Saudade de Filho que Estuda Fora
Ele foi embora como as chuvas de verão
E não esperou o vento soprar para eu ir junto
Ela foi embora como todo mundo que eu gosto já foi
Ela se despediu ,mas eu ainda sinto ela puxando
minha orelha
Ele foi e eu queria um beijo
Ela foi e me deu um abraço
E eu fico com o Coração partido
Tentando juntar os pedaços
A mulher na calçada
Ela estava sempre sentada na calçada quando eu passava, vestido velho, puído, um lenço que já tinha sido vermelho cobrindo seus cabelos maltratados, um pote de sorvete encardido, rachado, pousado ao seu lado para recolher moedas; diziam que era maluca, excêntrica, uma mendiga por opção, quando tentavam ajudá-la, se recusava, se a internavam, fugia. Ela já fazia parte da vida daquela rua, tornou-se uma estátua viva, um patrimônio da decadência humana, um dia, da mesma forma que apareceu, sumiu. Ainda hoje quando passo por ali penso ela, de alguma forma sinto sua falta; a rua ficou tão vazia.
Vestida de hortelã, essa memória me visita e mareja meu olhar: tantos anos já se passaram sem a sua presença física, tantas coisas já vivi e quantas histórias minhas eu gostaria de te contar, mas a certeza de que você me vê – mesmo que invisível aos meus olhos – me conforta. Então, minha querida vó, cuide da sua hortinha aí no Céu, enquanto eu semeio nossas lembranças aqui na Terra. Minha saudade segue com o teu cheiro.
Te esperei
Dói, no mais íntimo do peito ouvir o som da porta fechando, sentir os raios de sol no rosto, descer lentamente cada degrau da escada, esperando... fantasiando... mas sei que você não vem !
Mais uma vez, por insistência ou desatino, apoio os pés na calçada do vizinho de frente e te espero, lembrando de quando vinha, de quando surgia a caminhar com o rosto ainda sonolento, mas com um grande sorriso estampado no rosto que contagiava e tornava tudo mais contente.
Hoje, te esperei, sabendo que não vinha, te esperei... entristeceu-me o semblante, calei-me sem nada ter dito, lamentei profundamente sua ausência, orientei-me as pernas e segui o meu caminho que já não mais parecia alegre como em tais dias, agora, ingrime e sozinho.
Hoje as mensagens que trocamos pelo celular ficaram mais curtas e tempo entre elas ficou mais longo.
Tela em branco, aquarela sem cor.
É triste envelhecer,,,
Não tenho medo da morte, claro que fujo dela,
tenho medo ficar sozinha numa cama
de um hospital, de um lar....
à espera de um carinho, de uma pessoa estranha,
dos olhares de dor, solidão....
já olharam para dentro dos olhos,
de um idoso? Então olhem porque tem dor, dor, dor.
solidão, escuridão, quando passar por um velhinho ..
mesmo que não o conheça, dê-lhe um abraço...
ele pensará que és maluco, mas véras os olhos dele a brilhar..
a dor terá desaparecido, é duro ver os outros a sofrer...
é o que eu encontro e sinto no meu trabalho ...
estas pessoas que um dia já foram amadas e felizes
hoje vivem na escuridão, no abandono ...
por os familiares e parentes,,,
ficam à espera de carinho e compreensão
de uma palavra amiga, de alguém que as oiçam....
hoje só resta um carinho de todos os que trabalham..
com estas pessoas, doentes da idade,
alegres e felizes com falta de amor que...
só sentem o abandono de quem amaram
e já os esqueceram não sabem se estão vivos. ou mortos..
abandonados à sua sorte nesta imensa solidão
de ser velho seja na cidade, vila ou aldeia, é triste ser-se velho.
Só sei nadar como uma menina
Me perdendo e me encontrando em ondas
Me afogando nos teus beijos
Despertando no azul infinito dos teus olhos
E sentindo o gosto do sal da lágrima da saudade de sentir.
