Rural

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O Poder da Persuasão na Extensão Rural
O extensionista ao comunicar-se com o agricultor procura persuadi-lo de forma a aceitar suas idéias e modificar sua forma de agir na agricultura, porém não procurando enganá-lo, mas ajudá-lo a resolver seus problemas e melhorar sua condição financeira. Contudo, não se deve colocar em plano onde o técnico é o detentor da sabedoria e o agricultor um ser ignorante e desprovido da capacidade intelectual, fazendo um processo autoritário, antidemocrático, em que prevalece absoluto o domínio do comunicador extensionista.
É muito difícil ou quase impossível retirar da oratória a persuasão, é uma coisa que naturalmente está intimamente ligada ao ato de se comunicar.
Mesmo que seja possível um discurso não-persuasivo, este não parece ser o caso da extensão rural, que tem como ação requerer mudanças, demanda a abdicação de valores culturais, de costumes, de saberes e a adesão a novas formas de produzir, de viver e de ser.
A sociedade brasileira trás em sua cultura marcas do sistema escravista onde se tinha uma forte hierarquização e poder autoritário, possivelmente efeitos de autoritarismo na extensão rural brasileira tenha suas raízes desta época que até hoje prevalece nas relações sociais no Brasil.
Contudo esta constatação que a prática extensionista possui uma persuasão autoritária represente um ponto positivo para as discussões sobre a redefinição do papel da extensão rural no Brasil.

Inserida por thalespantaleao

O modelo clássico e o modelo difusionista-inivador na extensão rural
No modelo clássico da Extensão Rural proposto pelos norte-americanos e usado no Brasil, constitui em um elo de ligação entre o povo rural e as estações experimentais, onde a extensão rural leva os novos conhecimentos aos produtores rurais que testam e a problematização volta para as estações experimentais para serem melhor estudadas.
Segundo Bordenave(1988), citado por Prado & Cruz(2004), o modelo clássico induz à convicção no pressuposto de que se os conhecimentos técnicos forem via extensionistas, colocados à disposição dos agricultores, este certamente, lograrão melhoras em seus níveis de conhecimento e habilidades e, conseqüentemente, em suas lides no meio rural. Como resultado teriam assegurado o aumento da produção e produtividade, a elevação da renda e, finalmente, o desenvolvimento rural e global, pela elevação de seus padrões sociais e educacionais e maior oferta de matérias-prima e alimentos a preços capazes de tornarem efetivas mesmo demandas de classes de menor poder aquisitivo.
O papel da agricultura dentro do Plano Diretor Qüinqüenal cria muitos atritos dentro da prática extensionista defendida por muitos, pois é colocado que a agricultura desempenha múltiplo papel no processo de desenvolvimento econômico, onde seria uma área fornecedora de matéria-prima, mantedora de divisas, contudo o mais intrigante estava na afirmação de que o êxodo rural deve acontecer de forma natural e planejada para suprir a mão-de-obra das grandes indústrias. Requeria da extensão rural agora um trabalho mais amplo que seria oferecer soluções para o setor industrial, mesmo que tivesse que realizar sacrifícios.
O pequeno agricultor é colocado agora como mero produtor em um sistema perverso e transitório, buscando a sua aniquilação, dentro da expansão do sistema capitalista.
O sistema capitalista penetra perversamente no meio agrário, buscando destruir pequenos agricultores que não o aceitasse em sua forma de imposição.
O modelo difusionista-inovador estruturava-se segundo a intenção primordial de oferecer subsídios sobre como maximizar a adoção de tecnologia.
Neste modelo observa-se a preocupação em reduzir o tempo de aceitação de uma nova tecnologia, realizando profundos estudos, melhorando o que podemos chamar de poder de persuasão, diminuindo as possibilidades de o agricultor rejeitar tal proposta.
A certeza da aceitação de uma nova tecnologia não implica necessariamente em benefícios para o agricultor e para sue meio social, tal empreendimento decidido apenas do lado da produção, poderá resultar em excesso de produtos no mercado, modificação de preços, depredação ambiental e o possível fracasso de muitos produtores, que optaram pela mesma tecnologia.
Segundo Prado & Cruz (2004) enquanto a teoria dos sistemas sociais parece tratar de fenômenos universais, a teoria difusionista foi edificada por sobre fortes bases de preconceito e autoritarismo, presumindo a discriminação social, a classificação hierárquica e conseqüentemente, a exploração entre povos, segundo o estágio de produção material.

