Ritos de Passagem
Um cubo de gelo.
Feliz é o cubo,
que se mantem frio,
o calor nos ebuli,
ate batermos na tampa ,
onde frustrados,
retornamos a água,
feliz é o cubo de gelo.
Tudo passa na vida, tudo é uma fase, as coisas acontecem por um porém e temos que aceitar que nem sempre o que planejamos sai do jeito que queremos. Às vezes a vida faz curvas difíceis para deixar a nossa vida dentro dos trilhos. Acho que tudo é possível, todos os objetivos podem ser alcançados, basta você fazer as escolhas, sendo ela assertiva ou não, mesmo que não seja, não desista. Às vezes os caminhos são difíceis e longos, então, não espere que as coisas aconteçam, corra atrás, porque a vida está passando e só vivemos uma vez...
Efêmero
O vento de ontem não é o mesmo de hoje,
Nem o mar permanece igual quando navegado,
A certeza torna-se incerta no amanhã,
Basta uma palavra, um gesto, um pensamento e o próprio tempo contribuem para o efêmero.
Conhecemos pessoas que vem e que ficam,
Outras que, vem e passam e que por alguns instantes alegraram a nossa existência,
Deixam em nosso coração a sensação que poderia permanecer mais.
Mas, a vida providencia a efemeridade
Tristeza? Às vezes!
Entretanto, me acostumei ao efêmero.
A vida também me ensinou a entender as quimeras interrompidas pelo acaso ou destino.
o que sei, é que caminho, a paciência e a fé é o que resta.
Talvez algumas das efemeridades da vida ainda venha trazer a primavera.
Se até Jesus morreu, não devo considerar injusto a partida do meu semelhante, de modo a não permitir que ele faça sua transição em paz.
Querendo ou não, iremos todos envelhecer. As pernas irão pesar, a coluna doer, o colesterol aumentar. A imagem no espelho irá se alterar gradativamente e perderemos estatura, lábios e cabelos. A boa notícia é que a alma pode permanecer com o humor dos dez, o viço dos vinte e o erotismo dos trinta anos.
Erótica é a alma que se diverte, que se perdoa, que ri de si mesma e faz as pazes com sua história. Que usa a espontaneidade pra ser sensual, que se despe de preconceitos, intolerâncias, desafetos. Erótica é a alma que aceita a passagem do tempo com leveza e conserva o bom humor apesar dos vincos em torno dos olhos e o código de barras acima dos lábios; erótica é a alma que não esconde seus defeitos, que não se culpa pela passagem do tempo. Erótica é a alma que aceita suas dores, atravessa seu deserto e ama sem pudores...
A minha melhor amiga
Ela era cruel algumas vezes
Fria e distante alguns dias
E outros próximos e felizes quando viam
Ela nunca me abandonou
Mesmo quando eu queria
De todas as pessoas ela era única que me conhecia
Quando mentia
Quando sorria
Quanto eu escondia
Quanto odiava
Quando sentia
Pena que ela nunca me abandonou
Ela sempre esteve lá
ninguém a via
Ninguém sentia
Todos chorara quando ela foi embora
Partiu rapidamente os médicos diziam
Em um trem com milhares de passageiros
Ela dizia que iria
Ninguém ouvia
A vida e um eterno aprendizado. Nunca saberemos tudo pois a cada dia vivenciamos uma nova experiência, mas sempre aprendemos algo novo. Nessa longa estrada passamos por alegrias, tristezas, conquistas e decepções. Conhecemos pessoas especiais que ocupam uma parte dos nossos corações, porém cada uma possui sua propria trilha e assim nos distanciamos restando a saudade, solidão e a bela lembrança daquele alguém especial. Estamos de passagem nesse mundo e não sabemos qual e o nosso ultimo momento, assim e necessario fazer o bem e aproveitar ao maximo cada momento, pois ao final de tudo, também permaneceremos vivos na memoria de quem nos ama.
À sua passagem a noite é vermelha
E a vida que temos parece
Exausta, inútil, alheia.
Ninguém sabe onde vai nem donde vem,
Mas o eco dos seus passos
Enche o ar de caminhos e de espaços
E acorda as ruas mortas.