Já tentou fugir da dor? não dá né?!
Você pode dar risada, se "divertir",mas sempre chega o momento em que a realidade vem a tona, e doí, doí, doí....Daí quando você está quietinha na cama as lágrimas não se controlam e rolam pelo seu rosto, de alguma forma chorar te alivia, você dorme, os dias passam rápido até o dia em que você vai perceber que a dor virou saudade...
...E quando a saudade não cabe no coração, transborda pelos olhos, daí você dorme!
DIA CHUVOSO
Olhando a chuva, minh'alma é pura tristeza.
Uma cantilena que lembra antiga canção,
invade suave e devagarinho o meu coração.
A chuva tece na vidraça linda renda de Veneza.
Tua imagem se faz presente em mim, lentamente,
vejo além da janela teu sorriso lindo e tão amado.
As minhas mãos tristes tocam o vidro gelado,
nele buscando talvez o calor de tua mão ausente.
Mãos que tão suavemente me acariciavam.
Pernas que se entrelaçavam, me aprisionaram.
Olhos onde eu naufragava e me perdia em mim.
Relembro teus beijos que do chão me tiravam.
Teus braços que com sofreguidão me apertaram!
Saudade! Nunca houvera amor tão grande assim.
Verluci Almeida
P.S.
Com este soneto 'Dia Chuvoso', ganhei o primeiro lugar
no 3º Concurso de Poesias da Comunidade "Navegantes
das Estrelas", no ORKUT em março/2006
JABUTICABAS
Pomar de minha infância:
Laranjeiras, bananeiras, abacateiro,
Mangueiras, goiabeiras, uvas docinhas.
Um cajueiro e o pessegueiro em flor.
Mas o que eu mais curtia era a jabuticabeira.
Quando florida, prenuncio de doçura no ar,
Enchia de doce expectativa, meu paladar.
Como era bom chupar jabuticabas no pé!
O sabor só pode ser comparado
A esta doce e suave lembrança.
É na jabuticabeira de minha infância,
Que reencontro os meus sonhos...
- Saudade! -
Se no meio dessa areia toda,
eu marcar um "x" bem grande do meu lado,
você vem aproveitar o pôr-do-sol comigo?
Se na hora de bater a foto,
eu resolver mostrar a lingua,
você vai sentir inveja o suficiente pra aproveitar o pôr-do-sol comigo?
Se eu te disser que o sol
aquece tudo menos meu coração,
você vem aproveitar o pôr-do-sol comigo?
De todas as as formas e maneiras de se convencer alguém,
será que alguma delas fará você vir aproveitar o pôr-do-sol comigo?
Será que com você algum dia do meu lado
Ainda vou precisar ver o pôr-do-sol ou o brilho de seus olhos será suficiente?
Solidão do silêncio
Uma chuva mansa cai sobre o telhado
Um friozinho gostoso na alma
Convite para as lembranças de um passado
E uma gotinha de nostalgia
Faz os sentimentos ressoar
A saudade que mora no coração.
Tempos remotos
Sorrisos largos
Palavras doces
Que se emudeceram
Mas, que fazem ecoar na mente
Mesmo, distante
Mesmo ausente.
É a solidão de um silêncio
Que outrora foi tão reluzente
Tão eloquente
Abraços que afagaram
Proporcionando um calor
Que foi o amor
Sentido por dois seres
Feitos um do outro
Mas que vivem separados
Pelo acaso do destino
Que os separou de modo repentino.
Gosto do meu presente salpicado de passado e não tenho a menor vontade de deixar morto e enterrado o que só me fez bem.
Olho para nossas fotos inúmeras vezes, tentado descobrir o que aconteceu. Termino me sentido culpada.