Inserida por thalespantaleao

Análise da Década de 80 para a Extensão Rural Brasileira
A crise da extensão rural no Brasil surgiu nos primeiros anos da década de 80 num período de abertura, onde não se tinha clareza da gravidade do que estava acontecendo. Com as eleições livres tinha-se no imaginário que as dificuldades seriam superadas, tudo isto logo depois de um período de regime militar.
Com o passar do tempo as instituições de extensão foram sofrendo com a falta de incentivo, cortes nos salários, mostrando um futuro incerto para a extensão rural, chegando a atitude de no final da década de 80 o governo cortar a verba que mantinha a extensão rural, proclamando o fim da Embrater.
Os extensionistas ficaram perplexos ao verem o que tinha acontecido, atribuindo a decisão governamental a um ato de perseguição política e ideológica esquerdista por não aceitar as práticas dos princípios da extensão rural.
A extensão rural sofreu profundas modificações principalmente no Norte e Nordeste, onde só alguns estados mantiveram incentivos a extensão rural; em melhor situação encontra-se as regiões Sul e Sudeste do Brasil.
Entre os fatores fundamentais da crise da extensão rural no Brasil temos a crise do Estado brasileiro que optou por um modelo desenvolvimentista que foi unido com a crise do capitalismo mundial, canalizando à adoção da alternativa neoliberal. Temos também a modernização da agricultura integralizada ao setor da indústria diminuindo a importância das instituições de extensão rural.
Com a crise o Brasil optou pelo sistema neoliberal que cortou muitos gastos do Estado e passou muitas das suas atribuições e obrigações para o setor privado e filantrópico.
A crise do Brasil é identificada como a sua origem no II PND, utilizando crédito exterior para sua implementação em uma taxa de juro que aumentou substancialmente, saltando a dúvida externa brasileira, obrigado ao Brasil dentro das políticas neoliberais a implantação do Estado mínimo e do Mercado Soberano.
A crise tem suas origens externas e internas, as decisões norte-americanas no final dos anos 70 trás consigo grandes conseqüências ao Brasil como o crescimento da dívida externa, elevação do preço da energia, ... e internamente foi feita reformas liberalizantes e privatizantes.
O Brasil passa por uma crise econômica política, ideológica e a crise do Estado, sendo chamada crise estrutural. A descentralização passou a ser discutida já que agora tínhamos o mercado aberto. Como motivo para estas medidas vemos a natureza puramente política destinada a enfraquecer o poder central, evitando a instalação novamente de um regime ditatorial, passando cada vez mais a ser discutida a descentralização dos serviços prestados pelo Estado, que com o processo de privatização foram passados à prestadoras de serviços ou outras empresas.
O governo Sarney iniciou o processo de extinção da extensão rural no Brasil cortando as verbas da antiga Embrater, que foi confirmado com o governo do Presidente Fernando Collor.
O crédito rural disponível aos agricultores foi reduzido substancialmente dificultando o trabalho dos extensionistas que tinha no crédito rural um recurso metodológico de trabalho. Com a dificuldade dos agricultores em conseguir crédito rural os extensionistas estavam incapazes de criar uma nova metodologia de trabalho, pois todas eram alicerçadas no financiamento rural, contudo é notório observar que não houve a completa extinção do crédito rural, mas foi priorizado as grandes culturas e monocultivos como a laranja, cana de açúcar, café entre outras, paralelamente incentivando a exportação e a industrialização.

Inserida por thalespantaleao

⁠A função do extensionista rural, como a de todas as profissões, é compreender o que está nas entrelinhas para fortalecer os processos de desenvolvimento rural.

