Sabia
"Naquele dia ele me viu chorando, ele me perguntou o porquê do choro, mas ele já sabia, eu não respondi, nem olhei para ele, mas me surpreendi com o abraço que ele me deu."
As vezes só é necessário um abraço amigo, um abraço sincero, o abraço silenciosamente diz: Eu estou aqui, pode chorar.
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Agora ela está sabendo viver só, coisa que antes, de nós dois, só eu sabia, mas agora ela sabe, mas eu já não sei mais, de alguma forma ela me fez esquecer.
Agora a indiferença na companhia humana que eu ostentava, as vezes falsamente até, ela joga na minha cara, e se antes ela me chamava de niilista agora não me chama de nada.
Se faço uma pergunta, me responde com uma risada.
Está quase sempre indisponível, parece que marca uma hora para falar comigo, e nesse meio tempo responde minhas mensagens, depois, nada.
Enquanto isso eu nado nesse mar de nada procurando essa ilha de hora marcada, caso não a encontro me afogo em indiferença.
Nada.
Como posso ser tão dispensável se antes dizia que me amava?
Hoje não diz nada.
Como pode ser tão forte?
Porque é isso que é, força!
Uma força que eu não tenho, sou fraco, se fico sozinho por muito tempo já começo a ficar ansioso, a ansiedade me corrói, o silêncio, o tédio, o ficar sozinho comigo mesmo, companhia ingrata a minha, entre eu e eu mesmo, eu prefiro nada!
"Decidi ser só, para evitar conflitos, mal sabia que meu maior inimigo, era eu mesmo, sigo em guerra."
A sociedade és um mundo frio e cruel. Sou sensível de mais paras coisas vazias e sem alma. Eu sabia que aqueles belos olhos me foderiam para sempre.
Até o brasileiro mais desacreditado que dizia: eu sabia que o Brasil não chegaria nem na final, no fundo torcia pela vitória. Porque nós somos esperançosos, nós acreditamos mesmo quando tudo está desfavorável! Não foi dessa vez, mas vamos desistir? Nunca, somos persistentes, vamos à luta e no final, somos honrados pelo aprendizado ou pela vitória!
Oh
Quantos oh você deixou escapar hoje?
Quantos oh saboreou neste 6 de abril?
Sabia que, para cada oh, existem dois ah?
Para cada ah há apenas meio oxente?
Aqui pra nós, você estaria pronta para
Devorar um bolo recheado de oh e ah?
1º bolo: oh my god, para ohnde olhar?
2º bolo: ahqui e ahcolá em todo lugar!
são 04h, muito frio. há tempos não sabia o que era isso em Ribeirão Preto.
não há gemidos nos apartamentos vizinhos, todos dormem e o silêncio reina. lá fora chuva e um pedido de socorro, rompe com a paz reinante.
uma voz feminina suplica que a deixe; que ela não quer ir, quer ficar ali. em outros momentos, quer ir. mas só! sem a companhia, que nada fala — presumo só acompanhar ao largo, de um lado a outro da calçada.
nenhum carro na rua, nem sons a interromper o capítulo dessa novela. ela chora e ri num desafino descompasso, lembrando talvez mais dos drinks de que a música que a embalou no início da festa, que sabe-se lá como terminou, ou não!
penso em deixar a cama, abrir a Frisa e ir acompanhar o desfecho do romance "frozen in the rain". as cobertas que me acompanham não permitem e me abraçam mais forte de encontro à cama. tento com esse trio aquecer-me para o final da madrugada e colo mais um travesseiro ao ouvido — ajuda também a esquentar —, mas a voz feminina, lá fora teima em reinar. não é um Romeo, Romeo... nem tampouco tomate cru que ela procura na feira — por sinal distante daqui — . e, ela continua a berrar, algumas palavras que se parecem com isto.
milésimos de segundos se passa e seus sapatos começam a dividir com o som da chuva a quebra do silêncio que antes reinava, na pista. uma dança sem música, no asfalto molhado. ele, enfim berra e pede para que ela volte. é então que eu noto a companhia, é um homem.
abri a Frisa, quem sabe para ajudá-la, quem sabe para me devolver o sonho e, aquecer o corpo. vejo que ela não resistiu, preferiu o Romeo. ela aceitou-o e foram em busca dos tomates.
agora sim, o tempo vai esquentar e logo, logo, o sol é quem vem reinar!
“Quando eu achei que sabia de tudo,
e que o mundo, por minhas experiências e andanças,
já estava por mim conquistado,
Deus me mostrou que o caminho certo,
sempre foi para o outro lado”.
Você morava nos meus versos?
Esteve sempre tão perto,
Não sabia,
Enquanto vivia,
As minhas palavras com as tuas se faziam,
Seus versos se entrelaçam nos meus,
Nossas músicas ecoam num mesmo compasso,
Neste passo,
Que aproxima duas almas assim,
Num contexto inesperado,
Nada combinado,
Foi Deus que trouxe nos dois assim,
Para o que não tem explicação,
Só existe essa conclusão,
De vida que vem do altar,
A resposta que fui buscar,
Em nossos versos reconheci.
Eu não sabia,
Nem você,
Foi de surpresa,
Mas, estava escrito que já iria acontecer,
Em casa, toque trocado,
A cada palavra de carinho,
É quando não só são os corpos que se entrelaçam,
São as almas que dançam no compasso do que se chama amor,
Sem dor,
Te carregaria no colo,
E te livraria de todo mal,
Enquanto isso,
Meu peito é teu,
Deita aqui,
Cafuné,
Olhares,
E os carinhos de dedo,
Aprendi,
Aprendo,
Contigo.
Minha pequena,
Minha princesa.
Eu sabia como o sofrimento funcionava. A única coisa que adormece a dor é o tempo, preenchendo sua cabeça com memórias novas, criando uma separação entre você e a tragédia.