Na praça
Aquele homem distinto de olhar distante
Lembra meu avô
Que não ouvia
Só sentia
A vibração dos sons ecoantes
Aquele homem distinto
De olhar distante
Uma hora a embriaguez vai passando, a música começa a ficar chata, as pessoas ao redor começam a parecer fúteis e não te completam. Os amigos do seu lado já não te fazem rir, uns e outros começam a ir embora e você se pega sentindo que algo lhe falta, mas ainda não tem noção suficiente do que é. Começa a bater aquela nostalgia, saudade de alguém, de algum momento e começa a refletir em coisas que poderiam ter sido diferentes, o valor que deu a umas, o desprezo que deu a outras e se vai ter comida em casa quando chegar de rango. A cachaça ainda está no sangue, mas você já começa a se arrepender por aquilo que fez, por algumas atitudes que teve ou não teve... e por coisas que deixou se perder...
Na manhã seguinte acorda com a roupa do reggae, com a cabeça pesada, tentando encontrar as coisas exatamente como as deixou...mas...a toalha ta em outro lugar e não tem quem pegue, o café ta uma droga..parece mais forte que o de sempre, aquela mensagem de bom dia não recebeu e a manhã está completamente diferente. Aquela sensação de que tem algo errado e a vontade de tudo voltar ao seu lugar te martelam o juízo..mas a impotência e a preguiça saem ganhando.
A tarde chega, e por incrível que te pareça, você não consegue ter aquela fome de ogro que sempre teve, e nem tirar aquele velho cochilo depois do almoço... O celular, que você antes deixava de lado, agora você não para de olhar por minuto, esperando por algo que nem você sabe o que é... Os amigos e conhecidos de ontem já estão em seus mundinhos, e talvez nem se importem como você chegou em casa..ou como acordou..se está bem. Eles não tem nada a ganhar...e nem nada a perder se não te procurarem.
Depois de um dia que custou a passar você já não se sente tão disposto, não vai bater o baba que tanto ama com os vizinhos, não vai nem treinar pra elevar o ego..e seu dia começa a ficar vazio. O que antes te enchia o saco agora te faz ficar desesperado pra ter novamente.. Deita a cabeça no travesseiro, já é de madrugada, mas não consegue dormir de primeira como antes conseguia. Sua cabeça está a mil e simplesmente não sabe o que fazer. Não tem coragem e sente vergonha....se sente INFELIZ , e vai tentando entender o porquê.
Os dias passam e você não tem fome (tristeza) e os enjôos (arrependimento) não passam...Nada de bom lhe acontece, ninguém te olha com aquele encantamento no olhar, ninguém te faz sentir importante!
E, provavelmente, o remédio pra todas essas sensações é o "TEMPO".
Aquele mesmo tempo que não soube dar valor, aquele que não soube aproveitar ou que tanto pedia quando se sentia de saco cheio.
Aquele mesmo tempo que não tinha quando lhe cobravam, ou aquele mesmo tempo que vc não teve pra dizer um - Estou com saudades, - Sinto muito sua falta, - EU TE AMO, - Me perdoa.... .
TEMPO este que nem todos tem pra dar mas quando precisam sabem cobrar.
TEMPO mestre de quem quer ir...e também de quem não quer deixar.
O tempo e o vento às vezes nos trazem lembranças boas do passado que nos deixam pensativos e nos fazem refletir e lembrar de coisas que já se foram e que talvez não tenham mais volta, mas que nos permitem sentir um sentimento inexplicável de saudade e medo. São esses mesmos sentimentos que muitas vezes nos deixam trancados dentro de quatro paredes, com medo de nos abrir e nos declarar.
A noite chegou e junto com ela a vontade de sentir o seus beijos e colar o seu corpo ao meu.
Junto com as estrelas que lembram muitos seus olhos, veio a saudade que não para de torturar meu coração.
O vento lá fora assovia uma velha canção de amor e como um carrasco me envolve com um aroma que me faz recordar o seu cheiro.
Então de olhos fechados, fico eu aqui sonhando e pedindo a Deus que isso seja um presságio de novos momentos de amor!
Sergio Fornasari
O meu sonho
É que o tempo passe ao contrário
As nuvens voltem para trás
Sentimentos esquecidos
E que me deixem em paz !
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