Então o mistério das coisas estremece
E o desconhecido cresce
Como uma flor vermelha.
obra poética I caminho 1999
Ao retomar as rédeas dos meus espaços concentrei-me naqueles ritos que as pessoas cumprem religiosamente sem nunca se perguntar por que – senão aumentar-lhes o tempo envolvido em coisas inúteis e sem qualquer efeito prático – de forma a simplifica-las ou suprimi-las pelo parâmetro puro e simples da qualidade de vida. Com pessoas por perto, porém, agia exatamente como todas agem, pois toda burrice que se melhore apenas porque ninguém pensou nisso acaba virando esquisitice, excentricidade ou loucura para os verdadeiros idiotas.
Vila Monarca
Apelar pra quem, pra quê?
Quais ritos, rezas?
Se nem meu santo
Veio de lá com quem eu amo
Não sei o que a prende acolá
Se é a cidade que é velha demais
E agora que revê alguém daquele jeito
Até entendo se suas calçadas a fazem tropeçar
Ou agarram suas canelas na saída da vila
Se seus velhos assombros
Se soltam da mata
Só pra mantê-la assustada naquelas vielas
Ah mas dói agora, que minguam minhas crendices
E o que sei dos causos
Vai amarrando um nó na minha garganta
Será algum amor?
Que raça de amor será?
Com que artifícios a segura tão bem nas mãos?
Que nem minha fé gritando a alcança?
MINHA FÉ (B.A.S)
Minha fé não tem deuses e nem santos
Minha fé é sem ritos e nem mantras
Minha fé não remove montanhas
Minha fé está na premissa do humano
Minha fé não revolve as entranhas
Minha fé não faz com que eu caminhe sobre as águas
Minha fé não faz com que eu possa voar
Minha fé não diz se devo rezar
Apenas desfraldado em meu caminhar
Busco encontrar, busco respirar
Não vi sentido em qualquer filosofia
Não vi nenhum deus a me mostrar o caminho
Apenas o pulsar do meu existir
Apenas o pulsar das minhas veias
Teimando encontrar uma luz
Que dê razão ao meu existir...
Ah, que intensidade!
Ianomâmis, Carajás, Guaranis e Tupis
Tudo antes já prenunciado
em ritos e rituais
E para o desconhecido
apenas a sensação e a percepção
de um olhar
e a espera do tempo mistério.
Loquazes ditos
Ritos aflitos
Porém benditos
Atando em feixes
Luzes
Velado agito
Nova face a surgir
Mágica
Única
Páprica ao tempero
Bamboleio
Timoneiro
Muda o rumo
Da nau
Do barco
Ao cerco mórbido
E maré cheia
Incendeia
Incréia
E arrasta
Pós de sí
Sereia
Em noite de verbena
Serena melodia
Zéfiros do norte
A balançar meus cabelos
Zelos teus
Em versos ateus
Reverbero
Ah! Como eu te quero!
A ausência da história pessoal
Para que os ritos mágicos consigam passar de geração em geração, o feiticeiro (ou xamã) deve esquecer tudo aquilo que aprendeu antes de iniciar-se na magia.
Segundo a tradição, um homem ou mulher que está preso ao seu passado, termina deixando governar-se pela maneira de pensar de seus pais, ou a sociedade em que vive. Por isso, todo iniciado escolhe um novo nome, e procura livrar-se de lembranças, boas ou más.
Para poder abandonar a história que viveu, o feiticeiro passa meses seguidos recordando, nos menores detalhes, cada um dos eventos de sua vida.
Algumas tradições pedem que ele fique horas a fio contando em voz alta, para um copo cheio de água, tudo que aconteceu em cada encontro com cada pessoa; assim, a experiência sai da memória e vai para a água – que em seguida é atirada em um rio. Desta maneira, a cabeça fica “vazia”, e pode começar a ser preenchia com novas coisas.
Uma vez livre de seus pensamentos antigos, o feiticeiro concentra-se no silêncio interior, e espera que os espíritos comecem a contar a verdadeira história do universo.
Este silêncio, junto com a ausência de lembranças passadas, dá ao feiticeiro a sensação de liberdade total para entender um novo mundo.
Nunca cabem comparações e interpretações entre os ritos e valores repetitivos das culturas populares com os verdadeiros conceitos reconhecidos sejam acadêmicos e científicos. Não podemos comparar nunca os sonhos, por menor que sejam com a realidade e qualquer trabalho.
TEMPOS DEMOLIDOS
As moendas
da memória
moem
ritos
e detalhes
de enredos
consumidos.
Só
algumas
ávidas
e sólidas
lembranças
ainda
se mantêm
na escassa
pastagem
dos tempos
demolidos.
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