Inserida por ezequielredin

⁠Babaçu

Símbolo da economia rural gerenciada pelas mulheres na labuta do dia a dia, no escorrer do suor das quebradeiras de coco, que mesmo na peleja sofrida não falta cantoria para expressar de forma tão singela a alegria.

Inserida por jeffersonlsc1

⁠A Extensão Rural existe para promover o desenvolvimento rural.

Inserida por ezequielredin

⁠O Extensionista Rural é o verdadeiro agente de desenvolvimento rural.

Inserida por ezequielredin

⁠Para construir um desenvolvimento rural equitativo, é necessário reconhecer o trabalho da extensão rural.

Inserida por ezequielredin

⁠⁠Eu cavalguei até os 16 anos de idade, morava na zona rural e ia para escola montado num cavalo. Que saudade daqueles momentos de liberdade que nunca mais experimentei: vento no rosto, vista da natureza e sua música formada pelo sons de animais, pássaros e as águas de corriam por um riacho que cortava a estrada de terra que levara ao distrito.
Sempre conto essas histórias para meus filhos e tenho pena deles, pois nenhum deles cavalgou na vida e eu lhes digo "vocês não sabem como é bom cavalgar pelos campos, sobre os arbustos como se estivesse em voou raso sobre o verde das plantas sentindo o cheiro suave de terra molhada e agradável da vida..."

Inserida por rivaldoRribeiro

"Sou uma agricultora rural que no cabo da enxada luto para sobreviver, pedindo forças ao Sagrado Coração de Jesus para continuar trabalhando.
Agradeço ao nosso divino mestre os sacos de feijão que colho todos os anos".
Mãe Zuza (1914-1990).
Beata e escritora Markenciana

Inserida por MARCOSLENESARAUJO

⁠Saímos de cavernas na zona rural, pra morarmos em apartamentos na zona urbana.
"Que grande diferença, se não fosse a bastarda inteligência!"

Inserida por YestericSpol

⁠o empregado rural e o segurado especial são figuras distintas

Inserida por janeberwanger

⁠A comprovação da atividade rural gera muito debate, pois substitui a carência exigida nos benefícios urbanos. Se, por um lado, a normatização facilita o acesso aos benefícios, sendo, por vezes, mais favorável ao segurado ( o que nem de longe significa dizer que todos os servidores cumprem essas normas), por outro, a Justiça tem criado uma interpretação própria - que ora é mais benéfica, ora mais restritiva - no que se refere à prova da condição de rurícola.

Inserida por janeberwanger

⁠Reflexão

Um produtor rural
Antes de fazer sua plantação
Ele passa o arado sobre a terra
E logo após o preparo do solo
Semeia-se as sementes
Para poder colher bons frutos do que ele plantou

Resumindo

Plante boas sementes para colher seus bons frutos

⁠A juventude rural vive uma intensa mobilidade social, entre o ir e vir, sair e transitar entre o rural e o urbano de forma mais acentuada.

Inserida por ezequielredin

⁠Turismo Rural: Moderno, Profissional mas sem perder a ruralidade

Inserida por andreia_roque

⁠Ser Extensionista Rural, de fato, não é algo simples e fácil. Não é um trabalho para aplicar receitas. Cada família rural possui uma experiência diferente e uma particularidade distinta.

Inserida por ezequielredin

⁠Ser Extensionista Rural é trabalhar para e com as pessoas. Compreender que você não sabe tudo e está disposto a aprender, cada dia um pouco. O Extensionista, na verdade, mais aprende do que ensina. Mas ele é um agente importante do desenvolvimento rural, pois ele conecta pessoas e experiências.

Inserida por ezequielredin

⁠Ser Extensionista Rural é se tornar o porta-voz dos Agricultores. Um profissional que luta pelo desenvolvimento, que busca e leva demandas. Encaminha possíveis estratégias e soluções para conflitos familiares.

Inserida por ezequielredin

⁠Ser Extensionista Rural é um papel para poucos! Não é qualquer pessoa que consegue ser protagonista de uma área tão importante para o desenvolvimento rural no mundo.

Inserida por ezequielredin