrugada
me deixou sozinha na sacada
foi difícil superar.
Não vem agora com essa mara
que eu já estou com outro cara
e aprendi a me valorizar.”
TENS SAUDADE DO PASSADO E BOM TER, RELEMBRA. MAIS NUNCA QUERER VOLTA LÁ, POIS SEU PASSADO JÁ LHE ATRASOU DEMAIS. ERGUI A CABEÇA E SEGUI EM FRENTE QUE EU VOU TE DANDO UMA FORÇA.
Há uma saudade em cada despedida
A dor no peito vozeia por está partida
Lágrimas mudas viram cinza e nada
A lembrança passa a ser uma porrada...
Se é pra danar, perde-se para encontrar,
pois encontra-se para novamente amar...
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
A lua é testemunha
Que o âmago da alma
Embuído de calma abraça uma saudade põe-se a cantar
Estrelas cintilantes
Que dançam céu afora
Refletem na viola a sensibilidade de quem sabe amar
As mãos às vezes tensas
Se apegam uma à outra
Procuram controlar memórias amorosas que o tempo atiçou
As marcas do passado amargam minha mente
De forma comovente, fiz triste a canção e a noite chorou
Sozinho na noite feito um vagabundo e louco de amor
Faço das janelas meu palco de show
Me encolho me humilho e canto o que sou
Um caso perdido um amante da lua
Um incompreendido, um lixo da rua
É que sou poeta e poeta é louco
Tem amor demais, tem de tudo um pouco
Tem sede justiça, esperança no vento
E crê que em breve o tempo de tristezas
Poderá findar
Tem medo da inveja, por saber que a poesia
Transmite alegria e muita gente má deturpa por pesar
Tem as reflexões, tem medos, tem virtudes
Tem paz nas atitudes por ter ideal
Tem ódio na explosão
Tem pensamentos próprios, tem sede de igualdade
Fé na sinceridade, febre de direito e defende a razão.
MINHA SAUDADE
Fecho os olhos, e tento ouvir tua voz
Aquela voz doce e suave me chamado "Amor"
Tento sentir teu abraço, teus beijos, teu calor
Bate uma saudade misturada com medo e ansiedade
Sou forte, mas longe de você me sinto frágil
Pareço uma folha seca levada pelo vento
E neste tormento, os dias parecem não passar
Trago viva as lembranças de nossos momentos
Dias, noites nos teus braços,
Tão rápido passou, e o que restou, foi esta saudade
Esta vontade de voar até você
Onde eu estava que não te vi?
O que eu fiz que não te percebi?
Por que o destino nos faz assim?
Você já poderia ser minha e eu ser teu
Assim os dias meus, não seriam tão vazios
Minhas noites tão frias,
Seríamos felizes na maior dimensão
Repletos de alegria amor e paixão
Mas você está tão longe....
Agora cai uma chuva,
E o barulho no telhado me faz querer te ver
Queria estar agora com você,
Como das outras vezes, e desta vez
Nunca mais ter que partir
Não mais dizer adeus
Por muito tempo
estive a ler uma saudade
que o tempo nunca se cansou de me escrever
e hoje jà nao sei muito bem
se leio a saudade de um tempo
se é a saudade que se escreve no meu tempo
ou se é o tempo que lê a saudade escrita
em todos os meus tempos...
Fechei os olhos na saudade
Vi sussurros na minha boca
Eram lágrimas de tal vontade
E palavras de sonoridade oca
Luciano Spagnol
Poeta mineiro do cerrado
A saudade e o momento feliz
Permanece doce e em silêncio.
E com aquele jeitinho,pensa fazer carinho
no meu sencível coração. "
Quando chovia a terra molhada tinha cheiro de saudade.
Saudade dos dias nublados e dos beijos apresados que significaram tanto.
Mesmo que só pra mim.
